Living Happiness escrita por Tom


Capítulo 8
Capítulo Oito 🌻


Notas iniciais do capítulo

Eu disse que postaria logo, haha! Missão dada é missão cumprida! Espero que gosteeeem! Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/634491/chapter/8

Ed Sheeran - Lego House

🌻🌻🌻

Cheguei em casa incrivelmente feliz naquela noite, é claro que meus pais interrogaram a mim e a Hazel, dissemos obviamente que fomos tomar sorvete juntas, mas em algum momento da conversa o nome Michael saiu de minha boca.
Minha mãe não ficou nem um pouco preocupada, muito menos irritada, já meu pai, quase foi até a casa dos Jones, despejando ciúmes até pelos ouvidos.
– Agora chega, o mais novo vira melhor amigo da minha filha mais nova e agora o mais velho vem tomar a minha filha?! Ele não tinha uma namorada?! Ele não morava em Oxford?!
– Pai, a gente só foi tomar sorvete.
– É, primeiro é o sorvete, depois ele está aqui em casa e depois ele te leva para Oxford com ele!
– Pai...Primeiro, acho bom o senhor se acostumar com Michael aqui em casa, porque ele vai vir assistir um filme comigo amanhã.
– Na sala, né?
– No meu quarto.
– Na sala.
– Que seja.
– Vou ficar de olho em vocês Audrey.
– É a intenção de traze-lo aqui, ficar em casa, com vocês, mas enfim...Segundo que é o penúltimo ano dele em Oxford e ele me disse que vai voltar para Walnut Creek assim que puder...
– Uhum...
– E terceiro, eu gosto do Michael.
– Você o conhece há exatas três semanas.
Meu celular começou a vibrar.
– Você conheceu a minha mãe num dia e uma semana depois vocês estavam namorando.
Olhou para minha mãe.
– Você contou a ela?
A perguntou.
– É normal que as crianças saibam como seus pais começaram um relacionamento, eu acho.
Ela respondeu.
– Não é!
– Querido, você está bem? Parece que regrediu quarenta e seis anos.
Fiz as contas nos dedos, porque eu fiquei meio confusa. Quarenta e seis anos atrás meu pai teria quatro anos.
– Vou para o meu quarto.
Subi as escadas e fui para a varanda do meu quarto, que nunca teve muita utilidade, eu nunca ia até a varanda, mas naquela noite eu queria ver as estrelas.
Desconhecido: Audrey? Está tudo bem?
Era Michael, salvei seu número.
Audrey: Sim.
Mich: Ah, por que demorou tanto?
Audrey: Porque eu estava sendo interrogada.
Mich: Por quê?
Audrey: Porque demorei muito para chegar em casa.
Mich: Por quem?
Audrey: Por você agora.
Mich: Kkk, desculpa.
Audrey: Desculpo, kkk.
Mich: Já volto, vou jantar.
Eu fui jantar também. Depois voltei e fiquei falando com ele até acabar dormindo.
Acordei com o sol no meu rosto - Merda! Estava atrasada - Tinha acabado dormindo na varanda, fui para o meu quarto, me vesti e corri para o trabalho.
– Vai ser demitida se continuar saindo cedo e chegando tarde.
– Julie, vai fazer o seu trabalho e deixa eu cuidar do meu.
– Mau humorada...
– Sim, estou mau humorada, pra você.
– O que eu fiz?!
– Você quer entrar mesmo nesse assunto?
– Por favor.
– Pra começar, ontem mesmo estava pronta para brigar com Michael.
– Menina, ele está te perseguindo!
– Julie, bem que eu queria, mas não sou uma estrela de cinema, as pessoas não me perseguem! Nos encontramos por acaso.
– Cara, eu não acredito que você está brava comigo por causa de um garoto.
– Não é por causa de um garoto, é porque você é má.
– Má?!
– Você simplesmente o encheu de xingamentos quando ele veio me pedir DESCULPAS!
A porta da loja se abriu.
– Bom dia meninas!
Nosso chefe entrou com um garoto usando o uniforme da loja.
– Bom dia Senhor Hans!
Dissemos juntas.
– Este é o meu filho, Sam - Empurrou o menino - Coloquem-no para trabalhar.
E saiu da loja.
– Oi.
O garoto disse.
– Quantos anos você tem?
Julie perguntou.
– Tenho vinte e cinco.
Ela olhou para mim e sorriu. Não foi um olhar qualquer, eu conhecia aquele olhar muito bem, ela iria me empurrar para ele.
– Ah, tenho vinte e dois e a Audrey ali tem vinte e três.
Ele balançou a cabeça em concordância.
– Legal.
Me olhou.
– Sou Julie, a propósito.
Beijou seu rosto.
Julie encheu o rapaz de conversa fiada a manhã inteira.
Eu podia sentir ele irritado na hora do almoço, quando ela não parava de falar, mas confesso que até eu estava ficando irritada.
Por sorte eu tinha o Michael conversando comigo pelo celular a tarde inteira.
Mais tarde ele apareceu para me buscar.
– Vamos?
Me deu um selinho
Julie ficou boquiaberta.
– Vamos, só vou pegar minha bolsa na sala dos funcionários.
Fui para lá, mas continuei ouvindo o que estava acontecendo.
– Oi...Julie.
– Hun.
Ela o respondeu assim.
– Hey! Se não é Sammy, o pequeno homem de negócios?!
– Hey Michael! Voltou para a cidade?
– Ainda não, haha, mas breve estarei de volta.
– Ah, saquei, férias.
– Sim, sim...E você? Está...Trabalhando na loja do seu pai?
Voltei para lá.
– Vamos?
Perguntei.
– Aham, espera só um pouquinho?
Ele me perguntou.
– Ok.
– Vocês estão namorando?
Sam perguntou.
Michael me olhou.
– É...Estamos.
Rimos.
– É complicado.
Eu disse.
– Tenho que ir, combinamos de assistir um filme.
Ele disse sorrindo.
– Ok, até mais então.
– Até breve...Espera, ainda está morando perto da praia? Porque...É caminho pra casa da Audrey, posso te dar carona.
Ele sorriu.
– Sim e aceito a carona.
Me despedi de Julie, que era praticamente minha vizinha e fomos eu, Michael e Sam para o carro.
Assim que entramos no carro, vi Julie fechando a loja e atravessando a rua.
– Ela está com raiva de mim.
Eu disse.
– Por que?
Michael me peguntou colocando o cinto de segurança.
– Porque eu estou "namorando" com você.
– Nós estamos namorando.
Começou a dirigir.
– Nossa, como é fácil namorar alguém! Que tal algum tipo de pedido?
– Hum...Quer namorar comigo?
Ele perguntou sorrindo.
– Ei, pera...Isso foi muito rápido.
Olhei pelo espelho do carro. Sam segurava uma risada.
– Sam está esperando uma resposta.
Fiquei calada por um tempo.
– Você é tão...
– Bonito? É, as pessoas sempre dizem isso.
Olhou para mim rápido e piscou.
– Como isso iria ser?
– Como qualquer outro namoro, não?
Ele riu.
Arh! Como fiquei com raiva, aquilo soava tão natural saindo de sua boca.
– Digo, você vai estar na Inglaterra e eu aqui nos Estados Unidos.
– Só por mais dois anos e...Tem as férias, vou vir toda hora, sempre que eu puder.
– E a minha faculdade?
– Você...Faz.
– Vão ser no mínimo oito anos.
– Eu espero.
Novamente, calmo e natural.
– Isso é sério Michael?
– É.
Ele riu.


🌻🌻🌻


Na verdade a espera pela resposta estava me matando, quis parecer calmo, mas não achei que tivesse que fazer mais aquela pegunta.
Eu olhava para ela o máximo de vezes que eu podia enquanto dirigia.
– Tá.
– Eu trabalho com "sim" e "não".
– Sim.
Ela respondeu.
Eu e Sam comemoramos.
– Sam, você é a testemunha desse momento.
Eu disse.
– Sim, eu sou.
Eu não estava o olhando.
Acariciei o rosto de Audrey.
Logo em seguida, deixamos Sammy em casa.
Sammy era o garoto que traficava bebidas atrás da escola, eu visistava frequentemente seu negócio com Pipoca e H.
– De onde conhece o Sam?
Assim que tomamos caminho para a casa de Audrey, ela me perguntou.
– Ele... Lembra do garoto que vendia umas coisas atrás da escola?
– Hum, lembro, eu o odiava.
– Então...Não é ele!
– Eu não sei se agradeço por você mentir mal ou se fico brava por saber que está mentindo.
Saímos do carro.
– Pode ficar brava e me castigar sexualmente.
Eu disse. Rimos.
– Vou agradecer então.
– Por...?
– Por ter um namorado que tenta ser engraçado.
– Não era pra ser engraçado, você pode me castigar sexualmente.
Estávamos entrando na casa dela.
Vi seu rosto corar.
– Ah...
Comecei a rir.
– Ei, é brincadeira!
A beijei.
A porta abriu sozinha.
– Vocês nunca vão fazer sexo.
O pai dela disse alto e claro.
A soltei imediatamente, com um tanto de medo de levar um tiro ou ser esfaqueado, ou simplesmente ter meu órgão arrancado.
– O-oi Se-se-nhor White!
Gritei assustado, passando as mãos no pescoço.
– Amor, relaxa, ele não vai te morder. E pai, dá um tempo...
Ela me puxou para dentro da casa.
– Pera...Do que você me chamou?
Perguntei.
– É, do que você o chamou?
Seu pai perguntou também.
– De amor. Qual o problema de vocês?
Eu estava parado igual a um poste, imóvel, apenas tomando cuidado com o Senhor White, então nem pude sorrir por Audrey me chamar de "amor", mas o fato era que eu havia gostado de ouvir aquilo.
– Nenhum.
Seu pai respondeu, sem tirar os olhos de mim.
– Mich, vou buscar o filme no meu quarto, por que não se senta no sofá?
E subiu as escadas.
Seu pai fez sinal para que eu me sentasse.
Eu continuava totalmente desconfortável, quase corri para o sofá e seus olhos continuavam me seguindo.
Ele se sentou numa poltrona de frente para o sofá, não tirou os olhos de mim.
– E o que você faz em Oxford?
– Estou cursando Engenharia Mecatrônica.
– Em qual universidade?
– Universidade de Oxford.
– Não estava satisfeito com as universidades daqui?
– Não senhor, na verdade só fui para Oxford porque reduzi minha bolsa de estudos a quase oitenta por cento de desconto, além de o curso ser melhor lá.
– Então está dizendo que as faculdades dos Estados Unidos não são boas? Que elas não são boas o suficiente para você? Eu deveria ligar para o Obama e dizer "Hey, acho melhor melhorar isso aí, Michael Jones se acha muito bom para os Estados Unidos da América!"!
– Senhor, eu nunca disse isso...Só que o curso era melhor lá.
– O que vai fazer em Walnut Creek com seu curso tão precioso de engenharia mecatrônica?
– Acho que vou abrir o meu negócio.
– Acha? É assim que vai sustentar a minha filha?!
Audrey chegou.
– Primeiro, eu não vou ser sustentada por ninguém, entenderam? E segundo...Quer parar de assustar o Mich? - Ela me olhou - Ele não vai fazer nada com você.
Olhei para ele.
– Tenho minhas dúvidas.
Ela colocou o filme.
– Não vai.
Se aninhou em mim no sofá.
Seu pai ainda não tinha parado de me vigiar.
– Shrek?
Perguntei.
– É o filme preferido dela.
Seu pai explicou, frio e com raiva.
– Ah...


🌻🌻🌻


Meu pai foi ao banheiro.
– O que foi?
Peguntei a Michael.
– Ele vai me engolir vivo! Só isso.
– Michael, você ainda não fez nada errado, para de ficar nervoso.
– Ele disse que ia para ligar para o Obama.
Gargalhei. Hã? Obama?
– Como assim?
– Não ri, ele parecia querer ligar mesmo.
Minha barriga começou a doer com tantas risadas e a carinha que ele fazia era tão fofa e deixava tudo tão mais engraçado!
– Ele não vai ligar para o presidente.
Ri e beijei a ponta de seu nariz.
– Vou acreditar, por hora.
Ele disse.
– Ok.
Me ajeitei em seu ombro. Ele me abraçou.
– Ei...
Me chamou.
– O que foi?
– Do que você me chamou hoje mais cedo?
Perguntou com o sorrisinho mais bobo que já tinha visto.
– De amor.
– Pode repetir isso?
– Eu te chamei de amor.
– Pode repetir isso para sempre?
Seu pai voltou para a sala.
– Posso.
– Então repita.
– Você é o meu amor.
– Desse jeito eu nunca mais volto para Oxford.
Rimos.
– Tudo bem, você pode morar no meu quarto.
– Não pode não, ok?
Meu pai nos fitou.
– Você mora no porão então.
Michael riu.
– Se esses são os termos, aceito.
Ele estava falando só para irritar o meu pai, sem dúvidas.

🌻🌻🌻


Eu estava muito nervoso com o Senhor White, mas eu queria o irritar, porque ele estava me irritando. Na mesma moeda.
O filme acabou.
É horrível assistir um filme infantil enquanto quer agarrar a pessoa que está ao seu lado, quase como destruir sua infância.
Audrey e eu conversamos depois, ela me explicou porquê gostava daquele filme, me perguntou qual era o meu filme preferido, depois ficamos conversando sobre Oxford e Harvard, ela disse que tentaria trocar de faculdade, que estava recebendo várias cartas de várias faculdades, confessou a mim seus medos.
Ela disse que queria ir embora no começo, mas agora, parando para pensar, estava com medo de se mudar para longe, que as pessoas de Walnut a esquecessem, medo de não gostar de Harvard e de ter de ficar lá para sempre, medo de não fazer mais amigos.
Eu disse a ela, que eu podia não estar morando em Walnut Creek, mas que eu não a esqueceria, porque seria muito difícil apagar aqueles olhos cinzas das minhas lembranças, que ela não precisava ficar em Harvard se não quisesse, porque as pessoas não são obrigadas a ficar onde não querem e disse que se ela não fizesse amigos, mesmo que fosse a garota mais solitária, eu não a deixaria sozinha.
Nós conversamos a tarde inteira, até escurecer.
Seus pais, ou...Apenas sua mãe, me convidou para o jantar.
Sendo observado e quase virando parte do jantar de Troy (O pai de Audrey), não quis ficar mais tempo que isso.
Depois do jantar, voltei para casa, joguei vídeo game com o meu irmão, conversei com os meus pais por um tempo, tomei banho e dormi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, tive que postar tudo de uma vez mesmo! Vou ficar sem o computador novamente (Chorando aqui), mas espero que tenham gostado, obrigada pela leitura!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Living Happiness" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.