Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 19
Thoughts.


Notas iniciais do capítulo

Pra começar, meu computador tinha quebrado - de novo - por isso não atualizei antes.
O capítulo á seguir é só para marcar a minha volta, em menos de 1 semana o próximo virá, e eu prometo que vai valer á pena toda a espera. Amo vocês, obrigada pela compreensão.



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NARRAÇÃO: Edward Cullen.

Eu já tinha planejado a nossa noite. Seria calma, nós dois indo juntos á um jantar pela primeira vez, e namorados ainda por cima! Chegaríamos na hora certa, para não estressar Charlie, e eu dormiria em paz, apenas pensando em como a minha noite fora incrível. Mas é claro que eu não tinha pensado em todos os adicionais, afinal era Isabella ali, nada com ela é comum. Á começar por ela mesma. Não pode ser comum alguém ser tão linda assim.

Ela está sempre linda, é claro, mas ela estava especialmente adorável naquele vestido simples e florido. Tão inocente e encantadora como só ela consegue ser, eu me vi mais uma vez perdido pela beleza que ela tem. Cada pequeno centímetro dela é tão maravilhoso, não importa o que ela vista. Mas logo tratei de parar de pensar sobre isso, pois a um tempo venho tendo problemas em me controlar. A cada beijo fica mais complicado, e eu preciso de muito autocontrole para parar de pensar em como ela seria por debaixo de tantos centímetros de tecido. Mas ela não merece esse tipo de pensamento, ela merece que eu seja gentil. Então eu deixo de lado todo esse instinto primitivo e me deixo curtir.

Mas eu não fui o único que notei o quanto estava estava incrível naqueles trajes. Aparentemente toda a raça masculina que vive em Chicago estava prestando atenção em cada movimento dela, adorando e cobiçando o que é meu, e isso me deixou irritado. Sei que eu não devo ficar irritado por os outros machos terem bom gosto, mas odeio pensar que os mesmos pensamentos que eu tenho, talvez eles tenham, e se eu já odeio esses pensamentos em mim, odeio mais ainda na cabeça desses abutres.

— Algum problema?- Ela perguntou, me analisando. Eu devia estar com uma expressão péssima para que ela percebesse, então eu fiz uma careta.

— Sim, está. Eu não tinha percebido que o nosso horário não era meu único motivo de preocupação essa noite.- Eu disse, ela pareceu não acreditar no que eu dizia. Como ela pode duvidar de sua beleza descomunal?

— E quais seriam as outras preocupações?- Ela perguntou, eu balancei a cabeça. Ela não percebia!

— Você devia se ver com mais clareza, você é a criatura mais linda criada por Deus nessa terra, e eu não sou o único que penso isso, aparentemente o rapaz da recepção concorda comigo.- Eu dei de ombros, e antes que ela pudesse responder, o nosso garçom se aproximou com o nosso cardápio. Eu vi a aliança em seu dedo, e relaxei, não me importando com o sorriso gentil que ele nos dava. Ele estava fazendo o seu trabalho, diferente do rapaz anterior, que tinha um sorriso presunçoso nos lábios e estava claramente babando pela minha garota.- O que você vai querer?- Perguntei á Bella, que escolheu o primeiro prato, nos livrando do garçom gentil.

Ela começou á dizer que me achava insano por acreditar que os rapazes estavam olhando para ela porque ela era bonita. Ela claramente não se achava digna de elogios, o que me deixou nervoso. Como eu a faria acreditar que era mesmo a mulher mais linda dos 4 cantos do universo? Antes dela nunca houve ninguém, e depois dela não haverá.

— Eu não estou exagerando, Bella. Mas, se você lida com isso melhor fingindo que estou, tudo bem. Me pergunto como você pôde ficar sozinha tanto tempo na Inglaterra.- Eu realmente me perguntava. Além de linda, ela também era gentil e amigável, não era possível que ninguém tivesse se interessado por ela antes. Será que ela tinha dito não á todos eles? Será que eu tinha sido o único á quem ela disse sim? Ela balançou a cabeça.

— Você já foi á Inglaterra, sabe como as garotas de lá são maravilhosas.- Ela disse. E eu quem sou o insano? Ela acha mesmo que aquelas meninas vulgares são mais bonitas do que ela? Santo Deus!

— E, no entanto, nunca encontrei ninguém com quem eu quisesse ficar para sempre. Tenho certeza que se nos encontrássemos na Inglaterra, eu continuaria só tendo olhos para você.- Eu disse, vendo-a ficar vermelha, exatamente como eu adorava.- Você fica ainda mais bonita quando está corada, sabia?

Ela desconversou, falando sobre a demora do nosso garçom com o pedido, eu devaneei e olhei ao redor, procurando-o, mas achei outra coisa, uma garota que eu conheci á um tempo atrás. Ela se chamava Lydia Martin, tinha belos e grandes olhos verdes, cabelos longos loiros. Meu pai me apresentou á ela quando voltei da Inglaterra, no inicio da minha obsessão por me tornar um soldado do exército americano. O objetivo era que eu a conhecesse e tirasse essa ideia da cabeça, ela foi a primeira de muitas que eu fui obrigado á conhecer.

Apesar de estar bem vestida e aparentar ser um anjo, ela não era nada do que fingia ser. Ela era filha de uma viúva, seu pai tinha sido um grande homem á anos atrás, mas quando morreu eles descobriram que ele estava falido, eles tiveram que leiloar tudo o que tinha, e Lydia teve que começar a sua carreira na noite. Eu não soube isso no começo, é claro que eu demorei um pouco para saber, e só descobri porque meu pai insistia que eu devia conhecer casas de mulheres da noite, então eu fui uma vez e a vi. Ela não me reconheceu, estava alcoolizada, provavelmente era assim que ela fazia para se sentir menos podre após o que fazia. Ela tentou me seduzir, mas eu fui embora antes que eu a denunciasse. Nunca mais a vi desde então, apenas disse á papai que ela era muito diferente de mim, e ele nunca mais tocou no assunto.

— Você a conhece?- Bella perguntou no exato momento em que Lydia sorriu para mim, eu desviei meu olhar para minha garota.

— Adoraria dizer que não.- Eu disse, incomodado. Lembrar daquela garota bonita naquele lugar era desolador. Ela não precisava daquilo, e com certeza a sua vida seria arruinada se descobrissem, nenhum homem ia querer casar-se com ela sabendo de sua vida, ela estava acabada.

— Más lembranças?- Ela perguntou.

— Nada que vale á pena ser lembrado agora. Veja só, aí vem nosso jantar!- Desconversei, agradecendo ao garçom quando ele nos desejou um bom apetite, e me virando para Bella.- Parece estar maravilhoso.- Comentei, analisando o prato. Eu não estava mesmo com fome, mas estava curioso para saber o gosto, e estava maravilhoso!

— Sei que não gosta de álcool, não é minha bebida favorita também, mas nós nunca comemoramos nosso relacionamento á sós, imagino que esse seja um bom momento.- Eu disse depois de encher duas taças de champanhe e ela erguer uma sobrancelha para mim. Ela sorriu e pegou sua taça.- Ao nosso namoro e futuro casamento.- Será que ela ouviu o meu pedido na voz? Bem, não sei, mas ela ficou vermelha, e já era motivo para que eu sorrisse.

— Ao nosso namoro e futuro casamento.- Ela sussurrou baixinho, mas eu consegui ouvir, e fiquei feliz por ela pensar em um futuro para nós dois também. Tocamos nossas taças, e depois de ter bebido um gole do que estava ali e sentir a queimação na garganta, que por sinal era muito boa, eu olhei para ela e respirei fundo.

— Eu amo você.- Eu disse, sorrindo para ela. Era como se eu não falasse isso á séculos, meus lábios sentiram falta de pronunciar tais verdades. E, é claro, ela corou.

— Tirou o dia para me deixar constrangida, Sr. Masen?- Ela perguntou, olhando para o prato de comida. Eu apenas dei de ombros.

— Para ser sincero, eu tiro o dia para qualquer coisa com você.- Eu disse, terminando de comer.

Eu não estava completamente satisfeito quando terminei o jantar, mas eu queria comer algo doce agora, então eu pedi sobremesa. A torta de morango estava deliciosa, e ela pareceu gostar da minha escolha.

— Ainda temos tempo, quer ir para outro lugar?- Perguntei quando terminamos tudo e o garçom veio buscar nossos pratos. Ela concordou com a cabeça com rapidez, e eu paguei nosso jantar, para enfim sairmos juntos do restaurante. Dei uma última olhada para Lydia antes de sair, ela estava acompanhada de um rapaz, deve ser mais um como eu. Torci para que dessa vez desse certo, se ela conseguisse se casar com alguém pelo menos ela não precisaria continuar se prostituindo. Torci para que ele nunca descobrisse nada, também, odiaria vê-la pior do que já é.- Onde gostaria de ir agora?- Perguntei, querendo parar de pensar naquilo.

— Eu não sei, não saio muito, eu esperava que você soubesse todos os bons lugares para ir.- Ela deu de ombros, eu pensei um pouco em todas as coisas que eu já quis fazer com ela, e dei a volta, ficando na sua frente, mais animado do que eu esperava.- O que foi?

— Você já foi á um cinema?- Perguntei, ela arregalou os olhos.

— Nunca! Tem um cinema aqui em Chicago?- Ela perguntou, ficando animada também. Concordei com a cabeça, não era muito movimentado, mas ele ainda existia afinal de contas. Peguei seu braço e a guiei na direção do cinema, que ficava perto dali. Fazia muito tempo que eu não ia ao cinema.

— Papai me levou ao cinema antes de a guerra começar, ele me disse que não havia no mundo nada mais mágico do que isso, e eu prometi á mim mesmo que eu levaria todas as pessoas que eu amasse para ele. Não acredito que demorei tanto para trazê-la aqui.- Eu disse. Como eu não tinha pensado nisso antes? Parei na frente do lugar, com um sorriso enorme.- Vamos?

— Claro!- Ela estava radiante também, então eu não me procurei em parecer bobo. Comprei nossas entradas e sorri para ela, mostrando os pedacinhos de papel.

— Você é muito fofo.- Ela disse, erguendo a mão e apertando a minha bochecha. Eu estava tão feliz que apenas me aproximei e dei um beijo nela. Ali mesmo, na frente de todos. Não era comum fazermos isso, e eu quando eu me afastei eu tinha um outro tipo de sorriso nos lábios. Eu tinha adorado fazer isso em público.

— Eu realmente amo você.- Eu disse mais uma vez, ela ficou vermelha e segurou a minha mão, me puxando para as portas.

— Vamos assistir meu primeiro filme!- Ela disse, ainda vermelha. Eu sorri e nós entramos.

Não era um filme interessante, mas era incrível a forma como as fotografias estavam se movendo, era realmente mágico, como papai falou. Os olhos dela brilhavam, ela estava sorrindo como uma criança, eu a admirava com paixão. Ela era mesmo a mais lindas das criaturas, cada momento que se passava eu tinha menos dúvidas disso. E eu a amava. Amava como nunca amei nada nem ninguém no mundo, definitivamente esse momento tinha que acontecer, eu tinha que tê-la encontrado. E aqui estamos nós! Só percebi que o filme tinha acabado quando ela se virou para mim, me flagrando olhando-a. Ela sorriu e se aproximou, me dando um breve beijinho.

— Obrigada por ter me trazido, eu amo você.- Meu coração sempre acelerava quando ela dizia isso, como se fosse a primeira vez. Eu concordei com a cabeça e segurei a sua mão. Saímos de mãos dadas do cinema, estava escuro na rua e eu percebi que não tinham tantas pessoas quanto antes, o que significava que estava tarde. Olhei no relógio e suspirei.

— São quase oito e meia. Temos pouco tempo.- Eu disse, abrindo a porta do automóvel para ela, que entrou rapidamente. Quando eu me sentei ao seu lado ela suspirou.

— Vou vê-lo amanhã?- Ela perguntou, eu fiz uma careta.

— Receio que não. Mamãe vai receber alguns primos do sul amanhã, e eu vou ter que ficar lá e ser gentil, é claro.- Eu disse, dando a partida. Ela sorriu.

— O que não vai ser muito difícil, imagino.- Eu fiz uma careta.

— Pra ser sincero, vai sim. Eles são bem irritantes quando querem, e eles sempre querem. Aposto que vão fazer muitas perguntas sem pé e nem cabeça, só para me deixar constrangido.- Eu disse, fazendo uma careta. Ainda não tinha me preparado psicologicamente para as perguntas sobre garotas que fariam, e eu sabia que acabariam falando de Isabella. Seria um péssimo dia, com certeza.

— Vai sair tudo bem, tenho certeza que na próxima semana você vai me contar sobre como foi divertido.- Ela disse, colocando a mão no meu ombro e massageando para me acalmar. Eu balancei a cabeça, suspirando.

— Serão muitos dias até lá. Será que eu vou mesmo aguentar?- Eu fiz bico, isso não era do meu feitio, mas eu adorava ver a forma como ela me mimava de vez em quando. Ela sorriu, se aproximando e colocando a cabeça no meu ombro. Eu relaxei meu corpo, e ela também.

— Precisa aguentar.- Ela disse baixinho. Ela devia estar com sono, olhei no meu relogio de bolso rapidamente e faltavam poucos minutos para as nove, e a sua casa já estava perto. Ficamos em silêncio por um tempo, e quando parei o automóvel na frente de sua casa, ela não se mexeu.

— Bella?- Eu sussurrei, pensando que ela tivesse dormido. Ela resmungou alguma coisa e levantou a cabeça, olhando para mim. Eu sorri.- Foi uma ótima noite.

— Foi sim, obrigada.- Ela disse, sorrindo. Eu me aproximei e encostei nossos lábios. Quando eu ia me afastar, ela me segurou pelos ombros e não me deixou afastar, pelo contrário, ela separou nossos lábios, aprofundando o beijo. Eu suspirei, isso era muito bom.

Sentia os seus lábios macios roçarem nos meus enquanto nós nos beijávamos, e num momento de ousadia, eu timidamente toquei minha língua com a dela. Eu não estava preparado para o choque que isso ia causar na gente, mas de repente os pensamentos primitivos estavam de volta, e eu tive que me afastar. Ela me olhou vermelhíssima e eu sorri, acariciando seu rosto.

— Vem, vou te levar até a porta.- Eu disse, descendo do carro e indo até sua porta, tirando-a daquele lugar apertado. Ela desceu e eu a levei até a porta, antes que ela pensasse em abrir, o chefe Swan estava abrindo-a, com aquela expressão de quem tenta parecer durão, mas eu o conheço.- Pontuais?

— Sim, parabéns.- Ele disse, sorrindo para mim. Eu concordei com a cabeça, Bella entrou e ficou atrás dele. O chefe acenou para mim.- Obrigado por trazê-la em segurança, Edward.

— Não me perdoaria se algo acontecesse com ela, sr. Swan.- Eu disse, olhando para ela, que ficou vermelha.- Até o próximo sábado, Bella.- Eu disse, ela concordou com a cabeça. O chefe acenou e eu me virei, voltando para o automóvel. Charlie fechou a porta e eu fui embora.

Cheguei em casa rapidamente, mamãe ainda estava acordada. Ela nunca dormia antes de eu chegar, sorri para ela, que se levantou quando me viu e veio em minha direção com os braços estendidos.

— E então como foi a noite?- Ela perguntou depois de me soltar de seu abraço acolhedor. Eu sorri, colocando o braço ao redor de sua cintura enquanto subíamos juntos a escada.

— Maravilhoso, como qualquer coisa onde Isabella esteja presente.- Eu disse, não me importando em parecer bobo na frente dela. Mamãe sorriu.

— Ela é uma garota adorável, fico tão feliz em vê-lo dessa forma. Houve um tempo em que eu tinha perdido as esperanças que você fosse encontrar alguém com quem quisesse estar, mas graças a Deus ela apareceu. Não sei o que eu faria se ela não tivesse chegado.- Mamãe disse, eu suspirei.

— Nem eu.- Que vida medíocre eu teria. Mamãe parou na frente de seu quarto e deu um beijo na minha bochecha.

— Boa noite, querido.- Ela disse, entrando. Eu fui para o meu quarto, tirei os sapatos, a maior parte das roupas e me joguei na cama, dormindo rapidamente, exausto.

(...)


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