They Don't Know About Us escrita por Any Louze


Capítulo 1
Precipitado e Certo


Notas iniciais do capítulo

Oi sejam todos bem-vindos a minha primeira fic Hiccstrid...
Espero que vcs gostem.
Vejo vc lá em baixo



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Estava sentado olhando para o mar perdido em pensamentos. Hoje era a nossa última noite no Domínio do Dragão. Amanhã retornaríamos a Berk, não havia mais nenhuma ameaça a ser contida. Dagur havia morrido ou sido morto ninguém sabe ao certo. O importante era que os Berserkers não iriam incomodar por um tempo.

Escuto passos e sinto alguém se sentando ao meu lado, não preciso me virar para saber que é ela. Ela suspira pesadamente e encara o mar. Ela também estava perdida em pensamentos, os mesmos pensamentos que eu. Ela sabia o que eu estava pensando e o que estava me afligindo, ou melhor, nos afligindo.

Ficamos em silêncio por um tempo, palavras não eram necessárias, ou talvez fossem embora não ajudassem. Estávamos com medo de falar alguma coisa e ter um choque de realidade, pois estávamos vivendo uma fantasia. Uma linda fantasia. Após ponderar um pouco ela dá sinal de que vai falar não me surpreendo afinal ela sempre se demonstrou mais corajosa que eu

– Soluço amanhã nós voltaremos para Berk

Eu apenas assinto, ainda não havia criado coragem para falar nada.

– Alguma ideia de como vamos agir?

Ela pergunta na esperança de que eu fale alguma coisa, mas eu ainda estava travado e apenas nego com a cabeça.

– Soluço fale alguma coisa!

Ela fala segurando meu queixo e virando minha cabeça fazendo com que eu encare seus lindos olhos turquesa

– Não há o que falar

– É claro que há. Há muito que falar. Como vamos contar para os meus pais? Para o seu?

Ela falava nervosa ainda me encarando

– Eu não sei

Eu respondo e espero encontrar a decepção em seu olhar, entretanto eu encontro a compreensão. Ela sabia pelo que eu estava passando, pois ela também estava na mesma situação. Respiro profundamente e falo com a voz mais calma possível

– Acho que não teremos grandes problemas com meu pai. Ele irá discutir e argumentar que somos muito novos, mas com o tempo ele irá entender.

Eu falo e Astrid apoia a cabeça em meu ombro

– E os meus pais? Você acha que eles irão aceitar?

Rio do seu comentário ingênuo e inocente, fazendo com que ela saia do meu ombro e olhe para mim.

– Do que está rindo?

Ela fala claramente com raiva

– Sua pergunta Milady tem uma resposta simples, embora não seja a quê queiramos.

– E qual seria senhor Strondus?

– Seus pais não aceitariam isso

– E por que não se é o que eu desejo?

– Você aceitaria isso

Eu falo apontando para eu todo

– Para sua filha?

Ela hesita e isso faz com que eu tenha a resposta. Eu sabia que ela me amava, não tinha dúvidas disso, mas sua hesitação me magoa.

– Eles irão dizer que é precipitado e que somos muito jovens

Eu falo calmamente

– Foi precipitado, mas por ter sido precipitado não que dizer que não seja certo.

Astrid fala olhando em meus olhos e eu a beijo. O beijo tem um gosto de despedida. Não sabíamos o que o futuro guardava para nós. Ela termina o beijo e me olha com profundidade

– Aquele dia foi o melhor dia da minha vida. Não importa o que os nossos pais achem

Ela fala e se aconchega em meu colo. Fico sorrindo como um bobo apaixonado e começo a relembrar aquele dia maravilhoso e sinto que ela também o faz.

Flashback On

Era um dia quente no Domínio do Dragão, diferentemente de Berk aqui o verão era algo realmente aconchegante.

Eu havia planejado um encontro com Astrid. A princípio era um encontro como qualquer outro, nada de extraordinário. Fui procurar por ela e encontrei-a no estábulo soltando Tempestade

– Bom dia Milady

– Bom dia Soluço

Ela fala corando. Adorava saber que eu podia causar essa sensação nela, de sentir-se envergonhada.

– Gostaria de saber se você quer dar um passeio comigo hoje. Está tudo calmo por aqui

– Claro

Ela fala e vem em minha direção me dando um beijo delicado, apenas um leve roçar de lábios. Ela se afasta e sai do estábulo procurando por Banguela, antes de segui-la eu abro um dos bolsos de minha armadura e verifico se o anel estava lá. Vejo o anel e logo fecho o bolso, eu não iria usa-lo agora, mas gostava de tê-lo sempre comigo.

– Desistiu do passeio?

Astrid grita do lado de fora

– Nunca Milady

Eu falo saindo do estábulo e indo até o Banguela. Eu monto e ela senta-se logo atrás de mim envolvendo minha cintura com seus braços e apoiando a cabeça em meu ombro

– Pronta?

– Pronta

– Vamos subir amigão

Eu falo fazendo carinho em Banguela que logo começa a subir até as nuvens. Ficamos voando apenas aproveitando a companhia um do outro. Assim que avistamos uma ilha eu pedi para que Banguela aterrissasse. Quando começamos a descer Astrid ficou curiosa e tirou a cabeça de meu ombro começando a olhar os arredores.

Pousamos na ilha e demos uma olhada nos certificando que era segura. Aparentemente não encontramos nenhum perigo. Peguei algumas frutas e uma toalha que eu havia trazido. Coloquei a toalha no chão e as frutas sobre a toalha, me sentei com as pernas aberta e Astrid sentou-se em meu colo, eu a envolvi e ficamos aproveitando a presença um do outro observando o vasto oceano a nossa frente.

Ficamos em silêncio por um bom tempo, um silêncio reconfortante. Astrid decide quebrar o silêncio se virando para mim sorrindo. Eu lhe retribuo o sorriso e ela me beija, um beijo calmo e doce como todos os nossos beijos. Ela olha para mim e parecia tomar coragem para falar alguma coisa. Quando ela abriu a boca para falar eu comecei a ficar tonto e de repente tudo ficou escuro.

– Soluço, acorda

Eu escutava uma voz que parecia muito longe

– Soluço, por favor, não me deixe.

Sinto alguém tocar na minha mão e sinto uma respiração. Acho que é Banguela

– Soluço, por favor, não me deixe. Eu não... Eu não consigo mais viver sem você

A voz falou e parecia desesperada. Eu tentava com todas as minhas forças acordar, abrir os olhos, mas eu não conseguia. O que havia acontecido comigo?

– Soluço, por favor, acorda... Eu...

Escuto a voz fungar, parecia que estava chorando.

–... Eu te amo!

Sinto meu coração bater acelerado em meu peito e faço um esforço ainda maior para acordar

– Banguela o que nós vamos fazer?

Continuo lutando para sair da escuridão e começo aos poucos sentir melhor meu corpo. Sinto que tem alguém, provavelmente Astrid, deitada sob meu abdômen chorando copiosamente. Luto mais um pouco contra a escuridão e finalmente consigo abrir meus olhos. Vejo Banguela cabisbaixo tentando me acordar e Astrid deitada sobre mim chorando

– Astrid

Eu falo baixo e com a voz seca, mas é o suficiente para ela e Banguela levantarem a cabeça e me verem de olhos abertos, ambos se animam.

– Soluço eu achei que fosse te perder.

Ela fala me abraçando.

– Jamais Milady

Eu falo e tento me sentar e fico tonto novamente, mas Banguela rapidamente vem por trás de mim e me apoia.

– Obrigada amigão

Ele se deita fazendo de seu corpo um encosto para as minhas costas

– E a propósito Milady

Eu falo puxando-a mais para perto olhando em seus olhos

– Eu também te amo

Seus olhos se arregalam vejo surpresa e felicidade em seu olhar

–Você ouviu!

– Sim eu ouvi

Ela ia falar alguma coisa, mas eu fiquei tonto novamente.

– Soluço o que está acontecendo? Por que você está assim?

Ela fala aflita. Abro a boca para dizer que não sabia quando meu estômago faz um barulho alto me deixando constrangido, entendo na hora o que está acontecendo.

– Deve ser fome. Não comi nada desde o almoço de ontem

– Como você pode fazer uma coisa dessas!

Ela fala indignada

– Fiquei muito envolvido com o Olho Do Dragão

Astrid revira os olhos

– Só não te dou um soco no ombro porque tenho medo que você desmaie de novo

Ela cora enquanto fala

– Coma algumas frutas

Ela fala, ou melhor, ordena me dando uma maçã.

– Banguela você poderia pescar uns peixes para o Soluço?

Meu dragão assente feliz por poder ajudar. Ele se aproxima de mim e eu travo seu leme e ele logo voa para o mar

– Você deve comer também

Eu falo oferecendo-lhe uma maçã

– Depois eu como

– Não você vai comer agora, porque como você não consegue mais viver sem mim eu não consigo mais viver sem você.

Eu falo ainda com a maçã na mão. A fruta na realidade foi só uma desculpa para eu poder falar essas palavras. Vejo seus olhos se encherem de lágrimas e ela se aproxima ficamos com as testas coladas, mas com os olhos abertos, azul no verde. Ela então sussurra

– Eu te amo Soluço Spantosicus Strondus III

– E eu te amo Astrid Hofferson

Ela aproxima nossos lábios e começa o beijo. E naquele momento eu soube que era com ela que eu queria passar o resto da minha vida, naquele momento eu soube que eu finalmente pegaria aquele anel.

Infelizmente durante o beijo eu fico tonto novamente.

– Depois que você comer nós falamos sobre isso

Ela fala rindo enquanto eu como a maçã. Alguns minutos depois Banguela chega com a boca cheia de peixes. Astrid agradece fazendo carinho em sua cabeça. Banguela joga os peixes na toalha e solta um fogo baixo por cima deles para assa-los. Depois de terminar seu trabalho ele volta a se deitar ao meu lado para que eu possa me apoiar

– Valeu amigão

Eu falo acariciando sua cabeça e ele me lança um sorriso banguela.

– Coma um

Astrid fala estendendo um peixe para mim. Sem nem discutir eu pego o peixe de sua mão e começo a comer, eu estava realmente faminto.

Depois de certificar-se de que eu estava bem e havia comido o suficiente Astrid pede para voltarmos para casa, eu assinto e subimos no Banguela.

Estava um pôr-do-sol magnífico e eu decidi que a hora para fazer o que eu queria era perfeita. Travei o leme do Banguela e pedi para Astrid me soltar, ela o faz meio desconfiada. Respiro fundo e me viro cuidadosamente para ficar frente a frente com ela.

– Astrid. Eu preciso falar algo muito importante

Ela assente e eu continuo

– Um dia quando eu tinha 10 anos meu pai me deu um anel. Ele disse que aquele anel estava na família a gerações, era um anel muito importante, um anel que só deveria ser presenteado para a pessoa mais especial em minha vida. Meu pai começou a fazer um discurso dizendo que um dia eu iria encontrar o amor e iria sentir que esse anel deveria ser usado.

Respirei fundo e continuei falando olhando fundo em seus olhos azuis que estavam lacrimejando.

– Hoje enquanto eu estava desmaiado ouvi o seu desespero por me perder. Se algo acontecesse contigo eu também ficaria assim, talvez pior. Então hoje eu senti que o anel deveria ser usado.

Pego o anel em um dos meus bolsos da armadura e volto a encarar seus olhos que já estavam com lágrimas caindo.

– Astrid Hofferson, apesar de sermos jovens não creio que seja precipitado. Você aceitaria se casar comigo e se tornar minha esposa, minha companheira?

Ela começa a chorar ainda mais e tenta encontrar as palavras certas

– Soluço eu nem sei o que dizer. Jamais imaginei que você iria querer algo assim comigo.

Ela respira fundo, estou ficando nervoso acho que ela irá me rejeitar.

– Sim e claro que eu aceito me casar contigo

Ela fala e se joga em meus braços. Abraço-a e levanto sua cabeça delicadamente para que possamos olhar um nos olhos do outro e a beijo. Um beijo cheio de paixão. Separamos-nos e coloco o anel em seu dedo. Pareceu que ali sempre foi o seu lugar. Dou-lhe um breve selinho e me viro tomando controle do Banguela novamente e já conseguindo avistar a ilha.

Aterrissamos e logo Melequento e os Gêmeos vêm em nossa direção. Provavelmente haviam se metido em outra confusão. Astrid segura minha mão enquanto eles se aproximam e olha levemente para baixo, para seu anel e entendo o que ela quer dizer "será que eles irão notar algo?". Sem saber o que responder apenas dou de ombros e aguardo os três arranjadores de encrenca se aproximarem

– O que foi desta vez?

Eu pergunto já com pouca paciência

– Soluço você pode explicar para esses dois idiotas que o nome da ilha não é mais Thorstonton

– É qual é então?

Cabeça-Quente pergunta

– Eu não sei mais não é esse nome idiota Thornstonto-son-ston... Que seja

– É sim. Ninguém deu outro nome. Ou deram?

Cabeça-Dura pergunta para a irmã

– Deram outro nome para a ilha e não nos avisaram?

E a discussão continuou, peguei na mão de Astrid e sai de fininho. Assim que fugimos da discussão fomos para a sala onde estava o Olho Do Dragão. Estávamos rindo e com cara de bobos apaixonados e sem querer batemos de frente com Perna De Peixe

– Oi Soluço, oi Astrid. Como foi o passeio?

– Foi ótimo

Astrid falou entusiasmada e eu apenas assenti com um largo sorriso. Perna olha de relance para nossas mãos unidas e vê o anel no dedo de Astrid. Seu semblante muda para desconfiança, mas ele logo disfarça e segue seu caminho.

– Será que ele percebeu?

– É provável que sim, afinal ele é muito astuto, mas duvido que ele fale sobre isso.

Eu falo tentando acalma-la e da certo. Continuamos de mãos dadas e só soltamos quando eu começo a trabalhar novamente no Olho Do Dragão

Flashback Off

Assim que saio de minhas lembranças vejo minha loirinha me encarando

– Você estava lembrando-se não estava?

– Estava

Ela sorri e me abraça e, ainda envolta em meus braços, pergunta.

– Você realmente acha que meus pais não te aceitariam?

– Acho. Afinal eu sou uma espinha de peixe

– Sim, mas é a espinha de peixe que mudou Berk.

Ela fala agora olhando em meus olhos

– Eu não sei Astrid, eu não tenho o porte viking que todo pai sonha para a sua filha.

– Mas não é o meu pai que tem que se apaixonar por você, sou eu. E essa tarefa já foi concluída

Ela fala e acaricia meu rosto

– Fico feliz em ouvir isso. Espero que possamos convencer nossos pais disso

– Nós iremos

Assinto e olho para a lua. Vejo que já esta tarde

– Venha vamos dormir, temos que ir cedo para Berk.

– Então vamos

Levo-a até seu quarto e me despeço com um beijo em sua testa. Caminho sozinho até meu quarto onde Banguela já me aguarda. Faço um carinho e lhe desejo boa noite. Tento dormir, mas não consigo. Só consigo pensar no que faremos amanha.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram???
Devo continuar??