Inside Out
I would swallow my pride, I would choke on the rinds
But the lack thereof would leave me empty inside
Swallow my doubt turn it inside out
Find nothin' but faith in nothin'
Want to put my tender, heart in a blender
Watch it spin around to a beautiful oblivion
Rendezvous then I'm through with you

As pessoas sonham que um dia Lily Evans diga sim, que um dia ela entenda o amor dele e que um dia ele a prove errada. Porque pra eles é tudo que importa, Evans estar errada e Evans ignorar ele e Evans, para eles, o devia simpatia de algum modo.

Lily sabe que ela não deve a ele, ela simplesmente não dá a mínima. Ela não quer ser amiga dele e ela não quer ouvir sobre a queda infantil dele, ela não liga se ele tem um plano para fazer ela se apaixonar e ela não dá a mínima se ele é um coitado. Se começou no quarto ano ou no momento que ele viu ela, ela simplesmente não quer saber. Nem tudo que ela faz começa e termina nele, porque Lily Evans, antes de ser a garota do Potter, é uma garota que não possui esse tipo de codependência doentia.

Tudo nela sobre ele começa e termina com sua falta de interesse, em primeiro lugar. Ninguém nunca perguntou como ela se sentia, mas se ele gostava dela, era pra ser, não? Era platônico, não era correspondido, era uma obsessão de um lado.

Lily Evans, do contrário, sonha que um dia ele pare com tudo aquilo. Que ele se livre dos grandes atos e de que ele enxergue além. Ela não é a boneca dele, arrumada e bonita para ser uma de sua coleção. Sonha que ele veja que ela não é Evans e sim uma garota.

Ela madruga e tem um sono desrregulado. Ela toma seu cereal puro e ela simplesmente devora o almoço de forma bruta. Ela só usa canetas e o pergaminho dela é sempre bagunçado. Suas notas tem o nome de Marlene e apenas sua melhor amiga sabe o que é o que na sua mochila.

Ela tem sardas só nos ombros e o seu quadril é proemeninte. Ela tem dois pés esquerdos e sua cordenação motora é hilária. Ela brinca com a comida e tem uma competição que vai e volta de castelos de waffles. Ela tenta achar a Lula Gigante e ela quase afogou Emmeline quando estavam no lago.

Ela desenha em suas próprias mãos e ela desenha em outras pessoas, droga, Lily Evans desenha em qualquer lugar. Ela corta seu próprio cabelo e ela pinta apenas o seu mindinho de uma cor florescente horrível. Ela sabe a senha para a Comunal da Lufa-Lufa e ela não visita a biblioteca desde o segundo-ano.

Ela deu um gato rabiscado para Minerva e teve detenção por um mês. Ela inventa histórias e ela é uma mentirosa boa, e até hoje Filch acha que ela foi uma das monitoras mais severas de seu tempo. Ela procastina seu dever de casa e a sua avó já morreu mais de cento e setenta e quatro vezes, ela tem a conversa fiada mais interessante do mundo e uma vez ela convenceu Sirius Black de que pregar uma peça no diretor era uma coisa boa.

São as notícias sobre o tempo e são as redações que fogem da matéria, é o papel amassado que ela deu como seu dever de Poções e mesmo assim tirou nota máxima. Ela salpica os jantares com a sua tese sobre Aritimância e ela já desvendou a fabricação de varinhas.

Lily Evans é tanta coisa e ela é mais do que a sua Monitora-Chefe certinha. Ela é a garota que estão sempre chamando para sair e que pode ser a mais popular de seu ano, ela é a garota que azarou um setimanista que tentou levantar sua saia e até hoje suas visitas são semanais a Ala Hospitalar.

Ela é feita de estrelas e tem o universo em suas veias, se realmente a conhecessem saberiam que ela é muito e muito mais que a garota do Potter.

Por agora, ela só sonha que ele pare de devanear com a garota sem defeitos e a enxergue. Que veja todos os seus desvios e todos os seus medos, e se o Potter ainda gostar dela nesse ponto, talvez ela o dê uma chance.

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