Doce Atração escrita por Arthur Araujo


Capítulo 10
Capitulo Nove




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Aproveito para ler porque se antes eu já não conseguia dormir, agora meu estado não melhorou. Gosto da historia que Harper Lee escreveu, pois mesmo que exista casos como o que ele exemplificou no mundo, não é desta maneira, não tão fácil nem tão dura. Eu gosto de outras realidades. Assumo que nos últimos tempos eu tenho fugido demais.

O avião pousa, observo o sol recém-nascido em uma cidade diferente, ainda não são cinco horas, fico sentada esperando a Meri chegar.

Paro de fazer nada e começo a procurar o rosto da minha irmã entre as pessoas que vão chegando, reconheço seu cabelo mal penteado e sua cara de sono, aceno e ela faz de volta. Corro até ela puxando mala ao meu lado.

⁃ Irmãzinha!

⁃ Desculpa, eu não queria acordar você a essa hora.

⁃ Sem problemas.

Solto-a do abraço, observo seu rosto, ela parece estranha.

⁃ Tudo bem? - Pergunto.

⁃ Sim.

⁃ Você está mentindo.

⁃ Só não me entregue para a mamãe. - America diz relembrando nossas brincadeiras de infância.

⁃ O que teve? Problemas com o Theo?

⁃ Sim. E você com o Peter, né?

⁃ Mais ou menos.

Rio.

⁃ Tenho um remédio ótimo para isso.

Ela se vira e abre a bolsa, parece procurar alguma coisa.

⁃ Achei.

Ela ergue o cartão de crédito para mim.

⁃ De quem é isso?

⁃ Do Theo.

⁃ Ele vai matar você.

⁃ Não é a primeira vez que ele vai me perdoar por isso.

⁃ Eu tenho que encontrar o Nolan.

⁃ Isso pode esperar.

Tento relutar mais ela insiste.

É estranho entrar no caso da América, diferente do Peter o Theodore não tem motorista, se tiver parece que minha irmã levou esse cargo também.

⁃ para onde quer ir?

⁃ Você que conhece Nova Iorque, eu sou de Seattle, Garota.

America ri e arruma o cabelo.

⁃ você terminou de assistir Gossip Girl?

⁃ Com certeza e infelizmente sim.

Estamos longe de janeiro mas podemos para alguns pontos.

⁃ Sim, mas isso tudo as cinco da manhã?

⁃ Não, a gente vai ir para casa primeiro.

A casa é incrível, nunca achei que chegaria em uma rua quase vazia em Manhattan. São casas incríveis com quase um quilômetro de distância da outra.

⁃ que avanço... Sair da...

⁃ Cala boca, não ousa falar onde eu morei em voz alta.

⁃ Para vir parar aqui. Eu admirei você ter aberto mão do dinheiro da mãe para ter um novo começo sozinha em uma cidade grande.

⁃ Eu sei que você iria preferir Upper West Side, mas para mim ficar aqui é maravilhoso.

⁃ Você vai mesmo ficar lembrando o meu vicio de Gossip Girl esses dias todos?

⁃ Tá, prometo parar... Oh Nate, o Nate é tão lindooo.

Fecho a cara para ela.

⁃ Oh o Chuck é tão incrível.

⁃ Julie, você sabe que eu não gosto mais do tipo do Chuck, ainda mais depois do que aconteceu.

⁃ Não é porque seu ex traiu você que os outros caras iram fazer. o Josh era um lixo, você fez bem em ter se livrado dele, se alguém faz algo errado, talvez só ela possa fazer de novo.

⁃ Então você não tem medo que o Peter...

⁃ Isso é algo comum, sentir medo é natural, não quer dizer que ele nunca tenha feito nada de errado, pelo menos que eu me lembre não, mas o que me assusta não é o Peter e sim que eu não imaginava que o Gustin tivesse feito isso por tanto tempo.

Ela para o carro, observo a grande mansão de maneira e vidro, o design cúbico e as formas geométricas. Respiro fundo.

⁃ então onde está essa outra mulher?

⁃ Eu espero que no Céu.

America fica corada.

⁃ como assim?

⁃ Ela morreu a alguns anos atrás.

Seus olhos se arregalam, ela consegue concluir sozinha mas ainda sim ela revolve perguntar:

⁃ então essa criança não tem país?

⁃ Exatamente. Eu tenho que encontrá-lo e ajudá-lo.

Abro a porta, e puxo a mala comigo, tem uma garagem que parece mais o estacionamento de um shopping. Entramos para trás da casa, America desce do carro, e corre para me acompanhar, subimos uma pequena rampa e ela abre a porta de vidro. Estamos na cozinha. É simples, alguns armários de madeira clara, uma mesmo centro, cadeiras altas, fogões cooktop e um sugar cilíndrico de níveis de altura diferente.

⁃ O quarto fica lá em cima tem uma escada por aqui.

Tem dois caminhos, um que parece dar para sala de jantar e uma porta que leva para uma escada espiral.

Em cima tem um corredor, farias portas, America segue na frente e abre uma delas, é um quarto braço e bem iluminado pela parte de vidro da parede, uma cama e um guarda-roupa, uma Televisão na parede, e uma suíte.

⁃ Se precisar de alguma coisa eu estou lá embaixo.

– Me responde uma coisa?

– Diga.

– Se você terminasse com o Theo o que você seria dele?

– Acho que secretaria.

Abaixou os olhos e começo a desarrumar a mala, ela continua me olhar.

– Porque?

– Se eu e o Peter terminamos, bem, acho que não vamos ser nada.

Deixo a roupas num cabide dentro do guarda-roupa, mesmo só planejando ficar três dias aqui gosto de que tudo fique em seu lugar.

Caminho para o banheiro, e acendo a luz, é um cômodo claro, uma pia de mármore circular me lembra levemente os chafarizes de Paris, a torneira alta e automática, assim que passo a mão debaixo elas saem molhadas.

Lavo o rosto, e arrumo o cabelo, tento me preparar psicologicamente para assistir o resto dos vídeos que o Gustin gravou para mim assim que eu sair do banheiro, tiro a roupa e entro no Box, meu pensamente encontra o Peter, lembro de quando dividimos a banheiras a poucos dias atrás, sinto falta dele mesmo que não estejamos tão longe.

A água não demora a esquentar, minha pele arde com o calor, mas com tempo me acostumo com a temperatura. Desligo o chuveiro, seco-me e visto uma roupa preta comum e um casaco branco, me sinto ridícula.

Pego o notebook e ligo-o, digito a senha e sinto novamente uma dor ver minha foto com o Gustin no bloqueio. Vou para pasta e algo outro vídeo, os primeiros minutos ele esta no banheiro e só faz chorar, a dor que sinto não passa.


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