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Curse

Only you can set my heart on fire, on fire
Yeah, I'll let you set the pace
'Cause I'm not thinking straight
My head's spinning around, I can't see clear no more

A neve rolava suavemente caindo sobre o chão de Konoha, se misturando com as folhas da cerejeira. Uma jovem abria seus olhos lentamente, olhos azuis. Seus cabelos loiros lisos, e com pequenos cachos nas pontas. Os cachos das pontas ganhavam uma nova coloração azul caneta, conforme a luz batia. Se levantou lentamente, ainda não adaptada com a luz forte que teimava em atravessar as cortinas de ceda do seu quarto.

– Bom dia Ino! – sua própria voz invadia seus pensamentos – a festa da Sakura é hoje, e eu nem ao menos decidi qual roupa ir. – pensava.

Caminhou até a porta girando a maçaneta, e atravessando os corredores. Adentrou o banheiro, fechando a cortina, e se pondo em frente ao espelho e a pia logo abaixo. Observou seu reflexo por alguns pequenos segundos. Até decidir abrir a torneira, e molhar seu rosto com a água gelada. Deslizou a mão sobre a sua face. Apanhou um tubo de pasta, e sua escova roxa, escovou seus dentes, e passou uma mão molhada pelos cabelos com a intenção de esconder alguns fios que estavam levantados.

– Preciso decidir, qual roupa usar. Aliás não tenho o dia todo! – resmungou, ainda sim se fitando no espelho.

Andou em passos largos, até seu quarto.

A porta era feita de madeira de carvalho, a janela branca, com o vidro embaçado, a cortina era de ceda com alguns detalhes na borda de renda, tecida a mão. Um criado-mudo logo a esquerda da janela. E a sua direita um guarda-roupa, da mesma madeira feita a porta. Um enorme espelho, que ficava perto da cama. Um tapete acolchoado, roxo no meio do cômodo, e alguns quadros de seus pais abraçados, espalhados pelo quarto pendurados. E não esquecendo de algumas revistas de moda em cima do mesmo criado-mudo a esquerda da janela.

Adentrou novamente no cômodo, se sentando na cama. Precisava se decidir com qual roupa ir. Se levantou após alguns minutos gastos pensando. E se lembrou de alguns vestido que haviam chegado mês passado. A mesma nem se dera o trabalho de experimentar. Abriu o guarda-roupa, e logo os avistou no canto ainda encapados por um plástico transparente. Pegou os cabides onde os tais vestidos estavam. E os colocou sobre a cama, os fitando com uma expressão agradável. Ino continha um sorriso bobo no rosto. Logo voltou para o guarda-roupa com um salto branco, com detalhes de pedrinhas.

Havia ganhado o sapato no seu aniversário de 15 anos. Nunca havia tido uma ocasião para usá-lo. Agora tinha. Eram apenas 3 vestidos, deveria decidir qual usar. Um deles, era o que mais a chamava atenção.

Violeta, pura renda delicada, continha outra camada por baixo da renda, transparente com brilho, iria combinar perfeitamente com o salto. Aparentava ser justo no busto, era perfeito. Logo pegou o celular que estava em cima das revistas do criado-mudo. Avistou a hora.

11:58

Saiu do quarto, encarando seus próprios pés com uma cara pensativa. A mesma nem si quer sabia o motivo de tanto nervosismo, talvez pelo motivo de todas as suas amigas terem um par e a loira está sozinha. Foi até a cozinha a procura de algo para se distrair, apanhou uma maça, e mordiscou, voltou para o quarto.

12:00

A hora parece passar como um estalar de dedo. Pegou uma revista cujo o tema era penteados, passava as páginas fitando cada penteado. Quando decidiu por sorte parar na penúltima página, um dos penteados a chamou atenção, o cabelo precisava ser dividido de orelha a orelha, preso em um coque frouxo no topo da cabela, e o resto do cabelo continuava solto. Algumas presilhas prendiam o coque para ficar mais elegante, mais isso era opcional. Todos os outros coques era tão perfeitos. Mais esse soava a ser simples.

Sem muito dialogo com si mesma, foi até o banheiro começar seu dia de beleza. Não pretendia sair de lá tão cedo.

17:43

Quanto tempo havia se passado até a loira sair do banheiro? Enrolada em uma toalha branca, com alguns rolos na cabeça, uma mascara verde caseira no rosto.

Adentrou o quarto, que agora estava iluminado pela fraca luz do por do sol. Retirou a mascara com as mãos, e a colocou em uma lixeirinha que até agora estava escondida, voltou para o banheiro mais logo retornou com o rosto molhado. Secou seu rosto na mesma toalha na qual estava enrolada. Colocou suas peças intimas, de renda branca, o sutiã era tomara que caia, e a calcinha fio dental.

Vestiu o vestido, que soube valorizar suas curvas, em seguida tirou os rolos que estavam no seu cabelo. Os cachos chegaram abaixo de seus seios. As pontas azuis caneta ficaram mais visíveis. Se maquiou basicamente, nada em certos exageros. Antes era disso que Ino gostava tudo em um certo exagero. Amor, maquiagem, bebidas.

Colocou o salto, e saiu do quarto pegando sua bolsa prateada. Após colocar uma tiara feita com perolas. Saiu de casa, as vilas de Konoha estavam escuras. E estava bem longe do salão dos Hyuugas, onde seria a festa. Seu celular tocou estridentemente, o caçou pela bolsa até o alcançar, a chamada foi cancelada. Ino sentiu um ódio estremo, até reparar na hora.

19:12

Havia demorado tanto mesmo? Mandou uma mensagem de texto curta para a amiga Tenten, que era quem havia a telefonado a alguns segundos atrás. "Estou chegando e.e sei que estou demorando em 5 minutos estou ai n.n" retornou a guarda o celular, e fechar a bolsa. Caminhou rapidamente, 5 minutos? Se ela continuasse em passos lerdos como estava, iria chegar na festa só amanhã. Acelerou os passos, até ouvir alguns sussurros, que foram substituídos por assobios, e provocações.

– Que delícia.

– O lá em casa.

Os outros apenas riram, foi a hora do desespero da loira. Quando foi cercada e segurada por trás. Sua boca foi tapada pelas mãos forte de um dos homens, o outro a segurava por trás, a loira sentia algo ereto atrás de si, não precisava nem dizer oque era. Era obvio que o homem já estava excitado.

Começaram a abaixar seu vestido, seus gritos ficavam cada vez mais abafados, quando sentiu a mão de um deles atingir seu seio esquerdo o massageando, e o outro sendo encharcado por saliva. Quando percebeu seu vestido foi arremessado longe junto de suas peças intimas, nua. Ela estava nua.

Não demorou muito para um deles a penetrar sem piedade, as estocadas ficavam cada vez mais rápidas e fortes, ela iria chegar no ápice tão rápido quanto a luz. A jogaram no chão, a penetrando por trás, enquanto era masturbada por um dos homens com o dedo. O outro ficava na sua frente a forçando a colocar o seu membro na boca. Seus seios estavam dormente de tanto serem massageados, tinha marcas de sangue pelo chão.

Marcas roxas pelo seu corpo. Nem se deram o trabalho de vestir a loira, seus cachos tão lindos estavam desmanchados, sua bochecha estava cortada, pois tentou fugir. Uma tentativa que foi recompensada por um soco na cara, o homem que a fez praticamente engolir seu membro havia gozado na sua boca. Então descia um liquido pela boca dela, que passava pelo pescoço, e escorregava pelos seios.

Sua bolsa, seu vestido, seu salto. Ela apenas estava adormecida, os homens acharam até que ela estava morta. A neve caia se entrelaçando com os fios do seu cabelo. Em meio a madrugada, despertou, seus olhos. Um vazio se encontrava, ali. Jamais seria preenchido. Se levantou com dificuldades, e caminhou em meio as ruas congeladas. Deixou tudo para trás.

Se arrastou, até o hospital foi o seu limite. Desmaiou, pelo panico que cresceu, seu rosto estava inchado não pelo soco, mais sim por tanto chorar. Já nos degraus do hospital, rolou com facilidade a escada, batendo a cabeça, e desmaiando. O panico e o choro não ajudaram. Ela simplesmente sentiu umas mãos frias, passarem por baixo da sua perna, e a outra pelo seu pescoço. Sua visão já estava embaçada, mais sabia que havia adentrado o hospital.

Mais quem a carregava?

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