Uncursed escrita por Kikonsam


Capítulo 6
A coisa certa.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Mais um para vocês, espero que gostem. Altas reviravoltas neste capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/635472/chapter/6

Os exércitos da maioria dos reinos da Floresta Encantada já estão formados, e a esta altura todos estão treinando intensamente para o confronto final contra Malévola e Cora. De fato, as tropas do Reino Noroeste estão realizando um treinamento intensivo coordenado por Mulan, enquanto as tropas do Reino Marítimo e de Reino submerso de Atlântida estão trabalhando juntos para poder lançar um ataque utilizando humanos e sereias. Tudo parece estar indo bem, até mesmo o ogro, no qual se nomeou “Shrek” parece estar ajudando. Mulan se mostrou uma verdadeira guerreira confiável para a guerra, podendo coordenar até um dos piores ogros já vistos.

Dois meses depois, consegue se ver uma grande melhora nas tropas de toda Floresta Encantada, mas a esta altura os governantes precisam revelar para toda a população o perigo que está se passando. O povo tem direito de saber. E de fato, todos os governantes manteram segredo de seus povos por muito tempo. Branca de Neve e Encantado acham que de fato está na hora, todos os moradores da Floresta Encantada estão cegos em meio a uma batalha silenciosa. De fato, Malévola e Cora não se pronunciaram neste meio tempo todo, mas o que se pode fazer? Ficar parado enquanto elas provavelmente estão reunindo seus exércitos? Não mesmo.

Branca de Neve e Encantado espalharam avisos por toda Floresta Encantada para chamar todos os moradores para uma grande proclamação com todos os reis e rainhas dos reinos e divisões da Floresta. Não demorou muito para que começassem a especular várias coisas do que seria dito nesta grande proclamação. Afinal, todos haviam visto Regina levar uma espada em suas costas e cair no chão, espalhando sangue. E tinham, de fato, teorias que diziam até que a Floresta Encantada seria atingida pela nevasca que certa Rainha com poderes provocou no reino vizinho, mas pelo visto o verão ainda está quente, e todos pararam de especular até este momento.

Todos estão em pé, olhando para um palco alto com uma cortina vermelha sem entender o porquê. De fato, atrás da cortina estavam todos os reis e rainhas dos principais reinos da Floresta Encantada. Rainha Ella e rei Thomas, do Reino Sudoeste; rainha Aurora e rei Phillip, do Reino Noroeste; rei Shere e rainha Vidia, do Reino Norte, com sua filha Rapunzel ao seu lado; e rei Eric, do Reino Marítimo, sozinho. Claro, Branca de Neve e David estavam no centro, já prontos, esperando a cortina se abrir.

– Todos prontos? – perguntou Mulan, que estava organizando tudo.

Todos parecem concordar. De fato todos estão já organizados, e parecem confiar em Mulan para tudo, inclusive Branca de Neve e Encantado, que resolveram ignorar as “previsões” de Rumplestiltskin sobre “aquela que um homem quer ser”.

A cortina se abre, e todos os seres da Floresta Encantada olham com espanto. Parece que nunca viram tantos reis e rainhas juntos, e fazem uma reverência. Todos se abaixam, fazendo com que toda a multidão fique num nível mais baixo. Os reis não parecem gostar disso, e Ella fala:

– Irmãos, parem.

Todos olham com curiosidade uns para os outros, se perguntando o que pode ter acontecido para reis dispensarem uma reverência.

– Não se é necessário, irmãos. – fala Eric. – Estamos aqui para dar um aviso.

Todos parecem bem confusos. Olham uns para os outros e cochicham sobre o que pode estar acontecendo.

– Irmãos. – começa Aurora. – Malévola e Cora ameaçam a Floresta Encantada.

E começa o murmúrio. Todos falando uns com os outros, alguns gritando, andando sem parar. Mas eles continuam como se não tivesse ocorrido nenhum pânico.

– Nossas tropas já estão preparadas. – fala David. – Estamos prontos para uma batalha.

– Porém. – fala o rei Shere. –Não temos tropas suficientes.

– Malévola é muito forte e pode acabar com toda a Floresta Encantada, e Cora tem um exército no País das Maravilhas. – fala Branca de Neve. – Por isso, pedimos suas ajudas.

– Cada família que desejar enfrentar Malévola e Cora pelo bem da Floresta Encantada, pode mandar um homem. – fala Ella.

Neste momento, o papel que Mulan estava escrevendo para passar o relatório do discurso, cai de sua mão. Não por que se desequilibrou, mas porque ela não podia imaginar que sua história estava se repetindo. Estava de frente ao império de volta, olhando para o imperador proclamando que cada homem deve lutar contra os hunos.

Os reis olham para Mulan, mas parecem ignorar, e voltam para o público.

– Por meio de um pergaminho indestrutível com o nome de cada família, amanhã viajaremos ao longo dos nossos reinos perguntando quais famílias desejam mandar seus homens. – fala a rainha Vidia.

– Contamos com a colaboração de todos. – fala o rei Thomas, enquanto a cortina vermelha se fecha.

Todos saem de suas posições, se dispersando, enquanto Mulan apanha o papel que deixou cair no chão.

– Está tudo bem, Mulan? – pergunta Phillip.

– Está, está tudo bem, sim. – mente Mulan.

Ela está aturdida com isso tudo. Sabe que as circunstâncias são diferentes. Neste caso eles não estão sendo obrigados a participar da guerra, mas mesmo assim estão sendo convocados. Talvez alguma família mande um homem por simples honra, mesmo ele estando doente como o pai de Mulan estava quando ele também havia sido convocado. Mulan sabia que tinham grandes exércitos, e que tinham se fortalecido nestes últimos meses, então por que mandar mais homens? Só para perder população? Foi exatamente isso que Mulan havia pensado quando chamaram todas as suas famílias para participarem da guerra contra os hunos, e por isso se disfarçou de homem. Só que isso não é o império, e ninguém terá a audácia de se disfarçar de homem para lutar. Não, Mulan tinha que resolver isto. Tinha que acabar com isto, não é certo.

– Branca – chama Mulan, indo para perto de Branca.

– Mulan! Olá, o que foi? – pergunta Branca.

– Onde você guardou o pergaminho? Gostaria de coloca-lo num lugar seguro.

– Ah, certo. Ótima ideia. Ele está na torre sul do castelo, quarto andar em um pequeno quartinho na sétima porta á direita.

– Certo. Obrigada.

Mulan sai de lá o mais rápido que pode em direção ao castelo, e iria acabar com isso de uma vez por todas. Segue até a torre norte e sobe quatro andares, olhando fixamente para a direita até achar o pequeno quartinho. De fato, o pergaminho estava á mostra na bem ao se abrir a porta, no pequeno quartinho atolado de coisas. Ela pega o pergaminho, e vê todos os nomes daquelas famílias, separados em reinos, e chora. Sabe que muitos deles iriam morrer, e não poderia deixar aquilo acontecer. Se o pergaminho é indestrutível, ela teria que esconder em algum lugar. Não poderia ser no castelo, teria que ser em algum outro lugar. Mas onde? Mulan sabia que qualquer lugar seria fácil de achar com Branca de Neve e Encantado. E é aí que ela se lembra de um lugar. País das Maravilhas. Claro, seria perfeito. Ao recolher todos os artefatos do castelo de Regina, Branca de Neve recolheu um chapéu do Chapeleiro Maluco que é uma passagem para o País das Maravilhas. E ela sabia onde estava, pois Branca de Neve havia falado sobre ele na semana passada. Estava no quarto de Branca de Neve e Encantado.

Mulan sai do quartinho, desce as escadas, e vai correndo para a torre norte, onde fica o quarto dos dois. Sobe até o último degrau, e chega ao quarto imenso com um berço já pronto para a pequena Emma que está por vir. Mulan tinha que procurar o chapéu. Branca de Neve e Encantado poderiam chegar a qualquer momento.

Ela revira a cama, abre gavetas, guarda-roupas e nada. Simplesmente nenhum chapéu, nem de palha. Ela parece desistir. Não pode achar o chapéu nem banir o pergaminho nem muito menos acabar com o recrutamento. Ela desiste, e vai saindo do quarto, até que olha para trás e vê: no chão, uma cerâmica folgada, capaz de ser retirada com a mão, se possível. Mulan se abaixa, e a tira do chão, e vê. O chapéu ali, com a boca para baixo, e muito bem feita e desenhada. É agora, ela pega o chapéu e...

– Mulan? – ela ouve a voz de Branca de Neve, após ela abrir a porta rapidamente.

– Branca! – fala Mulan.

– O que você está fazendo com o chapéu? E o pergaminho?

Mulan para um pouco. Não tem tempo para conversar, apenas diz:

– A coisa certa.

E lança o chapéu no chão, abrindo um portal listrado rosa com verde. O portal é grande, e puxa Mulan e Branca de Neve para ele.

– Mulan! – grita Branca de Neve. – Pare!

– Não! – fala Mulan, chorando. – Isso é o certo. Todas essas famílias vão perder pais, filhos, tios, sobrinhos. Estou os salvando da guerra. Não precisamos de exércitos.

– Precisamos sim! – grita Branca de Neve. – Só temos 500 homens! É muito pouco!

– É o suficiente. E eu farei o certo.

Mulan levanta a mão com o pergaminho em direção ao portal, mas Branca de Neve vê a tempo.

– Não! – grita Branca, se jogando em Mulan, e derrubando as duas no chão.

– Pare! É o certo! – grita Mulan, se debatendo.

– Não é! – grita Branca.

– Neste momento, David abre a porta do quarto e se depara com a cena.

– O que... – fala ele, mas sua fala é interrompida.

Os gritos de Mulan e Branca o interrompem, enquanto as duas caem no portal listrado rosa e verde, indo para o lugar mais imprevisível de todos: País das Maravilhas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? Deixem suas impressões nos comentários! Próximo capítulo em no máximo cinco dias!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uncursed" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.