Beleza escrita por prongs


Capítulo 1
U: não acha injusto, ser assim tão linda?


Notas iniciais do capítulo

OIE GALERINHA ♥
Lá vem a Camila com mais uma one-shot. Mas dessa vez é Teddy/Victoire, não é a primeira vez que escrevo sobre eles, mas faz muuuuuuito tempo desde a última vez então ainda tô meio insegura sobre o resultado HAHAHA mas é isso aí.
Eu tive essa ideia quando li uma coisinha que o Bruno Fontes, do Soulstripper, postou no facebook. Achei muito tedoire, NÃO RESISTI.
Ah, mais uma coisinha: o intuito não é ser narrado em segunda pessoa, é mais como se fosse o Teddy falando COM a Vic?!??/ Sei lá, né. Na minha cabeça, funcionou. É isso, espero que gostem HAHAH ♥



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Entro na nossa sala de estar e te vejo. Quase viro a caneca de chocolate quente em minha mão e percebo que um sorriso bobo e apaixonado tomou conta de meu rosto. Normal. Já deveria estar acostumado, na verdade. Mas acho que nunca vou conseguir me acostumar com sua beleza, Victoire. Desde o primeiro momento em que te vi, fiquei perdido em seus olhos cor de gelo, em sua pele clara como leite, em suas sardas claras, em seus cabelos de ouro, em seu sorriso perfeito.

Me encosto no balcão da cozinha e te observo, aproveitando que você não nota minha presença, então posso admirá-la à vontade. Droga, Victoire. Como você é linda. Tanta gente passando horas na academia, mudando a alimentação e renovando o armário. Você aí: calça de moletom e cabelo bagunçado. E tem mais: maquiagem e caminhada. Enquanto tudo isso acontece, você abre um pacote de doces e lê um livro no sofá, ocupando mais espaço que devia, fazendo o sofá parecer pequeno perto do seu conforto. Não acha injusto? Ser linda assim sem querer? Enquanto alguém passa dez quilos de maquiagem pela manhã pra ficar linda, você só precisa abrir um sorriso. Tem gente bonita que irrita.

Me irrita, porque tenho em mente que mesmo que você não tivesse nem um centésimo de sangue veela correndo por suas veias azuladas que saltam em sua pele fina, você ainda seria mais bonita que a maior parte das garotas e eu ainda seria completamente caidinho por você. Observo o livro que você tem em mãos. Está relendo, pela décima terceira vez, aquele romance entre vampiros e lobisomens que foi escrito há dois séculos e meio por uma bruxa caduca. A história não faz o menor sentido, mas ainda te traz lágrimas nos olhos sempre que você lê o final e você sempre dá risadas nas mesmas partes. Sua risada.

Você sempre diz que odeia sua risada, mas cada vez que a ouço rir pelo nariz, soltando o ar baixinho de um jeito adorável, me apaixono mais por você. Você ri de alguma frase, eu sorrio. Não serei clichê em dizer que sua risada é como o som de mil sinetas tocando em sincronia. Não. É mais como o som de um rio correndo alegremente através de um bosque iluminado. É como uma cachoeira. Os cantos de seus lábios rosados e hidratados sobem, elevando suas bochechas sardentas e mostrando seus dentes, perfeitamente alinhados e brancos.

Depois de rir, você pega um feijãozinho azul do pote cheio ao seu lado. Faço uma careta, porque sei que se você olhasse para o doce que está indo para a sua boca, você saberia que ele é de sardinha. Você odeia peixe. Assim que ele toca sua língua, você faz uma careta e o cospe no chão e eu prendo minha risada, porque não quero que você olhe para mim. Quero te admirar. Você procura com mais cuidado dessa vez e escolhe um de éclair de chocolate, o seu favorito. Você o degusta com um sorriso nos lábios e o sucesso brilhando nos olhos. Droga, Victoire, como você é linda.

Observo por um momento o que você está usando. Calça de moletom e uma de minhas blusas, que você roubou do meu lado do armário. Claramente sem sutiã. Sorrio ao perceber isso e tomo um gole do meu chocolate quente. Aquela coisa que você usa para prender seus cabelos está em seu pulso como uma pulseira, junto com o pequeno pingente de lobo no cordão dourado que eu te dei.

Te dei para me certificar que você me levasse para todos os lugares e, enquanto eu dizia isso, você ria. Você me chamou de bobo e disse que eu deveria saber que você me carregaria para todos os lugares em seu coração, mas ainda acalma ao meu coração ver você usando com tanto carinho o presente que lhe dei. O metal dourado e frio bate contra a sua pele frequentemente, brilhando no sol, mas parece que você brilha mais que ele.

Volto meu olhar para seus cabelos, que agora, iluminados pelo sol que entra pela janela, parecem mais raios de sol saindo de você. Desço meu olhar para seu maxilar marcado que chama a atenção de todos para seu rosto. Observo seu nariz, salpicado de sardas, subo meu olhar para seus olhos. Azuis como gelo, mas não frios. São quentes e cheios de vida, assim como você. Termino de tomar minha caneca de chocolate fazendo barulho de propósito, para que você levante o olhar para mim. Você o faz, relaxando o livro nas pernas.

— Há quanto tempo está aí? — Sua voz pergunta num sorriso. Eu dou de ombros. Você ficaria vermelha se eu dissesse que estava te observando há muito tempo. — Vem cá. — Você me chama e nem por um segundo eu penso em negar. Não te negaria nada.

Sento-me vagarosamente ao seu lado e te observo mais de perto, prestando mais atenção aos seus detalhes. É inútil te comparar às belezas do mundo, porque você é a mais bela que existe. O sol me lembra do jeito que seu rosto brilha quando você sorri e o som que escapa de seus lábios quando você solta uma risada é como música para meus ouvidos. Eu poderia passar horas te comparando às mais belas flores e aos mais belos pores-do-sol, mas eles nunca poderão competir com a sua beleza.

Pouso minha mão, fria por causa do vento gelado do inverno, em seu rosto macio. Sua pele é tão sensível ao meu toque que parece que vai se desmanchar a qualquer momento. Passeio com meus dedos pela extensão de sua face, apreciando sua beleza. Estou tão perto que você já está de olhos fechados. Posso ver seus grandes cílios claros curvados para cima com perfeição. Fecho meus próprios olhos quando, lentamente, encosto meus lábios aos seus.

Quando beijo você, meu cérebro desaparece em chamas e o calor se espalha por todo o meu corpo. Movimento meus lábios em sincronia com os seus, me perdendo no gosto de éclair que ainda está na sua boca. E além do éclair, há você. O sabor único de seus lábios que é indescritível. Minha outra mão voa sem permissão para sua cintura, te puxando pra perto de mim, sempre pedindo por mais, porque quando te beijo, Victoire, não consigo raciocinar com clareza.

Depois que te beijei pela primeira vez, fiquei viciado. Não aguento ficar sem você e quando você está ao meu lado mal consigo respirar, porque você me tira o fôlego com cada movimento. Seus beijos são minha salvação e meu tormento. Vivo deles e morrerei com a lembrança deles em meus lábios. Desde o nosso primeiro beijo, eu soube que se eu te perdesse eu perderia a mim mesmo. Você é a metade que me faz completo.

E sua beleza não se resume ao exterior. Você nunca acha que é suficiente, mas, droga, se você soubesse, se você apenas soubesse... Você é muito mais que suficiente, Victoire. Às vezes você deixa escapar de seus lábios que não me merece e eu não consigo conter uma risada, porque entre nós dois, eu que não te mereço. Você é cheia de vida e é sempre bondosa com as pessoas, está sempre rindo e é tão inteligente. Você sempre vê o melhor das pessoas nelas e você se entusiasma com as coisas mais pequenas.

Não sei se você se lembra da Copa de Quadribol de tantos anos atrás. Eu acertei o seu nariz e, droga, fiquei tão preocupado. Achei que você ia começar a chorar ou algo do gênero. Você apenas riu enquanto eu pedia desculpas e apontou para seu próprio rosto.

— Está tudo bem, sério mesmo! — Eu estava tão vermelho que cobria meus olhos. Você ria da minha cara sem dó nem piedade, se divertindo às custas da minha agonia. — Tá vendo? Sem sangue nem nada do tipo. Não se preocupa.

Suas mãos sobem para meus cabelos enquanto ainda te beijo. Você gosta de fazer carinho neles. E você sempre me faz ficar vermelho com suas piadas e brincadeiras e parece se divertir com mudanças repentinas nas cores do meu cabelo, então quando nos separamos por um momento, você solta, prendendo a risada:

— Ainda bem que temos métodos inventados de como respirar pelas orelhas, hein?

Com uma clara referência à uma matéria horrível de Rita Skeeter sobre nós, você consegue quebrar o clima completamente. Sinto meu rosto esquentando e você explode em risadas, jogando a cabeça para trás como uma criancinha. Eu respiro fundo, tentando não me render e rir junto, então me afundo no sofá, cobrindo o rosto com minha mão.

Você afasta ela da minha face rapidamente, pulando em cima do meu corpo e beijando toda a extensão do meu rosto enquanto ri da minha vergonha. Seus cabelos caem ao meu lado, formando um véu aos nossos lados. Você sempre foi muito carinhosa. Um sorriso brota em meu rosto enquanto sinto a vermelhidão indo embora. Depois de me encher de beijos, você para por um segundo e me encara. Seus dedos longos brincam com meus piercings sem que você perceba — você sempre foi fascinada por eles. Sua outra mão está pousada em meu rosto, fazendo carinho nele com seu dedão. Você sorri com os cantos dos lábios.

— Você é lindo, sabia, Teddy?

Antes de te beijar outra vez e te deitar no sofá, derrubando o livro no chão, eu rio em resposta. Porque, por incrível que pareça, você ainda não percebe que a coisa mais linda no cômodo e no mundo é você. E eu quero te lembrar disso todos os dias. Sua beleza é fora do normal, Victoire. E acredite em mim quando eu digo que não é por causa de seu sangue veela.


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Notas finais do capítulo

Seus comentários e opiniões são sempre muito importantes, não se esqueçam disso. Obrigada por terem lido ♥