Not too late escrita por Kae Barnes
Notas iniciais do capítulo
Bom, mais um capítulo em tão pouco tempo. Sugestões e comentários sobre os acontecimentos são sempre bem vindos.
Um estrondo. E mais outro. E outro. Steve acordou com o susto. Estava ofegante.
− O que foi isso?
− Howard inventando alguma coisa – Peggy disse calmamente, ainda de olhos fechados.
− Não, isso é coisa de explosão das coisas do Tony...
− Mesma família, mesmas manias – ela abriu um pouco os olhos – calma Steve.
Ele ainda estava desconfiado. Conhecia aquele barulho de algum lugar. Voltou a deitar-se, abraçando Peggy.
− Que porra é essa?!
− Vai ver agora quando ele souber disso.
Falavam alto do lado de fora do quarto de Peggy. Aquelas indelicadezas só podiam ser duas pessoas. Abriram a porta do quarto e duas figuras adentraram.
− Desculpe interromper Steve, não queria fazer isso a menos que precisasse – Natasha disse de forma calma.
− Saiam daqui! – Steve foi rápido em cobrir Peggy com o lençol.
− Er... Steve, cubra-se também – Natasha fez uma careta – enfim, te atualizando, são 2 da tarde, já deixamos o recado para o Visão. E se tiver ouvido a explosão foi só o Tony testando anular umas bombas de energia com seu escudo. E aliás, muito obrigada pela péssima noite de sono de ontem, não podiam ter feito menos barulho?
− De novo?! – Tony estava espantado – caramba em picolé.
− E o que traz os dois a invadirem meu quarto assim?
− O quarto é dela, não seu. E viemos porque seu querido Anthony aqui foi encontrado no bar tomando todas e acabou por falar o que não devia a gente que não entende nada. E eu gravei.
− Tony! Por que fez isso?
− Não tomei nada demais lá, foi só 1 cerveja!
− Cervejas de hoje são mais fracas do que as que você está acostumado, não poderia ter acontecido
− Quem te entregou a garrafa? – Peggy segurava o lençol para cobrir seu corpo, estava ficando lúcida aos poucos.
− Um cara bonito até, devia ter seus 35 anos. Tinho olhos muito verdes...
− Caras bonitos assim não acabam em bares – ela concluiu.
− Os olhos desse cara lembravam alguém? – Natasha pôs uma mão na testa, já entendendo o que tinha acontecido.
− Sim. Tenho certeza de já tê-los visto em algum canto. Mas não sei onde.
− A cerveja tinha cheiro forte? Lembra de já ter sentido?
− Sim! Parecia com aquele negócio envelhecido por 2000 anos que o Thor trouxe uma vez.
− Droga – Natasha resmungou.
− No que pensou? – Steve estava intrigado.
− Olhos muito verdes, aparência de 35, cheiro forte parecido com a bebida de Thor. Se Loki não estivesse morto poderia jurar que seria ele.
− Quem são eles? – Peggy estava confusa.
− Amigos – Steve respondeu de forma simples – segundo Thor, o Loki está morto.
− Mas quem mais poderia arranjar meios de voltar o tempo? Quem mais seria covarde o suficiente para mandar outro qualquer resolver os próprios problemas. Não sei se lembram, mas a energia que nos trouxe aqui, que Rumlow usou, parecia muito com a emitida pelo Tesseract.
− Devo concordar com a ruiva... – Tony dizia contrariado – e como Rumlow morreu, teria que dar um jeito de estragar toda a linha temporal de vez e por isso me deu... aquilo.
− Não faço a mínima do que falam, mas olhando a situação por cima, se alguém fez isso, faria muito sentido. Concordo com ela, Steve – Peggy mexia a cabeça positivamente.
− E por favor, se vistam! – Tony pigarreou – tudo bem, ela pode ficar assim, mas sinceramente sorvetinho, você está queimando minha vista.
− Faça favor de sair do quarto então – Steve tinha os lábios em uma linha reta.
Tony e Natasha sorriram de forma culpada e logo se retiraram. Steve respirou fundo e olhou para Peggy, esta estava segurando-se para não rir da situação.
− Qual a graça? – ele cruzou os braços.
− “Está queimando minha vista” eita... sorvetinho, pelo visto não é tão agradável assim.
− Até você com isso – ele resmungou – pensei que fosse a exceção.
− E essa cara amarrada – ela tocou no rosto do loiro – assim fica bem menos atraente.
− Pensei que pelo menos aqui isso acabaria... – ele foi interrompido por um selinho dado por ela.
− Acho que você é um ícone tão admirável que nunca vão parar de pegar no teu pé.
− Isso é uma droga.
− Essa a graça. Você supera.
Ele franziu o cenho. Ela deu de ombros e levantou, indo se arrumar. Os dois estando devidamente vestidos, desceram e encontraram um Howard sujo de fuligem, provavelmente de algo que explodiu, um Tony tentando pegar algo da mão de Natasha e Natasha desvencilhando-se facilmente das tentativas de Tony.
− O que aconteceu aqui?
− Ela não quer apagar o vídeo dele bêbado – Howard disse despreocupado.
− Ele já ficou bêbado antes, qual o problema?
− Se for mesmo de Asgard, o que acho que seja, tem uns efeitos legais nele – ela piscou o olho esquerdo – fala muita merda. Até começou a dançar que nem o Michael Jackson dizendo ser o Mick Jagger.
− É humilhante! Ainda bem que aqui ninguém tem nada de comunicação global facilitada.
− Deixe-me ver – Steve pediu, ela passou o aparelho e ele começou a assistir. Em poucos segundos logo começou a rir.
Devolveu o aparelho a Natasha e já estava aos risos. Pôs a mão na barriga e teve de se sentar no sofá, ao mesmo tempo que se contorcia de rir. Peggy pegou o telefone e começou a assistir, maravilhada com aquele tipo de tecnologia e ao mesmo tempo sentindo vergonha alheia. Logo estava rindo junto de Steve.
− Viu? É viral – Tony resmungava – se tu posta isso...
− O que? Vai atrás de mim com essa tua armadura enferrujada?
Ele ia responder algo, mas preferiu ficar calado. Estava de cara fechada e braços cruzados como uma criança birrenta.
− Eu estou com fome – Steve pronunciou – e vocês já devem ter almoçado – todos concordaram com a cabeça.
− A gente pode fazer alguma coisa simples – Peggy sugeriu – um sanduíche bem recheado talvez...
− Sei bem que sanduíche ele gosta – Tony soltou, ainda emburrado.
− Ah sabe? Pois então vai lá e faz pra ele – a morena rebateu de forma irônica.
− Só nascendo de novo – ele levantou as mãos em forma de rendição.
Steve não tinha entendido nada, e vindo de Tony não fez questão de entender.
Dirigiram-se para a cozinha e fizeram sanduíches com suco de laranja. Comeram ali mesmo, não havia necessidade de sujar a sala novamente.
A campainha tocou. Jarvis foi atender e assustou-se ao abrir a porta. Era o agente Thompson da RCE.
− Bom dia, posso entrar? – Jarvis assentiu com a cabeça e o rapaz entrou – bom dia a todos.
Tony sorriu falsamente e Howard fez uma expressão neutra. Natasha o ignorou.
− Onde está a Peggy?
− Estou aqui – ela apareceu na porta da cozinha – o que está fazendo aqui Jack?
− Vim trazer uma notícia a todos vocês. Acho que não muito boa.
− Desembucha então criatura – Tony tinha tom de impaciência.
− Peggy Carter, você e seus amigos estão presos.
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