Shadow Moon escrita por letter


Capítulo 5
Victorie Weasley, Carne mal passada e Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Hello amigos! Capítulo bombástico para todos vocês :3

Eu postei uma fic de meu marido Sirius e cunhadinho Regulus, se alguém curtir histórias dessa época desse mundo maravilhoso de Hogwarts, passe lá *-*

Não irei falar muito aqui, então boa leitura e até lá em baixo :3



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O medo e a notícia sobre ataque de Dunch haviam se alastrado não só por toda Hogwarts, mas por toda a região em volta da escola. Era o segundo ataque dentro dos terrenos da escola em menos de duas semanas, mais ainda, era a segunda vez que avistavam Teddy e Victorie surgiram juntos de forma muita suspeita após um ataque.

Na manhã que levaram Dunch para a ala hospitalar alguns monitores estavam patrulhando os corredores da escola e viram o estado físico do casal que aparecera no castelo logo depois de avistaram o ferido sendo carregado para dentro. Os boatos que já corriam tenderam a aumentar, se possíveis. Os pais de Victorie foram chamados pela diretora McGonagall naquele mesmo dia. Mas a diretora ainda estava em dúvidas sobre o que fazer em relação a Teddy: Legalmente ele era já maior de idade, porém ainda era estudante em Hogwarts. O garoto metamorfomago não lamentou nem aproveitou a notícia, tinha certeza de que seria expulso, já se conformara com isso e chegara à conclusão de que não havia nada mais justo a se fazer sobre o assunto.

— Primeiro a melhor amiga dela é atacada fatalmente, agora o melhor dele é atacado quase fatalmente. E vocês já devem ter ouvido as histórias sobre a relação que os pais de ambos têm com lobisomens, certo? Quer dizer, todos já viram aqueles dois comendo apenas carne mal passada, e...

— E todos já ouviram as histórias de seus pais também Messier – exasperou-se Fred Weasley II — Quero dizer, Mulciber seu avô era chegado de você-sabe-quem e o seu pai seguiu direitinho os passos dele também.

— Está sugerindo algo Weasley? – um quartanista um palmo mais alto que Fred se levantou de sua cadeira na biblioteca para olhar o ruivo de cima.

Os quartanista da Grifinória e da Sonserina que haviam sido dispensados da aula de “Trato de Criaturas Mágicas” devido ao mau tempo estavam agrupados na biblioteca escrevendo 30 centímetros sobre tronquilhos em um pergaminho, uma vez que a aula fora adiada. Messier discutia com seu grupo de colegas da Sonserina os recentes ataques em tão alto e bom som que o garoto Weasley estava surpreso de Madame Pince não ter aparecido com seu espanador para enxotá-los dali.

— Estou dizendo que nós não somos o que nossos pais foram, você é um exemplo disso – Messier que era tão burro quanto uma pedra repetia as palavras para ele mesmo apenas movendo os lábios até que ela fizeram sentido. Fred via claramente que o garoto estava discutindo internamente se aquilo fora um elogio ou uma ofensa.

— Fred, esse legume não vai entender o que você está falando tão cedo – anunciou Molly Weasley, algumas cadeiras atrás dos garotos. Molly era a única Weasley que estava no mesmo ano que Fred, logo, ambos eram bem próximos. Molly se levantou e enrolou seu pergaminho, chamando Fred com um aceno de cabeça.

— Legume? – babulciou Messier Mulciber quando os dois ruivos deixaram a biblioteca guardando seu dever de casa em suas mochilas.

— Não suporto todo mundo falando do Teddy – confidenciou Fred apertando as mãos em punho — O cara já tem uma vida sofrida por si só e além de tudo consegue ser humilde. Se fosse eu já teria estuporado uma boa dúzia de pessoas que ficam falando asneira por aí...

— Bom, ninguém falaria nada se não tivesse nada para se falar – comentou Molly mordendo os lábios — Quero dizer, eles deram motivos! Não que eu acredito em alguma dessas bobagens que andam dizendo, mas Teddy e Vic não são santos, quebraram uma dúzia de regulamente saindo da escola a noite para fazer sabe Merlin o que... – apressou a ruiva a se corrigir quando viu o olhar recriminador de seu primo — Você falou com ele? Ele com certeza precisa de alguém para conversar, imagine o que ele deve estar sentindo? Uma de suas amigas mais próximas faleceu, seu melhor amigo está inconsciente, a namorada em estado de choque pelo ocorrido a ambos seus amigos, os NIEMs chegando, a avó dele doente...

— Como uma pessoa pode sentir isso tudo? Eu explodiria!

— Não é porque você tem o emocional de uma colherinha que significa que todos os outros têm! – ralhou Molly.

Mas Fred não poderia estar mais certo. Dois andares acima Teddy Lupin tinha certeza de que explodiria a qualquer momento. Madame Pomfrey insistira em deixar Teddy e Victorie na enfermaria ao lado do jovem Dunch. A curandeira descobrira que Teddy havia fatura a tíbia e a patela, por isso sua perna não estava dobrando e precisava ser arrastada, um par de costelas do garoto também estavam trincadas e um de seus ombros deslocados. Teddy sabia que isso era culpa de sua transformação como lobisomem, das poucas vezes em que se transformara sentia que um dragão e um trasgo haviam dançado tango em seu corpo quando voltava a sua forma humana. Victorie estava mais machucada psicologicamente do que fisicamente, aparentemente o choque de que sua melhor amiga havia realmente falecido caíra sobre a garota apenas naquele momento, a veela começou a ter um ataque de pânico com o baque de realidade que recebera que foi preciso uma poção do sono para acalmá-la. Afora isso a garota estava apenas com vários cortes e arranhões pelo corpo, um dos tornozelos estava fraturado, mas Madame Pomfrey o corrigiu em questão de minutos.

Teddy não conseguia dormir. Sua cabeça estava tão lotada de coisas que nem a poção do sono o ajudara. Apenas fingiu estar inconsciente porque ouviu passos vindo do corredor a fora: a diretora entrava na ala hospitalar acompanhada de seu sogro. De soslaio Teddy viu Gui Weasley se sentar na cama de Victorie e acariciá-la por alguns minutos, logo voltou a se retirar com a diretora sem dizer qualquer palavra.

O grifano soltou um gemido quando uma dor em seu ombro começou a pulsar. Havia se virado de lado, sobre o ombro descolado que estava em recuperação. Se ajeitou na cama virando-se para cima, fitando o teto. Sombriamente pensou que ao menos não teria que se preocupar com o NIEMs uma vez que seria expulso e que afinal, teria tempo para cuidar de sua avó doente. Teddy estava tentando achar pontos positivos de toda a situação, mas não estava fácil. Queria prestar os NIEMs, estudara anos a finco para poder ingressar no ministério como auror, e não queria cuidar de sua avó doente, queria que sua avó estivesse esbanjando saúde para tê-la ao seu lado por mais uma década de vida ou duas, pois o garoto sabia que a doença de sua avó era a velhice, e contra essa não havia cura.

Victorie soltou um muxoxo em seu sono despertando Teddy de seus devaneios. O garoto estava inquieto. Odiava ficar parado, odiava tudo que estava acontecendo. Há semanas atrás sua vida era tão tranquila, quando fora que tudo se bagunçara desse jeito? Sentia falta de sentar abaixo da árvore no lago e acariciar os cabelos de Victorie nos fins da tarde, sentia falta de treinar quadribol com seu companheiro de posição Dunch – ambos eram batedores –, sentia falta de jogar snap explosivo e xadrez bruxo com os primos de consideração, sentia falta de discutir com Nemêsis... O coração de Teddy parou por um segundo enquanto se contraia ao pensar em Nemêsis.

Já havia alguns dias desde a notícia que a garota fora encontrada morta. Teddy se focou tanto em acreditar que não fora sua parte animal que causara isso que não tivera tempo de entrar em luto pela morte da amiga.

Nêmesis está morta.

Essa era a realidade. Fria como uma barra de ferro no inverno. E não havia nada que ele poderia fazer. Não teria mais aquela pessoa implicante de um metro e sessenta de altura, cabelos escuros repicados aleatoriamente na altura da nuca e uma franja tampando o olho sombreado com lápis negro na sua vida. Aquela garota que no quarto ano armara para que Victorie e Teddy finalmente ficassem juntos depois de uma vida trocando olhares. Aquela pessoa que por acidente descobrira que Teddy era lobisomem e quando o garoto foi se explicar dizendo que prepara a poção de forma errada e implorando para que ela não o odiasse, ela se dispôs a ajudar a preparar wolfsbane e desde então acidentes de transformação nunca mais ocorreram.

Nêmesis está morta.

Ela tinha apenas dezesseis anos, estava ansiosa para prestar os testes de aparatação. Jogava como artilheira do time de quadribol e havia chamado a atenção de alguns olheiros em um jogo no ano anterior. Se preparava para jogar em liga profissional. Teve um namorado durante o verão, um garoto trouxa que morava perto de sua casa e se comunicava com ele por cartas. E agora Nêmesis estava morta.

Pela primeira vez Teddy entendeu que isso era verdade e percebeu que todo o resto, tudo que estava o incomodando naquele momento era uma grande banalidade perto disso. Haveria algo a se fazer a respeito de qualquer outro assunto, menos desse. O tempo passaria, pensaria nela todos os dias, mas quando ficasse velho se lembraria dela dia sim, dia não, até que um dia não lembrasse mais, e quando isso acontecesse, quando ele, nem Victorie, nem a família da garota estivessem no mundo para lembrar-se de Nêmesis ela realmente deixaria de existir. Não teria nem filho, nem netos para citar seu nome.

Teddy não conseguia ficar mais parado. Não pensando nisso ao menos. Olhou para o lado e viu Dunch inconsciente e pesou que o mesmo destino de Nêmesis poderia ter sido o dele. Com dificuldades desceu da cama, a perna já estava melhor, mas ainda sim continuava um tanto rígida, mas o garoto conseguiu se arrastar até Dunch e se jogar na cadeira do lado do amigo.

Dunch era um rapaz alto e forte de dezessete anos. Tinha cabelos cor de palhas e olhos da mesma cor. As meninas gostavam de Dunch, ele era o tipo de cara bonitão e boa pinta e que ainda assim conseguia ser gente boa. Teddy o conheceu no minuto em que entrou no Expresso Hogwarts e desde então eram melhores amigos.

Mas agora o rosto bonito de Dunch estava inchado. Havia uma um curativo que ia da base de sua mandíbula, cobria parte de seu pescoço, clavícula e terminava no ombro. Madame Pomfrey dissera que conseguiu drenar todo o veneno do que quer que o tenha mordido de seu sistema, mas que se realmente fosse um lobisomem, não adiantava, ele iria se transformar na próxima lua cheia.

— Eu vou entender se você quiser me matar quando acordar – sussurrou Teddy fitando o amigo — Eu mesmo faria isso comigo se tivesse coragem o suficiente... Não sei o que é pior, pensar que matei Nêmesis, ou pensar que passei uma maldição para você. Engraçado como machucamos mais as pessoas que mais amamos.

— Para cara, ta ficando gay – murmurou Dunch quase inteligível de olhos ainda fechados, Teddy se inclinou para o amigo, achando que estava delirando. Não poderia ter o ouvido isso, poderia?

— Dunch? – chamou pelo amigo, incrédulo.

Dunch se remexeu em sua cama e abriu os olhos, apenas uma fenda, pois também estavam inchados. O que parecia ser a sombra de um sorriso se formou em seu rosto. Teddy não acreditou na felicidade que sentia em ver o amigo acordado. Sabia que já não corria riscos mais, mas ver a pessoa inconsciente faz você pensar coisas, querendo ou não.

— Vou chamar Madame Pomfrey – anunciou Teddy numa excitação que não parecia vir dele, dado a situação.

— Não... Espera – falou Dunch com dificuldades. Teddy assentiu, estendeu a mão para uma taça sobre um criado mudo ao lado de cama de Dunch e encheu de água com o feitiço “aguamenti”. Teddy que ainda estava sem forças para se levantar direito se inclinou para frente, passou uma das mãos pela nunca de Dunch para ajudá-lo a beber a água. O garoto tomou toda a taça um gole — Preciso, preciso lhe contar...

Teddy se sentia eufórico. Dunch estava falando com ele, isso deveria significar algo, certo? O garoto assentiu, fingindo que não estava tão ansioso quanto se sentia.

— Essas camisolas que botaram na gente – a voz de Dunch não passava de um sussurro — São muito gays... Se os cara da Sonserina ver a gente assim...

Teddy não conseguiu deixar de rir, sua risada veio como um latido rouco que sempre soltava nesse ato.

— Dunch, eu preciso saber – o grifano não aguentava mais segurar — Você se lembra de algo? Você se lembra do que te atacou?

Dunch fechou os olhos e soltou um pesado suspiro. Fez um cara que parecia ser de dor e levou as mãos ao curativo enorme no pescoço. Abriu os olhos, apenas uma fenda, e fez um esforço sobre humano para se sentar na cama. As suas feições perderam todo ar da última piada, estavam tão serias quanto num dia de luto.

Assentiu para Teddy. Ele se lembrava.

Teddy não queria pressioná-lo, mas precisava saber logo, não se aguentava mais no lugar. Queria balançar Dunch e berrar “desembucha!”. Mas ao invés disso sustentou pacientemente o olhar do amigo. Dunch olhou para o lado e pousou seus olhos numa Victorie inconsciente devido a uma pesada dose de poção de sono.

Ela. – murmurou Dunch.

— Ela está bem, apenas em choque, acordará logo – respondeu Teddy rápido de mais — Então, por favor, me diga, me diga o que se lembra, o que te atacou – pediu o garoto novamente sem conseguir controlar a ansiedade na voz.

Ela – murmurou Dunch novamente, tirando os olhares de Victorie e voltando a encarar Teddy – Foi ela.


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Notas finais do capítulo

Algumas ((duas)) pessoas haviam já adivinhado que era isso, daí por isso nem havia respondido os comentários kk Mas então, o que acharam? O que acham que acontecerá agora? Eu quero muito a opinião de vocês desse capítulo, então não deixem de comentar, e você leitorzinho fantasma, deixe seu comentário também!

O próximo cap já ta pronto também, logo posto.

E depois olhem minha linda capa nova *w* E reforçando, quem tiver interesse tenho uma nova fic dos brother Black postadas *-* Beijos guys.