A suposta morte de Ciel escrita por Misaki


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Essa parte "ocorre" após o final do mangá (pelo menos o que já foi publicado até hoje), se não houver lido tudo, não tem problema, não há spoilers.



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Era inverno na Inglaterra, claro, era sempre frio ali. Ciel gostava de dias frios e cinzentos, e como poderia não gostar daquela parte de sua amada cidade e país? Seria como gostar de Sebastian como humano e não como sua verdadeira natureza, um demônio.

Era o décimo sétimo aniversário de Ciel, ele já havia matado todos os bastardos que mataram sua família, que o fizeram sacrificar sua alma e devotar sua vida para a escuridão de ser o cachorro de vigia da Rainha.

Ele havia terminado todos os seus assuntos, Soma e Agni estavam vivendo por conta própria, na casa da cidade de Ciel, Elizabeth casara com um cara alto que ela nunca teria que usar sapatos de sola baixa ou protegê-lo, mesmo que ela odiasse lutar porque não era fofo aos seus olhos. A Rainha estava morta, com seu Albert amado. Não havia mais missões para o velho e leal cão da Rainha.

Sebastian tinha evitado aquele momento por sete anos, ele não queria que chegasse a hora. O jovem mestre estava pronto para morrer e dá-lo sua alma para comer. Ciel não estava ao menos tremendo, ele era um Phantomhive, um cavalheiro no coração, ele não temia a morte ou o inferno, ele temia lutas inacabadas e parentes não vingados.

Ciel deitou em seu jardim, cercado pelas flores mais lindas do país. Ele poderia fingir dormir, se ele fosse outra pessoa, mas ele sempre podia encarar a verdade, mesmo quando ele fora morto por psicopatas no passado.

Ele tirou seu tapa-olho, finalmente, e olhou calmamente para Sebastian, que estava trêmulo e faminto por quase uma década.

— A minha alma vale todo esse transtorno, no final das contas?— perguntou Ciel, provocando seu mordomo demônio pela última vez.

— O jovem mestre acha que eu brincaria de mordomo por qualquer um?— retrucou Sebastian, frustrado.

— Você não tem que fingir, eu sei que você de cosplay, eu vi sua fantasia de gato no seu armário ontem — admitiu, sem timidez.

— Na verdade, jovem mestre, a fantasia é para você — murmurou, sorrindo como Grell faria ao ver Sebastian sem camisa.

— Muito tarde para isso, não acha? É a hora de dizer tchau, você sabia que isso estava por vir.

— Você está certo, jovem mestre, vamos terminar isso. — Sebastian segurou o rosto de Ciel e sorriu enquanto tocava os lábios dele com os seus. Ele esperara por aquilo por tanto tempo, Ciel era sempre tímido demais para seu próprio bem e diversão.

Enquanto o beijava, Sebastian retirou a alma de Ciel, que era exatamente como uma esfera de escuridão com pontos aleatórios de luz.

— Combina perfeitamente com você, jovem mestre — sussurrou, assoprando a alma de suas mãos, colocando-a em Ciel. E conforme o fez, o símbolo do demônio deixou os olhos dele, e tudo que sobrou fora o azul profundo do olho. A marca na mão de Sebastian também sumira e se tornara branca como neve, novamente.

Ele esperou lealmente seu mestre acordar.

— Espere aí, então o inferno é bonito assim? Por que as pessoas o temem?— questionou Ciel, no mesmo momento que acordou.

— Você poderia dizer que isso era o inferno há um década ou duas atrás, mas hoje é a sua vida. A sua mansão. Estamos no seu jardim — contou Sebastian, nervoso.

— Então...E sobre a minha alma?

— Você me deu, e como dono dela posso escolher o que fazer com ela. E eu escolhi devolvê-la a você.

— Você é idiota? Por que de repente após anos me infernizando, você decide ser legal agora?— Ciel estava bravo.

— Huh...você está bravo comigo porque eu fui legal?— Sebastian não conseguia entender.

— Cala a boca e faz meu chá! Ainda é meu mordomo, certo?— perguntou, temendo a resposta.

— Sim, jovem mestre. Eu te disse que estaria com você até o final e você sabe que não minto.

— Mas...terminou, certo?

— O final do contrato, não o final de nós.

— N-Nós?— Ciel corou.

— Nós, jovem mestre — confirmou Sebastian, sorrindo de forma astuta.


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