Em uma sexta feira escrita por Anna Hiddleston


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Um presente meu para uma lovely Sherlollie chamada Aline. (Com algumas modificações ;) )
Não foi revisado!
Tomara que você e as demais pessoas que lerem gostem bastante!
Boa leitura!



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Em uma sexta feira chuvosa, em Londres, na Inglaterra, mais especificamente, na Terra, Sherlock Holmes passeava pelos arredores, pagando a conta de luz, água... E os seus membros da rede de sem teto.

Em uma sexta feira, chuvosa, em Londres, na Inglaterra, mais especificamente, na Terra, Molly Hooper estava sentada em seu banco acolchoado olhando para o relógio, enfim suspirando e olhando ao redor.

Em uma sexta feira, chuvosa, em Londres, na Inglaterra, mais especificamente, na Terra, Sherlock Holmes sentiu fome.
O sino da porta tocou, e algumas pessoas que estavam no bar se viraram para o barulho.

Fofoqueiros, Sherlock resmungou internamente, um pouco mal-humorado.

Foi para um canto do bar, que estava vazio. Um garçom passou com batata fritas e um hambúrguer, seu estômago rosnou. Ele olhou irritado para a própria barriga, mas em seu íntimo decidiu que não poderia ficar renegando comida por tanto tempo mais. Com a velhice e seus péssimos hábitos alimentares ele iria ficar gordo. Não que o incomodasse realmente, mas junto com esse problema, viriam os problemas cardíacos, dores musculares, inchaço nas pernas e a perda de fôlego após de uma andada até os caixas bancários. Ele já estava respirando um pouco pesadamente, droga.

Se sentou no banco, e pegou o cardápio, mesmo já sabendo o que ia pedir. Força do hábito.

Um telefone tocou, em um toque que ele poderia se lembrar de algum lugar, a versão acústica de uma música popular irritante. A voz que seguiu o toque o fez virar para trás.

-Oi, Menna.

-Ah, bem, quase... Depois te explico.

-Nah, tudo bem, quando eu chegar em casa mando uma mensagem para ele.

-Ok, beijos.

Sherlock observou a breve conversa, se perguntando por que exatamente as pessoas forçavam um sorriso quando falavam no telefone.

-Molly. Ele a chamou, chegando perto de sua mesa, e se sentando, sem pedir permissão.

-Ah, oi, Sherlock!- Ela deu uma de suas risadinhas nervosas e colocou uma mecha de cabelo solto atrás da orelha.

Ele a observou, seus cabelos estavam soltos, em um penteado bonito mas não exagerado. Ela usava lápis de olho, corretor para as olheiras e brilho labial. Usava uma saia azul que ia até um pouco além dos joelhos, um salto pequeno, uma blusa branca lisa, com decote em V e um casaco bege com flores azuis pertencentes a terceira idade. Ele sorriu para o casaco.

Na mesa havia uma garrafa de champanhe com uma rosa vermelha, e uma vela pequena. Deus, será que ela estava tendo outro encontro?

-Acabou de analisar? Molly perguntou, parecendo levemente irritada, rubor furioso em suas bochechas.

-Onde está seu...

-Foi ao banheiro já faz uns 20 minutos. Ela balançou a cabeça, e deu uma risada triste. Decidi ficar e comer alguma coisa.

-Por que ele foi embora?

-Eu disse minha profissão. Eu não acho que ele realmente sabia o que significava ser uma patologista, ele estava com o celular na mão quando saiu, acredito que tenha pesquisado no Google. Ela riu novamente. - Eu criei o costume de me apresentar com a profissão direto, poupar encontros como esse, mas eu me esqueci.

-Ah... Eu poderia tentar arrastá-lo aqui para pedir desculpas. Sherlock se remexeu no banco.

-Poupe seu fôlego, ele não era tão bonito assim. Vai pedir alguma coisa?

Fizeram seus pedidos, e Molly olhou para a janela quando Sherlock pegou o celular. Ficaram em um silêncio agradável, mas um pouco melancólico.

-Eu deveria tirar uma foto disso... - Molly comentou, rindo um pouco.

-Perdão?

-Encontrando Sherlock Holmes por acidente, e até agora sem comentários ácidos. - Ela levantou uma sobrancelha, e riu novamente. - Estou quase sentindo saudade.

-Eu tirei o dia de folga. - Ele sorriu. -E eu tenho me controlado, você pode observar o meu entorno. Eu comentários sobre você não tem intenção de ser ácidos, ou pejorativos... Eu quase não posso evitar. É uma questão de honestidade.

-Ouch. Sherlock Holmes, cem por cento honesto. Você deveria colocar isso em uma camiseta.

-Você soa como Mary, anda passando muito tempo com ela e Charlie?

-Só quando saio mais cedo, mas sim, mais do que costume, Charlie é muito fofa, você deveria experimentar passar um tempo com sua afilhada. - Molly pegou um dos pãezinhos da cesta.

-Eu não tenho interesse em crianças, alguns pontos são até interresantes, mas eu realmente fico entediado. Ela dorme quase todo o dia. - Sherlock se endireitou no banco.

-Continue agindo como insensível, mas saiba que John contou para todo mundo como você ficou quando a segurou pela primeira vez? Como foi que ele descreveu mesmo? Ah, você olhava para Charlotte como um tio babão, seus olhos até se encheram de lágrimas.

-Você sabe que John tem o dom de dramatizar as coisas. - Sherlock limpou a garganta contrariado.

-Pode deixar, eu guardo seu segredo. - Ela lhe deu uma piscadinha. - Mas, mudando de assunto, você vai?

-Molly, você está sendo muito vaga hoje. - Sherlock pegou o guardanapo e ajeitou em seu colo, olhando diretamente para o garçon que estava vindo com seu hambúrguer gigante e porção dupla de fritas.

Molly olhou para trás quando viu Sherlock olhar com expectativa para algo vindo atrás dela. Quando ela viu o garçon vindo, ela gargalhou.

-Nossa, faz quantos dias que você não come, Stitch? - Brincou, limpando as lágrimas no canto dos olhos.

-Desde o chá com biscoitos no café da manhã. - Ele olhou para seu prato e depois para o de Molly, torcendo o nariz para o Frango grelhado com legumes no vapor e purê de abóbora. - Achei que você fosse vegetariana.

-Eu não sou, só não gosto muito de carne e ovos, mas frango e peixe está tudo bem para mim. E não faça essa cara para o meu prato, você que não deveria comer esses pratos de adolescentes, eu dei uma olhada no seu exame de sangue, sabe? Você tem que começar a reduzir seu colesterol, 40 anos é uma idade maravilhosa para ter problemas com essas coisas, e diabetes iria matar você.

-Hmpf, eu me controlo. Por que eu iria morrer de diabetes? Mycroft deveria estar se preocupando com isso do que eu! - Ele encarou seu prato indignado, se perguntando por um momento por que esse tipo de comida fazia tão mal. Mas quando as respostas científicas começaram aparecer ele deletou a pergunta e mordeu seu sanduíche em protesto.

-Mycroft tem comido doces diets. Ele adora meus cupcakes. Mas então, como eu estava dizendo...

-ESPERA, O QUE? - Sherlock arregalou os olhos, lutou para engolir o gigante pedaço de hambúrguer antes de falar novamente. - Você e Mycroft tem se falado?!

-Ah, sim. Enquanto você estava na sua... Missão, ele veio tomar chá algumas vezes. Muito encantador seu irmão. Ele gosta muito de Lestrade, sabia? Fiquei encantada, mas creio que seja uma admiração um pouco unilateral, pelo que sei eles andam meio afastados, algo sobre a ex mulher de Greg...

-Me poupe dos detalhes do relacionamento conturbado daqueles dois. - Ele a interrompeu.

Pararam um momento para saborear sua refeição, mas Sherlock se lembrou de algo.

-Você me perguntou se eu ia... Aonde exatamente?

-Ah, hm, Greg não te convidou para a casa de verão? Pelo que sei é alguns quilômetros daqui, e tem praia. Era dos pais dele, John e Mary vão, eu pretendo ir... Ele convidou Sally, mas acho que ela ia para França com Anderson.

-Casa de praia, uh? Não é muito meu estilo. - Sherlock lembrou-se de contemplar o convite, mas logo se esqueceu. - Acho que talvez... Não é muito confortável a ideia de sol, e areia... Mas a de ficar sozinho em Londres, também não.

-Que bom então! Você poderia ir no carro comigo, se quiser, é claro.

-Desde que eu dirija...

-De jeito nenhum. - Ela semicerrou os olhos. - Eu lembro o que você fez com o pobre Remus quando o pegou emprestado para ir para Baskerville. Eu juro que ainda tem lama no motor.

Ele riu, se divertindo com a lembrança do pobre carro nas estradas enlameadas que ele pegou.

-Mas então, e seu... Noivo? Sherlock lambeu os lábios.

-Quem? Ela olhou confusa.

-Ah... Tom? Seu ex-noivo, adaga de carne e tudo mais.

-Ah, bem... Longa história. Ela mordeu o lábio, como se tentasse conter uma risada.

-Eu tenho tempo suficiente. Sherlock deu um sorriso digno de comercial de pasta de dentes, e Molly corou fortemente.

-Eu contratei ele. Tom. Ele era um cara legal trabalhando temporariamente no hospital, querendo um convite para o show do Arctic Monkeys. Eu tinha alguns casamentos para ir, então...

Sherlock encarou Molly espantado. Então... Tom nunca existiu?!

-Mas, ele era até parecido comigo.

-Bem ele era mais, só que eu implorei para ele cortar o cabelo e tingir de loiro, um pouco antes do casamento. E sobre o casaco, bem, eu não podia mudar tudo nele. E... Eu não pude me conter.

-Então nada era verdade?! O apartamento, o noivado, o sexo... Até o cachorro?!

-Sherlock, eu tenho pavor de cachorro. Ela confessou, corando um pouco. Desculpe se você ficou chateado, mas eu tenho que admitir que fiquei bem feliz em enganar todos vocês.

-Mas,... Mas... - Sherlock corou forte, e baixou a cabeça, murmurando algo.

-Desculpe, eu não pude ouvir, pode repetir?

-Eu fiquei um pouco, aham, receoso.

Molly afastou seu prato e apoiou o queixo na palma da mão, se sentindo mais leve, talvez por culpa do vinho.

- Ficou um pouco ciumento?

-Eu não pude me conter. Ele bufou.

-Eu tenho que lembrar de dar vinte libras para John.

Sherlock insitiu em pagar a conta, e Molly deixou, contanto que ela pudesse lhe oferecer alguma sobremesa.

Quando saíram do restaurante, Molly viu Randall se escondendo por trás de um jornal, o homem que deveria estar saindo com ela por agora.

Sherlock viu o homem do outro lado da rua, e fez uma dedução rápida. Bufou e pegou a mão de Molly entrelaçando seus dedos, levando a para Baker Street em um passo rápido.

Randall abaixou o jornal quando sentiu que alguém estava olhando para ele, mas bufou, e se levantou, indo para casa.

Antes de chegar em casa, Randall olhou seu celular;

Você receberá seu pagamento em breve, obrigado. SH.

Randall revirou os olhos e sorriu. Aquele idiota sabia mesmo fazer uma cena.


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Notas finais do capítulo

E aí?
Sempre lembrando que quem comentarfavoritar é uma pessoa boa :p
Eu sei que dá preguiça, muitas vezes sou uma pessoa má.
Obrigada por ler!
Beijos.