Escrito nas estrelas. escrita por hollandttinson


Capítulo 14
Reaction.


Notas iniciais do capítulo

Definitivamente a minha internet não quer que eu poste para vocês, porque faz 3 dias que tô tentando postar e não consigo. MAS, aqui estamos nós, postando um capítulo bem legalzinho, eu espero que vocês gostem de ler tanto quanto eu gostei de escrever. Bora lá!



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NARRAÇÃO: Isabella.
Minha semana começou bem, eu estava mais do que muito satisfeita por tudo o que aconteceu no fim de semana, e eu só conseguia pensar em ver Edward novamente, e sentir seus lábios nos meus novamente, completamente anestesiada pela existência dele na minha vida. Sorria para as pessoas como se eu fosse a criatura mais feliz do mundo, sem me importar muito quando mamãe ou papai me perguntavam se eu estava ficando lerda, eu estava tão feliz!
Mas, quando eu menos esperava, algo que antigamente me traria muita alegria aconteceu. Recebi a resposta de uma carta que eu não me lembrava de ter enviado, e meu coração bateu acelerado ao ler que eu tinha sido aceita naquela escola francesa. Sempre foi o meu sonho estudar lá, assim como todos aqueles outros sonhos onde eu era uma louca aventureira que não se importa em ter uma família esperando, pois não pretende casar e ter filhos. Meu sonho estava se realizando, porém na época errada. Tarde demais. Esse sonho não me pertence mais.
– Qual o problema, querida? Não foi o que você sempre quis?- Papai perguntou, percebendo a minha reação diante á carta. Eu engoli em seco, como dizer á eles que eu estava abandonando o meu sonho por causa de um rapaz que eu mal conheço? Balancei a cabeça.
– Sim, era o meu sonho.- Eu disse, colocando a mão na cabeça. No entanto, quais certezas eu tinha de que eu e Edward ficaríamos juntos? E quando ele perdesse o encanto inicial por mim? Eu teria perdido essa chance única!
– Então porque você não está feliz? Muitas meninas adorariam estar no seu lugar!- Mamãe falou feliz, balançando meus ombros. Eu balancei a cabeça, fazendo uma careta triste.
– Eu sei, mas... A França é muito longe.- Eu suspirei, abraçando meus próprios ombros, como se já pudesse sentir a solidão. Papai franziu o cenho, me olhando confuso.
– Desde quando distância é um problema para você? Você ficou 4 anos estudando na Inglaterra sem se preocupar com isso. Se o problema for eu e sua mãe, não pense nisso, nós vamos sobreviver.- Ele disse, colocando a mão no meu ombro e sorrindo. Me senti egoísta por não pensar neles, e apenas pensar em Edward. Mas o que posso fazer? Estou apaixonada.
– Eu já me acostumei com Chicago.- Eu disse, fazendo uma careta em seguida, que tipo de desculpa é essa? Mamãe revirou os olhos, parecendo compreender a situação, ela suspirou e balançou a cabeça, pegando a carta na minha mão e relendo. Papai revirou os olhos em indignação.
– Ora, se for esse o problema, não se preocupe também! Você é ótima em se adaptar aos lugares, vai se dar muito bem na França.- Papai disse, sorrindo, ainda tentando me incentivar. Eu balancei a cabeça.
– Eles falam uma língua diferente, eu não falo francês tão bem assim.- Mordi o lábio inferior, eu estava começando á ficar sem ideia do que falar. Papai crispou os lábios, tentando pensar em uma solução para isso.
– Quando você tem que enviar a resposta?- Papa perguntou, pegando a carta na mão de mamãe, que cruzou os braços, me avaliando de uma forma pouco gentil.
– Segunda.- Eu disse, suspirando. Eu teria tempo de conversar no fim de semana com Edward, pelo menos. Papai concordou com a cabeça.
– Vou pegar alguns livros de francês na biblioteca para você estudar em casa, não se preocupe.- Ele disse, levantando do sofá, dando um beijo na minha testa e na de mamãe, e em seguida saindo de casa para trabalhar. Olhei para mamãe em desespero, ela apenas balançou a cabeça, suspirando pesadamente.
– Não olhe para mim desta forma, sabe que eu a aconselharia á ficar com Edward e abandonar seus sonhos, porque foi isso o que eu fiz por seu pai.- Ela disse, levantando e desamassando a saia do vestido, levei as mãos á cabeça. Queria que fosse tão fácil assim.
– Eu sei que sim, sei que a senhora entende, mas me pergunto sobre todas as coisas que perderei se escolher por ele, e no final não ser a melhor opção.- Eu disse, balançando a cabeça. Mamãe deu de ombros.
– Só resta arriscar. Você pode ir para a França e se arrepender por não saber o que aconteceria se ficasse com ele, qual vida vocês teriam. E também pode encontrar outro alguém por lá, e acabar descobrindo que Edward não era o amor da sua vida, como você pensa que é. Ou você pode ficar e se arrepender por ter abandonado seus sonhos, se tornando alguém com sonhos frustrados.- Ela disse, eu bufei, irritada por ela não ter me dado nenhuma solução. Mamãe balançou a cabeça.- Só cabe á você, querida. Você já é adulta.
– Eu não quero ser mais adulta.- Eu falei, pegando uma almofada e afundando meu rosto nela, abafando a minha voz.
Papai cumpriu a sua promessa e me trouxe milhares de livros de francês, nem ao menos me deixou ajudar nos afazeres de casa, me dizendo que eu devia me focar nos meus estudos. Ele ainda não tinha percebido que o meu desânimo era por ter de deixar Edward, caso eu decidisse partir.
Ele estava tão animada, que a cada momento mais eu me sentia triste por enganá-lo, porque eu estava cada dia mais convicta de que ir para a França não era uma boa ideia, não sem Edward. Eu lia e relia aqueles livros e me perguntava o que eu estava fazendo, porque estava gastando meu tempo com aquilo, eu devia tirar as esperanças de papai, mas eu não conseguia olhar em seus olhos e dizer que eu não ia para a França porque eu estava completamente apaixonada por Edward Masen.
Quando amanheceu o dia de sábado, eu respirava com dificuldade em meio á tanta ansiedade de ver Edward. Qual seria a reação dele quando eu dissesse o que tinha acontecido? A reação dele provavelmente me faria aceitar ou não a proposta de ir para a França, então eu espero que ele simplesmente faça a coisa certa.
Mamãe foi até a feira e eu fiquei em casa arrumando-a, quando mamãe voltou ela me pediu ajuda na cozinha, e eu a ajudei. Era perto do almoço quando bateram na porta e eu fui atender, assustada em encontrar Edward na minha frente. Ele parecia ansioso, nervoso e, acima de tudo, irritado.
– Que história é essa que você vai para a França?- Ele perguntou, quase gritando comigo. Arregalei os olhos por causa do tom de voz, e porque ele sabia. Mas como?
– Eu...
– Você pretendia me contar quando?
– Hoje.- Eu respondi, olhando para trás, para saber porque mamãe não tinha aparecido ainda, mesmo depois de Edward ter dado um tapa na porta de madeira. Eu engoli em seco, olhando para ele assustada, enquanto ele parecia perceber o que estava fazendo, se acalmava e passava a mão no cabelo.- Você não quer entrar para conversar melhor?
– Você não pode ir para a França, Bella.- Ele disse, se virando e pegando as minhas mãos nas suas. Suas mão estavam tão frias que eu tremi, ele ignorou, me olhando nos olhos. Eu não iria para a França nem se quisesse, no entanto ainda estava mexida pela forma violenta como ele agiu. Seria sempre assim quando eu fizesse algo que não o agradasse?
– Edward, não é você quem escolhe isso.- Eu disse, suspirando. Ele crispou os lábios, fechando os olhos com força e respirando fundo. Eu fiquei agoniada pela sua agonia e suspirei.- Vamos para o jardim. Encontro você lá.- Eu disse, fechando a porta e indo para a cozinha avisar á mamãe que ia conversar com Edward, ela apenas deu de ombros, provavelmente tinha escutado toda a conversa e decidido não se meter.
Edward estava sentado no balanço de madeira, e quando me viu abaixou a cabeça, parecendo envergonhado. Suspirei e sentei ao seu lado, ele mal esperou que eu me sentisse confortável para falar.
– Me perdoe pela forma como eu falei com você á alguns minutos atrás, eu não queria ter sido rude, eu só... Não acredito.- Ele disse, balançando a cabeça, parecendo ainda mais nervoso do que antes, mas sua voz era baixa e calma, como eu costumava ouvir.
– Tudo bem, eu entendo.- Eu disse, apesar de não entender. Provavelmente ele fosse para longe eu simplesmente ia dizer que estava tudo bem, e chorar escondida no meu quarto, mas não faria um escândalo, pelo menos eu estou contando com isso.
– Você vai mesmo para a França? É tão longe de mim.- Ele resmungou, triste. Eu sorri, feliz por ele ter sido sincero e admitir que precisava me ter por perto.
– Ainda não sei. Não quero decepcionar papai, ele está tão ansioso, você precisa ver como ele fica feliz sempre que fala sobre o assunto. Além disso, era o meu sonho; mas isso era antes de você.- Eu dei de ombros. Ele sorriu, suspirando aliviado.
– Então eu posso te fazer ficar?- Ele perguntou. Mordi o lábio inferior.
– Mais ou menos.
– Como assim?- Ele estreitou os olhos.
– Não posso dizer ao meu pai que não vou para a França porque você pediu, ele vai enlouquecer, e provavelmente vai me mandar para a França á pulso. Bem, eu duvido que ele faça isso, mamãe não permitiria, mas ele ficaria muito irritado.- Eu disse. Edward mordeu o lábio inferior, eu suspirei. Era tão bonito ver a forma como o seu lábio ficava ainda mais rosado depois que ele o mordia, balancei a cabeça.- Mas tenho que entregar a resposta até segunda.
– É tempo suficiente para mim.- Ele deu de ombros, eu franzi o cenho.
– Tem certeza? Quero dizer, segunda é em dois dias.- Eu disse, fazendo uma careta. Ele balançou a cabeça.
– Eu só preciso que você me diga que não quer ir para a França, e que tudo o que eu fizer para que você fique valerá á pena, que eu não vou me arrepender depois.- Ele disse, segurando a minha mão. Eu suspirei.
– Não posso garantir isso.- Eu disse e ele deu de ombros.
– Eu posso.- Disse, se aproximando e me roubando um beijo rápido. Olhei para ele assustada, com os olhos arregalados, ele riu.- Bom dia.
– Você sempre deseja bom dia ás moças com um beijo?- Ergui uma sobrancelha. Ele balançou a cabeça, ainda com ar de riso.
– Não, mas acho que eu gostei da ideia, o que você acha?- Ele perguntou. Eu estreitei os olhos.
– Vejamos, quantas moças vivem em sua casa?- Perguntei. Ele riu.
– Minha mãe e minha babá, mas eu dou bom dia ás moças na rua também.- Ele disse, eu suspirei. A ideia de Edward beijar outros lábios era repugnante, no mínimo.
– Então é uma péssima ideia.- Eu disse, balançando a cabeça. Ele riu, revirando os olhos e se aproximando novamente, dessa vez me beijando com o meu consentimento. Eu estava tão feliz por sentir seus lábios nos meus novamente.
– Devemos parar de fazer isso.- Ele disse, se afastando de repente. Olhei para ele com o cenho franzido, confusa pela sua recusa. Edward ficou em pé, colocando as mãos nos bolsos e olhou para a porta da cozinha, eu ainda estava em choque.- Sua mãe está lá dentro?
– Sim, terminando de fazer o nosso almoço.- Eu disse, ficando em pé também, ainda sem saber como reagir. Edward olhou para mim, os olhos estreitos por causa do sol.
– Seu pai voltar para casa ás...?
– Provavelmente cinco da tarde, ele não tem tido muitos casos na delegacia.- Eu dei de ombros. Era verdade que a boa fase do país estava atrapalhando meu pai com seu trabalho, já que poucas pessoas ainda perdiam tempo roubando, eles podiam ter seu próprio dinheiro sem isso.
– Ele não vem para o almoço?- Ele me perguntou, confuso. Eu é quem estava confusa.
– Bem, ele vem, mas é tão rápido que só dá tempo de ele se alimentar, e logo está de volta á delegacia. Você tem algum crime para contar á ele?- Perguntei, preocupada com que quer que Edward tenha feito que ele precise falar primeiramente com papai, e que não tenha me contado. Ele deu de ombros.
– É tempo suficiente. Posso almoçar com vocês?- Ele perguntou, sorrindo para mim. Meu sorriso acelerou, e eu tive a impressão de que não importa quanto tempo passe, esse sorriso sempre vai me abalar. Inclinei a cabeça para o lado, admirando o seu sorriso torto. Ele percebeu minha demência e riu.- Não olhe para mim desta forma se não quiser que sua mãe nos pegue aos beijos novamente.
– Bem, isso não seria agradável, com certeza. Não tem noção do quanto eu tive que ouvir naquele dia.- Balancei a cabeça, mas para ser sincera eu ouvi coisas muito boas, e eu não me importaria de ser pega aos beijos com Edward novamente. Edward concordou com a cabeça, sério.
– Então não faça isso novamente, eu sinceramente quero que os seus pais me vejam com bons olhos agora, muito mais do que antes.- Edward disse, dando de ombros, eu ri e revirei os olhos.
– Porque você quer que eles se convençam de que a melhor escolha é abandonar uma escola renomada na França para ficar com você?- Eu ergui uma sobrancelha, duvidando disso, e duvidando sobre a minha coragem para fazê-lo. Mordi o lábio inferior, preocupada por ele perceber que eu não tinha certeza se queria escolher ele á escola. Edward balançou a cabeça.
– Não, eu duvido que quaisquer bons modos meus possam fazer o seu pai mudar de ideia, no entanto, uma certeza pode.- Ele deu de ombros. Franzi um cenho.
– Certeza de quê?- Perguntei enquanto ele ia na direção da porta da cozinha, ele colocou a mão na maçaneta e olhou para mim, o sorriso torto novamente nos lábios, meu coração mais uma vez acelerado. Respirei fundo enquanto ele falava.
– Certeza de que vale á pena deixar você ficar comigo.- Ele disse antes de abrir a porta da cozinha.
Mamãe se assustou quando viu alguém “desconhecido” em sua cozinha, mas logo sorriu para Edward e arrumou o cabelo com a mão. Eu mordi o lábio inferior, fechando a porta atrás de mim. A cozinha de Edward era completamente diferente da minha, quase me dava vergonha da minha. Quase.
– Ora, eu não estava esperando por você na minha humilde cozinha. Deseja um copo com água?- Mamãe perguntou, limpando as mãos em um pano e indo até a jarra d'água e enchendo um copo sem ouvir a resposta de Edward, que apenas deu de ombros, e como um cavalheiro, agradeceu.- Você costuma vir mais tarde, algum motivo para a pressa hoje?
– Para ser sincero, sim. Mamãe me disse que Isabella pretende ir para a França.- Edward disse, dando de ombros, e olhando para mamãe de forma serena. Mamãe pareceu ficar nervosa e me olhou ansiosa, pedindo ajuda. Apenas mordi o lábio inferior e fui para o fogão, terminando de cozinhar o frango, de costas para o que acontecia ao meu redor.
– Sim, eu disse á sua mãe esta manhã. Estamos muito felizes, Bella sempre quis ir para a França estudar mais. Você deve saber que é o sonho dela ganhar o mundo. No começo eu fiquei assustada, mas acabei me acostumando com o fato de que eu criei a minha filha para ganhar o mundo mesmo, não para ficar na barra da minha saia. Sei como é ruim ter uma mãe que não apoia as suas escolhas.- Mamãe disse, sua voz ainda parecia nervosa. Quis dizer que, na sua situação, ela escolheu papai ao seu sonho, mas achei melhor não.
– Então a senhora não ficaria irritada se ela decidisse não ir?- Edward perguntou, tão direto que me assustou, fazendo olhar para ele com os olhos arregalados. Ele sorriu para mim com inocência, enquanto mamãe suspirava.
– Eu não, nem tenho esse direito, querido. Mas ficaria muito irritada se ela se arrependesse no futuro, por ter tomado uma decisão precipitada.- Mamãe disse. Eu franzi o cenho, me perguntando se eu estava mesmo ouvindo isso da mulher que largou tudo, família, casa, futuro, para ir para uma cidade distante com um aspirante á policial.
– É sensato e compreensível.- Edward deu de ombros. Mamãe olhou para mim.
– Vá se lavar, já vamos servir o almoço.- Olhou novamente para Edward.- Fica para almoçar conosco, querido?
– Sim, se não for incomodar.- Ele disse, sorrindo. Como se alguém fosse se incomodar em ver esse sorriso o tempo todo.
Subi e me lavei, descendo o mais demorado possível, sem parecer exagerada. Quando desci papai já tinha chegado, ele e Edward conversavam animadamente no sofá, enquanto mamãe servia a mesa. Fui até ela ajudar, ela ficou em silêncio o tempo todo, o que era algo para se preocupar.
Mamãe chamou os dois para o almoço, e quando nos sentamos de forma estratégica para que Edward ficasse de frente para papai, eu comecei á tremer de nervoso. Sabia que provavelmente Edward falaria da minha viagem, e eu não quero nem ver qual vai ser a reação de papai.
(…)


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Notas finais do capítulo

Agora a coisa ficou séria! Quem sabe o que o Edward vai falar para os pais da Bella? (a pergunta certa devia ser quem não sabe né?) Tá meio na cara, mas eu quis parar esse capítulo nessa parte porque queria que o capítulo do pedido fosse narrado pelo Edward. Falta pouco para ele ser concluído, então a continuação da fanfic vai depender dos comentários fofos de vocês! Beijos e até mais!