Accidentally in Love escrita por Shei


Capítulo 86
Almoço de domingo


Notas iniciais do capítulo

Olá gente linda.

Muito obrigada a todos os comentários e favoritos.

E vamos a mais um capitulo, espero que gostem.



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Algumas semanas se passaram. O casamento de Regina e Emma seguia cada vez mais feliz. Era incrível como o elo que as unia, ficava cada vez mais intenso e forte. Compartilhavam uma cumplicidade que crescia a cada dia, uma intimidade reconfortante, um amor único e especial. O trabalho no jornal seguia seu ritmo normal, frequentemente a loira auxiliava sua esposa no que fosse preciso. Tinha se tornado comum, Emma acompanhar Regina em diversas reuniões que fossem necessárias a presença da morena. E Regina não escondia o orgulho que sentia, ao ter sua esposa ao seu lado nesses momentos, trabalhando arduamente na gestão do The Mirror. Mesmo assim, Emma ainda continuava trabalhando na redação, escrevendo sempre que possível, afinal era a sua maior paixão.  

Os almoços de domingo em família viraram uma tradição, nada imposto ou por obrigação, era realmente prazeroso para todos se reunirem uma vez por semana. E apesar do envolvimento amoroso de Cora e Albert Spencer, ele ainda não tinha participado de nenhum dos almoços. Por outro lado, Milah estava presente na maioria deles, seu namoro com Killian estava caminhando perfeitamente bem, mesmo ainda vivendo em cidades diferentes. Algumas vezes, Zelena e Ruby também marcavam presença, tornando tudo ainda mais divertido.

Emma estava chegando em casa, no início da noite de uma quarta-feira, trazia algumas sacolas de supermercado em suas mãos, que levou direto para a cozinha. Deixou as sacolas sob a bancada, para organizar depois, seguindo até ao escritório, aonde com certeza sua esposa estaria. Sorriu ao entrar no cômodo, Regina estava sentada em uma poltrona de canto, lendo um livro que a loira não soube identificar. Ao perceber que tinha companhia, a morena ergueu os olhos do livro e sorriu para sua mulher. Emma sorriu de volta, enquanto se aproximava da poltrona, tirou o livro das mãos dela, fechou e colocou em cima da mesinha de canto. Sentou de lado no colo de sua esposa, jogando seus braços em volta do pescoço da morena, em um abraço carinhoso. Sorriram uma para a outra, antes de trocarem um beijo lento e gostoso.

— Olá, esposa. – Emma falou ao encerrar o beijo.

— Olá, minha vida. – Regina sorriu e deu um selinho nos lábios cor de rosa. – Estava te esperando.

— Eu demorei um pouco mais, pois aproveitei para passar no supermercado. E reabastecer a nossa despensa. – Emma sorriu. – Chegou faz muito tempo?

— Um pouco mais de uma hora. – Regina respondeu. – Zelena queria ajuda com o presente de aniversário de Ruby. Ela decidiu fazer uma surpresa romântica.

— Jura? Zelena? – Emma ficou surpresa. – Zelena decidiu fazer uma surpresa romântica para o aniversário de Ruby? É isso mesmo?

— Exatamente isso. – Regina riu. – Eu fiquei tão surpresa quanto você, meu anjo. Aliás, eu passei a tarde toda ressaltando esse fato para aquela ruiva.

— Eu não acredito que você ficou pegando no pé da nossa amiga, Regina. – Emma repreendeu. – Imagina o quanto foi difícil para Zelena decidir isso e ainda por cima pedir a sua ajuda.

— Até parece que ela não fez o mesmo comigo. – Regina revirou os olhos. – Zelena não pode reclamar de nada. Não se esqueça que ela queria escrever game over em nossas camisetas da despedida de solteiras.

— Mas não escreveu. – Emma rebateu.

— Porque a Ruby não deixou. – Regina falou. – E além do mais, eu posso ter provocado Zelena um pouco, mas ainda assim a ajudei.

— Um pouco? – Emma estreitou os olhos. – Eu imagino esse um pouco.

— Tudo bem, mais que um pouco. – Regina revirou os olhos.

— Idiota. – Emma sorriu.

— Tua idiota, meu bem. – Regina sorriu.

— Sim, minha idiota, só minha. – Emma deu um selinho na morena. – Ah, eu acho que consegui convencer a sua mãe a convidar o promotor Spencer para o almoço de domingo.

— Sério? – Agora foi a vez de Regina ficar surpresa. – Como conseguiu esse feito?

— Para começar, eu tenho tato. – Emma ergueu a sobrancelha. – Eu conversei com Cora tranquilamente, dei a minha opinião sobre o assunto e ela me ouviu. Falou que vai pensar nisso. O maior receio dela é o comportamento de vocês, ela tem medo que você e Killian assustem o promotor. Eu prometi que conversaria contigo, para maneirar as piadas, caso ele esteja presente.

— Fico dividida entre adorar a tua amizade com a Mamãe ou ter medo de vocês duas juntas. – Regina sorriu. – Mas é bom saber que ela se sente à vontade para conversar sobre essas coisas contigo.

— Eu gosto da Cora. – Emma sorriu. – Sempre gostei.

— Ah, sim. – Regina sorriu. – Diferente de mim, não é?

— Você me irritava profundamente. – Emma riu. – Demorou um pouco para te entender.

— Eu adorava te irritar. – Regina mordeu o lábio inferior. – Você sempre respondia a altura as minhas provocações. E muitas vezes eu percebia que estava se segurando para não voar no meu pescoço.

— Provavelmente estava mesmo. – Emma revirou os olhos. – O problema foi quando comecei a querer voar no seu pescoço por outro motivo.

Regina gargalhou ao ouvir isso, fazendo Emma esconder seu rosto na curva do seu pescoço. A morena abraçou sua esposa fortemente, quando o riso diminuiu, plantou um beijo em sua cabeça.

— Um problema delicioso esse, não é? – Regina sorriu.

— O melhor de todos. – Emma levantou a cabeça, olhando nos olhos castanhos.

O resto da semana transcorreu normalmente, chegando no domingo. Quando Emma e Regina entraram na mansão, logo foram informadas por uma das empregadas, que estavam todos no jardim dos fundos, para onde se dirigiram. Encontraram Cora, Albert Spencer, Milah e Killian sentados em volta de uma mesa redonda, enquanto bebiam e conversavam animadamente.

— Bom dia. – Regina e Emma se aproximaram de mãos dadas.

— Só estava faltando vocês. – Cora sorriu e se levantou, abraçando sua filha e sua nora. – Deixe eu apresentar-lhes corretamente. – A matriarca do Mills apontou para o homem que se levantou. – Esse é Albert Spencer, meu namorado. Albert, essa é minha filha Regina e sua esposa Emma.

— Muito prazer. - Albert sorriu e estendeu sua mão, saudando primeiro Regina e depois a loira. – Já nos encontramos outras vezes, mas é bom finalmente sermos devidamente apresentados.

— Sim, Mamãe estava... – Regina se calou, ao levar uma não tão sutil cotovelada de sua esposa. – Ai, Emma.

— É realmente um prazer, Senhor Spencer. – Emma sorriu e abraçou sua esposa de lado, acariciando o local em que bateu.

— Nada de senhor, por favor, me chamem de Albert. – O homem sorriu simpático, já conhecendo a fama de brincalhona de Regina, Cora tinha avisado que a filha não conseguia segurar suas piadas, ele logo imaginou que ela faria uma, antes de ser interrompida pela loira.

— Certo, Albert. – Regina sorriu. – Fico feliz que tenha se juntado a nós hoje.

— Eu também. – Albert sorriu novamente, voltando a sentar.

Enquanto Emma e Regina faziam a volta na mesa, para sentarem nos lugares vagos, entre Cora e Killian. A morena sussurrou no ouvido da esposa.

— Isso não vai ficar assim, Emma. – Regina falou em tom provocador. – Vou descontar essa cotovelada mais tarde.

— Mal posso esperar, meu amor. – Emma sussurrou de volta e piscou para a morena, antes de sentar ao lado da sogra.

— Oi, Kill. – Regina sorriu para o irmão, sentando ao seu lado.

— Você está tão domesticada, irmãzinha. – Killian riu. – Quem te viu e quem te vê, hein?

— Calado. – Regina fez cara de séria, se segurando para não sorrir, era a primeira vez que o irmão brincava sobre o seu relacionamento com Emma.

Os seis integrantes da mesa, engataram conversas sobre seus trabalhos, até serem avisados que o almoço estava pronto. Todos entrando para a sala de jantar, para iniciarem a refeição. Cora sentou na cabeceira da mesa, como sempre, ao seu lado direito, sentou Albert, Milah e Killian. Ao lado esquerdo, Regina e Emma. O almoço iniciou tranquilamente, entre garfadas e conversas amenas. Até Cora pigarrear, limpando a garganta e chamando a atenção de todos.

— Eu tenho uma notícia para compartilhar com todos vocês. – Cora respirou fundo. – Depois que Killian nos contou sobre a vingança de Jefferson, eu refleti muito sobre o assunto. Não poderia ficar sossegada, com a possibilidade de ele voltar a fazer coisa pior contra um de vocês. Por isso contratei um detetive particular para investigar a vida dele.

Emma abaixou a cabeça, segurando a mão de Regina firmemente. Killian e Milah trocaram um olhar, antes de voltarem a atenção para Cora.

— E o que descobriu? – Regina fez a pergunta que todos queriam saber, mesmo que a lembrança daquele homem fosse dolorosa para os envolvidos.

— Além de ser o editor do New York Times, Jefferson mantém alguns negócios ilícitos. – Cora respondeu. – Com a ajuda de Albert, eu fiz uma denúncia anônima sobre esses negócios.

— Que negócios são esses? – Milah quis saber.

— Aposto que drogas. – Killian respondeu, trancando o maxilar de raiva. – Por isso foi fácil para ele dopar vocês.

— Exatamente. – Albert se pronunciou. – Ele aproveitava de sua posição social, para agenciar traficantes para trabalharem para ele. Após a denúncia, a polícia fez sua própria investigação, resultando em sua prisão essa semana. Ainda não foi marcado a data de sua audiência, mas com certeza ele vai pegar no mínimo dez anos de prisão. Apesar de não ser envolvido com gangues ou cartéis, a pena dele deve ser severa.

Todos ficaram em silêncio, cada um perdido em seus próprios pensamentos. Albert estendeu a mão por cima da mesa, entrelaçando seus dedos aos da matriarca dos Mills. O gesto não passou despercebido por Regina, que sorriu para aquilo. A morena apertou a mão de Emma, que lhe olhou com um sorriso triste, mas aliviada em saber que Jefferson estava sendo punido.

— Obrigada, Cora. – Milah se pronunciou. – Esse homem agora está aonde pertence.

— Isso mesmo, Mamãe. – Killian concordou. – Você fez muito bem.

— Não só pelo mal que ele causou a nós, mas também por saber que é menos um traficante nas ruas. – Regina suspirou. – Ele merece pagar por seus crimes.

Emma não se manifestou, essa notícia amenizava os sentimentos de revolta que tinha sobre tudo o que passaram. Mas ainda era tudo muito recente para a loira, que sabia que tudo podia ter sido muito pior, caso a verdade não tivesse vindo à tona.

Após alguns momentos de reflexões internas, por cada um presente naquela mesa, o almoço continuou em seu ritmo normal. Terminado o almoço, todos voltaram para o jardim dos fundos, desfrutando da temperatura agradável do dia, o clima estava fresco. As conversas agora eram mais leves, sobre assuntos do cotidiano de cada um. Albert se mostrou um homem de muito bom humor, o que agradou imensamente Regina, que já estava à vontade na presença do namorado de sua mãe. No meio da tarde, Milah e Killian se despediram de todos, já que ela tinha que voltar para a sua cidade e Killian ia lhe acompanhar. Não demorou muito, Regina e Emma também decidiram irem embora, deixando apenas Cora e Albert na mansão.

Ao voltarem para casa, Emma e Regina resolveram levar Toby para um passeio. A morena prendeu a guia na coleira do cachorro, a mesma coleira que tinham trazido de Santorini, Toby pulava faceiro da vida, sabendo que sairia para dar uma volta. Enquanto caminhavam pelas redondezas, observavam Toby farejar tudo a sua frente entusiasmado. Emma levava a coleira com uma mão, enquanto a outra segurava na de Regina.

— Você está muito quieta. – Regina comentou pacificamente.

— Apenas pensando. – Emma deu de ombros.

— Sobre o que Mamãe contou do Jefferson? – Regina questionou, mesmo sabendo que era exatamente isso.

— Sim. – Emma suspirou. – É errado ficar feliz que ele foi preso?

— Não, claro que não. – Regina respondeu convicta. – Eu também me senti assim. É um alivio saber que ele não vai mais prejudicar mais ninguém por um bom tempo.

— Realmente é. – Emma concordou. – Mas não quero mais falar sobre isso.

— Tudo bem, não falaremos mais sobre isso. – Regina sorriu, aproveitando que Toby havia parado para cheirar um arbusto, fez um carinho na bochecha da loira, antes de iniciar um beijo, que obviamente foi interrompido quando o cachorro voltou a andar. – Toby tem um péssimo timing.

— Claro, ele é seu cachorro. – Emma riu, enquanto voltavam a caminhar.


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Notas finais do capítulo

Então?
O que acharam?
Beijos e até o próximo capitulo :D



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