Chefe escrita por Stakaha


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Olá! :v

Bem, essa fanfic é bem especial. Isa, é para tu :v Eu sei que não gosta de one shot, mas fiz com muito carinho, então espero que goste. Se não gostar... Bem, fazer o quê, né.

Tentei, de todas as maneiras fazer algo digno, mas infelizmente inspiração não tem me acompanhado ultimamente, então fiz o melhor que pude devido as condições.

Não tem lemon, nem nada muito além. No entanto, esses dois são bem especiais, então espero que isso seja bom.

Se tiver algum erro, só avisar!

Bem, é isso, não tenho muito o que dizer, já que disse tudo nos seus parabéns! Mais uma vez, parabéns, Isa! ~(*^*)~

Boa leitura!



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— Chefe, me desculpe...

— Apenas se cale, Sparta.

O homem negro, de cabelos curtos e crespos apertava bem os olhos lembrando-se de tais palavras. Aquele homem era tudo para si! Um pai, um irmão, amigo. Há anos faziam uma bela dupla. Eram os melhores no que faziam, e tudo que Sparta aprendera fora com ele. A profissão de ambos não era vista como algo moralmente correto, mas quem disse que eles se importavam? Eram apenas meros assassinos de alugueis. Faziam apenas o que lhes era ordenado. A verdade é que “moral” não era bem um conceito muito utilizado pelos dois, e de fato, não tinha importância alguma na vida deles.

— Moleque, o que eu devo fazer com você, hm? – O mais velho dera um cascudo no outro, suspirando e logo mexendo a mão na cabeça do mesmo. Podia-se dizer que aquilo talvez fosse um carinho. – Não me assuste mais.

Yoshikawa era um homem incrível, e Sparta sempre o admirara de todas as maneiras, até mesmo da forma que não deveria. Sparta o conhecera quando tinha apenas quinze anos, e dali passou a viver com ele. Fora salvo por ele mais de uma vez, e na terceira o mais velho tomara uma certa feição pelo rapaz negro, levando-o junto consigo.

Yoshikawa estava decidido a cuidar daquele rapaz, isso por alguns motivos claros. O matador de aluguel tinha um filho de oito anos. Filho esse que abandonou quando estava ainda mais novo. No entanto, jamais se esquecera dele, e ao ver o rapaz de quinze anos, pensou no quanto esperava que seu filho tivesse apoio de alguém durante todo seu crescimento e desenvolvimento.

— Entendeu, moleque? – Indagou ao mais novo. Estava ensinando Sparta a atirar, e o treinava para ser como si. Ainda assim se preocupava com a educação do mesmo, mas nada vinha de graça. O mais novo ajudava-o, e ele o ajudava com escola e o que mais fosse preciso.

— Entendido! – O adolescente assentiu e mirou bem na garrafa que estava um tanto longe de si. Se fosse meses antes jamais pensaria que acertaria um alvo tão longe, nem se quer imaginaria com uma arma na mão, mas naquele momento tinha certeza que acertaria! Mirou bem e respirou fundo. Tinha treinado muito para isso. Disparou, e logo pode ver a garrafa se despedaçar, para seus cacos caírem em seguida. – Isso! – Sorriu todo feliz, olhando para o homem que apenas lhe ofereceu um aceno de cabeça. Ele havia conseguido.

O tempo foi se passando. Sparta já tinha vinte anos e já havia ingressado na universidade. Cursava medicina, e não teria conseguido nada disso sem a ajuda do outro. Ainda assim a vida era difícil para si. Após cinco anos vivendo com o mais velho, agora ambos formavam uma dupla. Mesmo a faculdade sendo muito puxada, Sparta sempre dava um jeito de pegar alguns trabalhos com o outro, de estar junto do mais velho. Quando chegava o período de férias, aí sim se esbaldava em todos os trabalhos com ele. Não lhe faltava nada, isso era fato, mas ambos não mantinham uma vida luxuosa. Yoshikawa sabia do potencial que Sparta tinha para matar, mas nunca o pagava totalmente nos serviços; geralmente apenas o suficiente para ele manter a faculdade e o que precisasse para os estudos. Era raro o mais velho dividir o dinheiro todo com o negro, ou lhe dar uma quantia além do que o necessário. Ele não desejava que o mais novo quisesse algum dia viver daquilo. Não queria que ele largasse os estudos e toda uma vida próspera para viver de matar os outros.

— Senta. – Mandou, após o mais novo atender o seu chamado e vir até a sala. Olhou bem o outro se acomodar no sofá, e então lhe encarar. – Você é um bom rapaz, Sparta. É inteligente, dedicado e tem um bom coração. Tem tudo o que precisa para se tornar um homem. – Acendera seu cigarro e o tragou, logo soltando a fumaça para cima, calmo e sério como sempre era. – Está na faculdade, e vejo o quanto se esforça para ter boas notas. Porém, iremos nos separar aqui. – Falou simples. – Irei para outro país, e você não pode vir junto.

— E por que não? Yoshikawa-san! EU posso ir. Eu deixo a faculdade. Eu posso recomeçar em outro lugar! – O universitário começara a dizer, desesperado com a ideia de depois de anos ficar sozinho novamente, de se separar daquele que tinha sido como um pai, mesmo que não o enxergasse assim.

— Porque não. Porque não quero que vá comigo. – Encarou fundo os olhos pretos do mesmo, enquanto eles marejavam. – Você ficará bem. Vai continuar estudando, e se um dia voltarmos a nos ver, você já será um doutor formado e com carreira.

— Se um dia voltarmos...? – Aproximou-se do homem de cabelos curtos e negros, olhando-o sério. – SE?

— Se. Você sabe como eu vivo, Sparta. Hoje estou com vida e amanhã posso estar morto. Você sabe bem disso! – Continuou olhando-o bem, percebendo que ele nada dizia. – É o melhor. A partir de hoje você e eu não temos nenhuma ligação mais... – Fora totalmente surpreendido com os lábios selados de leve, logo sentindo as mãos do mais novo em seu rosto, e sua boca entreabrindo devagar. Por um momento começara a corresponder, mas logo o empurrou, fazendo o corpo do mesmo pender para trás de uma forma desajeitada. – O que pensa que está fazendo, pirralho? – Gritara com o mesmo.

— E-Eu... – Que diabos tinha feito? Amava e desejava aquele homem de todas as maneiras, mas sempre teve em mente que não poderia avançar assim nele. Nunca. No entanto, a ideia de não vê-lo mais lhe apavorou. – Chefe, me desculpe...

— Apenas se cale, Sparta. – Ordenou, tentando colocar a cabeça no lugar. Aquela ação repentina do mais novo havia mexido com seus nervos. Que merda aquele pirralho tinha em mente para lhe agarrar? Suspirou, olhando-o bem, e em seguida levantou-se saindo da sala.

O estudante se sentira mal. Tinha tudo para poder aproveitar aquele pouco tempo com o – agora ex – companheiro de matança, porém jogou tudo para o alto com sua imprudência. Nunca era imprudente, e justo quando não devia ser fazia uma dessas. Não tinha mais o que ser feito.

Após horas já deitado, Sparta não conseguia pegar no sono. Obviamente devido à burrada que fizera. Como era tão burro? Nunca devia tê-lo beijado, mesmo que de forma simples. Suspirou deitado em sua cama, e logo ouviu a porta sendo aberta devagar. “Sparta, está acordado?”. Ouvira, e pensou se deveria dizer que sim, ou simplesmente fingir que estava dormindo. Por fim nada disso, e logo ouviu a porta sendo fechada. Era o melhor a se fazer. Tinha certeza.

— Fingir que está dormindo só para não falar comigo é quase que mentir, moleque. – Yoshikawa sussurrou no ouvido do outro. A verdade é que ele também desejava o menor, e após sair e refrescar a cabeça, chegou a conclusão que ao menos aquilo deveria dar a si e ao outro, já que estava claro que era um desejo de ambos.

— Eu não estava mentindo, chefe. – Falou, virando-se na cama para poder olhar o outro. – Eu apenas...

— Não fala nada, hm? – Passou os dedos em seus lábios, o olhando de maneira intensa. – Apenas aproveite esse momento junto comigo. – Dito isso, Yoshikawa beijou os lábios carnudos do outro, os saboreando.

Os lábios tocando uns aos outros, as mãos apertando bem a carne daquele corpo entre os dedos. Era algo novo para ambos: fazer amor. As respirações tão próximas e a expectativa de terem um ao outro. O calor que aumentava a cada momento, deixando ambos mais necessitados para se despirem, além da curiosidade de ver o corpo nu. Os sentimentos e sentidos aflorados. Aquela era a noite de ambos. A noite que nenhum dos dois esqueceria. Os toques, os gemidos, ah os gemidos! Estavam apaixonados e não sabiam disso, ou ao menos não tinham admitido.

O homem negro, agora com seus trinta e três anos, sorriu ao lembrar-se de tudo. Ajeitou-se na cadeira do restaurante que estava olhando para o lado de fora. Lembrava-se também que nunca mais vira o homem desde aquela noite. Após se entregar para ele, fora deixado. Yoshikawa o deixou na cama e foi embora sem nada dizer, apenas deixando um papel escrito: “Até algum dia.”. Talvez esse dia tenha chegado, chefe. Pensara, sorrindo de canto ao ver o homem passar na sua frente, sério, lhe lançando aquele olhar que amava. Rapidamente deixou o dinheiro sobre a mesa e se levantou seguindo o mais velho. Depois de tantos anos o teria de novo.

— Senti sua falta. – Sussurrou quando passou a andar do lado de seu antigo companheiro de mantaça. – Chefe.

— Apenas se cale, moleque. – E naquele momento, soube que o teria mais uma vez para si.


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Notas finais do capítulo

Não dei muito detalhe físico do nosso matador de aluguel, porque bem... Acho que é mais emocionante deixá-lo apenas como ambas o imaginamos-o. Afinal, ele é o nosso homem misterioso!

Bem, é isso aí! Mais uma vez parabéns! *-*

~ Maçã



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