Salve-me escrita por Ramyse


Capítulo 1
Único - Salve-me


Notas iniciais do capítulo

Segunda one-shot, aeeeee. Espero que gostem e vejam o clipe de Savin' Me que vocês vão entender mais o contexto da história. Não sei se a escrita está boa, pois eu não tenho um/uma beta. Mas espero que gostem.



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“Mostre-me como é ser o último a ficar de pé, e ensine-me a diferença do errado e do certo. E eu te mostrarei o que posso ser. Diga por mim, diga para mim, e eu deixarei essa vida para trás. Diga que vale a pena me salvar. Apresse-se, estou caindo.”

Savin’ Me – Nickelback

Nós nunca sabemos quando vamos morrer. Nós falamos que isso é normal, que todos nascem e sabem que vão morrer. Mas isso tudo é só um jeito de se esquecer da verdade. Você tenta parecer não estar com medo da morte, e a verdade é que você está mentindo.

Todos querem parecer fortes, mas não vem o cronometro, o tempo passando e a cada segundo cada um fica mais próximo da morte. Ninguém vê exceto quem tem o dom ou maldição de ter que salvar a vida de alguém e dar-lhe mais algum tempo de vida. E cada pessoa que se passa, que se salva, fica com esse poder.

Essa é a explicação mais lógica do que se pode ver, sem essa explicação você pode se tornar louco e nunca escapar dela. E agora esse poder está com alguém por ai, e esse alguém procura uma pessoa com pouco tempo de vida para salvar. Mas nem sempre dá tempo, pois ele passa a um piscar de olhos.

E desse jeito, paramos no dia da festa do popular estudante de Santa Carla, Alexander Benson. E Marie Hale, a menina de dezessete anos, no qual tinha a inteligência muito acima da média para a sua idade, estava fazendo compras no centro da pequena cidade.

Ela andava apressadamente, pois a festa seria em poucas horas, e como sempre ela decidiu ir somente hoje, de tanto sua amiga Miranda tentar convencê-la. E no fim conseguiu isso, mas não saiu como ela desejava. Marie deu uma condição. Se alguém fizer algo de errado ela irá embora ao mesmo segundo, já que aqueles meninos, pelo menos a metade, tinham a ficha suja com a polícia. E ela queria ir para faculdade com a dela limpa.

Marie andava em loja e loja procurando algo simples, porém bonito. A garota estava na calçada esperando o sinal fechar. Atravessou a rua rapidamente, e seguiu andando até a loja onde sempre comprava suas roupas. Só que ao meio do caminho percebeu um estranho homem a seguindo e apressou o passo, não queria ser pega por um homem mais velho.

Ao parar poucos metros antes da porta, o senhor que a seguia a puxou para o chão e a mesma viu abertura na parede da loja. Se aquele senhor não estivesse ali e ajudado-a ela estaria morta agora. Alguém havia atirado. Uma bala perdida.

— Eu te salvei. Agora estou livre da maldição. – ele se levantou e saiu andando.

Estupefata com tudo o que acabara de acontecer, Marie fechou os olhos e levou os dedos até as têmporas. Logo depois se levantando, via algo que nunca viu em ninguém.

Cronômetros estavam acima da cabeça de cada pessoa ao seu redor, marcavam um tempo que ela não sabia dizer o que eram. Procurava o senhor que a ajudara com os olhos e o encontrou sentado em um banco do outro lado da rua. Atravessou a mesma correndo e sentou ao lado do velho senhor.

— Obrigada por me salvar. E me explique o porquê de eu estar vendo números acima da cabeça das pessoas. – ela pediu calmamente, porém estava com medo do que poderia ser.

— Primeiro não a de que, eu tinha que salvar alguém mesmo. Segundo, esses números são o quanto de vida as pessoas ainda tem. São como relógios, que estão cada vez mais perto de falhar. E você terá que salvar alguém para se livrar disso. – ele disse, como se tudo fosse simples.

— E como eu vejo que alguém está prestes a morrer?

— Quando só sobrarem os últimos dois números. Veja isso como um cronômetro. Horas, minutos e segundos. Quando a pessoa estiver com todos os números ali, significa que ela pode ter mais anos de vida. Quando tiver minutos, significa que terá meses. E segundos, podem representar dias, segundos e nada. – ele a explicou. – Ah, e por curiosidade, quanto tempo eu ainda tenho?

— Muito tempo, eu acho! – ela respondeu ainda absorvendo tudo o que o velho havia falado. – Bom eu tenho que ir. – ela se levantou e foi continuar as compras.

Ela iria à festa e encontraria alguém com pouco tempo, o salvaria e ficaria livre daquilo, mas ela pensou que talvez ninguém fosse morrer naquela festa.

O celular tocava no bolso e mesmo distraída, Marie atendeu.

— Onde está? A festa já começou! – gritava sua amiga do outro lado da linha.

— Vou chegar atrasada, eu tive um imprevisto. Desculpe. – Marie entrou na loja e escolheu as roupas que usaria.

— Esqueceu de comprar a roupa?

— Não esqueci, só não comprei porque não iria, e nem quero ir. Mas você vai ficar falando na minha orelha, então... Tchau Miranda.

Marie pagou as roupas e perguntou a uma das atendentes se ela poderia usar o provador. Entrou no mesmo e tirou as roupas que estava e colocando a que acabara de comprar. Seus óculos de sol estavam acima da cabeça e ela calçava as sandálias. Agradeceu a atendente e foi para a festa.

Os pés andavam apressadamente pela calçada, pois ela não sabia se alguém morreria naquela festa, se sim ela teria de salvá-lo e não teria mais essa maldição, ou seria um dom, com ela.

Ao chegar a frente à casa de Alexander Benson, ela viu as pessoas espalhadas e seus cronômetros. Ninguém dali estava prestes a morrer. Ela foi se dirigindo para dentro da casa e olhando para cada um, nada do tempo estar acabando. Viu Miranda vindo em sua direção, mas a ignorou. Ela estava na festa por outros motivos. Havia um lago ao fundo da casa, e várias pessoas nadavam lá. Marie sentou-se debaixo de uma árvore, sem esperanças que iria salvar alguém.

Pegou o celular e ficou vendo qualquer coisa que tinha nas redes sociais. Um grito surgiu no meio da música e ela viu um garoto se afogando. Ela iria salvá-lo. Tirou rapidamente as roupas, ficando de biquíni e pulou no lago fundo.

As pessoas que estavam lá riam do menino se afogando, e Marie tentava chegar até o meio do lago, por mais que havia feito aulas de natação o local era muito fundo. Tentava nadar o mais rápido que podia, e mergulhou, vendo o menino abaixando e quase sumindo na água. As mãos dele se mexiam desesperadamente e Marie tentava segurar uma e puxá-lo para cima.

Quando consegui, voltou nadando com o menino quase desacordado. As pessoas continuavam rindo quando Marie voltou. O menino estava quase parando de respirar e seus segundos passavam rápido.

Marie então resolveu fazer algo que aprendeu com o pai. Respiração boca a boca. Marie tapou o nariz do menino e encostou a boca na dele, tentando fazê-lo voltar a respirar. Todos a observavam com atenção, já que ninguém nunca soube fazer o que ela estava fazendo.

Depois de quarenta minutos o garoto começou a retomar a consciência e Marie levantou os olhos para os outros. Não via mais nada, agora o menino teria de salvar alguém. A mesma se levantou pegou a roupa colocando de volta no corpo e foi andando até a saída. Porém não percebeu que o menino vinha atrás.

— Obrigada por me salvar. – ele disse

— Fiz o que tinha que fazer. – ela sorriu e tocou em seu ombro.

— Como se chama? – ele perguntou.

— Marie. Marie Hale. – ela disse e saiu da casa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não gostaram? Ok, eu não ligo, só comentem ai embaixo suas críticas, sejam construtivas, negativas ou positivas.
Vejo vocês logo.



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