Not too late escrita por Kae Barnes


Capítulo 4
Capítulo 4 - A dança.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a quem comentou no capítulo passado, espero que este agrade.



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− Aonde ele foi? Não pode andar muito por aí ou vão notar que um cara muito parecido com o Capitão América anda rondando pelas ruas...

−Vai ver ele achou uma geladeira e foi se resfriar de novo – Tony.

− Nunca vai esquecer a vida de homem das neves que ele teve? – Natasha já estava cansada das piadas com o gelo sobre Steve.

− Calma Peggy, ele é um homem inteligente. Deve estar só se metendo em alguma briga de beco de novo – Howard estava indiferente à situação.

− Não se preocupe com o senhor Rogers, madame. Creio que estará por aqui a qualquer momento – Jarvis tentava tranquiliza-la.

− Me chame de Steve – Steve entrava pela porta da frente, notando que era o assunto – me sentiria mais à vontade sem que me tratassem pelo sobrenome.

− Por onde andou? Pensei até que tivesse realmente se metido em mais confusão – Peggy o repreendia com a voz.

− Estou bem, sério. Só queria tomar um banho agora, ainda estou cheio de graxa – ele olhou atravessado para Natasha, esta que apenas sorriu sem mostrar os dentes e voltou sua atenção para seu ferrão que por causa de Tony havia sido danificado.

− Seu quarto foi meio que destruído – Howard disse – Tony explodiu alguma coisa lá com a parafernália da sua amiga ruiva, vou chamar os pedreiros amanhã. Usa o da Peggy.

Ela olhou para Howard de forma incrédula.

− Ah qual é, até eu já usei seu quarto quando ainda morava naquele lugar que parecia mais um convento.

− Era um lugar só para mulheres, e você ainda agarrou todas as que moravam no mesmo corredor que eu – ela rebateu. Tony olhou para o pai de forma orgulhosa.

− Foi algo legal tá? Vai logo Steve, e aproveita e leva ela junto porque eu tenho certeza de que ela adoraria dividir o banheiro contigo – ele falou, tomando um gole de uma bebia qualquer logo em seguida.

Steve ficou sem jeito e ela olhava com certa raiva para o Stark mais velho. Tony e Natasha apenas observavam a situação, segurando o riso.

− Eu vou indo então – o loiro saiu da sala, ainda sem jeito.

− Eu devia explodir é a sua cara sabia? – Peggy disse assim que Steve se retirou.

− Ah, admita que ver o senhor certinho desse jeito é algo memorável – Natasha falou – e pelo visto você também ficou assim.

− Calada, isso é totalmente errado. Vocês são terríveis. O filho estranho do Howard é assim também?

− Bem pior – Natasha suspirou e Tony protestou em silencio – mas insuportável do mesmo jeito.

− Aliás, amanhã terá festa por aqui. Quero todos prontos às 8 em ponto pois teremos convidados...

− O que você fez?

− Chamei seus amigos da RCE, alguns outros meus, não será algo muito grande. Mas quero que seja memorável – ele sorriu – por isso estejam bem vestidos. Peggy você poderia ir com a ruiva comprar roupas de festa para ela, não acho que seria adequado numa festa assim a moça estar com camisa e calça masculinas... por mais que esteja muito atraente assim – a ultima parte ele falou em voz baixa mas todos puderam escutar.

− Pai, isso é assédio – Tony o repreendeu.

− Tudo bem, o que uma caridade pode fazer de ruim não é?

–--- no dia seguinte ------

− Howard nunca mais me peça pra fazer caridade nenhuma! – Peggy já entrava gritando, Natasha vinha logo atrás com uma cara menos amigável que a da primeira.

− Mas o que aconteceu? – Steve estava dormindo no sofá, acordou com os gritos da morena.

− Fomos assediadas na rua pelo menos 4 vezes, tudo porque sua amiga chama muita atenção.

− Não tenho culpa, as roupas daqui ou são muito apelativas ou parecem que vieram de um convento – Natasha deu de ombros – mas conseguimos achar algo decente não foi?

− Sim. Ainda bem. Cadê o Stark?

− Estão os dois na oficina, já ouvi pelo menos 3 explosões vindas de lá – Steve dizia com um tom de que algo sério estava acontecendo, ou algo não muito bom.

− Ai ai ai! – Tony chegava gritando, Howard o estava arrastando pelas orelhas.

− Mas o que é isso?

− Esse pivete querendo mandar em mim – Howard dizia – se eu disse que não mexesse naquilo então não mexa camarada.

− Entendi, entendi. Larga – Tony colocou as mãos sobre as orelhas, estavam vermelhas e doíam.

− Tony Stark obedecendo alguém? Sério isso?

− Não diga ao Barton que isso aconteceu, seria meu fim.

− Ele não seria tão ruim com essa informação... é, seria sim.

− Qualquer dia volto com ele para quando a mãe dele ainda estava viva. Quero ver se ela aprova como ele está hoje – Tony resmungou.

− Hm, quem é Barton? – Howard perguntou.

− Um colega de equipe, como lhe disse, só veio 1/3 da equipe. Ele faz parte dos 2/3 que não vieram.

− A mãe dele é bonita?

− Ele nasceu em 71, e como era o mais novo, creio que a mãe dele deve estar usando fraldas hoje em dia – Natasha explicou, olhando torto para o Stark mais velho.

− É, não se pode ter tudo que se quer.

− Ei! Você vai ter que querer é minha mãe, ficou doido? – Tony elevou a voz – e nem pensar que vai atrás da mãe dele porque daquele ali eu não serei irmão.

− Nem eu iria querer que tal coisa acontecesse – Steve disse.

− Pessoalzinho estraga prazeres, eu hein – Howard falou com pouco animo – agora vão se ajeitar ou fazer outra coisa que o pessoal da decoração vem aqui organizar as coisas para a festa de mais tarde.

Durante toda a tarde, Tony permaneceu na oficina do pai, na companhia de Natasha, que usava da tecnologia antiga para deixar seu ferrão um pouco melhor. Além de mexer em algumas outras coisas. As habilidades com tecnologia que ela tinha eram boas o suficiente para serem bastante uteis à Tony. Steve saiu à procura de pistas sobre Rumlow, preferiu ir sozinho pois sabia que se levasse Tony e Natasha, não resultaria em coisa boa. Peggy voltou ao RCE pois apesar de ser seu aniversário, era dia de semana e não podia simplesmente largar seu trabalho.

Durante a tarde no laboratório de seu pai, Tony imaginava desculpas ou inventava relações entre eles e os que estavam ali. Na RCE tinham dado nomes falsos mas quase ninguém de lá viria. Ou apenas alguns. De qualquer forma, teriam que dizer ao menos que eram primos distantes.

Howard passou toda a tarde fora de casa, ninguém nem fazia ideia do que estava aprontando. Jarvis estava em casa ajudando os decoradores e algumas vezes oferecia comida ou bebida a Tony e Natasha. Estes que sempre o tratavam bem, mas sempre comentando o quanto Jarvis era meigo. Isso deixava o mordomo muito sem graça.

Eram 7 da noite. Alguns dos convidados haviam chegado. Poucos levando em conta o número que Howard chamou.

Steve não usava mais nada no rosto que escondesse sua identidade, ali não estariam interessados nele ou em quem ele era. Iriam apenas beber e dançar até que estivessem bêbados demais para conseguir andar. Era o que ele esperava.

Tony usava uma das roupas de seu pai e Natasha uma blusa branca de mangas, com uma saia preta justa que fez Tony lembrar de quando ela fingiu ser sua secretária.

Peggy estava deslumbrante. Parecia realmente uma dama, e não alguém que já esteve na guerra. Todos a cumprimentavam e a parabenizavam pelo aniversário.

− Segura o queixo Rogers – Natasha disse. Ela, Steve e Tony estavam num canto mais recluso, apenas observando as pessoas.

− Segurar o queixo...?

− Olha, está até babando por ela – Tony continuou.

− Não estou babando, pare com isso.

− Bom, então feche a boca. Não quero que notem a gente por estarmos perto de alguém com paralisia facial.

− Quanta delicadeza Romanoff – Steve suspirou.

− Finalmente alguém “conhecido” – ouviram alguém falar, um homem se aproximava dos 3.

− Te conheço? – Tony perguntou com voz de desprezo.

− Daniel Sousa, vi vocês na RCE ontem... bom, fui convidado para a festa mas não sou muito próximo de muitos que aqui estão. Além de Peggy é claro.

− Amigo da Peggy, amigo nosso – Steve falou, gentilmente – pode sentar-se conosco sr. Sousa.

− Obrigado.

− Steve! Venha aqui – Howard chamou, ele estava longe então teve que gritar.

O loiro pôs a mão na testa enquanto ia até lá. O jeito de Howard não mudaria nunca.

A festa foi no geral algo legal, todos se divertiram bastante, até mesmo Peggy. Afinal, ela pode passar um aniversário com alguém que ela gostava bastante.

Dançou com vários conhecidos durante todo o festejo, até mesmo com Natasha, o que foi algo engraçado, que Tony gravou, tirou fotos e quase fez um documentário sobre o feito.

Ao final de tudo, já eram 2 da manhã. Dessa vez Howard não estendeu muito as coisas pois no dia seguinte a maioria iria trabalhar. Só estavam presentes na sala Tony, Steve, Peggy, Natasha e Howard.

− Peggy, sei que te prometi uma coisa anos atrás... e que não pude cumprir... aceita dançar comigo?

− Finalmente pediu – ela sorriu e levantou-se do sofá.

Howard vendo a situação, colocou uma musica nem lenta nem animada para os dois dançassem.

− Tentei te pedir a noite inteira, mas não deixavam. Aí preferi esperar para não ter que dividir – ele falou enquanto segurava a mão da mulher e a guiava.

− O que é uma noite na frente de 3 anos? – Ela disse bem humorada.

− Me desculp...

− Não, tinha que acontecer – ela o interrompeu – parede se desculpar e aproveite o momento Steve.

Eles continuaram dançando por meia hora, o clima estava suave. Os dois estavam sorridentes.

Steve rodopiou Peggy algumas vezes e a trouxe para perto de si, a segurando pela cintura. Seus rostos estavam muito próximos, podiam sentir a respiração um do outro.

Steve a olhava de forma amorosa, como uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo. Não sabia o que sentia naquele momento, mas apenas o que queria fazer. Ele a beijou.

Peggy ficou surpresa com o ato. Não era da natureza dele ser tão audacioso, não naquele tipo de situação. Estava sentindo-se da mesma forma como ele sentiu quando ela o beijou anos antes, antes dele sumir no gelo. Apesar da surpresa, ela correspondeu.

Era algo calmo, doce. Ficando mais sério a medida que o tempo passava. Peggy segurava no rosto de Steve e ele em suas costas. Esqueceram totalmente de que estavam sendo observados por pessoas peculiares, nada mais importava.

Quando o ar faltou separaram-se. Ela estava ofegante, ele também. Era visível o brilho nos olhos dos dois.

− Feliz aniversário Peggy.


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