Amor virtual escrita por Christina


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Olá estrelinhas.
Espero que se identifiquem :D



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“Dizem que as melhores coisas da vida duram pouco”

Esta frase resumia a vida de Ana.

Desde muito cedo era proibida de sair de casa pra brincar com outras crianças.

Colecionava vários brinquedos, falava sozinha, e convivia apenas no seu mundinho.

Como resultado se tornou uma menina insegura.

Não conseguia se aproximar de alguns colegas de escola, não conseguia se aproximar dos professores... Só conseguia ter contato, se eles mesmos se aproximassem.

Quando eles se aproximavam, a menina se tornava outra pessoa, nem um pouco tímida, muito prestativa, sempre presente, e muito falante!

Com os amigos falava de um tudo, falava do amor, drogas, sexo (sim, desde nova não tinha problemas em falar disso), dava conselhos...

Com os professores: brincava, elogiava-os, conversava sobre assuntos de “velho”, e os respeitava, nunca xingando perto de nenhum!

Não tinha medo de falar, de gerar preconceitos, de gerar aversão... Defendia sempre os amigos, uma boa amiga.

Seus pais todos os anos a mudavam de colégio, e lá vinha a insegurança...

Novos amigos, vergonha de atrapalhar os antigos amigos, professores novos...

Tinha uma vergonha imensa de tirar dúvidas, achava que atrapalhava os professores.

Seu único refugia era a internet!

Lá seus amigos nunca se afastariam e sua vergonha de incomodar não aparecia.

Ao menos era isso que ela pensava.

Uma vez, enquanto “tretava” em seu twitter, conheceu uma menina.

Passou meses conversando com sua nova amiga, contou segredos, contou coisas que ninguém sabia, e se fechou naquele mundinho das duas.

Seu peito doía de tristeza quando ela entrava e via “Visto por último às...”, a culpa a consumia, tinha culpa por não ter entrado antes.

A nova amiga, Alice, ajudou Ana a sair do seu casulo.

Ela conversava mais com as pessoas, tomava a iniciativa, se tornou ainda mais prestativa.

Alice tomava conta das atitudes de Ana, de alguma forma sempre a influenciando.

E com o tempo, Ana percebeu que sentia algo maior por Alice.

Recriminou-se muito, porém, percebeu que o que sentia além de grande era sufocante.

O tempo parecia que se arrastava quando elas se falavam, talvez pelo fato de terem tanto em comum.

Um dia, pra felicidade de Ana, Alice viajou pra sua cidade.

Elas fizeram milhares de planos, o coração de Ana parecia que pularia do peito, Alice apenas se sentia feliz, Ana se sentia em êxtase.

Porém, Ana adoeceu na véspera de chegada de Alice.

Elas não se encontraram.

Alice não procurou a casa de Ana, queria que Ana fosse até ela.

Ana chorou aquela noite inteira.

Ali sentiu sua primeira grande dor, uma dor sufocante de perda.

Os dias passavam, e mesmo triste Ana mantinha as coisas tranquilas naquela amizade...

Até que Alice lhe diz que conheceu Pablo, na cidade de Ana.

E passou-se três meses de namoro, até que Pablo traiu Alice.

Alice chorou com Ana. Destroçou a amiga por dentro, toda vez que dizia amar Pablo acima de tudo.

Alice chorava por Pablo, e Ana chorava por Alice.

E a pobre Ana voltou pro seu mundinho. Só vivia por Alice.

Então, aquele velho sentimento egoísta, popularmente chamado de Amor, destroçava a menina por dentro.

Alice arrumou outro namorado, e mais uma vez abandonou Ana.

Ana enfim percebeu que toda aquela felicidade de inicio de amizade, havia a tornado refém das vontades de Alice, e que as melhores coisas, realmente duram pouco.

Ela corria pra ficar On, e novamente conversava com o “visto por último”.

Até que aconteceu, a amizade morreu.

Ana fechou a conversa, bloqueou a amiga, excluiu o número da mesma.

E começou a esperar outra coisa maravilhosa, para fazê-la feliz momentaneamente.


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