Crônicas de Uma Saiyajin escrita por Kokoro Tsuki


Capítulo 1
Guerreira Babá.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoinhas, tudo bom? :3 Essa a minha primeira fanfic no fandom de DBZ, e eu espero que gostem dessa história ^^ Ela está bem levinha, e foi muito agradável escrever. Espero que seja bom de ser ler também ♥

Espero que gostem ♥



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Crônicas de Uma Saiyajin

Guerreira Babá

*

Os Saiyajin eram conhecidos por toda a galáxia como guerreiros frios e impiedosos, piratas do espaço e conquistadores que vagavam por todo o sétimo universo, invadindo planetas alheios e eliminando toda a raça presente ali. Era assim desde que a maioria de lembrava, desde a transformação do planeta Plant no planeta Vegeta, há mais de mil anos.

Facilmente reconhecidos pelos típicos cabelos escuros, olhar assassino e crueldade sem igual. Mas algo que realmente os identificava, em qualquer estrela, era a característica cauda de primatas que os podia transformar em monstros irreconhecíveis, nas noites de lua cheia.

Os temíveis guerreiros jamais demonstravam qualquer sentimento para com as raças que dominavam e eliminavam, tudo o que lhes importava era a luta, a carnificina, e por fim, os bens adquiridos com a venda do que conquistavam, sem nenhum resquício de arrependimento pelas vidas depenadas — fossem de combatentes ou simples civis — por suas próprias mãos.

No entanto, nem todos estavam aptos a lutar. Dentre os poderosos, inúmeras vezes, nasciam os chamados guerreiros de classe baixa, quase sem poder ou utilidade, por isso, ainda bebês, eram mandados para outros planetas, com seres que não tivessem grande poder de lutar. Estes, considerados o lixo, a escória da raça mais poderosa existente.

Essa regra, no entanto, não se aplicava as fêmeas da espécie. Por pura questão de necessidade, elas ficavam mantidas em terra firme, sem qualquer treinamento até os três anos de idade, tendo apenas o básico da defesa pessoal. Criadas única e exclusivamente para realizar trabalhos no próprio planeta, cuidar das casas, da alimentação dos guerreiros, e do berçário. Nada, além disso.

A escolha de lutar ou não pertenciam somente a elas, desde que não deixassem de lado sua missão como criadas dos demais. A vida da maioria das mulheres era voltada a tomar conta das crias, sendo suas ou não. Apenas isso.

Mas claro, sempre existiria aquelas que iam contra. Como aquela jovem menina, por exemplo.

***

Strawbey! Traga mais fraldas para o setor 7! É para o príncipe Vegeta!

A moça de frios escuros bufou, colocando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha e pôs-se a marchar com o pedido em mãos. Como toda a Saiyajin, odiava receber ordens, fosse de quem fosse. Nascida naquele planeta há dezessete anos, nunca havia de sair de lá por conta de medição feita em seu poder, quando ainda era um bebê. Tinha somente quatro de poder de luta, e por isso classificada como alguém de classe baixa.

Strawbey até gostava das crias, e sentia um prazer enorme em cuidar deles, mas achava injusto não poder sair para lutar como os outros, ou como suas amigas da classe média — nunca em sua curta vida falara com alguém da classe alta. Eles eram tão... Metidos. E costumavam chamar os seus de lixo. Da elite nunca vira. A não ser o jovem príncipe —.

Mesmo que fosse uma guerreira, reconhecida nos campos de treinamento, e temida por alguns machos, com tanto poder quanto ela, era completamente proibida de sair de Vegeta. Simplesmente por ser uma mulher da escória. Como detestava tudo aquilo.

Havia de provar que era capaz de tornar-se forte!

— Está aqui, Gratt. — disse, entregando a garota em sua frente, dois anos mais nova e infinitamente mais responsável. — Esse cagão não para de se sujar mesmo, hein?

A menina riu, pegando o conteúdo das mãos da outra. Definitivamente, Strawbey não nascera para fazer parte da equipe do berçário. Talvez fosse melhor no abate.

— Não fale assim do nosso pequeno herdeiro! — repreendeu a amiga, voltando-se para o pequeno Saiyajin, enrolado numa manta com o símbolo real. — Se alguém contar isso ao Rei Vetable, você estaria morta.

A outra revirou os olhos, sem se importar com o comentário. Gratt era bobinha demais, carinhosa demais. Não que Strawbey não fosse, mas como treinava arduamente, conseguira endurecer um pouco. Cruzou os braços, mantendo uma expressão irritada.

As duas fêmeas não trajavam armadura como os lutadores, tendo apenas um collant de gola alta sobre seus corpos, extremamente parecidos com um vestido, sendo o de Gratt de mangas compridas, e de Strawbey, sem mangas. Como única proteção — se é que podia ser chamada assim — havia uma parte mais resistente acima de casa seio. Nada mais.

Claro que esse detalhe não as importava, o berçário possuía uma enorme segurança, principalmente no setor em que se encontravam, onde ficavam as crias da classe alta.

As meninas como todos da raça, se pareciam, ambas de cabelos negros e olhos escuros como a noite. A cauda enrolada em seus trajes deixava explícita a descendência, que faria qualquer ser de outro planeta fugir com medo, mesmo que não fossem grandes lutadoras — ou pelo menos Gratt não —.

— Vai demorar muito para terminarmos aqui? — a mais alta perguntou, colocando uma mão no quadril. — Quero ir treinar.

— Você sempre quer ir treinar! — a outra respondeu, terminando de trocar o pequeno Vegeta. Não se surpreendia com o tanto de caca feita pelo menino, afinal, se alimentava como se tivesse um buraco da barriga, mesmo que tivesse poucos dias. — Mas lembre-se, nosso trabalho é aqui.

— Tsc! Não sei como consegue se conformar com isso! — Strawbey franziu o cenho, irritada. Gratt era sua melhor amiga, se é que o sentimento de amizade existia para os Saiyajin, contudo, não conseguia entender como ela era tão... Passiva diante todas as injustiças com a classe baixa feminina. — É só essa merda que temos para nossa vida toda! Nascer, ser treinadas por... Sei lá! Seis meses! Seis meses só para o caso de defesa! Cuidar de pirralhos que fedem a leite de saibaman, nos unirmos com um macho qualquer e ter mais crias! Simplesmente isso! Acha esse tipo de coisa justa? — com o tom de voz elevado, questionou, acordando os bebês e os fazendo chorar.

— Alguém precisa fazer isso. Mesmo que seja um trabalho considerado descartável. — ela não alterou seu tom de voz, continuou calma, embalando o choroso príncipe Vegeta e olhando ao redor, procurando os demais pequeninos que berravam. — Do contrário, se não houver ninguém para cuidar das crias, não haverá raça Saiyajin no futuro. E acho que nenhum de nós quer isso.

Strawbey se calou, sem resposta, mas ainda com raiva. Manteve-se na mesma posição, com seu orgulho ferido. Não importava que fizesse parte da escória, o orgulho de um Saiyajin era algo sagrado.

Gratt, por sua parte, sorriu para a amiga, terminando de embalar Vegeta para que caísse no sono e o pondo de volta no berço. Para a mais jovem, a forma como a lutadora ficava quando com o orgulho ferido era hilária. Principalmente por não entender o porquê de tanta arrogância.

— Hoje o dia está calmo. — mudou de assuntou, pegando no colo outra criança, que rir banguela. — Que bom que os de classe mais elevada estão em outro planeta, comemorando.

— E os nosso trabalhando. Não temos folga de jeito nenhum! — resmungou, cruzando novamente os braços. Continuava irritada, fazendo a amiga rir. — Nem a gente, nem os machos! Isso é completamente injusto! — falava sem perceber a agitação de sua cauda, algo estava para acontecer. — Ah, eu deveria ter nascido em outro lug...

Não foi possível terminar a frase, gritos foram ouvidos, seguidos de uma grande explosão, calando as duas jovens de fios escuros. Gratt de colocou de costas, protegendo o pequeno em seus braços dos destroços, enquanto Strawbey protegia o rosto com as duas mãos na frente.

Uma forte rajada de vento invadiu o setor juntamente com aquela destruição, fazendo os cabelos das moças esvoaçarem. Sequer imaginavam o que poderia ter acontecido.

A mais velha foi a primeira a esboçar alguma reação, após o clarão da explosão se apagar. A primeira coisa que seus olhos negros visualizaram foram duas outras garotas, de sua raça, feridas e com roupas rasgadas entrarem as pressas em seu setor.

Beena! Yapple! O que houve? — a mais nova perguntou assim que conseguir reagir ao susto, apertando o bebê contra o seio.

— Invadirem o setor 8! Estão atrás do príncipe Vegeta!

A informação chegou como um soco no estômago das duas jovens, fazendo-as ficar paralisadas, sem saber como agir ou o que dizer. Isso até a próxima continuar a falar.

— Não sabemos de que planeta eles vieram, ou a que raça pertencem. Não sabemos nem mesmo quantos são! E estão matando os nossos bebês! — gritou, com lágrimas nos olhos castanhos. — Não sabemos o que fazer! Não temos forças para lidar com ele! Estão indo até o setor 4!

Gratt engoliu em seco, extremamente preocupada, tremendo. Sentia um enorme medo crescer dentro de si, subindo pela garganta. Tanto pela segurança de seu príncipe, quando pela das outras crianças. No setor 4 alguns estavam treinando, pequenos de dois ou três anos, com suas vidas em jogo.

Uma gota de suor lhe escorreu por sua face, juntamente com um nó que se fazia em seu estômago, tinha certeza de que iria vomitar ou desmaiar a qualquer momento, suas poucas forças se esvaiam com aquela notícia.

— E a Egnaro? Onde está? — Strawbey perguntou de cabeça baixa. Sua franja de espessos fios negros cobria qualquer expressão que pudesse ter.

— Morta. — Beena respondeu, chorando. — Já avisamos nossos superiores, que já devem estar voltando... Mas... Mas o planeta onde estão é cerca de meia hora daqui!

A jovem cerrou os punhos com força, trincando os dentes brancos em uma raiva que a mesma não sabia se era capaz de controlar. Ninguém. Ninguém tinha o direito de simplesmente entrar ali e matar uma de suas companheiras e os bebês inocentes. Crianças que trariam o futuro a sua raça. Crianças que conquistariam mais planetas para dar orgulho a seus pais. Mas mesmo assim, apenas crianças!

Os malditos não iriam sair impunes! De jeito nenhum!

Ouviu mais uma explosão, junto de gritos e choros estridentes vindos do lado de fora. Pouco demoraria até que os inimigos chegassem ali e descobrissem o príncipe Vegeta, o herdeiro Saiyajin e tirassem tanto a vida dele, quanto a delas.

— Gratt. — chamou, fazendo a menor olhar para ela. — Leve o príncipe daqui. Leve-o para qualquer lugar fora do berçário e o proteja. Eu vou cuidar dos invasores.

— S... Strawbey? — gaguejou surpresa. — Você... N-não pode fazer isso!

— Posso sim! Apenas faça o que eu mandei! — gritou de uma forma imponente que as meninas nunca haviam visto numa guerreira de classe baixa. No entanto, sabiam que era a raiva dela percorrendo suas veias, e que isso aumentaria seu poder. — Beena! Yapple! Vão com ela! Eu vou cuidar das crias que continuam vivas!

As duas assentiram assustadas. Precisavam fazer o que lhes foi ordenado, por mais que não confiassem que a outra pudesse vencer. Gratt suspirou, se pondo em pé e devolvendo o menino que tinha os braços para o berço, a fim de pegar o príncipe. Porém, foi até sua trouxa antes, pegando de dentro dela um aparelho no qual a lente tinha uma coloração esverdeada, e jogando para a amiga.

— Vai te ajudar! — disse e sorriu, antes de tomar o bebê real em seus braços e correr acompanhada das companheiras.

Strawbey apenas olhou para o aparelho que tinha em mãos e se permitiu um sorriso de canto. Colocou e ligou o scouter, pronta para eliminar qualquer verme que ousasse ameaçar seu querido e amado planeta.


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Notas finais do capítulo

Olá pessoas, como vão? Espero que tenham gostado desse pequeno capítulo, e das personagens apresentadas aqui XD Que tal saber o significado do nome deles?

Então vamos lá!

Começando pela nossa protagonista, Strawbey vem de 'Strawberry', que traduzido do inglês significa morango.

O nome da Gratt foi baseado em 'Grape' que significa uva. Yapple vem de 'Apple', em português, maçã. Beena vem de 'Beet', que é beterraba XD

Egnaro é a palavra 'Orange' ao contrário, que em português significa laranja. Já o rei Vetable vem de Vegetable, segundo a tradição da família real (Vegeta e Tarble).

Mas aí vocês perguntam: "Mas Tsuki, os Saiyajin tem os nomes derivados de vegetais, e a maioria que você colocou aí são frutas! Não tem algo errado?"

Não é bem assim, meu jovem. Lembram-se do episódio especial do tio Bardock? Então, lá uma dos companheiros dele se chama Toma — Tora, na tradução — que provém da palavra Tomato, ou tomate, se preferirem. E o que é um tomate? Uma fruta! Então creio que frutas também entrem nisso aí :3 Se não entrar... É a vida!

Espero que tenham gostado desse primeiro capítulo, foi muito prazerosos escrever, e espero postar mais capítulos em breve ♥ Até mais ♥



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