Meu perfeito idiota melhor amigo escrita por Anayushi


Capítulo 1
Para sempre companheiros


Notas iniciais do capítulo

Oee chente, como eu prometi (para aqueles que leram "arrumando a casa"), mais uma one, dessa vez gale, a próxima será Gruvia. Espero que se divirtam.Boa Leitura!



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Povs Levy

Sabe aquele amigo de infância inseparável seu? Pois é, eu também tenho um, mas não sou como as outras garotas, invés de ser melhor amiga é melhor amigo. Sim eu não tenho uma BFF, sem falar que se eu tivesse nos chamaríamos de outro jeito porque isso é muita viadagem. Voltando a parte de seu amigo que te conhece e sabe a posição que você dormiu na noite passada, não eu e nenhum amigo meu somos assim, aquele amigo seu que sabe seus pontos fracos e te irrita de um jeito doentio, mas nunca faz mal a você. Bom eu e Gajeel somos assim, bom pelo menos erámos até alguns dias atrás. Para vocês entenderem melhor vou começar desde o começo.

Era fim de semana bem cedo, dez da manhã é cedo para mim, eu sonhava com o lançamento do livro do filho do Harry e eu era convidada de honra, quando meu celular toca e tudo fica turvo. Eu abro o olho mal humorada praguejando para o filho da puta que me ligou, atendo e ouço aquela voz que a cada semana fica diferente.

–Ge-he aposto que te acordei e você está me xingando de tudo que é nome. – Gajeel.

–Se sabia então porque não poupou seus créditos, meus créditos e nosso tempo, que no meu caso é precioso. – Falo bufando e ouço o riso mais baixo que ele tem, mas eu o conheço há muito tempo para distinguir essa risada.

–Eu não tenho culpa que você considera seu tempo de dormir o único precioso e o resto fica mal dividido. Você dorme igual uma preguiça metade do dia e a outra você faz tudo na correria, chega na escola cedo, pelo menos, mas chega em casa e fica até de madrugada com essas nerdices suas, dai acorda cedo e de mal humor e vai para escola igual um ogro, sem falar que final de semana fica até três da tarde dormindo e o resto do dia é computador, de onde arranja tempo para fazer dever de casa? Até eu que sou mais organizado tenho mais problemas na escola. – O pior é que ele tinha razão sobre eu dividir mal meu tempo, e ser desorganizada.

–Querido minha vida pode ser um furacão, mas meu nível de brilho sempre vai ser o mesmo, mais forte que o do sol, quem nasce para ser perfeita é perfeita até a morte. – Falo ironizando de um jeito nem um pouco modesto.

–E é pelo fato de você ser perfeita que desejo sua tão honrosa companhia. – Ele ironizou, mas tinha algo na voz dele, ele realmente precisava de minha companhia.

–Que merda você aprontou? Não, já sei, não é algo que se fale por telefone, no parque daqui a meia hora. – O parque era nosso cantinho de paz, já que derrubaram nossa casa na árvore.

–Mas... – Eu já tinha desligado, poupei meus créditos eu o iria encontrar mesmo.

Resolvo levantar, mesmo precisando dizer para mim mesma que tinha uma cachoeira de nutela e suco de uva lá fora, pego uma roupa qualquer, qualquer no caso do meu guarda roupa é short e jardineira, gente pode estar dois graus negativos e me verão de short, saia ou macacão, eu sou calorenta ao extremo, por mim a vida seria todos andando pelados e tendo direito a água de se banhar gelada. Saio de casa voando sem comer nada mesmo e chego ao parque com um ser de cabelos pretos sentado em um banquinho com o olhar desinteressado, eu chego mais perto e o cutuco ele me olha, suspira e sorri para si, e eu me sento ao lado dele.

–Achei que não fosse chegar mais Abom – Eu bufo, Abom era a abreviação de Anão bipolar de outro mundo, esse ogro.

–Humpf, um dia serei mais alta que você. – Falo orgulhosa, eu não me controlo quando alguém vai contra meu orgulho.

–Sonha alto, se é que se seus sonhos não ficam da mesma altura que a sua, anã. – Eu ia soca-lo, mas ele fica sério. – Falando sério agora, estou com um grande problema.

–Eu imaginei, seu tom de voz no celular não estava um dos melhores. – Falo séria também, sim eu sou madura quando quero.

–É por isso que somos amigos. – Ele me abraça e afaga meus cabelos feliz, eu me separo e bufo.

–Espera que eu abane o rabo? Agora quer me dizer o que ouve?

–Bom, eu tava andando na rua de boa dai eu ouço um estrondo e vou ver o que era, quando eu cheguei no beco tinha duas crianças todas sujas correndo muito rápido deixando uma caixa para trás, eu cheguei perto da caixa e encontrei um filhote de gato preto ele estava cortado, acho que foi as crianças, eu peguei ele e levei para casa agora eu não sei o que fazer, eu posso levar ele para a adoção, mas eu me apeguei a ele. – Ele fez beicinho igual uma criança.

–Espera, espera. Quer dizer que você me acordou em pleno fim de semana, super cedo para me falar que encontrou um gato na rua? – Eu tentei parecer mais furiosa, eu estava, mas não o suficiente.

–Ummm, acho que é isso ai. – Grrrr, irritante.

–Você tem sorte que comer creme de leite me deixa de bom humor.

–Quando eu te chamo de estranha e você fala que eu sou mais, como alguém sobrevive acordando tarde todo dia e comendo uma caixa inteira de creme de leite? É por isso que não cresce. – Meu ponto fraco, magoou.

–Mas você também, além de ter piercing até não caber mais come café em pó todo dia, sabe como é fermentado aquilo? Por isso que é um gigante. – Eu retruco.

–Não é você que é pequena mesmo, isso daqui são músculos que eu ganho correndo e malhando todo dia, não sou sedentário igual você, que fica comendo barrinha cereal e creme de leite o dia inteiro para ficar jogando RPG.

–Estou a ponto de te dar um mata leão. – Ele começa a pular de um lado para o outro com os punhos um pouco abaixo do rosto e fechados.

–Pode vir, mas acho que nanicos só sevem para serem os velozes no basquete e anões de jardim, no seu caso é a segunda opção.

–Seu...

–Agora quer parar com a palhaçada. – Ele fica sério. – O que faremos com o gato?

–O que você fará, eu não contribui nem atrapalhei em nada sobre isso. – Eu me levanto e pego minha bolsa. – Bom dia.

–Vamos lá, Levy você é mais cuidadosa, vai saber o que fazer. – Quando ele chama meu nome é para implorar, eu suspiro.

–Tá, mas em troca você vai me levar para o parque aquático. – Ele me olha confuso.

–Por que não vai sozinha?

–Não tenho tamanho para ir desacompanhada em certos brinquedos. – Fasso beicinho e ele começa a rir alto, estúpido.

–E suas amigas? – Ele realmente não quer me levar.

–Se minhas amigas forem levarão os namorados, e se eles forem eu ficarei sobrando, mas caso você vá eu me sinto mais livre. – Ele olha cansado, mas desiste, adoro quando eu o convenço.

–Tá, tá. Mas se uma tiazinha parar para perguntar se quero que ela tire uma foto do casal eu vou jogar ela no rio lento e vou embora. – Isso normalmente acontece alguém pergunta se somos casal e se queremos que tirem foto.

–Ok. Agora vamos ver o gatinho. – Ele afirma e saímos andando um empurrando o outro, no final eu caio e apelo com um galho de árvore.

Chegamos no apartamento de Gajeel, sim ele mora sozinho, a avó dele está sempre ocupada então deu a ele um apartamento, mas ele quem paga as contas. Entro na casa, já tão conhecida e vou até a sala. Como não tinha muita coisa foi fácil ver uma caixa, cheguei perto e vi um pequeno gatinho preto, tão fofinho, começo a fazer carinho nele e nem noto quando Gajeel chega por trás de mim e me dá um susto.

–Eu não falei que ele era magnético.

–Uááááá, vai assustar sua vizinha com sua voz quando você canta no chuveiro. – Digo estressada. – Mas você tem razão, por que não fica com ele?

–Não é igual aos gatos virtuais, esse você tem que alimentar de verdade, limpar o coco, treinar ele. Dá muito trabalho. – Ele reclama e eu suspiro abismada.

–Tenho pena de seus futuros filhos, espero que a mãe seja uma mulher de paciência, tanto com as crianças quanto com o marido.

–Por que as pessoas sempre têm de ser parecidas com você? – Ele pergunta e eu fico confusa.

–Hã?

–Minha futura esposa tem que ser como você, foi o que deu a entender, terá de me aturar, algo que você faz de melhor e aturar crianças, sendo que de tanto que você as ama vai virar professora. – Corei, um pouco, mesmo que as palavras fossem para me mostrar uma realidade ele teve uma ideia maluca de que eu seria uma esposa para ele.

–Não seja doido, eu apenas sugeri um tipo de esposa apropriada, não significa que serei eu. – Respondo me acalmando.

–Eu também não disse que seria você, apenas dei a ideia que a única mulher que eu conheço com esses dotes é você. – Ele responde indiferente, filho da...

–Irritante. – Mostro a língua, sim apenas com ele que eu sou infantil. – Com essa personalidade ninguém vai querer se casar com você.

–Pelo menos eu já tive uma namorada. – Ele retruca com outra língua, me machucou de novo, é verdade eu sempre fui a encalhada do grupo.

–Mas se chama aquilo de namoro eu e você já somos marido e mulher, aquele namoro de vocês consistia apenas em andar de mãos dadas às vezes. – Eu não queria nos citar como casal, mas foi a primeira ideia da cabeça.

–Ela era tímida em público. – Ele retruca estressado, ele não gosta de falar nela.

–Gajeel, naquele protesto indígena ela quase se despiu. – Falo com cara de entediada, ele fica calado.

–Lily.

–Hã?

–Vai ser o nome do gato, em homenagem a minha ex. – Eu quase caio para trás.

–O QUE? Primeiro o gato é um macho, segundo quer mesmo parecer um daqueles caras que se sentem sozinhos por falta da ex e começam a dar nome aos animais em homenagem as ex-namoradas? Vai mesmo fazer isso.

–Claro que não é em homenagem a ela, o nome dela era Anastácia, é muita maldade nomear um gato macho com nome feminino, ainda mais Anastácia. – Ele fala como se soubesse de tudo, eu vou arremessar essa caixa na cara dele.

–Tá então qual é o sentido do nome? Ainda parece bem feminino para mim. – Pergunto mais calma.

–Cara, e você se diz minha melhor amiga? Eu achei que você se lembraria, foi por causa desse nome que nos conhecemos. – Agora ele entortou meu cérebro, do que ele tá falando?

–Panther Lily, a pantera negra que se transformava e adorava kiwi. – Ahhhhh, ele ainda se lembra disso?

–Nossa, como quer que eu me lembre de algo tão antigo?

–Sei lá baixinha, seu cérebro funciona melhor que o meu. – Ele sorri enquanto dá tapinhas de leve na minha cabeça, adoro quando ele faz isso.

–Certo, temos de comprar comida para o Lily. – Falo e ele se levanta colocando o gatinho de volta a caixa.

Bom, a história do nome do gato é a seguinte, quando eu me mudei para essa cidade meus vizinhos convidaram eu e meus pais para almoçarmos na casa deles, quando eu cheguei lá tinha um garotinho assistindo TV, era o programa da pantera negra voadora, Panther Lily, um dos meus desenhos favoritos, essa pantera tinha uma fala de incentivo como qualquer outro herói, eu e o garotinho dissemos juntos a união do coração de todos de Extalia mais essa minha espada me dará forças para te vencer e quando ele me olhou imediatamente soube que seriamos amigos, essa pessoa era o Gajeel, e como eu não tinha TV na minha casa eu ia todo dia para casa do Gajeel para vermos nossa pantera fanática por kiwi, dai em diante viramos melhores amigos.

Eu e Gajeel voltávamos do mercado por um parque, eu fui um pouco na frente porque ele ficou vendo um cara tocando um violão lindo, como se ele tocasse bem para ficar admirando e falando sobre tal instrumento. O problema foi quando eu estava passando pela ponte e uns mal encarados vieram em minha direção.

–Hey one-san, onde vai com tanta pressa? – Um cara fala chegando perto

–Está acompanhada? – O outro ia tocar no meu ombro, mas uma mão o interrompe e a mesma mão me envolve pelos ombros e me puxa para o forte peitoral.

–Sim ela está, se me dão licença eu e minha namorada precisamos ir. – Essa voz rouca que eu reconheço de olhos fechados, proferindo tais palavras, meu coração deu um pulo.

Voltamos a andar ainda abraçados e quando já estamos distantes ele para, ficamos em silencio, meu coração ainda bate rápido, ele aperta meu braço com mais força e me faz soltar um gemido de dor.

–Gajeel já estou bem, pode soltar? – Falo e ele me solta e me vira de frente para ele.

–É por isso que não pode andar com caras como aqueles. Você é tão frágil. – Ele pronuncia baixo e me abraça bem forte, não chega a machucar é um abraço confortável, quente, carinhoso e acolhedor, apenas ele muda meu humor desse jeito. – Levy, quero que fique ao meu lado para sempre.

–Mas é claro que vou, você é meu melhor dos melhores amigos, o irritante carinhoso que me torna uma bipolar louca, meu amigo para todos os momentos, jamais te abandonaria, se não eu ficaria infeliz. – Ele se separa do abraço e olha para mim interrogativo, logo dá um longo suspiro e me sorri gentilmente, sim o único sorriso capaz de me deixar feliz, porque esse sorriso significa que ele também está feliz.

–Você é realmente lenta. – Ele continua a sorrir, não entendi o porquê do lenta, ele quer me enlouquecer? Daí ele começa a se aproximar sem eu perceber e quando eu o vejo nossos lábios já estão selados em um profundo beijo, eu achei que quando eu beijasse alguém, jamais ele, seria algo calmo e acolhedor, mas esse beijo era tão profundo e tinha tanta necessidade, logo ficamos sem ar e ele me dá um largo sorriso que me deixa mais ofegante e vermelha. – Vou dizer mais uma vez, Levy quero que fique ao me lado para sempre. – Agora podia ver claramente o sentido dessas palavras, senti meus olhos lacrimejarem e o abracei, difícil mas consegui, ele me puxou para cima e eu flutuei.

–Sim. – Foi o que consegui dizer, eu teria bolado algo mais trabalhado se ele não tivesse me puxado e me beijado mais.

Bom, dai já podem imaginar o que aconteceu depois, muitas brigas discussões terminamos o namoro e viramos inimigos mortais, cada um com seu coração partido, só que não. Eu e Gajeel demos a noticia de namoro e todos demoraram uma hora para se acostumarem, mas logo viram que nosso namoro era igual a amizade de antes, mas agora tínhamos nosso votos de amor postos a mesa, continuávamos com nossas discussões infantis e estranhas, mas agora todas acabavam com rizadas e abraços carinhosos, e continuamos nossa rotina comum, eu sempre ia para casa do Gajeel antes e o encontrava todo dia, mas agora eu não ficava o final de semana trancada em casa, ficava trancada na casa do Gajeel, não pensem besteiras, ficávamos nos enfrentando virtualmente. E assim em diante ele continuou sendo meu perfeito idiota melhor amigo.

Dez anos depois

–Mamãe o que tem para o café? – Uma garota de cabelos azuis lisos e um garotinho de cabelos espetados pretos chegam em uma cozinha.

–Hã? – Uma mulher comia o creme de leite da caixinha.

–Ei sua estranha, desse jeito eles serão anões igual você, pare de comer creme de leite. – Um homem de olhos carmesim fala.

–Que engraçado, esses dias eu arrumava o armário e achei uma caixa de pó de café, de quem será? – A mulher de cabelos azuis pronuncia.

–Não muda de assunto anão de jardim.

–Para de ser irritante.

–Bipolar.

–Doente por ferrugem.

–Chatinha, enjoadinha e baixinha.

–Cérebro mal feito, sem noção, irritante, estúpido...

–Eles não mudam. – As crianças falam em uníssono suspirando.

–Meowwwww. – Um gatinho preto com cicatriz e aparência velha afirma o que as crianças dizem.


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Notas finais do capítulo

Intaum, comentem o que acharam, os erros, o que gostariam para a próxima fic e digam o que gostaram tbm. Até depois povo.Beijinhos, brigadeiros e cajuzinhos da Aki ^^/OBS: Vamos ficar diabéticos.



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