Words to the wind escrita por larygou


Capítulo 5
Between two worlds




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Graham...Graham...Essa voz não para de me atormentar como zunido nos ouvidos que ecoavam em minha cabeça

–O que diabos é isso?- falo pondo as mãos nos ouvidos numa tentativa falha de diminuir as vozes que cada vez mais eram mais fortes

Cruella se vira para mim e revira os olhos- Cadê o pestinha darling? Espero que não tenha sido tola o bastante em deixa-lo ir...

Respondo alfinetando- Quem deveria saber é senhora darling! Não é minha culpa que não cuide de seu próprio filho..

Parece que essa resposta deixou com muita raiva. Sinceramente não sei se fico satisfeita, por um lado que eu consegui que finalmente ela fosse em bora, por outro sei que estou em primeiro lugar na lista de quem ela deseja matar.

Killian sorri. Vou até ele desamarrando suas mãos com um sorriso no rosto evito olhar em seus olhos, todos sabemos o que acontece ao olhar naquele oceano de mistérios de decepções que ele tem no lugar dos olhos.

– Você está bem? Eu te ouvi reclamar de dor...

– Estou melhor- sorrio- Não se preocupe só foi uma dor de ouvido idiota, mas agora precisamos correr...Antes que Cruella chegue ate Henry antes de nós

Ao me levantar rapidamente sinto me puxada. Killian havia pego meu braço com força, tanta força que acabamos caindo um por cima do outro.

–Você me deve um copo de rum- diz Killian arqueando uma sobrancelha. Serio isso? Me de foco senhor...Preciso salvar todos...Preciso salvar Henry...Preciso..

– É mesmo?- estreito os olhos e sorrio sarcasticamente- Engraçado, não me lembro disso não...

– Depois de um nocaute e..- Killian da de ombros e aponta para o galpão. Fico ali parada de braços cruzado- Isso. Mereço um copo de rum não acha?

Suspiro e espio minha bolsa. Sinceramente quando vou aprender que com pirata sempre tem algo em troca? Na minha bolsa não tinha quase nada além de um papel de balas, uma foto minha, o tal celular da idade das pedras, um ingresso para um jogo perdido e, Arregalo os olhos, a rosa do nosso primeiro encontro, mas como? ela estava guardada em meu armário.

Olho para ela fixamente, relembrando todos os detalhes daquela noite... Meu pai enciumado, minha mãe em uma animação que quase me matava de vergonha, o local, o janta...até lembro da dança, onde ficamos praticamente a sós dançando calmamente até nos expulsarem do loca- Permito lançar um suspiro- E o beijo de boa noite...

–Swan!- Killian me chama. Me desperto rapidamente de meu sonho acordado.

–Ah...bom...- Procuro algo no bolso com minhas bochechas queimando- Bom só tenho 10 dólares- Entrego a ele

–Não quero o dinheiro- Eu escuto o que ele diz mas por alguns segundos eu fico tentando entender e sorrio de leve

–Esta tentando chamar para um encontro?- Rio

– Já que insiste assim, mas vou logo te avisar...considere-se uma mulher de sorte, afinal nem todas tem chance de sair com um cara extremante bonitão como eu.

–Vá com calma tigrão...Seu outro "eu" demorou quase 1 ano para me conquistar e um pouco mais para o primeiro encontro, não ache que será fácil assim não- Rio alto

– Você não ia atrás de "seu" filho?- tinha pronunciado "seu" de forma irônica, sabia que ele não estava totalmente convencido nesse lance de contos de fadas. Mas ao ele falar isso me desperto. Oh meu Deus, isso que dá ficar com Killian.

Corro. Corro o mais rápido possível, sei que Killian está atrás de mim. Em alguns minutos e já passamos metade de New York City. Já passamos a 42nd Street e até o Central Park. Correndo feitos loucos pela enorme New York City, batendo por milhares de pessoas, derrubando centenas de jornais e até quase sendo atropelado...rio da situação, o Hook que eu conheço falaria que os carros são "carruagens magicas" obviamente. Ninguém se importava, estavam ocupados em seus mundos, sendo egoístas sem olhar pro lado.

Finalmente chegamos ao destino, era uma delegacia pequena e simples, não tão quanto a de Storybrooke logico, porem simples. Entramos e logo vimos Graham tentando entender o que Henry dizia, a criança estava dando pulinhos e falando rápido de mais.

fico em choque ao ver Graham, a maneira que o perdi foi a mais trágica possível e sem mais nem menos o abraço, o deixo assustado. Precisava daquilo, não sentia nada por ele ainda, mas precisava desse abraço... Nem mesmo me despedi direito dele. Em um momento estávamos nos beijando e rindo e em outro ele estava morto no chão.- Eu posso ajuda-la¿- Diz Graham tentando entender por que uma loira louca estava abraçando fortemente ele.

E assim o olho. Oh meu Deus! Era ele mesmo. Como da ultima vez que nos vimos, era ela. Não deveria alimentar essas esperanças, sei que irei me ferrar depois. Irei perde-lo novamente. Quero continuar abraçada e ter certeza que ele é real, porém me ordeno a larga-lo, já é ruim o bastante perder uma vez, não irei sofrer outra.- Oi Xerife, tem como cuidar de meu filho por um segundo antes que ele acabe contagiando a cidade inteira com toda essa energia? E cuidado com a Cruella...ela esta o procurando. Só precisa dar um pouco de ag...-A porta bate, Henry havia corrido para contar a mais alguém ou como o conheço, achar uma solução para nos trazer de volta. Um operação... Camaleão, é assim que ele chamaria.

–Tudo bem senhorita...Eu vou atrás dele. Já venho acompanhando e cuidado dele a algum tempo, tem problemas na escola por não aparecer...e traumas em relação a mãe, mas eu venho ajudando a tentar mantê-lo longe o possível dela até o juiz decidir algo

Sorrio- Obrigada- Naquele momento que quero chorar.- Mesmo- E ele some, tão rápido como apareceu.

–Você o conhece?- fala Killian apertando sua mandíbula. Ele estava com ciúmes. Me seguro para não lançar uma risada - meu outro "eu" deve ter ciúmes?

rio-Ele era um amigo...Seu outro "eu" não precisa se preocupar.

–E esse meu eu? será que tenho chances?- fala ele trancando as portas

sorrio- Talvez- ele se aproxima me dando um beijo que começa como um delicado beijo e fica mais quente. Em meio nosso memento de paixão ele beija meus pescoços e me coloca acima da mesa e o afasto sorrindo com as mãos-Vamos com calma tigrão, temos câmeras de segurança...E Henry pode chegar pulando em qualquer segundo-De repente me lembro de quando pegamos meus pais "descansando" no meio da tarde. Essa lembrança me deixa leve mais feliz. Killian pega uma arma e assim atira em todas as câmeras e rio- Bom, agora acho que todos os moradores irão querer vir a policia.

–New York tem tiros e roubos a toda hora já é normal e mesmo assim todo canto tem setores de policiamento, esse é um dos menos procurados.- fala ele voltando a me beijar, despindo-me até que minhas curvas fiquem amostra e faço o mesmo com ele, acaricio seus pelos do corpo e beijo seus deliciosos lábios.

Meu corpo se entrega e deixo a sensação de prazer tomar conta do local, estávamos em todo canto que você pode imaginar, da cela vazia até a mesa, derrubando mesas e jarros, enquanto seu corpo esta colado ao meu, sentindo sua respiração dançar com o ritmo da minha, sinto ele adentrar em mim, causando os maiores prazeres que eu já tivera

Puxo seus cabelos, o colocando contras as grades, prendendo suas mãos, o arranho todo com minhas unhas- Killian...- digo em meio meus gemidos, beijo seu corpo, seu pescoço, seus lábios, beijo até sua alma, aquele homem me enlouquecia, em todos os sentidos, estávamos se amando. Se amando como nunca tínhamos se amado antes, como se fosse a última vez que nós iriamos se amar.

Aquele que diz que céu é o limite está cometendo um erro terrível, pois eu pude sentir-me ir além das nuvens, além das galáxias. Meu corpo se entregou completamente a esse prazer, em meio gemidos e arranhões estávamos ligeiramente ofegantes, deitamos em umas das camas da cela completamente suados, ele faz carinho em meus cabelos e dou um beijo em seu nariz, ficamos segurando as mãos por alguns minutos apaixonados então lanço uma piada que na qual sei que talvez ele não entenderia, talvez quando tudo voltar ao normal ele se lembre- Esse foi melhor "café" que já experimentei- Ele sorri. Mesmo sem entender. Naquele momento sabia que era meu Killian, aquele Killian antiquado e amoroso que só eu conhecia. Nós se amamos novamente, se apaixonamos pela segunda vez de uma forma completamente diferente. Botamos nossas roupas e sorrimos um para o outro incansavelmente e fazemos caricias.

–Eu quero cuidar de você Emma, quero proteger seu coração...Você será feliz, eu irei te dar isso. Eu te amo

Aquelas frases, eu já ouvir- Você falou Emma? Killian eu nunca disse a você que me chamava assim

Ele arregala os seus olhos e logo após bota a mão na cabeça estranhamente, me lembrando de quando Graham tinha alguns "flahs" de sua vida na Floresta Encantada, isso me assusta. Não, não, ele não, por favor ele não. De novo não, não! Quero chorar porém algo impede. Sou lançada com força ao chão. Killian por um instante se lembrou de mim. "SALVADORA"...as vozes que me trouxeram e a todos aqui voltam a atormentar meus ouvidos fazendo como da primeira vez fazendo eu cair no chão imobilizada lutando para que eu não apagasse. As vozes chegam mais perto e mais ensurdecedoras ainda, ponho as mãos em meus ouvidos na tentativa inútil de as afasta-las.

–EMMA! EMMA!- Ouço as vozes dizerem a casa milésimo de segundo-EMMA! EMMA!-As vozes pareciam gritos roucos atormentados, seja o que fossem não eram humanas

Em meia minha curiosidade abro meus olhos com dificuldade vendo raios girar em torno de mim. começando com ventos depois um sussurro, suave como um brisa. Quando assim eu reparo, por entre desses raios, percebo que há ali pessoas, que algumas delas zombam de mim, porque ao olhar assim as acho tão familiares? O raio fica cada vez mais forte e rápido comprimindo todo meu ar com a força da aceleração que toma conta de meu espaço.

Por entre alguns freches, tentando me manter de olhos abertos, Vejo Killian se contorcendo sendo tomado pela mesmas forças, porem com raios diferentes.

Volto às "pessoas" que dessa vez pedem ajuda-EMMA! EMMA! VOCÊ É SALVADORA! SALVADORA! AJUDE-ME! EMMA!-Em minha mente passa minha toda a minha vida como um flashback, como se eu tivesse vendo, obrigada, um filme de minha vida em todos os detalhes, consigo decifrar assim alguns rostos desses raios, mesmo com a forças sendo sugadas por o raio que cada vez mais me comprimia arrepio-me ao perceber, não eram pessoas e sim espíritos de pessoas que eu conhecia- N-neal, Graham, Cruella- volto par killian e falo quase sussurrando- Eu...te...amo- ele tenta dizer algo do tipo "eu cuidarei de você"- Eu...- Tudo se escurece e me sinto perdia dentro de mim mesma, me sinto puxada por outra força, a maldição acabara?

–Swan! Acorde, por favor- Ouço uma voz. Era a de Killian, finalmente podemos voltar a nossa vida e... Sinto meu corpo sendo balançado. Alguém estava me chacoalhando- Vamos love, acorde..- Tento mexer a cabeça mas a dor é insuportável. Abro os olhos com um pouco de dificuldade e vejo o esboço da silhuete de Hook. Estava ainda tudo completamente embaçado,

–Estamos em Storybrooke?-pergunto meio lenta e tonta

– "Story" o que? Ah a cidade que você falava... Bem acho que não.- Killian veio até mim e me ajudou a sentar. Começou a preocupação, senti falta disso, porém percebo de cara que a maldição não foi quebrada. Merda- Você está bem?

– Tirando o fato de estarmos bem mais longe de casa que já estávamos? Acho que sim- Tento me levantar e percebo que minha roupa estava diferente. Estava v com uma capa florida verde florida, no qual me lembre de minha mãe, com corselete marrom e um vestido azul. Não sabia o que era pior; O uniforme de garçonete ou isso. Pelo menos sabíamos de cara onde estávamos: Floresta Encantada. O senso de moda por aqui é terrível....-Faço bico- Que saudades de minha jaqueta vermelha

– Olha eu estou adorando essa roupa sua...- diz ele sorrindo de lado.

–Obrigada- Analiso o sorriso de lado- Eu acho...- estreito os olhos

– O que fazemos? estamos em algum lugar de New York?

Começamos a andar pelo um trecho da floresta e paramos quando vimos um tronco de arvore cortado. Eu rio com a pergunta dele.- Bem aqui não é exatamente...- Sou brutalmente cortada

–Não se mexam!

Nós dois viramos para trás no mesmo segundo em direção à voz. Uma mulher encapuzada saiu de trás de uma arvore, apontando um arco-e-flecha para nós. Estranhamente eu conhecia aquela voz...E aquele arco...

– Agora me deem suas moedas, e poderão partir em paz!

–Nós não temos moedas. Estamos...perdidos-Meu coração pulsava rápido de mais, nem mesmo sei o que dizer. Olho para Killian que está com a mesma cara que eu. Cenho franzindo e olhos arregalados. Ela abaixou o arco devagar, observando se não tentaríamos correr.

– De onde você são?

–New York Ci...- Dou um pisão no pé de Killian que se esforça para não resmungar- Somos de.. Nova York, um...-ele tenta achar a palavra correta- Reino mágico...Um tornado começou e nos trouxe para cá. Acordamos aqui e não sabemos aonde estamos ou como direito isso aconteceu.- Diz ele, na mesma atuação de quando nos conhecemos, ali mesmo, na floresta Encantada.

–Isso é frequente, tudo bem você podem achar um jeito de voltar... Qual o nome de vocês?

– Emma. E ele Killian- Minha voz sai tremula e insegura.

Ela abaixa o capuz- O meu é Snow White. Vocês estão na Floresta Encantada.


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Notas finais do capítulo

Comenteeeeem... Me sinto mais inspirada e com mais vontade de postar com o seus coementarios. Podem criticar e falar o que pensam. Adoro críticas (boas e ruins) *---*



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