Itachi and Kisame History (Em Revisão) escrita por AnneAngel


Capítulo 7
Capitulo 6 – Primeira bebida. (Reescrito)


Notas iniciais do capítulo

Outro capitulo inédito, kkk
Ficou meio louco, mas... leia e me fale o que pensa.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/636153/chapter/7

Oque é dito enquanto bêbado, com certeza foi pensado enquanto sóbrio.

Itachi P.O.V (Point Off View)

Quando foi de manha juntaram-se a outro time num local já estabelecido, isso porque Sasori e Orochimaru tinham que falar com Pain também, pois haviam completado uma missão igualmente eles. Ele não gostara de ver aquela cobra peçonhenta novamente, mas a finalidade daquilo era para economizar tempo: O líder já estava lá para recebe-los com sua técnica de forma astral, Gentōshin no Jutsu .

Ignorou a cobra e o outro. Itachi manteve muito interesse em Pain, era melhor ficar de olho no homem, em particular pelo Rinnegan: Sabia que possuir um único olho daqueles daria um poder esmagador a pessoa que detivesse um, quem dirá ter um conjunto. Gostaria de saber como aquele rapaz conseguira tal poder. Mas ele foi direto ao ponto mantendo uma natureza distante e séria, não querendo chamar atenção desnecessária para si.

O homem foi direto também, falou vagamente das missões realizadas por seus membros, elogio-os pelo cumprimento e no fim mandou-os procurar Kakuzo para receber o pagamento pelo serviço, pois era o cara que cuidava do dinheiro da organização.

Sentia-se no lugar errado, como se vivesse na vida de uma outra pessoa, não sentia-se mais si mesmo. Era como estar olhando para os feitos de outra pessoa e não os seus próprios: Mas ele sabia que conseguiria alimentar aquela farsa que estava vivendo; De mentiras ele vivia.

Agora o Uchiha tinha muito oque pensar. Estava perto de um comercio, porém distante das pessoas.  Kisame foi comprar mais suprimentos alimentícios, pois os deles já tinham acabado. Ele preferiu esperar longe, havia um templo de pedra bastante charmoso nas redondezas e ele observou-o de longe, sem ter a coragem de entrar no lugar sagrado.

Ele estava descendo as escadas imensas do lugar quando sentiu a presença de alguém, percebendo rapidamente que era seu parceiro. ‘’Você foi rápido. Tem certeza que pegou o suficiente?’’ Perguntou olhando suspeito.

‘’Peguei tudo garoto. Além disso, nós estamos indo atrás de Kakuzu, ele tem comida.‘’ Respondeu-o. ‘’Ele tem uma Taberna perto de Iwagakure. O suposto dono é um cara chamado Kashiu, mas na verdade Kakuzu é o dono. Ele gosta de obter dinheiro, seja lá qual for a forma, ele faz um monte de coisas fora da Akatsuki só para ganhar mais dinheiro, alguns são lícitos outros não...’’

‘’Esse tal Kakuzu realmente tem bastante destaque nessa organização. O líder falou que ele gerencia os ganho.’’

‘’Ele costuma organizando as metas em termos de maior lucro que poderia obter a partir deles.’’ O moreno levantou uma sobrancelha e o outro prosseguiu: ‘’Ele é bom em administrar a grana, por isso líder-Sama deixou-o administrar o dinheiro da organização, de qualquer forma ele consegue quase triplicar o valor do dinheiro, ele é bom nisso. Por isso chamamos ele de tesoureiro.’’ Ele fez uma careta. ‘’Nós podemos ficar em um hotel próximo a taberna dele, se você quiser. Duvido que ele deixaria agente ficar lá de graça, ele é um  ganancioso avarento, apesar de tudo‘’.

‘’Hn’’. Apenas murmurou, já perdendo o interesse na conversa.

‘’Ah, tome, comprei isso para nós.’’ Disse Kisame estendendo um chapéu de palha com tirinhas brancas caídas pelos lados para ele. O menino pegou o chapéu e ficou olhando-o por um tempo questionando-o mentalmente. Assim o azul explicou: ‘’Com ele nós podemos passar mais ‘desapercebidos’ como você gosta, assim só aparece um pedaço do nosso rosto e como a gola do manto é alta...’’ Itachi assentiu entendendo. ‘’Bem, vamos indo’’ Disse Kisame seguindo em frente e Itachi seguiu-o não sabendo onde ficava a tal taverna.

No caminho inteiro ele observou minuciosamente o Hoshigaki: O famoso monstro da névoa oculta não era exatamente aquilo que ele imaginava. Ainda que ele fosse um excelente espadachim que gostava de uma boa luta e não hesitasse em mutilar seus oponentes, ele não parecia o monstro cruel e sem escrúpulos que ele tinha ouvido falar, afinal, apesar de sua natureza agressiva, ele era afável com o Uchiha por algum motivo.

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Eles levaram cerca de quatro horas para chegar próximo ao tal lugar, quando Kisame informou que já estavam quase chegando o azul fez reservas em um hotel usando um henge no jutsu e seguiram para a taberna sem demora.

Ao chegarem ele particularmente detestou o lugar. Não queria ficar muito mais tempo ali do que o necessário. Ao menos realmente havia um cara chamado Kashiu, que reconheceu-os pelos mantos, primeiramente. Mas parecia que Kisame e o homem tinham alguma afinidade e ficaram conversando por um tempo considerável. Parecia absortos na conversa, mas pararam quando ouviram Itachi bufar baixinho, já entediado. Ele realmente não queria ficar plantado ali mais do que era preciso.

‘’Ei, Itachi. Porque você não vai lá pegar o dinheiro com Kakuzu? Ele já sabe que passaríamos aqui!.’’  O Hoshigaki murmurou e ele não estava afim de discutir.

Kashiu abriu a porta do balcão, onde só funcionários entravam e disse; ‘’É a porta no fim do corredor, ele deve estar contando dinheiro, ele sempre esta contando dinheiro...’’

O Uchiha assentiu e entrou no corredor estreito, detestando o lugar e suas paredes chamuscadas. Não demorou muito para chegar a ultima porta, ele passou por sete ao total. Bateu na porta correta levemente, com certa educação e ficou esperando prontamente.

‘’Quem é?’’ Gritou alguém lá dentro.

Sua voz soou intensa: ‘’Itachi... Novo membro da Akatsuki’’ Disse.

Demorou um tempo considerável até alguém abrir a porta e olha-lo com uma certa raiva: Um homem alto, moreno, de olhos estranhos e com pele muscular e remendada, que parecia ter vindo de um filme de terror. Não que ele estivesse assustado ou algo assim, sua postura continuou elegante e indiferente.

‘’Ah, é você, Uchiha!’’ Era comum chamar as pessoas pelo sobrenome primeiro, isso mostrava que a pessoa tinha uma linhagem importante. Mas Itachi odiava quando chamavam-no assim, como se sua linhagem genética fosse mais importante que ele como pessoa, aquilo era quase uma anulação de sua própria individualidade e singularidade, algo que dissolvia sua identidade como pessoa e classificava-o apenas como um "Uchiha" qualquer e por isso de testava esses esteriótipos. Mas deixou isso de lado. Itachi assentiu e o homem prosseguiu com uma carranca: ‘’Porque você não falou antes, teria me poupado de levantar, mas entre logo, tempo é dinheiro’’. Disse dando um espaço para ele entrar na sala.

Se sua expressão era de indiferença antes, com certeza havia mudado. Surpreendeu-se: O lugar era grande, organizado e bonito, diferente da taverna, que era escura e não muito limpa. Ainda sim, era modesto, como se a pessoa que o decorou não quisesse gastar muito para tal. Oque mais lhe impressionara eram as estantes de livros que adornavam o lugar, ele não via livros fazia meses...

Kakuzu pareceu não se importar com seu olhar bisbilhoteiro pela saleta. Sentou-se em uma cadeira atrás de uma mesa e apontou para ele sentar na outra. O moreno percebeu que aquilo era como um escritório, ou algo assim.

Sem delongas, pois Kakuzu não era muito de falar e enrolar também, em uma estante pequena na altura da mesa ele pegou um livro, mas o mais novo percebeu que era um livro de mentira, era um livro caixa e de dentro o homem cheio de remendos tirou um punhado de dinheiro e entregou para Itachi. ‘’Vocês conseguiram mais que o combinado nessa missão, mas não significa que receberão mais.’’ Murmurou, sua expressão séria.

O Uchiha fez uma careta. ‘’Tanto faz!’’ Ele não discutiria por causa de dinheiro.

Olhou ao redor mais interessado em outra coisa. O garoto se perguntava se todos os livros eram falsos, e que era realmente uma coisa péssima cortar as paginas de um livro só para transforma-lo em um livro caixa. Dinheiro não valia mais que informação.

‘’Não, não são todos falsos, se é oque esta pensando... E esse livro aqui era realmente ruim.’’ Disse Kakuzu, como se pudesse ler mentes. Ainda sobrara grana do livro, bolinhos e mais bolinhos juntos com um elástico. Ele abriu um cofre grande e robusto tirado de uma gaveta também bem trancada, parecia que até destrancar o segredo demoraria...

Ele havia ignorado o convidado assim que fez oque era pra fazer. Então Itachi levantou da cadeira e olhou para as estantes de livros, caminhando até elas. Ele sabia que não devia deixar Kisame esperando, mas fazia tanto tempo que não lia algo e o outra integrante daquela sala não parecia se importar com ele ali, talvez o dinheiro tivesse até feito-o esquece-lo, afinal o homem alto já nem olhava para ele ou se incomodava com sua presença. Como se ele nem existisse.

Ele passou os dedos pelos livros e foi lendo os nomes. A maioria era sobre matemática e contabilidade, mas havia muitos livros clássicos também.

‘Matemática a ciência dos padrões’, ‘O homem que calculava’, ‘contabilidade geral’, ‘contabilidade comercial’ ‘Contabilidade financeira’, ‘Contabilidade avançada’, ‘Contabilidade e gestão’ ‘A arte da guerra’, ‘A riqueza das nações’, ‘A era da razão’, ‘A origem das espécies’, ‘O sistema do mundo’, ’Execução’, ‘Empreender’, ‘Empresas feitas para vencer’, ‘Pé na estrada’, ‘Na natureza selvagem’, ‘A republica’, ‘O contrato social’, ‘Como os gigantes caem’, ‘Alto risco’... E nem havia acabado a primeira prateleira. Ele seguiu com o dedo, ainda entretido.

‘’Você tem uma coleção muito interessante... ’’ Disse Itachi sem tirar os olhos dos livros.

‘’Fique quieto, ou arranco seu coração.’’ Disse Kakuzu sem olhar para ele, ainda concentrado no dinheiro.

Itachi estendeu o braço para um livro. ‘’Você se Importaria se eu pegasse um para ler?’’ Disse virando-se para ver o rosto do outro.

‘’Desde que não estrague-os.’’ Disse Kakuzu aborrecido por ele abrir a boca, e ainda sem olhar para ele. (E no final: Quem poderia imaginar que o hobby de um nukenin rank-S de quase cem anos pudesse ser a leitura, afinal?).

 O menino deu de ombros e voltou-se para os livros animado com a ideia de por a leitura em dia, voltou-se aquela atividade quase  que com um entusiasmo infantil. Havia muitos livros que ele achara interessante, os clássicos pareciam mais animadores que os de contabilidade. Ficou em duvida entre um livro que compunha um inventário da cultura do Japão feudal, vista por um olhar poético, que podiam ser lidos em sequência ou ao acaso e um outro que dissertava acerca do período pós-guerra.

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Itachi perdeu a noção do tempo enquanto lia, devia ter passado cerca de uma hora e meia desde que começou. Já podia ver o azul espumando de raiva! Mas se fosse assim porque ele não entrara lá atrás dele? Ele não poderia ter ido embora sem seu pagamento.

‘’Eu tenho que ir... ’’ Ele explicou tendo em mente que aquilo não era necessário, mas se viu doutrinado a fazê-lo, por educação. Levantava-se do chão e colocava o livro na prateleira com certa pena. Kakuzu nem ligou, ainda estava fazendo algo com o dinheiro e nem olhou para o menino, mas ele sabia que o homem tinha escutado, ele não devia ser surdo.

Caminhou até a porta e abriu a maçaneta. Olhando o homem estranho e velhaco pela ultima vez. ‘’Com licença’’ Disse educadamente enquanto saia. Desfecho: Deixou um Kakuzu com as sobrancelhas arqueadas, perguntando-se: Ou Itachi era educado demais ou se ele só se acostumou com a boca suja e os modos errados de Hidan.

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Quando saiu da boa sala do homem estranho, sentiu-se em desgosto novamente: Itachi tinha que admitir que desfrutar de uma saída para comer era bom, mas ele era meio exigente sobre onde ele comia e claramente aquele lugar não parecia uma boa opção.

Quando saiam, seu parceiro e ele para comer, ele gostava de pequenos cafés que serviam comida tradicional e caseira, especialmente se eles fizessem rodízios de pequenos pratos ao longo do tempo. Já Kisame preferia lugares com comidas gordurosas que davam grandes porções e principalmente se servissem frutos do mar. Mas aquele lugar era nojento, como se o dono não quisesse pagar o pessoal da limpeza.

Pra Itachi, estar em um lugar rodeado por bebidas alcoólicas e que cheirava a suor e excrementos era novo e ele não estava gostando nada: Primeiro que aquela casinha de madeira misturada com pedra e um pedaço feita dentro da rocha, só tinha homens aparentemente bêbados e com certeza nada lúcidos e sociáveis, que ficavam olhando para ele estranhamente. Não os considerava como ameaça, mas ainda sim eles eram grandes, parrudos e tinham uma cara feia, além do que eles fediam a cigarro e bebida. Além disso, em segundo lugar, tinha pouca iluminação e insetos.

Como ele só queria sair dali, ele estava com a grana mesmo. Kisame que corresse atrás dele...

•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•*´¨`*•.¸¸.•

Kisame P.O.V (Point Off View)

Tinha avistado Itachi encostado em uma parede em um canto. O garoto parecia estar achando o lugar desagradável e ele podia perceber isso só de olhar para o rosto da jovem criança.

Mas ele não se importava, era quase impossível fazer Itachi ficar em um lugar que servia álcool e ele não perderia aquela chance só porque o garoto estava de birra com o estabelecimento. Ele gostava de ter uma bebida de vez em quando e desta vez era Hidan que estava pagando a conta. Não iria perder a oportunidade. Mas algo o intrigava: Kisame se perguntava por que o menino tinha demorado tanto na sala de Kakuzu.

Ele acenou para o Uchiha. Que seguiu em sua direção com uma cara de desdém e raiva.

O moreno se aproximou da mesa em que estava. ‘’Essa é a sua quarta garrafa de Saquê e essas são só as que eu vi você tomar’’ Itachi apontou, observando seu parceiro tomar um grande gole da garrafa.

Ele riu abertamente. ‘’Oh, eu já bebi cinco, antes’’ Contou Kisame. ‘’Quer ver-me engolir essa?’’ Disse como se fosse algo admirável.

O menino franziu a testa em provável desaprovação e disse um ‘’Não’’ bem claro.

O azul fechou a cara um pouco. ‘’Ah, vamos lá. Veja, eu vou pedir uma para você e vamos fazer um concurso você, Hidan e eu. Quem perder faz oque o outro quiser!’’ Ele ofereceu. ‘’Meu melhor tempo é de seis segundos. Acha que você pode me bater?’’ Disse zombando.

‘’Por que eu iria querer?’’ Disse Itachi cruzando os braços de forma irritadiça.

‘’Caralho, eu não sei vocês dois filhos da puta, mas tá vendo a quantidade de imbecis aqui? Esse bando de faz nada é a melhor tipo de presa para meus sacrifícios diários, porra. Então é só eu ficar aqui de boa esperando o primeiro retardado se tornar uma vitima.’’  Disse Hidan. ‘’E depois, eu posso importunar o Kakuzu, aquele velho ama dinheiro e desdenha da minha religião... Eu posso muito bem acabar com os clientes dele como represaria por suas blasfêmias. Jashin vai saborear isso!’’

O menino torceu o cenho, claramente detestando o homem de olhos violeta.

Kisame seguiu dizendo: ‘’Tá bem, tá bem, essa foi uma ideia idiota. Você é muito novo para bebe saquê afinal... ’’ Observou o azul. ‘’E esse lugar não é bem os dos melhores para tal.’’

‘’Hn’’ Murmurou ainda de braços cruzados.

‘’Qual foi, peixe? Porra, ele é um Nukenin, ele faz oque der na telha. Quem é você? O pai dele?’’

‘’Não, eu só estou dizendo que não é uma boa ideia. Talvez seja melhor fazermos outra coisa...’’ Disse Kisame. ‘’Ei, você quer jogar Dardos, Itachi? É como jogar kunai. Podemos apostar, melhor que bebida!’’ Observou.

‘’Não.’’ Grunhiu. ‘’Vamos embora. Esse lugar é repugnante.’’

O Hoshigaki suspirou e tomou outro gole da bebida alcoólica para ficar frio. ‘’Eu só estou tentando ser um cara legal. Por que você não coopera um pouco?’’

‘’Nós não devemos tornar-nos complacentes’’ Disse Itachi friamente. ‘’Eu não acho sábio beber porque você perde os sentidos e isso pode nos prejudicar e nos fazer baixar a guarda. Além disso, beber está fora da lista de coisas que um Shinobi deve fazer com frequência.’’ Murmurou e Hidan revirou os olhos e voltou a beber. ‘’Vocês são idiotas, do que adianta receber um salario e gastar justamente na taberna de quem nos paga? Volta tudo pro bolso dele!’’

‘’Hidan está pagando e ele sempre fica no fiado mesmo, Kakuzu não pode mata-lo, eles são o combo zumbi imortais, se não percebeu. E depois eu não vou baixar a guarda só por umas garrafinhas. Eu estou completamente lucido, Itachi-san.’’ Ele explicou cordialmente. ‘’Vamos, sente ai agora e deixe de ser chato’’ Ordenou.

Isso fez o Uchiha olha-lo com surpresa. ‘’Tem certeza que você esta lucido?’’ Ameaçou: ‘’Eu poderia dizer que você perdeu o senso de autopreservação.’’

 Kisame o encarou de maneira feia, resumo: Itachi não se intimidou.

Ele bufou. ‘’Vamos, Itachi. É só você sentar, o que custa? Eu sempre faço oque você quer... ’’ Disse pidão como uma criança.

‘’Você está sendo infantil’’ O moreno acusou rigidamente.

‘’E você está sendo um velhote chato’’ Atirou de volta. Ele tinha consciência que falar isso não iria fazê-lo parecer menos infantil, mas ele não tinha vindo a este lugar com a intenção de agir como um adulto responsável de qualquer forma.

Kisame esperou; seu parceiro torceu a boca de uma forma que significava que ele estava prestes a esganar alguém. Mas no fim ele não fez nada além de uma cara esquisita. Deixando o tubarão surpreso, ele se sentou na cadeira de mal grado, como havia pedido.

O albino abriu um sorriso. ‘’Então, quer beber uma?’’ Disse Hidan apontando para a própria cerveja.

‘’Hidan, eu já disse que não é uma boa ideia’’ Lembrou Kisame bebendo um gole da própria cerveja. ‘’Vamos jogar dardos. É melhor.’’

‘’Não. Vamos fazer uma aposta então: Cinco garrafas, quem acabar primeiro ganha. E quem ganhar decide se o garoto bebe ou joga dardos, o que acha?’’ Falou o albino encarando Kisame.

O tubarão iria falar alguma coisa, mas foi interrompido pelo menor: ‘’Nenhum dos dois vai decidir o que eu vou fazer. Porém, eu bebo uma, se vocês pararem de agir como tolos.’’

‘’Beba seis e eu vou matar todos esses retardados aqui em nome de Jashin’’ Brincou Hidan, mas Itachi fechou a cara.

‘’Não beba muito Kisame, pois eu vou larga-lo aqui se não conseguir andar ou se proteger.’’

‘’Ah, eu nunca bebo ao ponto de não conseguir andar, se alguma coisa acontecer, eu é que vou estar carregando você, Itachi-san.’’

‘’Hn’’ Murmurou o garoto.

‘’Ei Kashiu, desse mais uma rodada de cerveja pra gente’’ Gritou Hidan animado, depois se virou para eles. ‘’Kakuzu praticamente escraviza esse cara, ele trabalha nessa pocilga praticamente sozinho.’’

Fincou a testa, mas não pelo oque o albino disso. Kisame não gostou muito da ideia do garoto beber, mas o que ele podia fazer? Itachi era uma criança, mas já decidia as coisas por si mesmo. Tinha que se lembrar todo hora que aquela peste era antes capitão da ANBU.

Sabia que embora Itachi ostentasse um olhar muito arrependido quando a cerveja chegou na mesa, ele não voltaria a trás.

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Uma cerveja transformou-se em duas, que se transformou em cinco e depois oito. Kisame e Hidan não paravam de beber. Mas Itachi estava encarando a primeira garrafa de saquê a sua frente, ainda intocada. Então, quando percebeu que o azul olhava-o, deu-lhe um olhar sombrio. Provavelmente se perguntando por que falou que iria beber.

Ele torceu o cenho, como se para não ter seu orgulho ferido: Não tinha jeito, ele pegou a garrafa media e deixou sua bebida descer pela garganta, como se ele estivesse de bom grado tomando veneno. O Hoshigaki sabia que o garoto não era fresco, mas ele estava sendo uma rainha do drama total sobre a coisa toda. Sua cara de falsa indiferença transbordava desagrado.

Depois de o menino tomar a primeira garrafa, Hidan instigou-o a beber mais, o danado. Itachi tomou três, empurradas, mas depois ficou muito mais fácil faze-lo beber, pois não estava mais no seu estado de juízo perfeito e aceitava tudo o que o albino empurrava para ele sem reclamar ou negar.

Finalmente, depois de Itachi acabar de beber sua oitava garrafa de saquê, o azul decidiu que era hora deles irem.

‘’Vamos nessa.’’ Apontou para Itachi. ‘’Acho que você tem que pegar aqueles sacrifícios que falou.’’ Explicou ele para Hidan ‘’Além disso, o pirralho já bebeu demais, vai ter uma ressaca terrível amanha. Se ele não entrar em coma alcoólico por nossa causa, vai me matar amanha.’’

Ambos olharam para a criança: O menino estava deitado estre os próprios braços na mesa, parecia ter desmaiado, mas ainda segurava um garrafa nas mãos. Hidan assentiu e se foi.

Fez uma careta, tentando imaginar como tiraria o moleque dali agora. Ele não podia abandona-lo porque sabia que quando ficasse lucido novamente ele o caçaria até os confins. Fez um movimento para pegar Itachi em seus braços, ainda sem jeito e sem ideias de como carrega-lo. Mas quando tocou no braço o menino acordou.

‘’Eu estou bem, pode deixar... Acho melhor irmos embora... Agora... Já bebemos de mais’’ Falou meio embolado, pausadamente e de maneira engraçada. Pode perceber que ele estava bêbado, mas ao menos ainda tinha bom censo.

‘’Eu sei. Já estava pra te acordar.’’ Murmurou com um sorriso. ‘’Sabe, é isso que eu gosto em você. Eu estou realmente contente que nós somos parceiros. Ao menos você é descente, mesmo embriagado ainda tem juízo.’’

Itachi olhou-o no rosto. Em uma típica expressão de confusão de pessoa bêbada estampada na cara mantendo o contato visual por tanto tempo que foi meio estranho para o tubarão. ‘’Você está... Feliz por... Sermos parceiros?’’ Itachi perguntou depois de muito tempo encarando-o. ‘’Eu não gostaria de ser meu parceiro, se eu fosse você.’’ Disse, agora menos enrolado.

‘’O quê? Por quê?’’ Disse intrigado. ‘’Olha só, estamos cercados de malucos: Kakuzu é um avarento de merda e Hidan saiu pra fazer sacrifícios! Você com certeza é minha melhor opção.’’

O Uchiha deu de ombros. ‘’Eu realmente ando desconfiando de você, eu não sorrio para suas piadas e eu levo um longo tempo para tomar banho. Às vezes eu uso toda a água quente. Eu venho tentando melhorar isso, desde que você esta sendo tão agradável, mas...’’

‘’Ei, ei,’’Kisame interrompeu, levantando as mãos, exasperado com a forma rápida que Itachi estava falando agora. ‘’Você não precisa explicar. Por favor, não precisa explicar o que está fazendo no chuveiro. Isso não me importa. De qualquer forma, nada disso me importa.’’

O menino assentiu com a cabeça, olhando melancólico e disse; ‘’Eu peço desculpas, é que meu cabelo é longo e leva tempo para lavar.’’

‘’Tá. Olha só, você tá bêbado, tá falando coisas muito estranhas.’’ Disse condescendente. ‘’Melhor ficar mais quieto como de costume.’’ Disse Kisame olhando-o com cautela. ‘’Pronto para sair daqui?’’.

‘’Hn’’ murmurou em resposta. Soava como um ‘sim’ para Kisame.

▀▄▀▄▀▄ ...Um tempo depois...▀▄▀▄▀▄

Foi bom estar do lado de fora. Kisame estava começando a ficar cansado daquela neblina quente de cigarro da taberna e o cheiro do lado de fora era bem melhor também.

O frio da noite era intenso, mas ele não era friorento e depois ele estava bêbado demais para realmente sentir. Sentia-se com vontade de rir alto demais, embora fosse três da manhã. Ele sentia vontade de comer camarão também. ‘’Hey, Itachi’’ Ele chamou, olhando para a direita. Mas a peste não estava ali como há dois minutos atrás. Virou-se para trás. Seu parceiro estava de pé a cerca de 10 metros atrás dele, olhando para um pássaro morto no meio da rua. ‘’O que está errado?’’ Ele perguntou, falando um pouco mais alto e caminhou de volta para se juntar ao menino. ‘’Esse não é um de seus pássaros, não é?’’ Perguntou aflito.

A criança balançou a cabeça em negação. ‘’Eu só estava pensando’’ Começou ele ‘’Aves mortas são uma metáfora para a nossa vida.’’

O tubarão olhou-o estranhamente e depois olhou para o pássaro no chão tentando encontrar a semelhança. Algo, como um gato ou um guaxinim pode comer esse pássaro morto. Ele queria comer camarão. Isso foi tudo o que ele poderia assemelhar.

‘’Alguém deveria escrever um poema sobre isso’’ Disse Itachi melancólico.

‘’Uh ... Certo... Claro que podia...’’ Disse sem jeito. ‘Itachi esta muito louco mesmo, realmente não foi uma boa ideia deixa-lo beber...’ Pensava. De repente limpou a garganta, tentando sair daquela situação bizarra. ‘’Bem. Eu ia dizer que estou com fome... Podemos comprar camarão com queijo e eu pago por Dangos pra você também, o que acha?’’

‘’Não quero, mas obrigado mesmo assim’’ Itachi disse baixinho.

‘’Por que não? Você gosta de Dango que eu sei!’’

‘’Eu não quero, por que me deixa triste, porque eu costumava amar dangos e agora minha vida esta miserável, eu não mereço comer dango... Nunca mais...’’ Disse ele estupidamente e sem sentido. ‘’Porque há sempre comida boa em lugares baratos, mas nós nunca temos essas coisas em casa?’’.

‘’Isso é só porque essas comidas não são comidas rotineiras’’ Explicou Kisame. ‘’As pessoas só não fazem isso em casa todos os dias, só em ocasiões especiais."

Itachi olhou para o céu.

‘’Eu não me lembro da última vez que eu comi Dangos, não foi em casa... Acho que foi com... O Shisui, sim deve ter sido com ele..." Murmurava Itachi mais para si mesmo.

Ele já tinha ouvido aquele nome. Shisui Uchiha, famoso como Shisui do Corpo Cintilante... le custumava dar trabalho para os ninjas de Kiri. Mas resolveu não dar corda, o pirralho já estava maluquinho mesmo: ‘’Então... Vai ser uma coisa boa... ’’ Tentou anima-lo.

‘’Você acha?’’ Disse voltando a andar, cambaleante, seguido pelo maior.

‘’Sim’’  Murmurou, já cansado daquela conversa.

De repente a criança cambaleou perigosamente para a esquerda e ele teve que segura-lo para que não caísse. Depois de estar firme no chão, pois Kisame estava segurando-o, percebeu que foi realmente uma má ideia tê-lo deixado beber, teve a certeza depois da próxima frase que Itachi falou:

‘’Nós... Estamos sujos e fedendo a álcool e cigarro... Isso é deplorável... Meus pais nunca iram aprovar... ’’

Arregalou os olhos. ‘Será que ele esqueceu momentaneamente de sua ‘situação’ como Nukenin devido ao álcool?’ Pensava o tubarão se preocupando, mas também pensando que seria uma ótima oportunidade de arrancar algumas informações do menino. ‘Talvez não tenha sido tão ruim assim ele ter bebido’ Pensava. ‘’E oque que te-‘’

Foi cortado com a próxima fala de Itachi: ‘’Mas eles estão... Mortos... Então não importa mais... ’’ Disse perecendo deprimido de repente.

O Hoshigaki estava ali em silêncio, pensando agora que foi uma ideia ridícula tê-lo deixado beber, teria sido muito melhor ter ido embora da taberna, pelo menos ele não teria que escutar essa porcaria sombria, filosofando sobre animais mortos, ou falando que não gosta de comer dango, pois o deixa triste, e essa depressão momentânea por que os pais estão mortos.

O Uchiha começou um conversa deprimida sobre seus familiares mortos, mas não era nada que Kisame precisava, como informações confidenciais, ou coisa do tipo, eram só lamentações.

Ele estava prestes a dizer a Itachi que ele era a pessoa menos divertida do mundo para ficar bêbado, pois ele só estava falando que estava deprimido porque as pessoas que ele amava estavam mortas.

Ele tropeçava varias vezes também e teve uma hora que não estava se aquentando nos próprios pés e o ex-Kiri nin teve que apoia-lo com os ombros, mas como era muito alto o garoto estava com os braços enrolados em volta da cintura de Kisame, para se apoiar.

O menor ainda falava sobre seus parentes mortos de forma deprimida e o azul queria gritar com ele e dizer para ele calar a boca, mas ele não conseguia dizer nada cruel com o menino naquele estado. Ele nunca tinha visto-o tão deprimido. E foi inteiramente devido ao álcool, ele sabia.

Kisame bufou, incapaz de dizer algo malvado ou cruel para a criança Uchiha. ‘’Eu nunca mais vou beber com você de novo’’ Disse Kisame de forma calma, olhando o menino.

‘’Obrigado’’ Itachi disse em uma voz suave. ‘’Tinha um gosto terrível.’’

‘’Vamos para a hospedaria, ai você poderá descansar.’’

Itachi olhou para Kisame, e lhe deu um olhar triste. ‘’Você ainda vai comprar dangos?’’

‘’Talvez.’’ Disse com cautela, não era uma boa ideia falar qualquer coisa com Itachi naquele estado de espirito em que estava, pois a qualquer hora ele podia mudar de humor de forma drástica e por motivo algum. Ele fez uma pausa, pensando no que dizer. ‘’Eu compro, mas só se você quiser’’

‘’Eu acho que posso querer alguns...’’ Murmurou a criança.

‘’Legal’’ Disse Kisame abrindo um sorriso cheio de dentes. ‘’Eu sabia que você não recusaria doces de bom grado.’’


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que achou??? Vou adorar conversar com vc, mande-me seu feedBack se quiser!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Itachi and Kisame History (Em Revisão)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.