Darkside escrita por HarlenQueen


Capítulo 1
Capítulo Único




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/635005/chapter/1

Severo Prince Snape ainda amargava em sua mente o dia em que Dumbledore dissera a ele que Lílian estava morta. Lilían, que para ele sempre seria Evans, fora a mulher mais incrível que já conhecera. Desde o primeiro momento que a vira nos arredores da Rua da Fiação, sentira o coração bater com tanta força que soubera, imediatamente, com a mesma certeza que acônito licoctono e acônito lapelo eram a mesma coisa, que aquilo era amor.

Ele, que sempre vivera cercado de demonstrações gratuitas de desamor desde sua infância, tinha nela a representação mais pura que poderia ter do sentimento mais puro, da magia mais poderosa, que nenhum bruxo jamais conseguiu combater: o amor.

“Que belos momentos passamos na Rua da Fiação quando ainda éramos crianças", matutava em sua mente, enquanto observava o entrar e sair de estudantes na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, localizada no primeiro andar do grandessíssimo castelo de Hogwarts.

Lembrava-se quando contara a ela que era bruxa, assim como ele. “Que Felicidade!", Ela disse, quando constatou a veracidade da informação que ele havia transmitido.

Foram incríveis os momentos de magia que compartilharam quando crianças, fazendo as flores dançarem pela relva colorindo os dias cinzas e as folhas transformarem-se em pássaros e revoarem pelo céu, como se de fato fossem pássaros. Mais incrível ainda, era ver todos esses momentos refletidos nos olhos verdes dela. Os olhos de Lílian Evans eram lembrados mesmo depois de tanto tempo passado de sua morte. Verdes e brilhantes, eram exatamente as janelas da alma mágica, terna e corajosa que ela possuíra um dia e o motivo pelo qual ele enrijecera-se sempre que vira Harry Potter andando pelos corredores de Hogwarts.

O garoto, cópia física idêntica e escrachada do pai, trouxera a Snape no momento em que pisara naquele castelo, os piores sentimentos que ele tanto lutara para esconder. Harry Potter trouxera a Snape todas as lembranças que tinha de Lílian quando eram crianças, e depois, todos os momentos que passara tentando aproximar-se dela quando ele tornara-se um sonserino e ela uma grifinória. Piores ainda, eram as lembranças de todos os momentos em que Tiago frustrara todas suas tentativas de continuar sua amizade com Lílian, caçoando dele, azarando-o e fazendo-o passar vergonha na frente dela ao usar — covardemente — de seus próprios feitiços.

"O menino que sobreviveu", pensava ele, esnobando. "Sobreviveu porque você deu sua vida por ele, Lily, ou de outra maneira, não teria sido mais que uma mera lembrança da ascensão do Lord das Trevas".

Voldemort. O homem que admirara e odiara, talvez tivesse sido o maior dos culpados pelo o que acontecera a Lílian. Embora Snape compartilhasse a culpa com ele (e com Harry e Tiago Potter também!), nunca mais conseguira olhar nos olhos daquele que jurara seguir anos atrás. O tão comum e mestiço — assim como ele próprio — Tom Riddle havia escolhido o pequeno filho de Lílian Evans e Tiago Potter para morrer. Havia marcado aquela criança, de olhos tão verdes e sinceros quanto os de sua amada, como seu igual.

"Lord das trevas", desdenhou da alcunha do outro sonserino.

Severo sabia que apenas uma linha tênue o impediu de ter deixado com que as trevas tomassem conta de sua existência. Ele sabia que, desde o minuto que nascera, estava destinado a pertencer ao mais obscuro dos lados. Os pré-requisitos? Tinha todos.

Desde pequeno estava acostumado a escutar os maiores desaforos do pai e enxergar na depressão da mãe, todos os motivos que o levara a não voltar lá enquanto os dois viveram. Acostumou-se também a entender que estava fadado a ser solitário desde o momento que nasceu. Que para ele, não restaria lugar no mundo, senão nas trevas. Mesmo ainda sabendo de tudo isso, havia Lílian. Ela representara durante toda vida dele a esperança de, apesar de seu lado escuro e cheio de frustrações, compartilhar de toda bondade que ela houvera guardado no coração. Compartilhar de todos os desejos, todas as felicidades e até mesmo das angustias que ela nutrira ao longo de sua vida. Aquela menina, que conhecera quando pequeno, fora a única garantia que Severo Snape tinha de pertencer — mesmo que apenas uma pequena parte — ao lado da luz. E ele esperou.

Esperou anos pelo momento que seu coração se encheria de bondade e amor, porque Lílian compartilharia o que ela tinha com ele. Esperou pelo dia que ela diria a ele que aceitava seu lado negro e se comprometeria a tirá-lo de lá. Esperou pelo momento em que ele, depois de tantas humilhações, decepções e momento de solidão, teria, enfim, a paz de um amor tranquilo.

"Mas esse dia nunca chegou, não é mesmo Lily?", relembrou para si mesmo.

Quando os alunos começaram a entrar para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas daquela tarde, Snape deixou-se ainda levar pelos pensamentos de todos os acontecimentos que o colocara para sempre ali, em Hogwarts. Sempre amara Artes das Trevas desde seus primeiros anos na escola de magia. Desenvolvera tamanho fascínio, que se deixou levar pela cobiça que aquele gosto lhe trouxera. Quando se tornara Comensal da Morte, desejando pertencer a algo grandioso e poderoso, teve seu último resquício de amizade por Lílian, e sua última esperança de tê-la consigo para sempre.

— Peguem seus cadernos! gritou ele com voz áspera para a sala — Não tolero nenhum tipo de gracinhas em minha aula, então aconselho que se apressem em anotar tudo o que eu tiver a dizer.

Os alunos daquela tarde eram todos grifinórios.

"Casa onde habitam os corações indômitos", desdenhou, mais uma vez.

Severo sempre soubera que seria da Sonserina e nunca desejou que tivesse sido diferente. Lá sempre soubera que fora seu lugar-comum. Na Sonserina, onde habitavam os bruxos "de grande ambição", Snape sabia que encontrara seu lugar. Soubera que ali jamais poderiam duvidar de sua grandeza como bruxo ou de suas habilidades como um grande alquimista. Na Sonserina, Snape encontrara refúgio para seus anseios de tornar-se grande o suficiente para despertar o amor de Lílian.

"Mas isso também não funcionou", pensou, tristemente.

— Weasley, quantas vezes devo dizer a você que detesto que conversem enquanto fazem as anotações? Desprezível, como se espera. Menos dez pontos para a Grifinória por conta a incapacidade do Sr. Weasley de se manter calado — esbravejou Snape, arrancando uma careta do ruivo sentado logo na primeira carteira.

“Grifinórios, sempre debochados...", pensou.

Tiago Potter fora o pior deles. Snape lembrava-se como odiou-o desde o minuto em que o viu no Expresso de Hogwarts. Odiou tanto a maneira como ele referira-se a Lílian sem sequer pedir permissão para conversar com ela. Odiou-o pela facilidade que ele tinha de desenvolver uma conversa com aquela que sempre fora o amor de sua vida. E odiara a mesma facilidade que ele recebia as rejeições por parte dela também. Odiou Tiago com tanta força quando descobriu do namoro dele com Lílian, que seu peito inflamara sempre que pensara na ideia dos dois juntos, amando-se. Quando no final encontrou o corpo de Tiago estirado no corredor da casa em Godric's Hollow, odiou-o como nunca tivera feito antes pelo fato de que, mesmo tendo dado a vida para salvar — em vão — a vida de Lílian, não conseguira fazer isso.

"Ela escolheu você, seu desgraçado! Era sua obrigação ser bom o suficiente para impedir que ela morresse assim!", esbravejara, quando o vira jogado no corredor frio, já sem vida.

"Ah, a esperança", zombou ele enquanto olhava para a sala silenciosa e cheia de alunos.

Esperança era para ele, o sentimento mais cruel. Lembrava-se que na tentativa de salvar a vida da amada — ainda que com isso, tivesse que livrar a pele do marido e do filho dela — oferecera a Dumbledore fidelidade eterna. O homem, que o Lord tanto amargara o nome quando repetira diversas vezes durante as reuniões com seus seguidores, ofereceu-lhe esperança. Esperança de que Lílian seria salva, ainda que ele não ficasse com ela. Esperança de que sua vida continuaria a caminhar junto dela, sorrir no sorriso dela, brilhar no fundo dos olhos dela.

O que Snape aprendera com Dumbledore, porém, fora talvez a lição mais dolorosa de toda sua vida: a esperança era a engrenagem da vida, mas também um sonho com um irrevogável despertar. Doses homeopáticas de esperança, quando dadas ao homem que já a possui, eram a garantia da eterna sensação de "quase".

A verdade era que ele mesmo tivera sua parcela crucial de culpa, por mais duro que fosse admitir. Achando-se em eterna solidão e tristeza pelas informações que tivera de que Tiago e Lílian eram um casal, que seguiriam Dumbledore e lutariam contra as artes das trevas, Severo afundara-se mais e mais em sua determinação em tornar-se o melhor comensal de todos. E durante algum tempo, conseguira tal feito. Ele e Voldemort eram inseparáveis. Dividiram juntos conhecimentos e desprezos em comum. O Lord das Trevas o tratara como gente e o ensinara — como quem ensina a um filho — a arte de voar sem usar uma vassoura. Ele, por sua vez, aplicado e interessado em absorver cada resquício de conhecimento dado pelo seu senhor, aprendera a habilidade rapidamente. Sentira-se tão honrado com tamanhas demonstrações de confiança que se achara quase que impossibilitado de recusar-se a seguir e contar depois, tudo o que ouvisse de Dumbledore e Trelawney no Cabeça de Javali naquela noite fatídica, quando tudo mudara. Não pensara nas consequências e sentira-se imensamente devastado quando com uma simples negação, Voldemort se recusara a poupar a vida dos Potter e de Lílian também.

Lord Voldemort naquele dia 31 de Outubro de 1981 ganhara seu ódio. Como ele pudera matar a única pessoa que Severo amara na vida? Como pudera, da maneira mais cruel e vil, eliminar Lílian de forma tão fria e calculista? Pior ainda, como pudera matar a mulher mais pura e doce do mundo e não conseguir eliminar um bebê, uma simples criança? Como pudera sumir para sempre depois de obrigar Lílian a se colocar entre a varinha de teixo e Harry Potter? Ele não entendera. Dumbledore, novamente, tratara de explicar: O amor de Lílian havia sido maior que Lord Voldemort. O amor de Lílian por Harry Potter, tivera derrotado, mesmo que temporariamente, o Lord das Trevas.

Devastado e desolado, ele soubera que dentro dela havia sido guardado todo amor do mundo. Quando Lílian Evans morreu e Severo viu seu corpo já frio estirado ao lado do berço do filho, ele percebeu que junto daquele corpo sem vida, toda a engrenagem de sua vida e seus sonhos haviam morrido, assim como toda sua esperança. A vida amarga que levara antes de Lílian morrer sequer se comparara a vida que passara a levar depois de sua morte. O que antes era amargo tornara-se angustiante. Viver em um mundo sem ela era como viver em um eterno purgatório no qual todo o dia se era torturado.

Porém, o que ocorrera depois da morte dela, ele jamais pudera prever. No fundo do coração ele desejou ter Lílian para sempre consigo. Desejou amar da mesma maneira que ela amara, sentir as mesmas angústias que ela sentira e, consequentemente, lutar pelas mesmas coisas que ela lutara. Se isso implicaria em morrer da mesma maneira que ela, que assim fosse. Soubera, quase que instantaneamente, que todo aquele amor que antes jazera preso em uma redoma de tristeza por não tê-la por perto ou junto de si, inundara seu coração de tal forma, que ele não conseguira negar-se a realizar a tarefa mais difícil de toda sua vida: ser o eterno guardião de Harry Potter, quando Dumbledore o pediu para sê-lo.

"Medíocre, arrogante como o pai, deliberadamente indisciplinado, encantado com a fama, exibido e impertinente...", esbravejara para Dumbledore, quando tivera oportunidade.

Não era mentira. Fora exatamente o que vira em Harry Potter logo que o garoto entrara para Hogwarts. Harry Potter era tão parecido com o pai, que todos os nervos de Severo entravam em combustão sempre que o garoto corria pelos corredores. Sempre que pudera, fizera questão de humilhar o garoto em sala de aula. A diferença entre ele e Tiago era que com Harry, Snape tivera algum poder. Saíra em discussões intermináveis durante os seis anos que Harry passara em Hogwarts como aluno; o garoto sempre que tivera oportunidade, confrontara-o e duvidara de sua autoridade como professor. E Snape odiara. Odiara tanto, que fizera questão de alimentar as más impressões de Harry em todos os momentos que pudera fazê-las.

Harry Potter, apesar de representar tudo o que Severo poderia ter tido com Lílian, mas não teve, trouxera junto com o cabelo bagunçado e os óculos redondos, os mesmos olhos verdes que Lily tinha e, por mais que detestasse assumir, conseguira enxergar no fundo dos olhos dele — verdes e sinceros, como os da mãe — a mesma alma mágica e humilde que Lílian tinha. Nesses momentos, Severo chorara e desejara que fosse diferente. Mas o menino representara tanto para sua Lílian, que ele não conseguira ver outra maneira de viver, senão para guardar a vida do garoto, com a sua própria se fosse preciso.

Lembrava-se do dia em que Dumbledore contara a ele que o menino deveria morrer. Quis atirar todas as coisas do escritório na direção do diretor.

"Você o manteve vivo para que pudesse morrer na hora certa?", balbuciou em tom de voz baixo, chocado.

Depois de tanto tempo lutando com seu lado obscuro para que Lílian pudesse perdoá-lo quando chegasse a hora, ele tivera guardado a vida do menino em vão. Guardara a vida de Harry para que ele morresse por um "bem maior". Que bem maior poderia haver, senão Lílian Evans? Que bem maior poderia haver, senão o amor que tirara a vida dela? Por que aquele que Lílian amara mais do que tudo, que fizera com que ela se sacrificasse sem pestanejar, deveria morrer para que o mundo bruxo vivesse em paz?

Severo ainda vivera na escuridão. Ainda vivera no lado mais obscuro que um ser humano pudera viver, mas aprendera a amar mesmo depois de seu amor se esvair com Lílian, anos atrás. Não tivera aprendido amar por simplesmente amar. Tivera aprendido amar Harry Potter. Amara o garoto, porque assumira tamanho amor e afeição por tudo que Lílian representara em vida e no momento de sua morte, que em seu coração — e em sua alma — uma corça prateada reluzira, viva e quente o impedindo de debandar de vez para o lado das trevas, apesar de pertencer completamente a ele. Amara tanto, que se tornara o único comensal da morte capaz de produzir um patrono. Lílian houvera morrido, mas ele a mantivera viva, dentro de si.

Na noite em que Lord Voldemort invadira Hogwarts, Snape soubera que sua missão estava para se cumprir. Todos os anos de angústia acabariam. Todos os anos de purgatório teriam seu fim, enfim. Correra ao lado dos comensais e lutara com eles contra todos os aliados de Harry Potter. Lutara para garantir que o garoto tivesse êxito na busca das horcruxes e garantira que Harry estivesse sempre prestes a eliminar Lord Vodemort. Naquela noite, andara calmamente em meio a todo caos e seguira determinado até a casa dos gritos. Entrara e ficara lá, olhando em volta e lembrando-se porque que tomara as atitudes que tomara. Pensara em Lílian, pensara em Tiago Potter, pensara nos comensais, Lord Voldemort e por último, Harry Potter.

Quando Lord Voldemort mandara a cobra atacá-lo, Snape desesperara-se porque achara que não conseguiria dizer a Harry tudo o que precisava antes de morrer. Tentara respirar e estancar o sangue com os dedos já pálidos.

"Ajude-me Lily. Preciso avisar nosso garoto do mal que lhe espera", pensou para si, como se conversasse com a própria alma.

Como se sua própria alma tivesse o escutado — e ele acredita até hoje que escutara — Harry Potter despira-se de sua capa da invisibilidade e aproximara-se dele.

Snape agarrara Harry pelo braço, agonizando.

Harry olhara diretamente nos olhos de Snape, e ele pode ver por um momento o ódio que o menino nutrira por ele.

Snape começara a chorar.

"Como parece com o pai", pensara, lamentando-se.

Harry recolhera todas as lágrimas de Snape e continuara a olhá-lo profundamente.

Snape analisara o rapaz. Já maior de idade, era ainda mais parecido com o falecido pai. Porém, olhando fundo nos óculos redondos e sujos, Snape vira os olhos verdes de Harry. E dentro dos olhos, vira bondade. E dentro de toda bondade, vira Lílian. E como se mergulhasse para sempre naquela imensidão verde que Harry herdara da mãe, Snape vira sua alma desfalecer-se e a morte, imutável e inquestionável, chegar sem pedir passagem.

Quando os alunos abandonaram a sala de aula, Snape recolheu-se para o interior de sua sala e desapareceu. Era momento de descansar.

——

— Professora eu juro por Merlin que eu não fazia ideia que Mortalhas-Vivas eram tão perigosas assim! — gritou o menino. — O Tiago me disse que era uma espécie rara de mini-pufe. Foi só por isso que eu trouxe.

Minerva McGonagall suspirou cansada. Era a quarta vez desde que as aulas tinham começado que aqueles três estavam em sua sala.

— Eu acredito em você, Alvo — A professora molhou a pena no tinteiro — mas isso não me impedirá de tirar pontos da Grifinória por conta dessa sua brincadeira de muito mau gosto, Tiago. E eu não gostei nada de você ter acobertado isso tudo, Teddy. — disse enérgica.

— Eu não tive culpa professora. Eu juro! — repetiu Alvo.

— Para de jurar idiota. Ela já entendeu. — retorquiu Tiago.

— Calem-se os dois. O diretor da Casa de vocês, o professor Neville Longbottom, deve ficar de cabelos em pé com vocês três perdendo tantos pontos para a Grifinória assim. — Ela fez uma pausa — Será que é pedir muito para você parar de sacanear seu irmão, Tiago? Será que terei de chamar Harry Potter até aqui para uma conversinha? Ou pior, a Gina, que é bem mais enérgica que Harry? — A professora então se virou para Teddy — e você Teddy? Lupin jamais teria dado tanto trabalho assim. Seu pai, é bom que o senhor saiba, era monitor da Grifinória. Um dos melhores que já tivemos antes da Srta. Granger. É assim que pretende honrar o nome dele?

Os três meninos abaixaram a cabeça, envergonhados. Minerva continuou:

— Dessa vez deixarei que saiam sem suspensões. Mas trinta pontos serão tirados da Grifinória por mau comportamento.

— Trinta pontos? — repetiram os três, incrédulos.

— Sim senhores, trinta pontos. Dez para cada um. E que sirva de incentivo para pararem de vir até aqui toda semana.

— Sim senhora — responderam, amuados.

— Podem sair agora – disse Minerva, finalizando a conversa.

Os três meninos se levantaram e se encaminharam para a Gárgula que guardava o gabinete do diretor. Passaram por Phineas Black, que disse algo como "Na minha época, eu jamais deixaria um aluno sair sem uma suspensão!" e por vários outros quadros depois dele. Tiago e Teddy iam à frente, quase que ignorando a presença de Alvo, que parava a cada quadro para contemplar seus habitantes.

Snape já estava em sua sala de costume. Seu quadro como diretor havia sido colocado lá um ano depois da Batalha de Hogwarts. Outro quadro havia sido colocado também na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, que durante toda sua vida fora sua matéria preferida. Nunca na história de Hogwarts um professor havia dado aulas de um quadro, até Severo ser posto lá e espantar qualquer professor que Minerva contratava, atrapalhando-os e corrigindo-os ao longo das aulas.

Naquele momento, já sentado em sua grande poltrona de diretor, analisava na mesa abaixo de si alguns bisbilhoscópios das Gemialidades Weasley que haviam sido confiscados dos alunos. Percebeu então que era observado por um par de olhos verdes que há muito não via por ali.

— Olá professor. — disse o menino e sorriu.

— Olá Severo. — Ele gostava do som do seu próprio nome direcionado a alguém com os mesmos olhos de Lílian.

E enquanto o menino, com os mesmos cabelos bagunçados do pai, porém, sem os óculos — graças a Merlin!Lembrava tão pouco o avô! — se afastava, Snape o seguiu com o olhos. Fazia questão de parar o que estivesse fazendo para contemplar os olhos daquele menino. Iguais aos de Lílian.

Severo Snape sorriu.

No final, seu amor por Lílian não tinha sido em vão. Ele havia deixado de lado seu lado obscuro. Estava Feliz.

Fim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Eu sempre imaginei como seria se Alvo e Snape se encontrassem em alguma cinrcunstância. Para mim seria algo parecido com isso.Comente. Críticas, Sugestões, todas muito bem-vindas.bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Darkside" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.