Finalmente, o último semideus necessário a se juntar pela causa de Cronos. Feito o juramente, o rei dos titãs se reergueria. Ethan Nakamura. Nem fiz questão de perguntar como ele havia encontrado o labirinto, não me importava. Apenas usei minha persuasão sobre ele, ainda que não fosse preciso. O garoto já odiava os olimpianos tanto quanto eu e os outros semideuses do meu exército. Quando o encontramos, fiz-me ficar à sós com ele. Fomos até o pequeno mas confortável quarto que Anteu me ofereceu.

Peguei uma velha cadeira jogado ao canto do quarto e a coloquei de frente para a cama. Sentei-me nela e ofereci a cama à Ethan. Seus cabelos negros lhe cobriam a testa inteira, caindo sobre os olhos. Bem, não exatamente. Ele usava um tapa-olho no lado esquerdo do rosto. Tive a delicadeza de não perguntar-lhe o motivo de usar aquilo, como ele também não perguntara sobre a cicatriz que se estendia pela minha bochecha.

– Então, qual seu motivo para odiar os deuses? – eu perguntei naturalmente, agora abrindo um sorriso. Minha cicatriz se moveu quando sorri; percebi isso por Ethan ter olhado diretamente à ela. Fazia tanto tempo que eu vivia com aquilo que esquecia que esse tipo de coisa acontecia.

– São uns desonrosos. – Cuspiu as palavras, falando com nojo, enterrando o rosto entre as mãos. Apoiava os cotovelos nas coxas e respirava pesadamente. Desmanchei o sorriso, não entendendo muito sua reação, mas sentei-me ao seu lado destro na cama. Passei o braço esquerdo em torno de Ethan e pousei a mão em seu ombro, tocando seu braço com a mão direita.

– Não precisa mais se preocupar com isso, Nakamura. Você vai ter o que quiser quando os titãs assumirem o poder. – Naturalmente, eu estaria mentindo. Mas Nemesis tinha acabado de mudar para nosso lado, trazendo consigo Ethan. Sorri novamente quando o garoto ergueu o rosto para me olhar. Ele tirou o cabelo do rosto e me olhou melífluo.

Inclinei a cabeça lentamente e capturei seus lábios. O beijo começou hesitante, provavelmente de ambas partes, entretanto nenhum dos dois o interrompeu. Eu sinceramente só queria saber onde aquilo terminaria. Não era a primeira vez que eu tirava vantagem dos novos semideuses recentemente aliados à Cronos, mas o que eu podia fazer? Me prender a Kelli? Kelli é, bem... ela tem uma perna de burro. Sem interromper o beijo, que agora não continha nenhum nível de hesitação – e talvez até o total contrário de hesitação –, eu deitei Ethan na cama.

Deslizei meus lábios para seu queixo, mordiscando. Suas mãos agarravam meu quadril, empurrando contra o próprio quadril. Desci mais um pouco para me focar em seu pescoço branco. Nakamura gemeu quando deixei um chupão próximo a seu peito. Levantei-me rapidamente puxando Ethan, tirando sua camisa e a minha. Sorri mordendo meu lábio inferior. O puxei contra mim, tornando a beija-lo. Suas mãos caíram naturalmente sobre minha bunda.

Coloquei uma mão em sua nuca e com a outra desci o zíper de sua calça jeans. Mordi o lóbulo de sua orelha enquanto desabotoava a calça. Empurrei a calça para baixo, olhando diretamente em seus olhos. Olhos que aliás me pareciam sedentos pela minha próxima ação. Que foi tirar sua cueca boxer lentamente, observando agora seus olhar se tornar quase doloroso. Então o deixei sofrer um pouco.

Me sentei na cadeira e removi o resto das minhas vestes. Segurei a mão de Ethan e o fiz ficar de joelhos à minha frente. Levei minha mão até seus cabelos, os massageando lentamente. Provavelmente tinha deixado minha idéia bem claro. Nakamura abriu minhas pernas, afundando a cabeça entre elas. Sua língua atingiu suavemente a cabeça do meu pênis. Joguei minha cabeça para trás. Ethan segurou-o com uma mão, lambendo a cabeça lentamente, como se ainda estivesse perdendo a vergonha. Quando seus lábios me engoliram, eu sentia e pressionava sua cabeça subir e descer. Agarrei seu cabelo com força, soltando um gemido agudo.

Uma de suas mãos apertavam minha coxa com força, mas seus lábios e sua língua agindo tão flexíveis e prazerosos cegavam meus sentidos. Eu não ouvia nada, nem mesmo meus próprios gemidos excessivos. Também não tinha consciência sobre meus olhos estarem abertos ou fechados – apenas continha a imagem de Ethan me chupando – ou muito menos conseguia sentir qualquer outra coisa. Recuperei os sentidos por um segundo, logo o perdendo. Ethan tinha parado o serviço para concentrar-se em contornar minhas bolas com a língua, enquanto me masturbava freneticamente. Mordi meus lábios o mais forte que pude quando meu corpo inteiro estremecia. Gozei em seu rosto.

Consegui me levar da cadeira e me jogar na cama. Eu sorria, olhando para Nakamura, ainda ajoelhado. Ele limpou a esperma com as mãos e a lambeu. Soltei um riso ao vê-lo fazer aquilo. O puxei pela nuca e o beijei, sentindo meu gosto em sua boca. Eu sabia que agora era a minha vez de recompensa-lo. Quando Ethan deitou-se na cama ao meu lado, subi em cida dele. Fui distribuindo beijos por todo seu corpo, até chegar em seu membro. O masturbei o bastante para lhe arrancar alguns gemidos piores que os meus.

Ergui suas pernas e as coloquei em meus ombros. Lentamente, eu o penetrei. Ethan fechou os olhos em angústia. Segurei sua cintura e dei uma estocada. Ele plangeu brevemente. Estoquei mais uma vez, demoradamente, esperando que Nakamura se acostumasse. Toquei seu membro, deslizando minha mão com leveza sobre ele. O garoto deu um gemido ininteligível, que considerei como Ok. Comecei a me mover mais depressa, abusando da minha coordenação motora por o penetrar e masturbar ao mesmo tempo.

Nakamura gritava meu nome o mais alto que podia a cada vez que eu atingia um certo ponto. De fato, eu estava me alimentando de seus gritos por mim; como nunca fora com nenhum outro. Encontrei seus olhos estreitos enquanto ele esporrava sobre minha mão e meu abdome. Estoquei mais uma vez e sai de dentro de Nakamura. Tocava a mim mesmo, me aproximando dele, ajoelhado na cama. Seus lábios encontraram meu membro mais uma vez. Poucos segundos depois, observando-o passar a língua voluptuosamente pela extensão do meu pênis, gozei mais uma vez.

Rolei para o lado deitando-me na cama. Respirava pesadamente, junto de Ethan. Ele se virou para me encarar. Por um momento, pensei ter lido algum tipo de confusão em seu rosto; entretanto ele me beijou fervorosamente, escorrendo a mão pelos meus músculos.