No outro dia, Regina acordou de muito bom humor, estava ansiosa para ir para o jornal, afinal tinha assuntos pendentes com sua freelancer favorita. Decidiu que se vestiria para provocar a loira, colocou um vestido azul royal, que se moldava perfeitamente em suas curvas bem acentuadas. Colocou seu inseparável salto alto e o batom vermelho sangue nos lábios. Olhou no espelho e ficou satisfeita com o resultado. Passou no quarto da loira, mas ela não se encontrava mais nele, desceu até onde sua mãe tomava café da manhã, e percebeu que Emma não estava por lá também. Cora olhou para sua filha, estranhando a escolha de roupa, era cedo demais para estar vestida daquele jeito.

— Vai a algum lugar, minha querida?

— Ao jornal, como sempre, Mamãe!

— Está muito bem vestida para esse horário.

— Fiquei com vontade de usar esse vestido. – Regina deu de ombros, como se não fosse nada demais. – Fazia tempo que não o usava.

— Ele fica perfeito em você. Está linda minha filha! Tenho pena das coitadas que suspiram por você!

Cora sorriu ternamente, que foi retribuído pela morena mais nova.

— Não sou responsável pelos sentimentos dos outros! Nunca iludi ninguém.

— Eu sei que não. Mas não acha que está na hora de sossegar?

Regina pensou um pouco, antes de responder.

— Ultimamente tenho minhas dúvidas.

— Já é um começo.

— Killian já foi para a redação?

— Foi, ele e Emma foram mais cedo!

— Hum...

Regina sabia que a loira estava fugindo dela, mas ela não poderia se esconder o dia inteiro, uma hora teria que enfrentar a situação de frente.

Já no jornal, Emma estava tentando se concentrar no artigo que estava escrevendo. Mas a ansiedade de encontrar a cunhada, estava maior que tudo, sabia que Regina ia querer terminar a conversa de ontem. E o problema é que não era das palavras que tinha medo. Tinha plena consciência que seu desejo pela morena não a deixava pensar direito. E nem queria mais pensar, estava cansada de reprimir suas vontades. Decidiu que se Regina realmente tentasse algo, iria ceder a todo o desejo acumulado entre elas.

Quando Regina chegou na redação, seguiu direto para a mesa de Emma, que ergueu os olhos para ouvir o que ela diria. Quando viu a roupa dela, não pode evitar de abrir a boca, ela estava deslumbrante naquele vestido, só poderia ser obra do demônio aquela mulher, era boa demais para ser verdade.

— Me evitando, Emma? – Pronunciou de propósito o nome dela, com um tom perigoso. – Tarefa difícil para pessoas que moram e trabalham no mesmo lugar, não acha?

Emma sorriu, concordando com a cabeça.

— Deseja alguma coisa, cunhadinha?

— Você não deveria ter perguntado isso!

— Ah, não? Só você pode falar deste jeito?

— Iremos terminar nossa reunião de ontem, esteja avisada.

Dito isso, Regina foi para a sua sala, com um sorriso enorme estampado em seu rosto. Emma definitivamente fazia maravilhas para seu humor. O resto do dia transcorreu normalmente.

Emma começou a pensar que Regina estava apenas provocando, e não iria levar adiante o flerte delas, o que ao invés de a deixar aliviada, lhe deixava frustrada. Resolveu encerrar seu expediente, Regina que fosse para o inferno, passou o dia esperando a tão famosa conversa para nada. Lembrou que tinha esquecido seu pen drive na sala da copiadora, e se dirigiu até lá.

Estava pronta para sair da sala, quando Regina entrou, passou a chave na porta e colocou no seu decote, o que fez Emma arquear a sobrancelha.

— Está com medo que eu saia correndo?

Regina nada respondeu, se aproximou de Emma em uma velocidade impressionante, puxou a loira pela cintura e colou suas bocas. Emma deixou escapar um gemido de aprovação, beijar Regina era muito melhor do que imaginava. As bocas se mexiam em sincronia, o desejo de ambas estava todo expresso na dança das línguas. Regina foi direcionando Emma para trás, subindo as mãos por suas costas, até deixar uma logo acima da cintura e a outra segurava o pescoço com vontade. Emma enlaçou suas mãos no pescoço de Regina, como se quisesse evitar um afastamento dos corpos. Muito relutante, tiveram que parar para tomar um ar, o peito de ambas subia e descia apressado. Emma sorriu, e Regina podia jurar que era o sorriso mais lindo que já viu na vida. Ainda com as mãos segurando o pescoço da morena, Emma subiu uma delas, fazendo um carinho em seu rosto. Regina fechou os olhos, aproveitando o afeto, chegou a tombar um pouco a cabeça em direção a mão que lhe afagava.

— Sonhei tanto com isso! – Emma falou ternamente.

Regina abriu os olhos, e voltou a beijar a loira a sua frente, com ainda mais urgência e vontade do que o primeiro. Impulsionou o corpo de Emma para cima, sentando ela na copiadora, e ficando no meio de suas pernas, sem quebrar o beijo. Emma rodeou sua cintura com as pernas, apertando o máximo que conseguia, o que fez Regina latejar de desejo. Emma Swan era deliciosa, queria aproveitar cada pedacinho dela. Foi descendo a boca com pequenos beijos pelo queixo da loira, que estava extasiada, chegou no pescoço e deu uma leve mordida, que fez Emma gemer manhosamente. Regina podia passar o resto do dia naquela posição, apenas beijando e mordiscando aquela pele perfumada e macia. Desceu seus lábios mais um pouco, alcançando o decote da loira.

— Tira! – Ordenou com a voz rouca de desejo, o que fez Emma a olhar.

— Regina...

— Tira a blusa Emma! Não tem mais ninguém aqui na redação, eu me certifiquei disso antes de vir.

Mesmo temerosa, Emma obedeceu, tirou a blusa, no mesmo instante Regina caiu de boca em seus seios, por cima do sutiã meia taça preto que a loira vestia. Lambeu, beijou e mordiscou cada um deles com igual atenção. Emma só fazia gemer, Regina a estava deixando louca de tesão, nunca tinha sentido tanto desejo por uma pessoa.

Regina voltou a lhe beijar a boca, cada beijo era melhor que o anterior, não tinha dúvidas que se Regina continuasse assim, não conseguiria se segurar. Regina foi acalmando o beijo, até o encerrar com um selinho demorado nos lábios cor de rosa.

— Se eu não parar agora, não respondo mais por mim!

— Não quero que pare. – A loira sussurrou.- Por favor continua.

— Emma, por mais delicioso que seria lhe tomar aqui em cima desta copiadora, você merece mais! Não quero que nossa primeira vez seja assim!

Emma sorriu, a morena continuava a lhe surpreender.

— Você tem razão!

— É claro que tenho.

Emma gargalhou e voltou a beijar a morena, que correspondeu com igual paixão.

— Você é muito convencida, Regina Mills! – Falou com os lábios separados por poucos centímetros um do outro.

— E você é gostosa demais, Miss Swan!

Regina lhe deu mais um selinho, e ajudou a descer da copiadora.

— Nunca mais vou olhar para essa copiadora com os mesmos olhos!

— Se te serve de consolo, nem eu! – Regina sorriu e puxou Emma pela mão. – Para sair precisamos da chave, lembra aonde eu coloquei?

Emma gargalhou pela cara de pau da morena.

— Claro que lembro.

— Fique à vontade então. – Falou com um sorriso malicioso. – Basta encontrar e podemos ir embora

— E se eu não quiser ir embora?

— Emma...

— Eu sei Regina, temos que ir para casa!

Regina suspirou, entendia que a loira estava relutante de encarar seu irmão depois de tudo isso.

— Sim, temos. Não precisa ficar nervosa. Killian não vai perceber nada!

— O que você quer dizer com isso, Regina?

— Que ele não vai saber, seremos discretas.

— Você está insinuando o que estou pensando?

— Sim. Você vai continuar com o seu namorado, e vamos aproveitar cada momento que tivermos juntas sozinhas!

Emma a encarou incrédula! Regina só podia ter enlouquecido!