Amor apocalíptico escrita por Lívia Martins


Capítulo 5
Novas experiências.


Notas iniciais do capítulo

Olaaa amigos, tudo bom? Espero que sim.
Então queria ter postado esse capítulo antes mas estava com problemas na internet. Enfim, boa leitura e espero que gostem.



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Depois de uma longa caminhada os dois encontraram uma pequena cabana de madeira. Daryl conhecia aquele tipo de lugar, quando era moleque seu irmão e ele iam para alguns depósitos pequenos de bebidas artesanais, e essa cabana era um desses depósitos. Eles estavam tão exaustos que não pensaram duas vezes em entrar lá e descansar pelo menos por aquela noite.

– Fique atrás de mim ok? – ele pegou sua besta e foi entrando a procura de algum zumbi que estivesse lá dentro. – Está vazio, ainda bem. Podemos ficar aqui por enquanto. – ele sentou em um sofá que estava lá colocando sua besta apoiada sem suas pernas.

Beth deu uma volta naquele lugar, era pequeno mas tinha coisas para olhar. Ela pegou um pote grande sem nenhum rotulo, e pelo cheiro já sabia que era álcool.

– Onde estamos exatamente? É uma espécie de bar? – claro que ela, sem conhecer coisas assim, iria perguntar isso.

– Faziam bebidas artesanais aqui – ele deu uma risadinha achando fofo e engraçada a pergunta da loira, adorava o fato dela ser “inocente’’.

– Oh... sabe, eu nunca provei nada alcoólico.

– Claro que não – ele riu mais ainda – Você não combina com isso. Vem, sente-se aqui – bateu de leve no sofá.

Ela se sentou e ficou pensativa por um tempo.

– Sabe, acho que tudo tem uma primeira vez, nunca vou ter outra chance. E agora que papai está... morto, ninguém vai poder me dar sermões sobre como isso é ruim, quero novas experiências. – ela suspirou profundamente.

O que será que papai e Maggie pensariam de mim se ouvissem que eu quero experimentar álcool? Acho que isso não importa mais.

– Sinceramente, não quero cuidar de você chapada em um apocalipse zumbi Beth – ele disse um pouco curioso com a vontade da loira.

– Eu não vou ficar bêbada Daryl, a qual é, eu só quero experimentar, beba comigo Sr. Dixon. – ela estendeu o pote de bebida para o caipira.

Ele ponderou por um tempo, mas aceitou, não custa nada acompanha-la na sua primeira experiência com álcool. Ele se levantou e pegou outro pote, abriu os dois e entregou um deles para ela.

Beth ficou encarando aquela bebida por um tempo, seus pensamentos ficavam hora falando para ela beber de uma vez e hora falando para ela não fazer aquela bobagem.

– O que foi? – ele perguntou.

– Nada, eu só estou pensando.

Ela suspirou e em seguida tomou um grande gole da bebida, fez um cara feia quando parou. Ouviu a risada de Daryl e mostrou a língua para ele.

– Não é engraçado, e isso não tem um gosto nada bom. – ela falou irritada.

– Você se acostuma loira.

– Ok, tive uma ideia – ela disse um tanto animada – vamos brincar de eu nunca.

– Eu nunca? – ele olhou com uma cara estranha.

– É, eu falo uma coisa que nunca fiz e quem já fez bebe. Via meus amigos brincando disso, apesar de nunca participar achava divertido. – ela sorriu.

– Não obrigado – claro que ele não iria querer fazer essa idiotice de adolescente.

– Por favor Daryl, seja legal comigo – os olhos dela brilhavam – por favoooor.

– Ok – ele bufou – nunca precisei de jogos para ficar de fogo, mas faço essa por você.

– Obrigada Sr. Dixon - ela depositou um beijo delicado na bochecha dele. – ok, eu começo. Huuum... eu nunca atirei com uma besta.

– Sério isso? – ele revirou os olhos e deu um gole da bebida.

– Agora é sua vez – ela sorriu.

– Tenho que ir mesmo? – reclamou.

– Vai logo Daryl – ela mandou.

– Hummm... eu nunca fui para Georgia.

– Pelo menos se esforçou – e ela bebeu.

Eles jogaram mais um pouco, Beth estava começando a ficar tonta, o álcool já estava fazendo efeito. Daryl se soltou mais conforme a brincadeira ia se estendendo até que...

– Eu nunca fui presa.

– É o que pensa de mim? – ele falou muito puto. – ótimo – ele se levantou furioso.

– Daryl, não quis dizer por nada sério. Sabe, até meu pai foi preso por causa da bebida. – ela ficou assustada e se arrependeu muito quando viu a reação do caipira.

– Eu vou dar uma mijada – ele se dirigiu até um cantinho, derrubou o vidro de sua mão que se destruiu no chão.

– Daryl não faça barulho – ela disse assustada.

– NÃO ESTOU OUVINDO, TO MIJANDO – ele gritou.

– Daryl, cala boca, tem zumbis lá fora.

– Qual é, manda em mim agora? – ele disse muito bravo, cuspiu as palavras.

Ela abaixou o rosto num semblante chateado, não queria brigar com ele de novo, os dois estavam bêbados e ele estava agindo como um cretino.

– A é, é minha vez agora – ele parou de mijar e virou para ela – vamos lá então, eu nunca ganhei nada do papai Noel no natal, nunca tive um pônei – ele empurrou uma cadeira no chão e caminhou até a garota – NUNCA CONTEI COM NINGUEM PARA ME PROTEGER – ele socou a parede – nunca agi como se a vida fosse uma maravilha, cantando para as pessoas por ai, nunca dependi de ninguém para porra nenhuma. – o tom da voz dele estava cada vez mais alto, bravo e enrolado por causa do álcool. – E com certeza nunca cortei meu pulso para chamar a atenção dos outros.

Um zumbi começou bater na parede do lado de fora da cabana, fazem um barulho alto, o que deixou Beth mais preocupada ainda.

– Olha temos um amigo lá fora não é mesmo?

– Daryl, cala a boca. – ela disse entre dentes.

– Você nunca tirou com uma besta né!? Eu vou te ensinar agora – pegou sua besta e puxou a garota pelo pulso para fora de casa – vamos aprender.

– Daryl, me solta, você está bêbado, está me machucando seu idiota – ela ficou completamente assustada.

Chegando ao lado de fora Daryl atirou uma flecha no peito do zumbi prendendo-o contra a parede.

– Você quer atirar? É fácil venha cá – ele agarrou ela por trás e colocou a besta nas mãos da garota.

– Eu não sei atirar Daryl, mate ele logo. – ela estava nervosa.

Ele disparou 3 flechas no zumbi, e as 3 no peito e barriga.

– Vamos, vamos tirar essas flechas para treinar mais – ele soltou Beth com grosseria e foi até o zumbi preso.

Beth desesperada correu até ele e enfincou sua faca no crânio do morto vivo.

– Por que você fez isso? Estava divertido – ele disse bravo.

– Não, seu cretino, não estava divertido. – ela gritou para ele. – Matar eles não é para ser divertido seu idiota. – como ele podia ser tão babaca?

– O que que você quer de mim garota? – ele se aproximou demais dela fazendo a mesma se recuar.

– Quero que você para de fingir que não liga para nada, como que se as coisas que a gente passou não fossem importantes como se nenhuma das pessoas que morreram significou algo para você. – ela falou num tom bem bravo – E isso é mentira – ela gritou aproximando seu rosto do dele, mas logo se afastou.

– É isso que você acha? Você não sabe de nada.

– É o que eu sei, Daryl. Você olha pra mim como se eu fosse outra garota morta, não sou a Michonne, Carol ou a Maggie, você ainda não entende porque estou viva não é mesmo? Não sou forte como elas para você. Mas eu sobrevivi e você não aceita isso. Você não pode me tratar como lixo porque está com medo.

– Medo? Eu não tenho medo de nada!!! – ele disse numa tranquilidade estranha.

– Eu lembro Daryl, quando aquela garotinha saiu do celeiro, eu lembro bem... você era como eu. - ela de uma pausa – e agora Deus te livre você deixar alguém chegar perto demais.

– Perto demais? Olha só que legal, você perdeu dois namorados e não derramou uma lagrima – ele falou irado com ela. – A sua família inteira está morta e você resolve beber como uma vadiazinha sem preocupações.

– Vai se ferrar você não entende.

– Garota, todos que a gente conhece estão mortos – estava com o sangue fervendo.

– VOCÊ NÃO SABE – ela gritou

– Até a gente poderia estar morto, esquece esses caras. – falou alto. – você nunca mais vai ver sua irmã. O Rick... a bravinha.

– Daryl, chega por favor – ela o puxou pelo braço, mas ele se soltou.

– Não, Beth, o Governador foi nos nossos portões e matou todos, se eu tivesse procurado mais... – ele começou a chorar e virou as costas para a loira com a tentativa dela não notar as lagrimas – eu devia ter procurado mais, a culpa foi minha – ele estava soluçando.

– Daryl – ela pois as mãos nos ombros dele – não foi culpa sua.

– Seu pai não merecia aquilo, eu podia ter feito alguma coisa – ele não conseguia conter as lágrimas.

Em uma tentativa de acalma-lo ela o abraçou pelas costa, apertou o mais forte que pode, Ele deixou ser consolado dessa vez, até mesmo as pessoas mais duronas sofrem e precisam de conforto, e Beth lhe dava esse conforto.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Eu achei legal.
Quero agradecer a galerinha que está acompanhando a fanfic e agradecer os que estão deixando seus comentários aqui. Por favor comentem, isso é importante mesmo. Obrigada gente, até o próximo capítulo.



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