Roselie Halle

Eu só podia estar pagando por todos os meus pecados, não tem outra explicação. Primeiro Jacob, e essa fascinação da Katherine por ele. E finalmente aparece o Tyler, pensei que isso seria algo bom, mas, ele também é um cachorro.

E agora, minha filha, estava entre eles. O problema é que Katherine é insistente demais pra perceber que isso não é pra ela. Eles eram lobisomens, nós vampiros, e ela humana, nada além disso.

– Não se preocupem, Jacob não vai deixar que nada aconteça com ela. – Bella nos lembrou pela decima terceira vez.

– Talvez seja por isso que eu me preocupo. – Emmett rebateu.

– A próxima Lua cheia é amanhã. – Calisle disse, entrando na sala de estar. – Precisamos ajuda-los.

– Tyler não queria isso. – Edward falou.

– Nós sabemos, Edward. Mas como Katherine disse, mataram a única pessoa que poderia ajuda-lo. E agora, estamos aqui, de mãos atadas.

Senti o cheiro deles misturados, cada vez ficando mais forte, todos presentes pareceram perceber a aproximação e automaticamente ficaram rígidos. Ela entrou puxando os dois pelo braço, Esme estava na porta ao lado de Calisle com o seu melhor sorriso. De repente toda a familia estava próxima.

– Descobriram algo? – perguntei, e sorri para o Tyler, que retribuiu, não era a maneira mais apropriada para uma apresentação.

– Achamos isso. – ela ergueu o pen drive no ar. – Vamos ver o que é.

– Estaremos aqui em baixo. – ela sorriu pra mim e subiu as escadas, puxando os dois consigo.

– E a história se repete ... – Edward disse abraçando Bella pela cintura.

Ah, mas não vai mesmo!

– Eu leio mentes Roselie, sei o que cada um deles pensa. E acredite, eu já presenciei isso antes.

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Katherine Cullen.

Assim que entramos no quarto fui o mais rápido possível para a mesa de canto em qual o meu not book estava.

– Matt deveria ver isso. – Tyler disse andando até mim, se referindo ao quarto. – Ia ser uma grande decepção.

– Você é ridículo. – joguei uma almofada nele.

– Não, é serio. É o quarto de uma adolescente normal, com um pouco de luxo demais, mas nada de princesa.

– Fala isso porque nunca viu o closet. – ele riu.

– Cedo demais pra comemorar.

– É, desculpa se te decepcionei. – falei rindo.

– Dá pra se concentrar?! – Jacob disse, visivelmente irritado.

Abaixei o olhar, mirando novamente na tela que estava à minha frente. Eles estavam apoiados um de cada lado da cadeira olhando fixamente para a tela. Havia um arquivo, só um. O abri em quanto aumentava o som.

– Maison ? – Tyler perguntou.

Seja lá quem você for, se estiver vendo isso, provavelmente está em uma enrascada, assim como eu. Hoje é a primeira lua cheia após eu ativar a maldição, pretendo filmar, mas se algo der errado ....

Pausei o vídeo me virando para o Tyler, os olhos dele estavam saltando para fora das orbitas e sua pele mais branca do que o normal, mas não dizia nada, permanecia em silencio.

– Você tem certeza disso? – ele assentiu. Vi Jacob se afastar em direção a janela em quanto eu liguei o vídeo. – Quer ver sozinho? – assentiu de novo e eu arrastei Jacob até a sacada.

– Tá tudo bem? – perguntou me olhando.

– Tá, quer dizer ... eu acho. – falei sem o olhar.

Um silencio insuportável se estabeleceu no local, a única coisa que podíamos ouvir era o barulho das arvores batendo. Jacob estava próximo de mim o suficiente para que eu não sentisse frio, mas era quase impossível impedir o frio que percorria por toda a minha espinha sem parar.

– É ... essa coisa toda do Tyler?

– Não. Não. Não tem nada com o Tyler. Quer dizer, eu estou preocupada, mais não é isso, sabemos que vai acabar bem. – ele pareceu menos incomodado com o assunto.

– Então, o que é? – perguntou.

Naquele momento eu não me importei de estar em uma casa repleta de vampiros que escutavam a cada suspiro meu, ou então de que meu melhor amigo estava lá dentro passando por um momento difícil. Eu tirei coragem de não sei onde e perguntei o que não saia da minha cabeça desde o momento em que meus olhos encontraram-se com os dele.

– Porque isso acontece quando estamos juntos? Quer dizer, é só quando estamos juntos, ou quando estranhamente você não sai da minha cabeça por um segundo. Porque? Eu não sei nem o porque estou dizendo isso ...

Ele me olhava em quanto eu não conseguia parar de falar, e sinceramente, eu não tinha controle nenhum sobre as palavras que saíram da minha boca. Jacob pôs suas mãos em minha cintura me trazendo pra mais perto de si. E finalmente colou nossos lábios em meio a alguns sorrisos.

– Você não sabe o quanto eu queria fazer isso. – sussurrou.