Smile escrita por Batsu


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

PARABÉNS MEL ♥ é bom você fazer aniversário, que você ganha muito lunami e isso me beneficia também ¯_(ツ)_/¯
Já surtei muito no tt sdtfgysihujfksd tenho nem mais forças pra floodar de novo, e aposto que você não quer ter sua outra conta block haha mas sério, te desejo tudo de bom, espero que seu dia esteja sendo ótimo e que as coisas só melhorem idk
Aproveitei o dia pra escrever em cima do tema "aniversário" mas não exatamente uma festa, enfim, espero que tanto você quando os outros leitores gostem, não ficou gigante, mas é de coração! ♥



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Admirando a maré alta e as ondas que se quebravam na proa do navio, ela se perguntou quanto tempo mais duraria sua jornada. O luar refletia no horizonte oceânico, e o céu limpo sem nuvens expandia seu campo de visão para as estrelas. Nami sabia que não podia contá-las, e mesmo se quisesse, nunca descobriria quantas existiam. Quanto tempo levaria até que momentos como estes se acabassem?

Apesar do atual sossego, a tripulação passara por pelo menos cinco situações de risco só nesse dia, todas envolvendo outras tripulações piratas recém chegadas à segunda parte da Grand Line ou o clima instável daquele mar. Mas ninguém disse que o Novo Mundo seria fácil, não pelo o que ela se lembrava. Haviam encontrado uma ilha inabitada, e foi-se decidido que passariam a noite ali, com a exaustão que os sobrecarregavam ninguém estava disposto a acordar de madrugada para lidar com inimigos. O jantar havia sido servido, e alguns discutiam fazer um acampamento na praia por diversão, como costumavam fazer antigamente, no primeiro mar. A ruiva discordou completamente, mas como sempre, o espírito aventureiro do grupo falou mais alto, e no momento, os homens levavam alguns sacos de dormir para fora. A navegadora estava ali na amurada apenas enrolando para não ter que ajudá-los.

O tempo que passou vagando o olhar pelo mar, acabou lhe deixando intrigada, era engraçado pensar em quando as coisas terminariam se haviam acabado de começar. Não estava ansiosa por isso, entretanto sentia-se intimidada pelo dia que viria após a meia noite. Amanhã seria o aniversário de Bellemere, e coisas relacionadas a sua mãe não costumavam trazer bons sentimentos. Nami fechou os olhos, deixando que seus longos fios alaranjados fossem carregados por uma brisa que viera do mar. Fazia tanto tempo que perdera sua mãe que não costumava mais chorar por isso, mas não é como se significasse que ela não a amasse mais, ela apenas aceitou o fato de não poder tê-la mais consigo. Nami era madura o suficiente para lidar com fatos como esse.

― Namiiiiii! ― seu capitão chamou-a manhosamente interrompendo seu devaneio.

― O que é?! ― gritou de volta, virando apenas o rosto respondê-lo.

― Eu preciso de mais dois travesseiros e Sanji não quer deixar eu entrar no seu quarto! ― ele estava no deque principal, enquanto ela no superior, não precisavam gritar tanto assim. ― Fala pra ele deixar!

― O que você vai fazer se eu deixar?!

― Pegar seus travesseiros! ― a ruiva revirou os olhos, ainda conseguia se surpreender com a idiotice do moreno.

― Não!

Ela o ouviu resmungar alguma coisa e depois Sanji gritando, imaginou que o cozinheiro lhe deu alguma bronca por atazaná-la.

Gostaria de ficar somente mais alguns minutos ali antes de sair do navio para encontrar a tripulação no acampamento. Como é que Usopp chamara aquilo no jantar? Lual pirata. Aquilo arrancou um leve riso divertido da navegadora, seus companheiros estavam sempre empolgados com novas aventuras, apesar do atirador só estar tranquilo mesmo por terem se certificado mais cedo que a ilha era vazia, normalmente ele seria o primeiro a ir contra dormir fora do Sunny.

Sua feição composta por um sorriso tímido lhe trouxe à tona o fato de que se fosse por ela mesma, não estaria sorrindo. O aniversário de sua falecida mãe costumava trazer lembranças ambas ruins e boas, em sua grande maioria péssimas, no entanto havia sido igualmente num dia ruim que conhecera a verdadeira natureza de seus companheiros e agradecia no íntimo todos os dias por tê-los. Principalmente seu capitão, o qual ela podia dizer com a clara certeza que era a razão de ainda sorrir em dias como aquele. Se não fosse ele quem tivesse enfrentado Arlong e chamado-a de sua companheira, Nami talvez ainda estaria sob o domínio daquele tritão maldito e sua ilha estivesse em situação piores.

Luffy era a razão de Nami ainda sorrir.

Um movimento rápido e quase mudo chamou sua atenção, a fez virar-se na direção que seu sentido captou, deparando-se com o capitão e um pedaço de carne logo a sua frente, fitando-a seriamente. Nami encarou-o por intermináveis segundos, tentando decifrar aquela expressão incomum dele. Os olhos semiabertos diziam pouco, a boca numa linha única e as sobrancelhas sem qualquer sinal de inclinação, ele a estudava mesmo sem entender, não ousou desviar o olhar enquanto ela estivesse à sua frente.

― O que você quer? ― questionou-o já irritada com o menino encarando-a há tanto tempo.

― Robin me disse.

Uma série de possibilidades percorreu a mente da ruiva, imaginou o que Robin o dissera. Molhou os lábios antes de continuar, então entendeu o que o intrigou. Conhecendo seu capitão, o fato da navegadora ter se isolado dos companheiros por uns minutos o preocupou, logo a curiosidade falou mais alto e ele perguntou a alguém o que acontecera. Nami não culparia Robin, mas seria melhor se ela ainda fosse a única que soubesse daquela data.

― Pode ficar tranquilo, Luffy, estou bem. ― suspirou voltando a encarar o oceano noturno iluminado.

― Mas Robin disse que–

― Você come igual a um animal. ― interrompeu mudando o assunto repentinamente, reparando nos cantos da boca suja do menino.

Luffy usava um babador feito com um guardanapo qualquer, e tanto suas mãos quanto sua boca estavam sujas de molho em exagero. Nami se pegou sorrindo outra vez, ele era um imbecil e isso a fazia bem. Deduziu que Sanji estivesse ocupado arrumando as coisas no acampamento e o moreninho aventurou-se a assaltar a geladeira naquele meio tempo.

O olhar atento do pirata percorreu outra vez a expressão feminina de Nami. A claridade do luar evidenciava a mulher de uma forma que não podia ser descrito. Tal modo que o assustou, ainda que ele não sabia lidar com momentos como aquele.

― Por quê está me encarando, huh? ― perguntou aproximando-se.

Sem uma resposta definitiva a ruiva puxou o babador do pescoço do menino, e passou de maneira sutil pelos cantos da boca dele, limpando qualquer vestígio de carne e molho dali sem quebrar o contato visual. Luffy instintivamente sorriu com aquele ato. E ela não pode evitar sorrir de volta.

Mesmo numa data tão dolorosa, de lembranças amargas, sofridas, Nami conseguia sorrir por ter Luffy ao seu lado.

― Não é pra roubar carne escondida do Sanji! ― ralhou fechando a cara outra vez, de mãos sobre a cintura e sua pose autoritária habitual.

― Mas Namiii, ― resmungou o menino. ― eu ia acabar passando fome de noite!

― Não importa! ― segurou-o pela bochecha, arrastando-o esticado enquanto descia o deque superior.

Saíram ao encontro da tripulação na praia, Luffy carregando mais alguns cobertores e Nami gritando para ele não os derrubar na areia. No fim, ainda que tivessem dias ruins, ela se lembraria do que fora feito e tudo ficaria bem, mesmo se isso significasse ter que vê-lo sorrir antes da própria melhora.


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Notas finais do capítulo

Não gente, eu não ouço Avril Lavigne normalmente (nada contra quem gosta também idk). É só que há muito tempo eu vi um mep luna com essa música, e acabei guardando a ideia pra escrever em cima da letra. Pra falar a verdade tem partes da música que não tem nada a ver com os dois, mas o refrão eu achei muito a cara deles sdyfghuisdjokf pq sim, a o Luffy é a razão da Nami sorrir ♥
Caso tenham encontrado erros, peço que me informem para que possam ser consertados. Críticas e sugestões são bem-vindas! Se gostaram, deixem um review.
Até mais, e feliz aniversário Mel!