Apaixonado Por Um Poste! escrita por bubbigless


Capítulo 8
A sacada - O acampamento - Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Yooooo! >~<
Eu ameeei escrever esse capítulo, apesar de não ser muito boa com cenas mais calientes. Enfim. Desfrutem, pessoinhas.



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Charlie havia me levado para o quarto dele... Mas não havíamos ficado por lá. Dentro do cômodo havia outra porta, e, ao abri-la, ele mostrou a sacada que eu tinha me apaixonado assim que entrei na casa. Podíamos ver o Carl, Camily e Ethan daqui de cima, e a leve brisa que batia era reconfortante.

— Isso é incrível — afirmei, fitando seus olhos, que brilhavam como duas estrelas.

— Eu disse que ia gostar — solta uma risada orgulhosa, passando os dedos levemente nos fios escuros que insistiam em cair sob suas ‘safiras’. — Sempre venho aqui quando estou pra baixo, o lugar me trás uma sensação boa.

— E você está triste agora? — indago, me apoiando no murinho que havia ali, indicando o fim da sacada.

Óbvio que não — franze a testa, dando um leve sorriso torto. — Posso fazer uma pergunta?

— Claro — dou ombros, mordendo o lábio inferior, imaginando o que ele iria perguntar.

— O que acha de eu te beijar aqui em cima? — fala naturalmente, enquanto eu me engasgo com a saliva e desvio o olhar. — Seria romântico, não seria? Você gosta de coisas românticas?

— São muitas perguntas, Charlie — reviro os olhos, tentando esconder o constrangimento. — Você falou que era só uma.

— Tudo bem, considere apenas a primeira então — sorri sedutor, se apoiando no murinho como eu, mais próximo á mim.

— Por que... Quer tanto me beijar? — questiono, sem saber as palavras certas.

— Eu gosto de te beijar, algum problema com isso?

— Não é isso — definitivamente não é isso, acrescento mentalmente. — É só... — dou uma pausa, tentando pensar. — Ah, eu não sei. Você não acha estranho? Dois homens ficarem se beijando?

Ela me encara, seriamente por alguns segundos, depois, ainda com a mesma expressão, se aproxima e gira meu corpo, fazendo-me ficar frente a frente com ele.

— Sebastian — murmura. — Eu já beijei muitos homens — não estou gostando. — Desde quando tinha quatorze anos eu beijo garotos — diz um pouco constrangido. — E, uma coisa que eu aprendi, foi que se você beija pessoas do mesmo sexo, a sociedade te julga, sem ao menos te conhecer. Mas, também, que eu não preciso ligar para que os outros dizem. Se eu quero beijar homens, eu beijarei homens. Uma coisa que é prazerosa para a gente nunca será estranha. Entendeu?

Fiquei o encarando, por algum tempo, admirando sua beleza, tanto física, como das palavras que acabara de ouvir.

— Como vou negar um beijo seu depois de todo esse discurso, senhor Charlie? — murmuro, com um sorriso torto, me aproximando descaradamente dele.

— Exatamente, essa é a ideia — sorriu abertamente segurando minhas mãos e laçando nossos dedos. — Não vai... — em seguida, se curva em direção ao meu rosto, deixando nossos lábios a centímetros de distância. — Antes... Quero te fazer mais uma pergunta.

Anda logo — sussurro, morrendo de vontade de beija-lo novamente.

— Você já beijou algum homem além de mim? — pergunta, tirando um suspiro meu, e acabo abaixando a cabeça, fazendo com que minha testa encostasse-se a seu peitoral. — O que foi?

— Bem — gaguejo. — Como explicar isso pra você?

— Experimente usar palavras. Que tal? — brinca, tirando uma risada rouca de mim.

— Eu nunca tinha beijado ninguém antes de você, na verdade. Tanto homem, como mulher.

Sinto Charlie prender a respiração, e logo, ele pega em meu queixo, obrigando-me olhar para cima, encarando aqueles olhos maravilhosos. Estes transmitiam curiosidade, mas ainda continuavam brilhando como as estrelas.

— Quer dizer que deu seu primeiro beijo comigo?

— Sim... — gaguejo.

— Por que não me avisou antes? — indaga. — Eu tinha que te dar um beijo inesquecível.

— E você deu! — contrario.

— Ah, pequeno Sebastian — solta uma risada rouca. — Irei te mostrar o que é um beijo inesquecível.

Não tive tempo de dizer mais nada, logo, seus lábios já se movimentavam agilmente contra os meus. Fechei meus olhos com força e entreabri a boca, dando passagem para que sua língua explorasse-a ferozmente. Um pouco excitado com o momento, levei minhas mãos para dentro de sua blusa, arranhando seu abdome de leve (eu já havia visto cenas assim em alguns filmes, e agora apenas coloquei em prática) e o ouvindo arfar. Em questão de segundos, suas mãos haviam segurado minhas coxas, e me levantando, dando abertura suficiente para que, por impulso, enlaçasse minhas pernas em tono da sua cintura.

O senti me carregar para algum lugar, e, em um determinado momento, minhas costas se chocaram com algo macio; não deu tempo para pensar no que era, pois logo Charlie estava em cima de mim, se deliciando com meu pescoço. Ele lambia, mordia e chupava, fazendo tudo que tinha direito. Acabei soltando alguns gemidos abafados no processo.

Quando o moreno ia voltar a me beijar, formos interrompidos pelo seu celular, que vibrava loucamente no bolso de sua calça. E, sem tirar os olhos de mim, sorriu, sedutor, pegando seu humilde iPhone e o desligando.

— E então, pequeno Sebastian, aprendeu o que é um beijo inesquecível? — indagou, colocando uma perna de cada lado de meu corpo, imitando o movimento em seguida com as mãos. Encolhi-me por baixo de seu corpo, só então percebendo o que estava acontecendo antes do celular tocar.

Assenti totalmente vermelho.

— Por que não atendeu a ligação? — perguntei, passando a mão no cabelo, jogando para o lado, como eu estava me acostumando a fazer. — Podia ser importante.

— Vamos torcer que não seja — sopra meu rosto de leve, fazendo com que um sorriso simples se formasse nele.

Fico por algum tempo observando aquele rosto feito por medida, não conseguindo parar de pensar no que estávamos fazendo. O que aconteceria se o telefone não tivesse tocado? Eu ia perder o b.v e a virgindade no mesmo dia? Isso existe mesmo?

— O que foi? — indagou, vendo minha careta.

— Nada... — minto.

— Pode me falar — insiste, com um bico irresistível nos lábios.

— Hum... Sobre o que fazíamos... — murmurei, completamente constrangido e desconfortável.

— Eu não ia fazer nada — me reconfortou. — E não vou fazer. Até você me pedir, pelo menos — riu malicioso, me dando um curto selinho.

— Hum... Obrigada. Mas... — desviei o olhar. — Pode se levantar?

Charlie me analisa calmamente, com um olhar pervertido.

— Não gosta de ficar pertinho de mim? — choraminga, sarcástico.

— Não deste modo! — dou uma leve empurrada em seu peito, que nem se moveu. Ele dá uma gargalhada tão gostosa ao notar minha fraqueza, que não resisto á acompanha-lo.


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