Love is Love, Death is Death escrita por flowerblue


Capítulo 5
A Culpa é da Loucura


Notas iniciais do capítulo

Queria avisar aqui que irei viajar amanhã cedo, e volterei apenas domingo. Provavelmente ficarei todo esse tempo sem postar um novo capítulo, pois não terei acesso à internet durante esse período. Enfim, espero que entendam. Boa leitura. ♥



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Camila pov.
Ouço batidas na porta. Antes pensei que estivessem associadas ao meu sonho, por isso nem abri os olhos. Então ouvi gritos.
–ACORDA, SUA INÚTIL, VOCÊ JÁ ESTÁ ATRASADA PARA A ESCOLA!- Gritou meu irmão, Joey.
Ele era dois anos mais velho que eu, e por isso, achava que podia mandar em mim. Era para ele estar no primeiro ano da faculdade de medicina. Mas ele só queria ir para a casa da namoradinha vadia dele. Meus pais aceitaram numa boa, apesar de ficarem tristes. Infelizmente, eles cobravam e esperavam mais de mim do que dele.
–Vai se foder, irmãozinho.-Respondi.
Levantei-me, corri até o banheiro. Não perdi tempo com banho, pois faltavam dez minutos para o começo da primeira aula. Coloquei uma calça azul jeans rasgada e uma blusa florida.
Desci as escadas e logo me deparei com a namorada do Joey.
–Você poderia pelo menos vestir um short, ninguém aqui é obrigado à ver sua calcinha, a não ser meu irmão.-Reclamei.
Ela me olhou de cima à baixo, e saiu andando até à sala.
Saí pela porta e pedi um táxis.
Fui ouvindo Give me Love, não sei o motivo, mas nesta manhâ eu estava realmente necessitada de alguma música do Ed Sheeran.
Chegando na escola, paguei o taxista e desci. Ao olhar para a entrada do colégio, vi meu ex-namorado. O que o Riley estava fazendo aqui?-Pensei.MEU EX-NAMORADO, CARA. Ele havia se mudado para Londres, e nem terminou comigo. Apenas liguei na sua casa e sua mãe respondeu que ele vazou da cidade. Seu pai era o xerife da cidade e apesar de o mesmo ter me ligado várias vezes, insisti que o meu romance com seu filho foi apenas passageiro.
Ele estava mais musculoso, com o cabelo louro, pele branca e seus olhos esverdeados.
Tentei passar despercebida, mas logo ele veio atrás de mim.
–Camila...você continua uma gata, hein?!-Ele agarrou meu ombro.
Olhei para ele revirando os olhos.
–Me desculpa mesmo... Eu...-Ele continou.
–Me desculpa mesmo, Riley, mas não quero ouvir nada que vier dessa sua maldita boca.-Falei.
Lauren estava nos encarando do seu armário, sua expressão não parecia uma das melhores. Parecia estar...zangada?
Enquanto a fitava, Riley me puxou e me deu um selinho.
Dei um tapa em seu rosto, e saí andando. Não tive coragem de olhar para Lauren, na verdade, nem para ninguém.

Lauren pov.

Olhei para Camila com um olhar assustado, me perguntando à todo momento em quem seria aquele rapaz e o motivo de ele estar conversando com ela.
E então, ele roubou um selinho seu. Eu não sei o que pensar, realmente, Camila não seria quem eu pensei que fosse? Tipo, cara, a gente ia se beijar ontem. Acho que seria só algo da minha cabeça o fato de ela sentir interesse por mim.
Fui para à sala de aula. Hoje o primeiro horário seria de química, e Camila não estaria na mesma sala que eu.
Por uma mera e louca coincidência, o tal rapaz que roubou um beijo da quase minha garota sentou-se ao meu lado.
–Meu nome é Riley, seria um prazer imenso saber o seu também.- Ele piscou para mim.
–Primeiro, não quero te falar meu nome, e segundo, cala a sua boca.- Respondi.
Bom, isso não fez com que ele calasse a boca, então ficou me fazendo perguntas aleatórias durante toda a aula.
–Meu pai, o xerife, está investigando um caso sobre assassinatos em série. Ele acredita que as pessoas sejam torturadas antes de terem suas cabeças explodidas por uma bala. - Ele riu. -Enfim, digamos que ele desconfia da ODP, Organização de Drogas Portland.
Estremeci. Meu tio é dono dessa organização.
–E eu estou super pouco me fodendo pra isso.-Sorri.-Mas espero que resolvam logo o caso.
O que não é provável, afinal eu vou contar para meu tio tudo isso, e com toda certeza, amanha esse tal xerife vai ser encontrado esquartejado num beco próximo à delegacia.
Na hora do almoço, sentei-me sozinha. Todo nervosismo me deixa sem fome, ainda mais porque, se eles tiverem certeza absoluta dos crimes, eu serei presa também. Apenas peguei um pouco de água.
–Você precisa comer.-Camila sentou-se ao meu lado.
Por um momento, senti que ela estivesse preocupada comigo. Mas veio toda aquela cena do selinho em minha mente. Será que ela só quer brincar com meus sentimentos? Ou talvez me considera só uma futura boa amiga?
–Foda-se.-Sorri.
Respirei fundo. Por um instante, senti medo. Sempre confiei que ninguém saberia, e os policiais estavam á um pequeno passo de saber. E eu pagaria por tudo. Poderia dizer que meu tio me obrigou, o que é verdade, mas sei que sentia prazer naquilo.
–Sabe, você poderia ser um pouco educada de vez em quando. Não dói, prometo.-Ela sorriu.
Teria aula até três horas da tarde, então passei todo esse período fazendo atividades de física e culinária. Sim, eu odeio culinária, mas era isso ou teatro. Digamos que eu não sou uma boa atriz e nem suporto essas apresentações idiotas de colégio.
Na última aula, sentei-me ao lado de Camila. Nosso professor passou um trabalho de filosofia para ser entregue daqui uma semana. A pergunta era simples, mas como qualquer professor filosófico, teria de ter uma resposta complicada. "Por que sentimos medo?". A melhor parte foi de escolher um par. Esse colégio, diferente dos outros, deixa numa boa que escolhamos nossos parceiros, o que eu acho totalmente correto.
–Quer ir comigo?-Camila descansou sua mão encima da minha.
Confirmei balançando a cabeça.
Marcamos para quinta-feira, pois hoje e quarta eu teria que trabalhar para meu tio.
–No que seu tio trabalha?- Ela indagou.
Por um milagre que não se sabe ao certo o motivo de ter acontecido, o sinal bateu, e todos os alunos idiotas do fundo começaram a gritar e jogar bolinhas de papel por todo lado. Além disso, o professor me chamou para perguntar se estava gostando do colégio e das aulas.
Ao sair da sala, avistei Camila ao lado da porta.
–Quer ir embora a pé?
–Adoraria.-Respondi.
Estavámos enfrente ao Parque Central, quando ela segurou minha mão e guiou-me até um banquinho, para nos sentarmos.
–Quem é Riley?-Perguntei, acho que aos berros. Não sei bem ao certo, afinal nem quis ouvir a merda que acabara de sair da minha boca.
–Meu ex-namorado.-Ela abaixou a cabeça.-Não tenho nada com ele, falando sério, nem quero ter.
Permanecemos em silêncio. Eu estava arranhando meus próprios pulsos. Era algo que eu fazia quando estava nervosa e ansiosa. Era um vício que não consiga controlar.
Segurei seu rosto com minha mão e puxei-o delicadamente. Seus lábios quentes tocaram os meus. Senti sua respiração ofegante, mas nem liguei para isso, pois sabia que eu também estava assim. E então, tornamos uma só. Estávamos bem próximas, e senti que nossos corpos não eram tão separados mais. Nossa bocas se tornaram uma só, e nossos corações também.
Isso é uma loucura, e estou gostando de ser louca.


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Notas finais do capítulo

Ainda hoje tentarei postar mais um capítulo.



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