Charles chegou a sua casa ás 3 AM, com uma aparência acabada. Ele colocou seu sobretudo no sofá e se olhou no espelho da penteadeira na sua enorme sala de estar. Seu cabelo estava todo desarrumado e seus olhos estavam vermelhos de cansaço... Ele se dirigiu à cozinha e lá pegou um copo d’água, mas suas mãos tremiam derramando o líquido no chão de madeira. Ele soltou a gravata borboleta da gola da camisa e a luz da sala acendeu... Vincent seu pai falou:

— Charles? O que aconteceu com você?

— Tudo de ruim pai, a Fredbear’s fechou... — Falou Charles triste.

— Eu soube, o garoto foi ferido e está em coma no hospital. — Falou Vincent com seu tradicional olhar sério e sua postura firme.

— Eu desisto! Você venceu, agora... agora você sabe que eu não sou o herdeiro ideal para sua tão amada empresa. Você sempre o preferiu... — Cale-se Charles! — Interrompeu Vincent.

— Ele morreu, mas você ainda está aqui. Você agora é minha única família, o único vivo... — Vincent passou a mãos nos olhos, ele estava se emocionando.

— Do que adianta ser seu filho se você não sabe ser um pai... Desde criança eu tentava te impressionar, no entanto você não ligava para mim. Só queria saber dele! — Charles deu às costas e saiu indo para seu quarto no segundo andar da mansão.

— Charles tem razão... Eu nunca fui um pai amistoso e amoroso com ele. Eu tenho que resolver isso... — Vincent pegou seu telefone e fez uma única ligação... Uma ligação e pediu uma reunião com os assessores na sede oficial da Fazbear’s Entertainment que ficava no centro da cidade.

Na manhã seguinte Charles acordou e viu que já era 10h da manhã, ele abriu a janela e olhou para o jardim do casarão que estava com as flores murchando e ervam daninhas crescendo nas árvores.

— Esse jardim é igual a minha vida... Está acabando. — Ele foi ao banheiro do seu quarto e tomou um banho de água fria para sair a tristeza e as mágoas de seu coração. Depois do banho ele se vestiu com seu clássico terno marrom e gravata borboleta e desceu até a sala.

— Charles espere... — Falou Vincent que tinha acabado de chegar.

— O que você quer? Derrubar-me mais ainda? — Perguntou Charles com raiva. Ele se aproximou devagar e abraçou Charles com um sorriso pequeno que Charles nunca viu já que Vincent não sorria muito.

— Você tem razão, eu nunca fui uma boa pessoa para você filho, eu me olhei no espelho e vi que já estou velho e quero aproveitar meus últimos momentos ao seu lado. Eu acho que você irá fazer isso melhor que eu, Charles você é o novo CEO da Fazbear’s Entertainment! — Charles ficou sério. Ele começou a passar a mão na cabeça e não entendeu o que seu pai acabara de fazer. Ele pediu um tempo para pensar, Vincent deu. Ele pegou seu carro e saiu. Enquanto dirigia ele pensava:

— CEO? Eu nunca quis chegar ao topo, só queria trabalhar com meu pai. Vai ser uma vida difícil e complicada, mas acho que eu posso fazer isso, vou fazer isso por ele. — Ele parou no novo estabelecimento da empresa, desceu do carro e seguiu para a entrada. O local ainda estava interditado pela obra, no entanto Charles podia entrar, pois ele que era o dono do local. Ao entrar um funcionário da obra se aproximou e falou:

— Sr. Fazbear eu conheço uma pessoa que pode arrumar o letreiro para o senhor, já pensou no nome?

— Nome? Sim... Freddy Fazbear’s Pizzaria, que tal? — O homem anotou o nome em um papel e sorriu:

— Ótimo nome senhor, vou providenciar do jeito que planejou! — Charles deu uma olhada no futuro da empresa e resolveu pegar o que restou da Fredbear’s. Ele foi até o antigo estabelecimento junto com um caminhão e levou as peças e os animatrônics SpringBonnie e Fredbear para o novo estabelecimento, uma pizzaria.

— O que faremos com eles Sr. Fazbear? — Perguntou um funcionário que estava carregando os animatrônics em um carrinho.

— Coloque-os na sala segura! Talvez eu os modifique e os coloco na atração. Eles ainda têm um futuro aqui... — Ele resolveu sair, caminhar um pouco pelo parque da cidade, pegar um ar puro longe da fumaça dos carros e da poluição. Ele dirigiu até o parque central e estacionou o carro em um estacionamento ali perto, enquanto caminhava até o parque ele reconheceu alguém de longe lendo uma revista na banca de jornal.

— Fritz? — Perguntou Charles curioso de reencontrar seu amigo. Fritz se virou e sorriu de leve cumprimentando Charles:

— Charles... Parece que sempre iremos nos reencontrar, não importa o lugar. — Falou Fritz brincando.

— É verdade mesmo, é bom te encontrar... Preciso falar contigo.

— Certo, então aonde vamos para conversar?

— Estava indo ao parque, você vem? — Fritz aceitou e se despediu do jornaleiro que parecia ser um conhecido dele. Depois de andar bastante chegamos ao parque e sentamos em um banco para conversar:

— Fritz um novo local está prestes a ser inaugurado... Freddy Fazbear’s Pizzaria e eu quero perguntar se quer voltar a trabalhar lá. Gostaria? — Ele nem pensou e soltou logo um sim sorrindo como sempre.

— Charles você deu o Plushbear para o Carlos por quê? — Charles abaixou a cabeça e soltou o ar do pulmão mostrando um certo estado de preocupação.

— Você sabe que não gosto de lembrar aquela época... Coisas ruins aconteceram não é Fritz? Você lembra muito bem o que aconteceu naquela noite... — Fritz ficou sério, ajeitou seu cabelo que bagunçou por causa do vento aproximou-se do rosto de Charles e falou:

— Águas passadas não movem moinhos Charles, esqueça isso para sempre e nunca toque nesse assunto comigo... — Ele levantou-se do banco antes de ir embora completou: — Você acredita em fantasmas? Pois desde aquela noite eu sou assombrado por um... E ele é impiedoso comigo. — Fritz colocou seu chapéu na cabeça e se despediu de Charles indo para fora do parque.

Charles estava indo embora de cabeça baixa provavelmente pensando no que Fritz falou em deixar o passado para trás... Ele dirigiu até o hospital para me ver. Ele desceu do carro e andou até o um quarto sem passar na recepção, ele parecia estar muito abalado.

— Malditas lembranças... — Ele abriu a porta e seu rosto entristeceu por me ver daquele jeito. Ele pegou o Plushbear e olhou bem para seus olhos e disse para o nada:

— Sinto falta de você... Aquela noite foi o fim de nossa família, você me compreendia mesmo com todas as brigas que tínhamos. — Os pontos brancos dos olhos do Plushbear brilharam e Charles se assustou deixando a pelúcia cair no chão. Ele recuou até encostar-se à parede.

— O que é isso? — Charles falou assustado, Plushbear não fez nada, apenas ficou lá no chão olhando diretamente para os olhos assustados de Charles que não resistiu, correu para fora do quarto e começou a não se sentir bem. Henry indo para me ver e acabou encontrando Charles naquele estado:

— Sr. Fazbear está tudo bem? — Ele olhou para Henry que estava um pouco desconfiado. Ele está sempre desconfiado de algo.

— Está tudo bem foi só um pequeno desconforto... — Charles foi embora enquanto era observado por Henry que entrou no quarto e viu o boneco no chão:

— Não foi um simples desconforto, acho que está na hora de começar a investigar o que está acontecendo aqui...