Demi: Viva ou Morta? escrita por SrGhost
Notas iniciais do capítulo
Esse capítulo é mais voltado para a emoção dos personagens. Nos próximos capítulos a investigação volta forte com Jonathan e Mary indo na cena do crime, testando teorias e com a continuação dos interrogatórios.
Capítulo 6 – No Tears Left To Cry
Hospital de Los Angeles – 11:00hrs
Então ela acordou, o detetive chegou para ver sua companheira exatamente no horário que começava a visita. Surpreendeu-se ao ver um homem alto, de cabelos castenhos e que continha uma expressão tensa no rosto. Ele conversava com Mary e o clima não parecia muito amigável. Sr. Dawn pensou em interromper o assunto com a sua entrada... mas repensou e achou que não deveria se meter. Afinal, eram assuntos pessoais de sua parceria.
— Eu já disse que não vou. Não adianta você tentar me convencer, Edgar.
O quê? Ir onde? Quem era o tal Edgar? Um namorado? Não... Mary não gosta da coisa. O instinto de proteção do detetive cada vez se tornava mais forte e ele estava a um fio de entrar na sala e perguntar o que estava acontecendo.
— Será bom para você, não entende? — A voz masculina saiu junto de um suspiro amargurado e cansado. — Aqui é muito perigoso para você, esta cidade é perigosa, esse caso é perigoso e...
Chega. Jonathan entrou na sala rápida e silenciosamente. O homem antes com expressão cansada, agora estava surpreso. Mary tinha tanta coisa no olhar que ele nem podia explicar, o detetive só queria um abraço dela.
— Bom dia senhores, algum problema?
O detetive usou um tom de deboche misturado com curiosidade. Ele imaginava como deveria ser irritante para Mary acabar de despertar e ter de incomodar com esse tipo de coisa.
— Oi, senhor. Bom dia. Sou Edgar, irmão da Mary. E você, quem seria
O homem respondeu no mesmo tom de deboche e curiosidade, com uma pitada de... desafio. Mary tem irmãos? Por que diabos nunca tinha mencionado sobre eles?
— Eu sou Jonathan Dawn. Detetive, amigo e chefe de Mary. Não acho que seja muito inteligente incomodar minha parceira com burocracias sendo que faz uma hora que ela está acordada.
Silêncio.
— Bom, você estava se importando com o quê quando deixou “isto” acontecer a ela?
O detetive considerou virar a mão de Edgar por segundos e segundos. E depois de analisar, concluiu que era a melhor opção.
— Parem vocês dois! Edgar, já conversamos demais. Saia um pouco para que eu possa conversar com o meu chefe.
O tom usado pela ajudante era firme e decisivo. Edgar saiu do quarto com uma expressão de quem comeu e não gostou.
Jonathan automaticamente movimentou-se e abraçou Mary. Um abraço de carinho, saudade, desespero e principalmente... culpa. O detetive se culpava todo santo dia pelo que havia acontecido a parceira. E agora ela estava bem, ela estava ali. Ele perguntou a ela o que lembrava sobre o “acidente” e fizeram vários mapas mentais do que ela fazia antes disso acontecer.
— Eu estava falando com algumas estrelas e pedindo assinaturas. Essas coisas... sim, não foi a melhor coisa pra se fazer em serviço.
Jonathan teve vontade de rir. Oh, doce Mary.
— Então, eu vi alguém estranho... uma mulher eu acho. Fui seguindo ela até o estacionamento na frente da casa de Justin e quando fui ver ela tinha se perdido do meu ponto de vista. Quando o carro apareceu, inicialmente não acreditei no que estava acontecendo e não fiz nada. Foi tudo muito rápido. A luz, os óculos escuros e a peruca loira. Depois... só escuridão.
O tom de voz da moça era triste e frio. Culpando-se a própria por não ter sido mais inteligente.
— Você não lembra de mais nada?
— Não... e não faço ideia de quem era aquela pessoa e o que fazia na festa. Será que a pessoa que assassinou o Justin queria dar um fim em nós também?
Por um momento, o detetive cogitou a possibilidade.
— Bom, talvez. Estamos chegando fundo e cada vez mais os podres vão se revelando. Por que não apagar os metidos do mapa? Felizmente, você teve sorte. Essa hora você nem estaria aqui.
O celular de Sr. Dawn vibrou. Ele revirou os olhos e pensou em não ver o que tinha chegado. A sua ajudante hospitalizada mando um olhar de repreensão e ele teve de atender. Duas mensagens chegaram.
“A senhorita Taylor Swift já está a caminho do interrogatório. Você tem de se apressar, Sr. Dawn.” — Daniel Roberts.
E a outra... e mais assustadora:
“É importante olhar para frente e manter a cabeça erguida. Mas também olhe para trás, para frente e principalmente para baixo. Os mortos conseguem levantar da terra.” — Good Thing.
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Se você leu até o final, comente qualquer coisa. bjuus