Anchor escrita por Allie Luna


Capítulo 1
Capítulo único — This Is What It Takes.


Notas iniciais do capítulo

Ola amorinhas azuis *--*
Q sdds q eu tava de postar alguma one, elas são meus amores. Amo/sou haha
Como eu disse nas notas da historia, é minha primeira Tonks/Remus então peguem leve.
Espero q vcs gostem, pq eu amei escrever ela, do fundo do meu coração.
Escrevi ouvindo as músicas do Shawn Mendes e a q da nome ao capítulo é uma delas e achei q combinou bastante com a fic ;)

[08.12.18] Capítulo editado. Algumas frases foram modificadas para um melhor entendimento. Alguns erros foram corrigidos.



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Há duas coisas que ajudam um lobisomem a ter controle na lua cheia.

A primeira, é um mantra. Uma frase pronunciada repetidas vezes que tem como objetivo ajudar os licantropos a relaxar, se concentrar e acalmar a mente, não só na lua cheia, mas em qualquer momento de estresse. Essa frase pode algo que traga conforto ou uma boa lembrança.

A segunda, é uma ancora. Algo ou alguém que ancore o licantropo em sua parte humana e o faça lembrar quem é, que faça a sua parte humana se sobrepor a não-humana. A ancora varia, alguns usam a raiva por se transformar; outros, a família. Quando ela é alguém que o lobisomem que ame romanticamente, essa pessoa é chamada de mate. Ela é, e sempre será, a alma gêmea do licantropo.

Mantras nunca funcionaram com Remus Lupin, ele já havia tentado vários e não obteve resultado nem mesmo com o que com a maioria dos outros licantropos usava, a famosa frase de Buda “Três coisas não podem ser escondidos por muito tempo: o sol, a lua e a verdade.”.

Ancoras funcionavam com ele. Ele tinha três, seus melhores amigos desde a época em que estudou em Hogwarts, só que as coisas mudam.

Quando James Potter foi assassinado por Voldmort, Lupin perdeu algo no qual se agarrava. Desculpe a piada infame, mas uma de suas ancoras havia desprendido-se dele e afundado. Lembrar de prongs o fazia sofrer e elevava sua parte lobo, em vez de a manter sob controle.

Apesar disto, ainda tinha Sirius e Peter. Bom, pelo menos ele achava isso até vir o segundo baque.

Peter Pettigrew era um traidor. James havia confiado nele, o escolhendo para ser o Fiel do Segredo quando se escondeu com a família sob o feitiço Fidelius Charm e wormtail levou Voldmort até o lugar, onde matou o seu amigo e Lily. Aquele trasgo! Ele era pior que um verme, fazia jus a sua forma animaga, um rato, era um roedor sórdido que mudava de lado apenas para salvar sua própria pele, sem se importar com quem aqueles que dizia ser sua família. Remus não podia sequer ouvir o nome dele que a raiva já tomava conta e isso não era nada bom para seu autocontrole.

Mas, graças a Merlin, ele ainda tinha Sirius Black, apesar de ter quase perdido essa ancora também, quando ele foi acusado injustamente pela morte dos Potter. Mesmo que Remus soubesse a verdade sobre o ocorrido, doía e o enraivecia ver padfoot ser acusado injustamente. Mas apesar disto, ainda conseguia ter seu amigo como ancora. E foi assim durante alguns longos anos. Até, numa batalha contra comensais da morte, Black foi morto.

Na noite do dia em que soube da tragédia, Remus surtou e transformou-se, destruindo parte de sua casa e arredores. Aquele era o fim, ele pensava, nunca mais teria controle sobre si mesmo.

Ele tentou novamente tudo que conhecia, dos métodos famosos aos pouco usados. Tentou até mesmo a poção Wolfsbane, popular pelo uso e bom resultado em momentos extremos, mas não adiantou muita. Nem sequer nas noites sem lua cheia, Remus conseguia se controlar totalmente.

Buscou encontrar outra ancora, usar a raiva e a dor por tudo que lhe aconteceu, mas utilizar os sentimentos funcionava com outros licantropos, não com ele. Precisava de alguém, mas que poderia ser? Pensou em Harry, o filho de James e Lily, mas havia acabado de o conhecer e não possuíam um laço, apesar de gostar do garoto. Lhe passou pela cabeça o nome Dorcas Meadowes, a pessoa mais próxima com quem já chegou de ter um relacionamento, mas ela havia morrido na mesma época dos Potter. Ele precisava de alguém vivo, palpável e que tivesse uma ligação forte o suficiente para segurar sua forma humana no lugar e enjaular seu lado lobo dentro de si. Precisava o mais rápido possível.

Era dia de lua cheia. Faltava poucos minutos para ela aparecer, mas bruxo já sentia os efeitos. Seu corpo todo doía como se estivesse sendo triturado e esmagado repetidas vezes e já não conseguia manter uma linha concreta de raciocínio. Sua mente estava numa luta para continuar no controle, mas perdia terrivelmente. Sua transformação estava começando e ele não possuía nada que pudesse a deter.

Lupin estava encrencado. Havia perdido a noção do tempo organizando suas próximas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas e esqueceu de se acorrentar em algum lugar ou fugir para uma floresta isolada, onde não pudesse ferir ninguém, a tempo para a lua cheia.

Naquele momento, ele só pedia a Merlin que pudesse se manter humano até chegar ao porão e trancar-se lá.

Ele apertava o corrimão da escada com força, a ponto de afundar a madeira, e descia os degraus restantes quando ouviu três batidas ritmadas em sua porta.

Não, agora não, pensou, fuja, não quero machucar ninguém.

Sempre solitário e melancólico, estava acostumado a não receber visitas. Não que não gostasse delas, só não possuía muitas pessoas próximas para isso. Não esperava que alguém aparecesse e logo num momento tão ruim. Sentia-se completamente sem sorte por isso.

Jogou o corpo contra a parede ao terminar de descer a escada, fazendo um barulho alto.

— Remus! — Uma voz feminina gritou. A essa altura, ele não conseguia mais decifrar de quem era. — Você está ai?

Ouviu o murmúrio do feitiço “Alorromora”.

— Ai meu santo Merlin — exclamou a figura de Nymphadora, ou apenas Dora, coma ele costumava chamá-la em seus pensamentos, nunca tendo coragem para fazer isto pessoalmente.

Pelo menos até aquele momento.

— Saia, Dora. — Sua voz soava estridente, como se tivesse sendo sobreposta várias vezes. — Não quero lhe machucar.

Não, ele não suportaria feri-la. Possuía um carinho especial pela bruxa desde quando se conheceram, na Ordem. Era um tanto inexplicável para ele, seu coração havia acelerado quando a viu pela primeira vez e, no momento em que ela sorriu, ele quase parou. Lupin não sabia especificar o que sentia, sentimentos nunca foram o seu forte.

Tonks o olhou, mas não com pena, como ele imaginou que fosse fazer, e correu para ampará-lo. Aquela mulher sempre arrumava uma forma de surpreendê-lo.

— Não vou te deixar assim, desse jeito — indagou.

Ele sentiu seu corpo começar a mudar, os pelos brotavam em sua pele e suas íris estavam com a cor dourada brilhante. A lua cheia havia chego.

— Vo…cê pre…precisa — foi apenas o que ele conseguiu dizer.

Não adiantaria, Nymphadora continuaria ali, independente dos pedidos dele, mesmo que isso causasse machucados e ferimentos a ela. Queria poder ajudá-lo, mas não sabia como, nem sequer tinha tempo suficiente para pensar nisto.

Ela era uma metamoformaga, também se transformava, mas havia diferenças. Ela controlava o que e quando mudar. Só que talvez isso pudesse ajudar. Tonks se lembrou do que sua mãe falava na sua infância, quando ela ficava nervosa e acaba mudando acabava mudando as características do rosto.

— Olha nos meus olhos, se concentre na minha voz e no que eu digo. — ela sussurrou. — Vamos Remus, se concentrem, esqueça o mundo lá fora e concentre-se em si mesmo. Pense em todos os seus traços, em tudo que te faz ser você.

Lupin tentou fazer o que ela disse, mas em sua mente passavam flashs de todos os momentos que passou com ela. O dia em que Dumbledore os apresentou; o em que eles ficaram de tocaia do lado de fora da casa de um Comensal da Morte; quando ela o incentivou a se candidatar para proteger e vigiar Harry em Hogwarts, fingindo ser professor; entre outras lembranças.

Abriu os olhos com dificuldade, encarando os dela. Em uma breve fração de segundos, sentiu seu corpo relaxar e expulsar toda a tensão da transformação. Ele estava no controle outra vez, para seu espanto. Havia novamente encontrado sua ancora. A mais pura e verdadeira que poderia existir, uma mate, a sua alma gêmea, e ela era Nymphadora Tonks.

Agora, ele entendia o que sentia, sabendo também o que era; amor.


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Notas finais do capítulo

Sinto mt se decepcionei :/
Mas escrevi de coração, como sempre ;)
Digam oq acharam da fic ;)
Beijos