Living Happiness escrita por Tom
Notas iniciais do capítulo
Eu disse que postaria logo, haha! Missão dada é missão cumprida! Espero que gosteeeem! Boa leitura!
🌻🌻🌻
Cheguei em casa incrivelmente feliz naquela noite, é claro que meus pais interrogaram a mim e a Hazel, dissemos obviamente que fomos tomar sorvete juntas, mas em algum momento da conversa o nome Michael saiu de minha boca.
Minha mãe não ficou nem um pouco preocupada, muito menos irritada, já meu pai, quase foi até a casa dos Jones, despejando ciúmes até pelos ouvidos.
– Agora chega, o mais novo vira melhor amigo da minha filha mais nova e agora o mais velho vem tomar a minha filha?! Ele não tinha uma namorada?! Ele não morava em Oxford?!
– Pai, a gente só foi tomar sorvete.
– É, primeiro é o sorvete, depois ele está aqui em casa e depois ele te leva para Oxford com ele!
– Pai...Primeiro, acho bom o senhor se acostumar com Michael aqui em casa, porque ele vai vir assistir um filme comigo amanhã.
– Na sala, né?
– No meu quarto.
– Na sala.
– Que seja.
– Vou ficar de olho em vocês Audrey.
– É a intenção de traze-lo aqui, ficar em casa, com vocês, mas enfim...Segundo que é o penúltimo ano dele em Oxford e ele me disse que vai voltar para Walnut Creek assim que puder...
– Uhum...
– E terceiro, eu gosto do Michael.
– Você o conhece há exatas três semanas.
Meu celular começou a vibrar.
– Você conheceu a minha mãe num dia e uma semana depois vocês estavam namorando.
Olhou para minha mãe.
– Você contou a ela?
A perguntou.
– É normal que as crianças saibam como seus pais começaram um relacionamento, eu acho.
Ela respondeu.
– Não é!
– Querido, você está bem? Parece que regrediu quarenta e seis anos.
Fiz as contas nos dedos, porque eu fiquei meio confusa. Quarenta e seis anos atrás meu pai teria quatro anos.
– Vou para o meu quarto.
Subi as escadas e fui para a varanda do meu quarto, que nunca teve muita utilidade, eu nunca ia até a varanda, mas naquela noite eu queria ver as estrelas.
Desconhecido: Audrey? Está tudo bem?
Era Michael, salvei seu número.
Audrey: Sim.
Mich: Ah, por que demorou tanto?
Audrey: Porque eu estava sendo interrogada.
Mich: Por quê?
Audrey: Porque demorei muito para chegar em casa.
Mich: Por quem?
Audrey: Por você agora.
Mich: Kkk, desculpa.
Audrey: Desculpo, kkk.
Mich: Já volto, vou jantar.
Eu fui jantar também. Depois voltei e fiquei falando com ele até acabar dormindo.
Acordei com o sol no meu rosto - Merda! Estava atrasada - Tinha acabado dormindo na varanda, fui para o meu quarto, me vesti e corri para o trabalho.
– Vai ser demitida se continuar saindo cedo e chegando tarde.
– Julie, vai fazer o seu trabalho e deixa eu cuidar do meu.
– Mau humorada...
– Sim, estou mau humorada, pra você.
– O que eu fiz?!
– Você quer entrar mesmo nesse assunto?
– Por favor.
– Pra começar, ontem mesmo estava pronta para brigar com Michael.
– Menina, ele está te perseguindo!
– Julie, bem que eu queria, mas não sou uma estrela de cinema, as pessoas não me perseguem! Nos encontramos por acaso.
– Cara, eu não acredito que você está brava comigo por causa de um garoto.
– Não é por causa de um garoto, é porque você é má.
– Má?!
– Você simplesmente o encheu de xingamentos quando ele veio me pedir DESCULPAS!
A porta da loja se abriu.
– Bom dia meninas!
Nosso chefe entrou com um garoto usando o uniforme da loja.
– Bom dia Senhor Hans!
Dissemos juntas.
– Este é o meu filho, Sam - Empurrou o menino - Coloquem-no para trabalhar.
E saiu da loja.
– Oi.
O garoto disse.
– Quantos anos você tem?
Julie perguntou.
– Tenho vinte e cinco.
Ela olhou para mim e sorriu. Não foi um olhar qualquer, eu conhecia aquele olhar muito bem, ela iria me empurrar para ele.
– Ah, tenho vinte e dois e a Audrey ali tem vinte e três.
Ele balançou a cabeça em concordância.
– Legal.
Me olhou.
– Sou Julie, a propósito.
Beijou seu rosto.
Julie encheu o rapaz de conversa fiada a manhã inteira.
Eu podia sentir ele irritado na hora do almoço, quando ela não parava de falar, mas confesso que até eu estava ficando irritada.
Por sorte eu tinha o Michael conversando comigo pelo celular a tarde inteira.
Mais tarde ele apareceu para me buscar.
– Vamos?
Me deu um selinho
Julie ficou boquiaberta.
– Vamos, só vou pegar minha bolsa na sala dos funcionários.
Fui para lá, mas continuei ouvindo o que estava acontecendo.
– Oi...Julie.
– Hun.
Ela o respondeu assim.
– Hey! Se não é Sammy, o pequeno homem de negócios?!
– Hey Michael! Voltou para a cidade?
– Ainda não, haha, mas breve estarei de volta.
– Ah, saquei, férias.
– Sim, sim...E você? Está...Trabalhando na loja do seu pai?
Voltei para lá.
– Vamos?
Perguntei.
– Aham, espera só um pouquinho?
Ele me perguntou.
– Ok.
– Vocês estão namorando?
Sam perguntou.
Michael me olhou.
– É...Estamos.
Rimos.
– É complicado.
Eu disse.
– Tenho que ir, combinamos de assistir um filme.
Ele disse sorrindo.
– Ok, até mais então.
– Até breve...Espera, ainda está morando perto da praia? Porque...É caminho pra casa da Audrey, posso te dar carona.
Ele sorriu.
– Sim e aceito a carona.
Me despedi de Julie, que era praticamente minha vizinha e fomos eu, Michael e Sam para o carro.
Assim que entramos no carro, vi Julie fechando a loja e atravessando a rua.
– Ela está com raiva de mim.
Eu disse.
– Por que?
Michael me peguntou colocando o cinto de segurança.
– Porque eu estou "namorando" com você.
– Nós estamos namorando.
Começou a dirigir.
– Nossa, como é fácil namorar alguém! Que tal algum tipo de pedido?
– Hum...Quer namorar comigo?
Ele perguntou sorrindo.
– Ei, pera...Isso foi muito rápido.
Olhei pelo espelho do carro. Sam segurava uma risada.
– Sam está esperando uma resposta.
Fiquei calada por um tempo.
– Você é tão...
– Bonito? É, as pessoas sempre dizem isso.
Olhou para mim rápido e piscou.
– Como isso iria ser?
– Como qualquer outro namoro, não?
Ele riu.
Arh! Como fiquei com raiva, aquilo soava tão natural saindo de sua boca.
– Digo, você vai estar na Inglaterra e eu aqui nos Estados Unidos.
– Só por mais dois anos e...Tem as férias, vou vir toda hora, sempre que eu puder.
– E a minha faculdade?
– Você...Faz.
– Vão ser no mínimo oito anos.
– Eu espero.
Novamente, calmo e natural.
– Isso é sério Michael?
– É.
Ele riu.
🌻🌻🌻
Na verdade a espera pela resposta estava me matando, quis parecer calmo, mas não achei que tivesse que fazer mais aquela pegunta.
Eu olhava para ela o máximo de vezes que eu podia enquanto dirigia.
– Tá.
– Eu trabalho com "sim" e "não".
– Sim.
Ela respondeu.
Eu e Sam comemoramos.
– Sam, você é a testemunha desse momento.
Eu disse.
– Sim, eu sou.
Eu não estava o olhando.
Acariciei o rosto de Audrey.
Logo em seguida, deixamos Sammy em casa.
Sammy era o garoto que traficava bebidas atrás da escola, eu visistava frequentemente seu negócio com Pipoca e H.
– De onde conhece o Sam?
Assim que tomamos caminho para a casa de Audrey, ela me perguntou.
– Ele... Lembra do garoto que vendia umas coisas atrás da escola?
– Hum, lembro, eu o odiava.
– Então...Não é ele!
– Eu não sei se agradeço por você mentir mal ou se fico brava por saber que está mentindo.
Saímos do carro.
– Pode ficar brava e me castigar sexualmente.
Eu disse. Rimos.
– Vou agradecer então.
– Por...?
– Por ter um namorado que tenta ser engraçado.
– Não era pra ser engraçado, você pode me castigar sexualmente.
Estávamos entrando na casa dela.
Vi seu rosto corar.
– Ah...
Comecei a rir.
– Ei, é brincadeira!
A beijei.
A porta abriu sozinha.
– Vocês nunca vão fazer sexo.
O pai dela disse alto e claro.
A soltei imediatamente, com um tanto de medo de levar um tiro ou ser esfaqueado, ou simplesmente ter meu órgão arrancado.
– O-oi Se-se-nhor White!
Gritei assustado, passando as mãos no pescoço.
– Amor, relaxa, ele não vai te morder. E pai, dá um tempo...
Ela me puxou para dentro da casa.
– Pera...Do que você me chamou?
Perguntei.
– É, do que você o chamou?
Seu pai perguntou também.
– De amor. Qual o problema de vocês?
Eu estava parado igual a um poste, imóvel, apenas tomando cuidado com o Senhor White, então nem pude sorrir por Audrey me chamar de "amor", mas o fato era que eu havia gostado de ouvir aquilo.
– Nenhum.
Seu pai respondeu, sem tirar os olhos de mim.
– Mich, vou buscar o filme no meu quarto, por que não se senta no sofá?
E subiu as escadas.
Seu pai fez sinal para que eu me sentasse.
Eu continuava totalmente desconfortável, quase corri para o sofá e seus olhos continuavam me seguindo.
Ele se sentou numa poltrona de frente para o sofá, não tirou os olhos de mim.
– E o que você faz em Oxford?
– Estou cursando Engenharia Mecatrônica.
– Em qual universidade?
– Universidade de Oxford.
– Não estava satisfeito com as universidades daqui?
– Não senhor, na verdade só fui para Oxford porque reduzi minha bolsa de estudos a quase oitenta por cento de desconto, além de o curso ser melhor lá.
– Então está dizendo que as faculdades dos Estados Unidos não são boas? Que elas não são boas o suficiente para você? Eu deveria ligar para o Obama e dizer "Hey, acho melhor melhorar isso aí, Michael Jones se acha muito bom para os Estados Unidos da América!"!
– Senhor, eu nunca disse isso...Só que o curso era melhor lá.
– O que vai fazer em Walnut Creek com seu curso tão precioso de engenharia mecatrônica?
– Acho que vou abrir o meu negócio.
– Acha? É assim que vai sustentar a minha filha?!
Audrey chegou.
– Primeiro, eu não vou ser sustentada por ninguém, entenderam? E segundo...Quer parar de assustar o Mich? - Ela me olhou - Ele não vai fazer nada com você.
Olhei para ele.
– Tenho minhas dúvidas.
Ela colocou o filme.
– Não vai.
Se aninhou em mim no sofá.
Seu pai ainda não tinha parado de me vigiar.
– Shrek?
Perguntei.
– É o filme preferido dela.
Seu pai explicou, frio e com raiva.
– Ah...
🌻🌻🌻
Meu pai foi ao banheiro.
– O que foi?
Peguntei a Michael.
– Ele vai me engolir vivo! Só isso.
– Michael, você ainda não fez nada errado, para de ficar nervoso.
– Ele disse que ia para ligar para o Obama.
Gargalhei. Hã? Obama?
– Como assim?
– Não ri, ele parecia querer ligar mesmo.
Minha barriga começou a doer com tantas risadas e a carinha que ele fazia era tão fofa e deixava tudo tão mais engraçado!
– Ele não vai ligar para o presidente.
Ri e beijei a ponta de seu nariz.
– Vou acreditar, por hora.
Ele disse.
– Ok.
Me ajeitei em seu ombro. Ele me abraçou.
– Ei...
Me chamou.
– O que foi?
– Do que você me chamou hoje mais cedo?
Perguntou com o sorrisinho mais bobo que já tinha visto.
– De amor.
– Pode repetir isso?
– Eu te chamei de amor.
– Pode repetir isso para sempre?
Seu pai voltou para a sala.
– Posso.
– Então repita.
– Você é o meu amor.
– Desse jeito eu nunca mais volto para Oxford.
Rimos.
– Tudo bem, você pode morar no meu quarto.
– Não pode não, ok?
Meu pai nos fitou.
– Você mora no porão então.
Michael riu.
– Se esses são os termos, aceito.
Ele estava falando só para irritar o meu pai, sem dúvidas.
🌻🌻🌻
Eu estava muito nervoso com o Senhor White, mas eu queria o irritar, porque ele estava me irritando. Na mesma moeda.
O filme acabou.
É horrível assistir um filme infantil enquanto quer agarrar a pessoa que está ao seu lado, quase como destruir sua infância.
Audrey e eu conversamos depois, ela me explicou porquê gostava daquele filme, me perguntou qual era o meu filme preferido, depois ficamos conversando sobre Oxford e Harvard, ela disse que tentaria trocar de faculdade, que estava recebendo várias cartas de várias faculdades, confessou a mim seus medos.
Ela disse que queria ir embora no começo, mas agora, parando para pensar, estava com medo de se mudar para longe, que as pessoas de Walnut a esquecessem, medo de não gostar de Harvard e de ter de ficar lá para sempre, medo de não fazer mais amigos.
Eu disse a ela, que eu podia não estar morando em Walnut Creek, mas que eu não a esqueceria, porque seria muito difícil apagar aqueles olhos cinzas das minhas lembranças, que ela não precisava ficar em Harvard se não quisesse, porque as pessoas não são obrigadas a ficar onde não querem e disse que se ela não fizesse amigos, mesmo que fosse a garota mais solitária, eu não a deixaria sozinha.
Nós conversamos a tarde inteira, até escurecer.
Seus pais, ou...Apenas sua mãe, me convidou para o jantar.
Sendo observado e quase virando parte do jantar de Troy (O pai de Audrey), não quis ficar mais tempo que isso.
Depois do jantar, voltei para casa, joguei vídeo game com o meu irmão, conversei com os meus pais por um tempo, tomei banho e dormi.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gente, tive que postar tudo de uma vez mesmo! Vou ficar sem o computador novamente (Chorando aqui), mas espero que tenham gostado, obrigada pela leitura!