Foram-se semanas de tortura, eu sentia tudo, qualquer movimento de meu corpo, o pior era que o quanto mais alto eu gritava, em meus pensamentos, na tentativa de que Edward lê-se mais era agoniante e estressante.

Eu ouvia tudo, cada passo, cada respiração pesada, sabia que Jake estava ali, e sabia que ele estava bem. Quanto mais me esforçava para acordar, menos eu conseguia. Até o dia em que minha mãe se revoltou contra o Jacob, o dando um belo soco no abdômen, eu soube disso porque senti o meu sendo atingido também. E pelo o que eu entendi, eu e Jacob tínhamos uma ligação.

Não demorou muito para que eu sentisse uma queimação insuportável, como se eu estivesse jogava em uma fogueira com o corpo em brasa. E o pior, ninguém me ajudava. Eu gritava e me contorcia, as únicas coisas que ouvia eram vozes me pedindo pra ter calma.

Depois de algum tempo dessa tortura, a dor simplesmente passou. Toda a dor, eu não sentia nada. A não ser a queimação na garganta. Tudo havia ficado mais claro e nítido. Eu podia ouvir os pássaros a quilômetros de distancia.

Meus olhos simplesmente abriram.

Meus pais estavam parados no canto da biblioteca, que agora era quase melhor do que um quarto de hospital, do outro lado Jacob. Foi impossível não sorrir ao vê-lo.

Jake estava parado, com os braços cruzados e um sorriso de orelha a orelha, ele me olhava com mais admiração do que nunca, e isso me deixou um pouco incomodada, eu havia me tornado uma vampira. Pensava que as coisas não seriam fáceis entre nós quando isso acontecesse. Não estava preparava para aquela reação.

– Eu não sei como, mas, você conseguiu ficar ainda mais linda. – ele disse sorrindo.

– Você sumiu. – Jacob engoliu seco.

– Não é uma boa hora. – assenti, me virando para meus pais.

– Eu sinto muito. – minha mãe falou.

– Hey, não sinta. Você não tem ideia de como isso me alivia! – eles me fitaram com duvida.

– Alivia? – meu pai perguntou.

– Grande parte dos meus ossos estavam quebrados, era ... torturante. Nem mesmo os remédios que Calisle injetava me ajudavam em alguma coisa. – sorri. – Então, obrigado por bater no Jacob.

Eles riram.

– Você precisa caçar. – Jake lembrou.

– Nós vamos. – meu pai disse parando ao meu lado.

– Emmett ... – Rose recuou.

– Relaxa ursinha, vou cuidar dela! – ele me olhou sorrindo. – Corrida?

– Não sei lidar com isso, monstrão.

– Você aprende. No já!

E lá fomos nós, rumo a minha primeira caçada.