Accidentally in Love escrita por Shei


Capítulo 71
Volta para casa?


Notas iniciais do capítulo

Olá gente linda.
Mais um capitulo saindo quentinho do forno.
Espero que todos apreciem.



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Regina olhava para Emma sem conseguir acreditar no que tinha ouvido. A loira realmente tinha lhe pedido para voltar para casa? Ou era apenas a sua imaginação, fabricando o que tanto desejava que acontecesse? Molhou os lábios com a língua, sentindo sua boca seca e seu coração acelerado.

— Eu ouvi corretamente? – Regina perguntou baixinho, encarando os olhos verdes a sua frente.

— Sim, ouviu. – Emma sorriu. – Mas para que não haja dúvidas, eu posso repetir. Volta para casa? Volta para mim?

— E para a nossa vida juntas? – Regina completou sorrindo.

— Isso, baby. – Emma mordeu o lábio inferior.

Regina fechou os olhos e queria pular de felicidade. Queria gritar para o mundo inteiro o quão sortuda era. Tinha desejado isso desesperadamente, desde que soube da verdade, e agora estava finalmente acontecendo. Mas lembrou da cena de ciúmes de Emma, lembrou que a loira nunca pensava direito nesses momentos. Não queria que esse fosse o motivo dela a querer de volta. Não queria de forma alguma pressionar ou forçar alguma decisão de sua amada. Queria que fosse algo natural, algo que a loira desejasse de coração e por vontade própria. Respirou fundo e abriu os olhos, Emma lhe olhava apreensiva.

— Você tem certeza disso, Emma? – Regina questionou.

— Tenho, claro que tenho. – Emma estreitou os olhos. – Eu quero você, eu sempre quis você, Regina.

— Emma, eu desejo isso mais do que tudo...

— Por que eu tenho a sensação que vem um “mas” chegando? – Emma interrompeu insatisfeita.

— Porque tem. – Regina suspirou. – Eu não quero que você tome uma atitude precipitada. E não quero que ciúme seja o motivo disso.

— Regina. – Emma esbravejou. – Não é uma atitude precipitada e muito menos movida por ciúme. Eu tenho pensado nisso diariamente, bem mais do que uma vez por dia. Meu ciúme me fez te tirar do Rabbit Hole, não te pedir para voltar para mim. Não foi por ver alguém dando em cima de você, que eu tomei essa decisão. Eu percebi o quanto você tem se esforçado para me reconquistar. Tem sido maravilhosa realmente. Eu tomei essa decisão porque eu te amo e você merece essa chance.

— Certo, fazemos o seguinte então. – Regina deu um pequeno sorriso. – Você pensa nisso direitinho hoje e se amanhã ainda manter a mesma decisão, eu volto correndo para casa. Combinado? Eu preciso ter certeza que estamos fazendo isso pelos motivos certos, meu anjo.

— Como você é teimosa. – Emma negou com a cabeça sorrindo.

— Eu sempre fui teimosa. – Regina abriu um lindo sorriso.

— A tua sorte é que eu te amo. – Emma provocou.

— Oh, eu sou uma mulher muito sortuda. – Regina respondeu.

— Tudo bem, eu concordo com isso. – Emma suspirou e se aproximou ainda mais do corpo de Regina, praticamente anulando o espaço entre elas. – Mas eu quero um beijo de boa noite.

— Ah, você quer? – Regina deu um sorriso malicioso. – Eu acho que posso concordar com isso.

Regina segurou o rosto da loira com ambas as mãos e deu início ao um beijo lento e carinhoso. Um beijo carregado de saudade e amor. Fazia um pouco mais de três semanas, desde que tinham trocado um beijo e toda a falta que sentiam uma da outra, era demostrado nesse beijo. Regina explorava a boca de Emma de forma apaixonada e romântica. Não tinha urgência, apenas um carinho infinito. Quando o ar se fez necessário, a morena encostou suas testas e sorriu ainda de olhos fechados.

— Como eu senti falta disso. – Regina falou baixinho.

— Nem me fale. – Emma sorriu. – Nem uma chance de eu te convencer a subir comigo?

— Não me provoque, Emma. – Regina avisou.

— Ou o quê? – Emma quis saber.

— Você é uma tentação. – Regina sorriu. – Eu não vou cair nessa, meu bem. Amanhã! Só mais uma noite, isso é tudo que eu peço.

— Eu não sei se tenho vontade de te encher de tapas ou beijos. – Emma sorriu.

— Beijos. – Regina sorriu. – Sempre opte por beijos.

— Boa noite, Regina Mills. – Emma foi dando pequenos passos para trás, ainda encarando a morena.

— Boa noite, Emma Swan. – Regina continuou parada no mesmo lugar, olhando a loira virar e subir para o loft.

Regina olhou para o céu estrelado, sorrindo como boba. Sentia como se finalmente tudo iria se acertar. Só mais uma noite, apenas mais uma noite separada de seu amor e tudo voltaria a ficar bem de novo. Tinha esperanças que Emma não iria mudar de ideia, ela ainda iria a querer de volta no dia seguinte. Regina entrou em seu carro e dirigiu até a mansão. Quando chegou, encontrou sua mãe na sala de estar, estava lendo uma revista.

— Regina, achei que estava com o pessoal do jornal no Rabbit Hole. – Cora falou, fechando a revista que tinha em mãos.

— Eu estava. – Regina sorriu, se aproximou de sua mãe, lhe dando um beijo na bochecha e sentando a sua frente. – Até a Emma me retirar de lá pela mão.

— Como é que é? – Cora perguntou surpresa.

— Ela foi com Graham para o Rabbit Hole e estava sentada com ele e outros colegas, mas eu percebi que me olhava de vez em quando. Eu estava sentada no bar, as vezes conversava com algum colega, até uma antiga conhecida sentar ao meu lado. Eu conversava com ela, quando Emma chegou e falou que estava na hora de irmos embora. Essa conhecida comentou que achava que não estávamos mais juntas e Emma falou que ela pensou errado. – Regina sorriu. – Ela me arrastou para o estacionamento e me falou que não queria que eu ficasse com nenhuma outra mulher.

— Eu não acredito nisso. – Cora sorriu.

— Ah, mas acredite. – Regina sorriu mais ainda. – Emma Swan e ciúme na mesma frase sempre fica interessante. Ela me pediu para levar ela em casa, o que é claro que fiz. E quando fui me despedir, ela pediu para eu voltar para casa, para voltar para ela.

— E o que você está fazendo aqui? – Cora perguntou surpresa.

— Eu não quero que ela aja por impulso, quero que tenha plena certeza da decisão que tomou. Não posso deixar que por causa de ciúme, ela apresse as coisas, isso é algo que tem que ser natural. Nós merecemos que seja verdadeiro e definitivo. – Regina respondeu. – Eu pedi para ela pensar direito e amanhã se ela ainda querer, eu com certeza volto para casa.

— Entendi, minha querida. – Cora olhava orgulhosa para sua filha. – Admiro muito a sua postura. Eu sei o quanto deseja voltar com Emma, por isso também sei, que não foi fácil não voltar correndo para casa quando ela pediu. Isso só demostra o quanto você cresceu, o quanto respeita e ama essa mulher. Emma tem sorte de ter você, minha filha.

— A sortuda aqui sou eu. – Regina sorriu. – Emma tem um coração enorme.

— Isso ela tem. – Cora concordou. – Mas você também é uma grande mulher, você não é a única sortuda. Ambas têm sorte de ter uma a outra.

— Eu sinto uma paz, Mamãe. – Regina confessou. – Eu sinto como se finalmente minha vida vai voltar a ter sentido. Emma é com certeza o amor da minha vida.

— Eu fico feliz de te ver assim, querida. – Cora sorriu.

— A senhora nunca pensou em namorar de novo? – Regina perguntou curiosa.

— Você realmente me questionou isso? – Cora ficou extremamente surpresa. – Eu lembro que cada vez que alguém sugeriu tal coisa, você quase teve um treco. Sempre agiu como se fosse um insulto a memória de seu pai.

— Eu sei. – Regina suspirou. – Eu era imatura e egoísta. Eu não poderia pensar na senhora tentando substituir o Papai.

— Seu pai é insubstituível, minha querida. – Cora suspirou. – Henry foi o amor da minha existência, eu o amei com todo o meu ser. A vida que tive ao lado dele foi maravilhosa e rendeu dois frutos que amo mais do que tudo nessa vida. Eu me sinto privilegiada de ter vivido um amor assim.

— Eu sempre admirei o amor de vocês dois. – Regina sorriu. – Vocês se compreendiam apenas com olhares, era incrível o quanto conheciam bem um ao outro.

— Verdade. – Cora sorriu se lembrando do marido. – Ele era um homem tão generoso e carinhoso. Eu ainda sinto a falta dele todo dia, não há um só dia em que eu não me lembre dele.

— Eu também. – Regina admitiu. – Ele teria amado a Emma.

— Sim, ele teria. – Cora riu. – E ele teria apoiado vocês desde o início, provavelmente me deixando furiosa.

— Eu não tenho dúvidas disso. – Regina riu. – Mas a senhora não me respondeu se não pensa em namorar novamente.

— Eu não penso. – Cora afirmou. – Sempre que alguém levantou essa questão, eu nunca pensei em explorar ela. Como eu falei antes, Henry foi o amor da minha vida. Viver com menos do que isso não vale a pena, não depois de viver um amor pleno, como eu vivi com o seu pai.

— Eu acho que talvez falha a pena tentar. – Regina sugeriu. – Papai foi o amor de sua vida, e isso não vai mudar, mas talvez tenha alguém aí fora que a faça feliz.

— Vocês me fazem feliz. – Cora respondeu.

— A senhora entendeu o que eu quis dizer. – Regina apontou.

— Sim. – Cora sorriu. – Eu entendi, mas mantenho o meu pensamento. Não consigo me imaginar ao lado de um homem, que não seja o seu pai.

— Sempre tem mulheres...

— Regina Mills. – Cora caiu na gargalhada.

— Mas é verdade, Mamãe. – Regina riu. – Eu daria o maior apoio.

— Eu vou fingir que não ouvi isso. – Cora negou com a cabeça.

— Não finja. – Regina sorriu. – É sempre bom ter opções.

— Eu vou dormir. – Cora se levantou. – Antes que você tenha mais ideias malucas.

— Boa noite, Mamãe. – Regina riu.

— Tente dormir. – Cora aconselhou. – Sei que talvez a ansiedade atrapalhe, mas tente ter uma boa noite de sono.

— Vou tentar. – Regina prometeu.

Cora subiu para o seu quarto e a morena continuou na sala por um tempo. Pensando e repensando sobre tudo o que tinha acontecido durante o dia. Quando estava subindo as escadas, ouviu a porta da frente sendo aberta e Killian entrando. Regina parou no meio das escadas e olhou para o irmão.

— Ei, Killian. – Regina cumprimentou.

— Regina? – Killian ergueu a sobrancelha. – Graham me falou que estavam todos no Rabbit Hole.

— Sim, mais cedo eu estava também. – Regina respondeu, não se sentia à vontade para contar o verdadeiro motivo de ter deixado o bar. Sua relação com seu irmão estava sendo cordial por enquanto, nada muito profundo e sem falarem em Emma. – Não quis aparecer?

— Estava em outro lugar. – Killian desconversou.

— Ah. – Regina sabia perfeitamente o motivo de ele não ter ido no Rabbit Hole, a presença dela e de Emma. – Eu já estava indo deitar, tenha uma boa noite, Killian.

— Você também. – Ele respondeu e foi em direção a cozinha.

Regina foi para o seu quarto, tomou um banho relaxante e se jogou em sua cama. O sono como esperado, demorou a vir. Não conseguia parar de relembrar Emma com ciúmes, Emma falando que não a queria com outras mulheres e Emma a pedindo para voltar. Acordou no outro dia, mais cedo do que o normal. Depois de fazer sua higiene matinal, desceu e não ficou surpresa ao encontrar sua mãe já acordada.

— Caiu da cama? – Cora perguntou bem-humorada.

— Muito engraçada. – Regina deu um beijo na bochecha da mãe.

— O café da manhã ainda não foi servido. – Cora informou.

— Não tem problema, eu pego um café no caminho para o The Mirror. – Regina respondeu.

— Não é saudável, Regina. – Cora reclamou. – O dia deve ser iniciado com uma boa refeição.

— Uma vez que outra, não vai fazer mal. – Regina sorriu. – Não exagere, Mamãe.

— Eu entendo que esteja ansiosa, mas não precisa ser negligente com a sua saúde no processo. – Cora rebateu.

Regina revirou os olhos, sua mãe sabia ser dramática quando queria.

— Prometo recompensar no almoço. – Regina sorriu. – Agora eu tenho que ir, até mais tarde.

— Boa sorte. – Cora desejou. – Tenho certeza que tudo vai dar certo.

— Obrigada, Mamãe.

Regina dirigiu até o jornal, parando apenas para comprar um café. Quando entrou na redação, olhou para a mesa de Emma, constatando que ela não estava ali ainda e seguiu para a sua sala. Logo que abriu sua porta e viu a loira sentada em sua cadeira, abriu um sorriso enorme.

— Estava te esperando. – Emma girou na cadeira da morena.

— Estou vendo. – Regina se aproximou, até parar na frente da sua amada, colocou seu café na mesa e encarou os olhos verdes. – Se eu soubesse, teria te trazido um chocolate quente.

— Eu já tomei. – Emma sorriu. – Eu quis chegar antes de você, pois temos assuntos inacabados a serem retomados.

— Ah, temos? – Regina sorriu.

— Sim, temos. – Emma puxou a morena pelo seu cinto. – Eu fiz o que me pediu, eu pensei em tudo como muito cuidado e atenção, chegando na conclusão que eu quero você de volta na minha vida. Eu reli cada cartão e olhei todos os origamis que me enviaste, e percebi o quanto atenciosa e amorosa você tem sido. Sem falar que não quis tirar vantagem ou se aproveitar de nenhuma situação, isso foi uma grande prova de amor. Eu amo você. Por favor, volta para casa?

— Sim, claro que sim. – Regina puxou Emma para cima e lhe deu um beijo de tirar o fôlego. Muito diferente do que tinham trocado na noite anterior, esse era um beijo voraz e sedento. Regina explorava a boca da loira de forma firme e extasiante, deixando ela com as pernas bambas. – Eu amo você. – Regina falou entre selinhos nos lábios cor de rosa.

— Eu acho que eu ia enlouquecer se ficasse mais um tempo longe de você, baby. – Emma falou puxando Regina para mais um beijo.

As duas ficaram um bom tempo, entre beijos e juras de amor. Matando a vontade que uma sentia da outra. Cada beijo era carregado de sentimentos e as deixava sem ar. Emma já estava sentada na mesa da morena, com ela entre suas pernas. Regina desceu beijos pelo pescoço alvo e Emma gemeu.

— Vamos para casa, meu anjo. – Regina falou sem fôlego.

— Agora? – Emma tinha a respiração pesada. – O expediente nem começou, Regina.

— Eu trabalhei demais nessas últimas semanas, mereço uma folga. – Regina respondeu sorrindo.

— Mas eu mal voltei...

— Como sua chefe, eu te dou folga também. – Regina sorriu mais ainda. – Vantagens de ser bem relacionada, meu anjo.

— Regina. – Emma resmungou.

— Emma, um dia de folga não vai matar ninguém. – Regina deu um selinho na loira. – Precisamos matar a saudade, merecemos passar o dia inteiro apenas uma curtindo a outra. Eu quero você!

— Oh céus. – Emma gemeu. – Vamos para casa!

— Sim, vamos para casa. – Regina ajudou a loira descer da mesa.

Pelo fato de ainda ser cedo, tinham poucas pessoas pelo jornal. Regina de mãos dadas com Emma, saiu rapidamente do jornal, atravessando a rua e indo para o loft. Subiram as escadas entre beijos e tropeços. Assim que passaram pela porta de entrada do loft, Emma jogou Regina para cima do sofá, sentando em seu colo e a beijando com uma vontade sem limites. Toby latia e pulava na área de serviço feito um louco, fazendo as duas pararem o beijo e rirem.

— Amor, acho que teu filho quer te ver. – Emma sorriu.

— Ele tem um péssimo timing. – Regina negou com a cabeça. – Teremos que dar um jeito nisso.

— Ele sente a tua falta também. – Emma sorriu e levantou, puxando uma Regina fazendo bico pela mão. – Vamos dar uma atenção para ele e depois continuamos de onde paramos.

— Ah, mas disso eu não tenho dúvidas. – Regina sorriu maliciosamente. – Você não me escapa, Swan.

— E quem falou que eu quero escapar? – Emma retribuiu o sorriso malicioso.


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Notas finais do capítulo

Então?
Me contem o que acharam.
Regina voltou para casa e todos comemoram, hehe.
Bom final de semanas a todos.