Eduardo Williams, um simples garoto de Chicago. Não saia de casa, não por falta de amigos, mas sim por falta de opções. Não havia garotos de sua idade nas ruas de Chicago. Pelo menos onde ele vivia. Porém, na escola, Chicago Public School, ele fazia vários amigos. Andava com poucos, mas tinha vários amigos.

Um belo dia, oito dias antes de seu aniversário de onze anos, estava na mesa, jantando seu prato preferido, pizza.

_ Pai, o quê vai me dar de aniversário? - Indagou Eduardo, tentando matar aquela vontade de ganhar algo.

_ Nada. Você já viu seu boletim? Você não merece.

A raiva tomou conta de Eduardo. Ele realmente queria isso. Ficou cada vez mais com raiva, até que...

Uma explosão surda surgiu diante da cabeça de todos. Eduardo explodiu a lâmpada da cozinha, apesar de não saber como.

Eduardo foi dormir aquela noite indagando a si mesmo o que acontecera na cozinha. Torceu para que seu pai não o culpasse por isso. Afinal, a lâmpada já estava velha, não podia ter sido sua culpa. Afinal, nunca é sua culpa.

A muito tempo coisas inexplicáveis tem acontecido para Eduardo sem explicações. Ás vezes uma árvore cai ali, a escola pega fogo aqui, mas ninguém nunca tem explicações.

Amanheceu um novo dia. uma semana antes de seu aniversário. Era um sábado, então não tinha aula. Tentou se virar e ler um livro, mas não tinha livros a ler. Já lera todos os que podiam. Até que uma figura cinza bateu no vidro de seu quarto. Tinha trinta centímetros e segurava um retângulo de papel. Era uma coruja segurando uma carta com o bico. Sem pensar a estranheza disto, abriu a janela e pegou a carta. A coruja voou para dentro do quarto e começou a comer alguns grãos de arroz que estavam no chão.

Eduardo olhou para a carta, que tinha um brasão com um leão, uma serpente, um corvo e um texugo, e estava escrito '' Draco Dormiens Nunquam Titilandus'', uma língua que Eduardo nunca poderia imaginal qual era.

O selo da carta era um círculo vermelho com um H bem grande, e as bordas picotadas e onduladas.

_Hogwarts? O quê é Hogwarts? - Eduardo indagou e então ouviu seu pai subindo a escada.

Com pressa, põs a coruja para fora, fechou a janela e escondeu a carta debaixo do travesseiro, virou-se e dormiu.

Seu pai abriu a porta.

_ Estranho, podia jurar que ouvi vozes... - E fechou a porta para encerrar o dia.