Shadow Moon escrita por letter


Capítulo 11
Mecanismo de defesa, Dormitório e Pergaminho


Notas iniciais do capítulo

ASSIM COMO UMA FÊNIX ESSA FANFIC RENASCEU!! Vou postar os capítulos para finalizar (se alguém ainda lê algo aqui - se não, vou postar mesmo assim)



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https://www.youtube.com/watch?v=QI8VrXkffcg

 

                Teddy gostaria que houvesse algum feitiço que pudesse trazer seus pais para seu lado por cinco minutos. Não era muito, era? Apenas cinco minutos era o que ele queria. Por diversos momentos em sua vida desejara ter os pais ao seu lado, mas não mais que agora. Gostaria que o abraçassem e falassem que tudo iria ficar bem.

                Mas não teria cinco minutos com seus pais, e nada ficaria bem.

                Ele e Victorie iriam ser julgados, provavelmente haveria uma lista enorme de delitos que cometeram nas últimas semanas, e nem toda influência do seu padrinho ou seus familiares de consideração iriam apagar isso.

                Teddy viveu aquele dia como se estivesse mergulhado no lago negro de Hogwarts, não conseguia ouvir bem o que falavam para ele, muito menos falar de volta. Tudo se passara como um borrão em sua mente. Sentia-se anestesiado, tentando absorver tudo que estava acontecendo. Lembrava-se de fatos: havia saído de Hogwarts, havia ido ao Ministério através de aparatação com Ron Weasley, havia sido interrogado pelos membros do Departamento de Execução das Leis da Magia, havia voltado para Hogwarts.

                Como se voltasse de um transe, se despertou quando Dunch estralou os dedos em sua frente. Teddy piscou e focou o amigo em seu campo de visão, como se o visse pela primeira vez e não como se o rapaz estivesse há minutos falando com ele, com feições de quem aguardava uma resposta.

                - Quê? – balbuciou Teddy, sentindo o que parecia ser seu espírito voltando do além para seu corpo.

                -  Por Merlin, Teddy! – exasperou o amigo – Você não ouviu nada do que falei, não é mesmo?

                - Não, acho que não – respondeu o grifano, sentindo-se exausto.

                - Perguntei por que trouxeram você de volta e Victorie não.

                Teddy olhou para os lados, como se buscasse por Victorie ou por respostas. Estava com Dunch no dormitório que ambos dividiam com mais dois garotos, porém há semanas os outros companheiros de quarto faziam questão de entrar quando Teddy já estava dormindo e saíam antes que ele se levantasse.

                - Eu não sei cara, não prestei atenção em nada, é como se houvessem me tirado do meu corpo.              

                - Mecanismo de defesa – respondeu Dunch, claramente frustrado – Sua mente se protegendo do que está acontecendo. Algo que ela provavelmente já está habituada, uma vez que isso ocorre sempre que você se transforma...

                Dunch continuou falando sobre o tal mecanismo de defesa da mente de Teddy, e Teddy novamente entrou fundo em seus devaneios e se desligou da voz do amigo, pensando. Então Victorie não está em Hogwarts, pensava ele. Por quê? Ela era um risco tão grande que não poderia ser deixada no convívio dos alunos que viviam no castelo ou ela corria um risco tão grande com o bando de Greyback á solta que preferiam protegê-la fora?

                Teddy odiou o mecanismo de defesa de sua mente, muito provavelmente Ron ou alguém deve ter falado para ele sobre Victorie e ele não escutara. Se xingou mentalmente e começou pensar como iria falar com Vic, afinal, ele precisava. Precisava se desculpar por não ter contado a ela sobre sua transformação, por não estar ao lado dela no que deveria ser o pior momento da sua vida, por não conseguir protegê-la do bando de lobisomens em seu encalço, por não poder ser julgado no Ministério em seu lugar.

                Mas como falaria com ela se não ao menos sabia onde ela estava?

                E então com um estalo se lembrou:

                - A Pena!— exclamou Teddy saltando da cama e assustando Dunch que andava de um lado para outro falando sobre qualquer coisa para Teddy.

                - Heim? – Perguntou Dunch concluindo que Teddy enlouquecera.

                - Dei a Vic uma Pena enfeitiçada de presente, uma ficou com ela e uma comigo, e tenho certeza que ela levou o par dela, pois dei logo antes de toda confusão. Eu posso escrever em um pergaminho e o que eu escrever vai se materializar em qualquer superfície mais próximo a ela!

                - Caramba Teddy, você é um gênio!

                - Venho te falando isso há 7 anos e você ignorou esse fato até o momento, Dunch – respondeu Lupin, animado com sua ideia e com a capacidade de conseguir fazer humor em um momento tão sombrio.

                Teddy se virou para o criado mudo ao lado de sua cama e puxou uma folha de pergaminho solta entre seus livros, a Pena enfeitiçada estava sobre o criado, onde fora posta desde o momento que enfeitiçara.

                Pegou a Pena e quando à colocou no pergaminho amassado em branco não soube o que escrever. Estava tão desesperado nas últimas horas para falar com Vic que não pensara o que falar. Teddy pressionou a Pena entre os dedos, como se o esforço forçasse sua mente a pensar.

                Vic, você está bem? Escreveu o garoto com um garrancho legível.           

                Dunch ponderou entre o bom senso e a curiosidade e deixou o bom senso vencer a batalha, saindo do quarto para deixar Teddy ter privacidade, fosse lá o diálogo que ocorreria ali.

                Teddy esperou alguns minutos ansioso, fixando o pergaminho, não havia testado a Pena, não sabia quanto tempo demoraria para aparecer a resposta de Vic. Depois de alguns minutos começou a se preocupar se aparecia a resposta da namorada, ela poderia ter perdido seu presente entre meio a tantas aparatações e desaparatações, ou até mesmo o feitiço de Teddy poderia não ter dado certo, ele não teria como saber, uma vez que não testaram.

                O garoto começou a ficar apreensivo, o fiozinho de esperança ao qual havia se ligado nos últimos minutos começava a se desfazer enquanto um bolo começa a se formar em sua garganta. Quando falaria com Vic de novo?       

                Teddy estava a ponto de desistir quando palavras começaram a se materializar no pergaminho embaixo da pergunta que escrevera.

                Sim.

                Teddy esperou que mais palavras se formassem. E continuou esperando. E quando entendera que Victorie não havia escrito mais nada se aprumou na cama, pegou a Pena e escreveu em baixo.

                Está onde? Quero te ver. Precisamos conversar.

                Dessa vez a resposta não demorou, Teddy visualizou em sua mente que onde quer que Vic estava, estava grudada com a Pena na mão, pronta para ler e escrever de volta, tão rápido foi a réplica.

                Na’Toca, com meus pais. Teddy estou bem, foque nos seus N.I.E.M.s. Assim que possível iremos conversar sim.

                Teddy leu e releu e tentou interpretar a resposta de Vic. Chegara a várias conclusões, cada uma mais desagradável que a outra.

                Quando você volta?

                Teddy aguardou e esperou. Levantou-se da cama e começou a andar de um lado para outro no dormitório. Conseguiu ver um reflexo de si próprio no espalho ao lado da cama de Dunch. Estava com cabelos, sobrancelhas e olhos vermelhos. Não sabia o que sentir.

                Depois do que pareceu ser vários minutos Teddy concluiu que Victorie não o responderia mais.

                Jogou-se na cama com um forte suspiro.

                Me perdoe.

                Escreveu sem esperar resposta.              

                Antes que pensasse no que fazer Dunch irrompeu como uma ventania pela porta do dormitório, com cara de poucos amigos e semblante sombrio.

                - O que foi? – perguntou Teddy apreensivo.

                - A notícia sobre Victorie vazou, o castelo inteiro sabe sobre ela.

                Teddy entendeu o que Dunch queria dizer. Olhou para seu pergaminho vendo a última pergunta que fizera “quando você volta?”, ouvindo as notícias que Dunch trouxe o rapaz entendeu a resposta que Vic não dera:

                Ela não voltaria.


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Notas finais do capítulo

Prometo a mim mesmo não demorar mais 5 anos para postar novamente.



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