Sempre irei te encontrar - Paulo&Alícia escrita por White Crown Phoenix


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

aconselho a ouvirem esta música. Boa leitura.. kissus jane' RCB

https://www.youtube.com/watch?v=cGN-9OQFMHw



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Era época de natal, nevava bastante. Alícia e Paulo se casaram há cerca de um ano e ultimamente tudo havia mudado. Alícia estava agindo de uma forma muito estranha, fazia duas semanas que se afastara de Paulo, estava sempre enjoada, cansada e reclamava de tudo. Ele não conseguia entender o que estava acontecendo. Tudo estava indo bem e de repente, isso.

Paulo chegou do trabalho muito contente, tinha feito bons negócios naquele dia. Ao entrar em casa viu Alícia sentada no sofá, ela o olhava de forma estranha, parecia querer lhe contar algo.

– O que houve, amor? – ele perguntou se aproximando dela.

– Nada. – ela respondeu, mas continuava agoniada com alguma coisa.

– Não mente pra mim, Alícia. Eu sei que está acontecendo alguma coisa.

– Não aconteceu nada! – Alícia gritou e foi correndo em direção à porta.

– Aonde você vai, Alícia. – Paulo perguntou assustado.

– Dar uma volta. – ela disse mais calma. – Preciso muito pensar.

Paulo sentou-se no sofá e ficou pensando "O que está acontecendo? Tudo parecia ir tão bem... Alícia deve estar trabalhando demais. Vou ter que tomar uma atitude!" Ele pegou o telefone e ligou para o prédio da revista onde Alícia trabalhava.

– Alô. – disse a pessoa que atendeu ao telefone.

– Oi. – ele respondeu. – É da edição da revista...

– É. – cortou a atendente, grosseiramente.

– Eu gostaria de falar com o chefe de Alícia Guerra.

– Um momento.

– Pois não. – uma voz grossa falou após alguns segundos.

– Oi. Aqui é o marido de Alícia Guerra, eu...- fora interrompido antes de terminar.

– Ah! O senhor pode me informar quando ela volta da licença?

– Licença? – perguntou confuso.

– Sim. Ela pediu uma licença de uma semana para resolver alguns problemas, mas a licença acabou ontem e ela não voltou. Você... – Paulo desligou o telefone, chocado.

O que Alícia andava fazendo? Será que estava doente? Ou será...? Não! Não podia ser verdade. Ela provavelmente estava se sentindo mal e não quisera alarmá-lo. Onde ela estava agora? Com quem?

Paulo saiu de casa apressado à procura de Alícia. Ela não podia estar longe. O primeiro lugar que lhe passou pela cabeça foi a praça onde a pedira em casamento. Correu para lá e a viu sentada num banco de costas para ele, o único problema é que não estava sozinha.

Ele não sabia o que fazer. Quem era aquele cara de cabelos pretos? Por que abraçava ela? Por que ela estava chorando? Sem reação, ele ficou ali, parado.

– Você já contou pra ele? – perguntou o homem à Alícia.

– Não. – respondeu Alícia. – Eu não tive coragem.

– Por que não? Você não fez nada de errado.

– Acho que ele não vai aceitar isso bem.

Paulo não conseguiu ouvir mais nada. Fora para o apartamento deles. Ela o estava traindo. Como pudera? Será que realmente o amara algum dia?

Nesse momento Alícia chegou sorrindo e Paulo não podia conter sua raiva.

– Quem era aquele cara? – perguntou, sentado no sofá, sem encará-la.

– Ele quem? – ela não entendia.

– O cara que estava com você na praça. – Alícia ficou furiosa.

– Paulo, você me seguiu? Por quê?

– Liguei para o seu trabalho, achando que você estava trabalhando demais e o que descubro? Você pediu uma semana de licença e não me disse, eu fiquei pensando: "Por que ela faria isso?" "Será que está doente?" Saio de casa pra te procurar e te encontro chorando nos braços daquele cara. Chorava com medo de me contar algo. O que? Que não me amava mais? Que estava me traindo com ele? – Alícia começou a ficar nervosa e a chorar.

– Você realmente acredita nisso? Acha que eu seria capaz disso? – soluçando.

– É a única resposta. A única coisa que pude pensar.

– Não, Paulo! – ela gritou. – Essa é a resposta mais fácil! O pensamento mais fácil! Você tem outras opções, mas prefere o que é mais fácil.

– Que outra coisa poderia ser? – ele não sabia o que pensar agora.

– Nada, Paulo! Esquece! Não pode ser mais nada! E não se preocupe, vou sair daqui agora! – ela foi para o quarto, arrumou suas malas de qualquer jeito e voltou para a sala. Ela jogou um embrulho de presente em cima dele. – Isso era para o natal. Sabe? Daqui a três dias? Como eu não conseguia te contar ia dizer desse jeito, mas como não vou estar aqui, fica com mais esse pensamento fácil pra você. – Paulo não falava nada. – E só pra constar, "aquele cara" era meu primo Mário, marido da Carmen, que estava na cidade a negócios.

– Alícia... – ele tentara chamá-la, mas ela bateu a porta e foi embora. Paulo abriu a caixa e o que tinha dentro da mesma, fez com que ele entendesse tudo. – Droga! Eu sou um idiota! – Se levantara e correra para a porta.

Paulo a procurara em todos os lugares que frequentavam em Paris, lanchonetes, casas de amigos... Até no trabalho dela e nada. "Onde você está, Alícia?" Perguntou-se Paulo em pensamento. Ele estava desesperado. De repente teve uma idéia e foi para o aeroporto.

~*O*~*O*~

Paulo estava de volta ao Brasil. Dois dias haviam se passado, era véspera de natal e ele estava louco atrás de Alícia. Foi à casa dos pais dela, no antigo apartamento dela e só lhe restava mais uma possibilidade: Carmen. Ele foi até a edição da revista onde ela trabalhava.

– Oi. – disse Carmen ao vê-lo entrar correndo.

– Oi. Você sabe onde está Alícia?

– Se você é o marido e não sabe, como eu vou saber?

– Qual é! Vocês são como irmãs. Você deve saber pra onde ela foi.

– Não sei. – respondeu Carmen calmamente. – E se soubesse não ia dizer. – ajeitando seus óculos.

– Por favor, Carmen. – Paulo estava implorando, quase de joelhos. – Eu amo a Alícia... Preciso encontrá-la.

– Sinto muito, Paulo. Eu prometi que não ia dizer nada. – disse Carmen, parando de fingir que não sabia onde ela estava. – Ela não quer te ver. Está muito magoada.

– Carmen, você sabe que ela me ama também. A felicidade de três pessoas está em jogo.

– Eu sei, mas... – ela ficou quieta por um segundo. – Tenho certeza que se você parar pra pensar um pouco vai saber pra onde ela foi... Quem sabe se você for à uma pequena cidade perto daqui, não pensa melhor? – Paulo arregalou os olhos e saiu correndo.

– Obrigado, Carmen! – ele gritou da porta por onde saia.

– Obrigada, por quê? Eu não disse nada! – respondeu Carmen com um pequeno sorriso, vendo-o correr. – Espero que dê tudo certo.

~*O*~*O*~

Algumas horas depois, Paulo estava na pequena cidade, onde tivera Alícia nos braços, pela primeira vez. Ele seguiu para o mesmo hotel onde ficaram naquele dia de chuva.

– Olá. – ele disse ao mesmo recepcionista da outra vez.

– Oi. – respondeu o homem fitando-o. – Peraí! Você é aquele senhor que esteve aqui daquela vez que estava chovendo, não é? O que estava com uma jovem muito bonita...

– Sou eu sim. – respondeu Paulo rapidamente.

– A sua esposa está aqui. – Paulo sorriu. – O senhor quer a chave extra do quarto?

– Quero sim. Obrigado. – o homem lhe entregou a chave e ele percebeu que era o número do mesmo quarto que eles ficaram na outra vez. – Muito obrigado mesmo. – Paulo correu para o quarto.

Alícia estava ali, desde que saíra do apartamento dela e de... Paulo. Como ele pudera pensar aquilo dela? Será que não a conhecia o suficiente? Ela não podia acreditar nisso, mas tinha que aceitar. Não importava mais!

Ela levantou da cama e ligou o rádio que havia no quarto. Ficou mudando de estação até encontrar uma que tocasse alguma música que ela conhecesse. Era uma música que ela não ouvia há muito tempo e que fazia com que se lembrasse de Paulo.

~*O*~*O*~

Hoje eu vejo que não consigo entender

O que houve entre nós

Eu ainda consigo ouvir sua voz

Me dizendo o que eu já sei

Tudo tem um começo e o fim

Eu vejo a dor em seu olhar

E mesmo sem querer eu te deixo partir

Pra que possa tentar ser feliz

Outra vez recomeçar

E quando eu me perco em suas memórias

Vejo um espelho contando histórias

Sei que é difícil de esquecer essa dor

E quando penso no que vivemos

Fecho os olhos, me perco no tempo

Pra mim não acabou

~*O*~*O*~

De repente a porta do quarto se abriu e Paulo entrou. Ele se aproximou dela e ela se afastou.

– O que faz aqui, Paulo? – ela perguntou nervosa. – Já sei! Deve ter vindo buscar sua aliança. – ela fez menção de tirá-la do dedo, mas ele a impediu.

– Vim buscar minha mulher e meu filho. – Paulo respondeu tristemente.

– Cuidado. O filho pode ser do meu amante. – ele baixou a cabeça.

– Me perdoa Alícia... Eu...

– Por que Paulo? – Alícia perguntou angustiada, tentando não encará-lo, pois acabaria perdoando-o. – Pra você desconfiar de mim, de novo? Pra eu ter que ir embora de novo? Já chega! Não aguento mais isso! – ela lhe deu as costas, mas ele segurou sua mão e eles ficaram se encarando.

~*O*~*O*~

Tudo tem um começo e um fim

Eu vejo a dor em seu olhar

E mesmo sem querer eu te deixo partir

E quando eu me perco em suas memórias

Vejo um espelho contando histórias

Sei que é difícil de esquecer essa dor

E quando penso no que vivemos

Fecho os olhos, me perco no tempo

Pra mim

Sei que você vai seguir

Mas eu não vou desistir

Eu espero que você se entregue neste amor

Sei que você vai seguir

Mesmo com a dor

Vai lembrar de mim

~*O*~*O*~

– Alícia, não vai mais acontecer... Eu prometo... É só que... Eu te amo tanto, que às vezes dói... E quando eu te vi com aquele cara, eu... Não pude aguentar a ideia de você poder contar algo pra ele e não pra mim... Por que você não podia me contar do bebê? – lágrimas caíam pelo rosto de Alícia.

– Eu... Não sei. – ela respondeu sem encará-lo. – Eu estava assustada... Com medo de você não querer um filho. Afinal, nós nunca conversamos sobre isso. – Paulo fez com que ela ficasse de frente para ele e o encarasse.

– Sabe o que eu senti, quando abri aquela caixa e vi um par de sapatinhos de bebê? – ela negou com a cabeça. – Primeiro eu me senti um idiota por desconfiar de você e depois me senti o cara mais sortudo do mundo, por ter um bebê com você. – ela sorriu.

– Então você não ficou com raiva de mim? – ele sorriu pra ela também.

– Raiva do que? Esse é o melhor presente de natal que eu já ganhei. – Paulo a beijou calmamente - Eu te amo, Alícia. – disse Paulo enquanto a beijava. – Nunca vou deixar de te amar.

– Eu também te amo, Paulo. – ela beijava o pescoço dele. – Senti sua falta.

– E eu? – ele riu. – Eu dei a volta ao mundo te procurando.

– E como me achou? – ea perguntou curiosa, ele desabotoava sua blusa.

– Bom... Esse foi o único lugar que eu não tinha procurado. – ela riu dele.

– A Carmen não te deu nenhuma dica não, né?

– Na verdade...

– Eu sabia! Se você aparecesse com o seu olhar triste ela não ia resistir. – Paulo tirou sua própria camisa.

– Então, você previu isso?

– Não isso, mas eu sabia que você ia me procurar... – ele a beijou novamente. – Quando percebesse que estava errado.

– Você é bem esperta. – ela passava as mãos pela nuca dele.

– Eu só quero saber uma coisa... – Alícia falou antes que ele a jogasse na cama.

– O que? – ele perguntou, posicionado em cima dela.

– Por que você demorou tanto? – Paulo deu uma gargalhada e a beijou com todo amor.

~*O*~*O*~

Hoje eu vejo que eu não consigo entender

O que houve entre nós

E quando eu me perco em suas memórias

Vejo um espelho contando histórias

Sei que é difícil de esquecer essa dor

E quando penso no que vivemos

Fecho os olhos, me perco no tempo

Pra mim não acabou

Pra mim não acabou (Toma conta de mim)

~*O*~*O*~

Alícia dormiu logo, mas Paulo ficou acordado, observando-a e pensando "Será que isso é um sonho? É quase impossível ter tanta felicidade de uma vez... Só pode ser sonho". Despertou de seus pensamentos, quando Alícia o abraçou mais forte. Ele sorriu "Se for um sonho, eu não quero acordar". Ele deu um beijo na testa de Alícia, acariciou sua barriga e adormeceu também.

Fim


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Notas finais do capítulo

Bom meus leitores.. eu amei escrever a ficção..agradeço a cada carinho e forças que me deram para continuar, e desculpem se nao respondi aos reivews.. falta de tempo rsrss..
Bem sou de falar pouco e péssimas com discursos.. só posso dizer que terão outras ficções surpresas.. e ainda nem sei qual casal irei usar dessa vez.. Mas espero que gostem e até a próxima ficção.. Um grande beijo e abraço da sra. Black (orgulho de ser uma Black rsrsr')

Kissus jane' RCB



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