I'm not afraid anymore escrita por CRAZY


Capítulo 15
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Estou de volta!!!
Boa leitura!!!



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– Bom, e se eu, você e a Naty fomos fazer alguma coisa hoje a noite? – Perguntei enquanto descíamos as escadas.

– Hoje à noite? Não posso.

– Por quê?

– Porque eu tenho que fazer umas coisas aí. – Ele disse enquanto abria a porta.

Como assim ele tinha que ‘fazer umas coisas aí’? Aquela história estava muito mal contada, mas resolvi deixar quieto. Ele podia achar que eu estava invadindo a privacidade dele ou algo assim. Nos despedimos e eu fui pra casa, logo a Naty chegaria para fazermos um trabalho juntas e eu ainda queria conversar com a Angie pra saber mais alguma coisa sobre esse tal reality show.

Chegando em casa, encontrei Angie lendo um livro como sempre. Pelo nome falava sobre matemática. Angie era bem jovem, mas parecia muito inteligente.

– Oi Ludmila. Como foi a aula hoje? – Ela perguntou assim que me sentei ao lado dela no sofá.

– Foi bem, obrigado. A Naty vem hoje aqui em casa pra fazermos um trabalho ok?

– Sem problemas. – Disse ela sorrindo, como sempre com uma ar de doçura, o que ela realmente tinha.

– Então Angie, me fala mais sobre esse tal reality que meus pais supostamente irão participar.

– Bom, já está confirmado que eles irão participar junto com outros famosos também. Vai começar hoje a noite, às onze horas pra ser mais precisa.

– Você só sabe realmente isso?

– Sim, é o que colocaram na internet.

– E você pretende ver esse programa?

– Não. – Ela fez uma careta. – Prefiro fazer coisas mais importantes e úteis. – Disse olhando para o seu livro.

Eu tinha que concordar, por mais que aquele livro de matemática parecesse superchato, eu preferiria lê-lo que ter que ver esse programa antecipadamente ridículo só por ter meus pais no meio.

Logo a campainha tocou. Me levantei e fui até a porta com toda a certeza que era a Naty. Abri a porta e adivinhe quem era?

– E aí Lu? – Disse Naty já entrando.

– Oi Naty. Bom, acho que você ainda não conheceu a Angie. – Eu disse a pegando pelo braço e a puxando até o sofá, fazendo com que Angie se levantasse para cumprimenta-la.

– Oi Angie. A Ludmila já me falou de você.

– Natália não é mesmo?

– Isso aí.

– Bom, a Ludmila também fala muito de você.

– Você não vai me expulsar aos berros ou coisa do tipo, vai? – Perguntou a Naty brincando.

– Não, provavelmente não. – Angie disse rindo, mas parecia assustada como se pensasse se aquilo realmente já tinha acontecido.

– Vem Naty, vamos lá pro meu quarto. – Eu disse meio que a empurrando até a escada.

Subimos e andamos até meu quarto. Nos sentamos na frente da escrivaninha e colocamos o nosso material em cima dela, mas aquilo era mais ou menos um encenação.

– E então, o que aconteceu de bom hoje?- Ela perguntou olhando pra mim.

– Foi bom. – Eu disse colocando o notebook em cima de todos os livros.

– Só “bom”? Nenhuma novidade não?

– Já vou te mostrar a novidade mais bizarra desse planeta. – Eu disse entrando no Google e pesquisando sobre o reality.

– O que? – Ela disse olhando para a tela do computador.

Logo encontrei a reportagem, cliquei e vi que estava atualizada. Eu e Naty lemos juntos e ao terminarmos nos entreolhamos. Além dos meus pais, mais uma pessoa que eu havia adquirido um nojo incontrolável em alguns minutos iria participar: Steve Marlon.

– Ludmila, você não deveria confiar em tudo que lê na internet. - A Naty disse se encostando da cadeira.

– Não é mentira! A Angie já viu os comerciais no canal, é tudo verdade.

A Naty franziu e cenho e sorriu como se mesmo assim não acreditasse.

– Isso só pode ser brincadeira. Sério mesmo que dois advogados vão participar disso?

– Eu sei disso Naty, é ridículo! Mas esse não é o pior!

– Se eles não forem pra final ficaram menos de dois meses longe, ou seja, talvez você fique até uma semana sem eles te enchendo o saco. – Ela disse lendo meus pensamentos.

– Pra constatar isso você é rápida, já na prova de matemática não consegue nem fazer as três primeiras questões não é mesmo? – Eu disse rindo e ela fez o mesmo.

– Naty, eu juro que não sei o que eu faço.

– Vota pra eles ficarem! – A Naty disse rindo ainda mais. O que fez com que, quase automaticamente, eu jogasse uma almofada na cara dela.

– Não vou assistir isso!

– Eu vou! Vai ser muito legal quando tiver as festas e pudermos ver esses advogados bêbados!

– Vai ser terrível! Imagina o quanto vão me encher na escola.

– Pois é.

– Bom, quero esquecer um pouco disso. Vamos fazer logo esse trabalho.

Ela revirou os olhos mas concordou, mas concordou.

Depois de quase duas horas fazendo aquele trabalho de biologia super detalhado que o professor passou, elas resolveram assistir alguns filmes pra dar uma relaxada, mas na verdade eu não relaxei nada. Era filme de terror, o qual a Naty adorava e eu simplesmente odiava com toda a minha alma.

Eram quase nove horas da noite quando a sessão de filmes acabou.

– Quer dormir na minha casa hoje Naty? – Ofereci, meus pais nunca deixaram que ela dormisse lá.

– Infelizmente não Lu. Meus pais devem estar no aeroporto agora, eles vão vir me visitar e amanhã cedo chegam no meu apartamento.

– Não tem problema, eu entendo.

Nos despedimos e ela foi embora. Fui pro meu quarto e decidi ligar pro Federico, chamou por algum tempo, mas caiu na caixa postal. Tudo bem, mais tarde eu ligo pra ele.

Fiquei um pouco no computador e meia hora depois liguei pra ele de novo. Caixa postal. Aff! Tá, e agora? Respira Ludmila, não seja tão chata e grudenta!

Li alguns livros, revistas, estudei mais um pouco, que tédio! Tédio é um sentimento eu sinto pouco, meus pais me forçavam a estudar vinte quatro horas por dia. Não só matérias escolares, mas também livros de Direito. Quem disse que eu queria ser aquilo? Na verdade, eu queria passar longe dessas leis e regras, justamente por meu namorado ser um fora da lei e porque aquelas leis me irritavam mais que qualquer coisa.

Mandei algumas mensagens do WhatsApp, mas nenhuma foi visualizada. O relógio marcou onze e dez e eu já tinha ligado umas trinta vezes pro Federico já. Comecei a andar de um lado pro outro no meu quarto com o celular na mão, no qual eu olhava de dois em dois minutos para ver se ele havia visualizado minhas mensagens.

O que seriam as coisas que ele teria que fazer aí que ele me disse? Será que estava se metendo em encrenca? Será que a polícia o pegou e ele foi preso em flagrante? E se ele estivesse drogado o bastante para estar jogado em um beco por aí, sujo e nojento? Mil hipóteses passaram pela minha cabeça, e nenhuma era positiva.


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Notas finais do capítulo

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