Harley escrita por Nando


Capítulo 8
David


Notas iniciais do capítulo

E eu estou de volta, mais um capítulo agora com David! E este é para os românticos... Espero que gostem!



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–Aiiiiiiiiiii! Tem calma!
–Deixa de ser tão bebé, David! Deixa-me tratar disto!
Resmunguei enquanto ela colocava mais um penso no meu braço. Eu tinha dito que não precisava, mas Alice tinha insistido e agora estancava todo o sangue das minhas feridas. Ainda estava espantado por ela ter trazido uma mala de primeiros – socorros.
Acabou de colocar o último penso e disse:
–Já está, agora convêm que não faças movimentos bruscos.
Dei um breve aceno de cabeça, e espreguicei-me, levantando-me em seguida, Olhei para o céu, a noite tinha chegado. A minha barriga roncou, precisava comer alguma coisa. Alice também devia estar com fome. Tirei a mochila que Dina me tinha dado.
Era fantástico o que tinha ali dentro, e como podia caber tanta coisa! Tinha comida para dois dias, várias garrafas de água e um saco-cama. Alice ao ver apenas um olhou para mim:
–Porque só há um?
–É para ti. Eu durmo em cima de uma árvore! Não te preocupes já dormi em sítios piores!
Alice olhou para mim com um olhar interrogativo. Eu levantei-me e disse:
–Vamos precisar de uma fogueira. Embora seja Verão, precisamos dela para afugentar criaturas que vivam aqui.
Alice tremeu da cabeça aos pés. Era óbvio que ela nunca tinha passado uma noite ao relento.
–Vou buscar lenha, Alice. Fica aqui á minha espera!
Ia a começar a avançar quando ela me agarrou no braço.
–Deixa-me ir contigo, não vou aguentar ficar aqui sozinha…
Olhei para ela, e reparei como era bonita, os seus cabelos longos deslizavam suavemente com a brisa do vento. Os seus olhos azuis brilhavam como as estrelas. Engoli em seco e acabei por a deixar vir comigo. E após muita insistência dela, de mãos dadas, não que tivesse muitos problemas com isso…
A vegetação batia de vez em quando na minha cara, acabando por me fazer dar um espirro ou dois. A suave brisa da noite parecia dar-me abraços carinhosos, e a mão de Alice… Abanei a cabeça, não podia ter estes pensamentos. O objetivo agora era a “DR”, e mais nada.
Após apanharmos toda a lenha necessária, voltamos para o sítio onde nos encontrávamos. Coloquei toda a lenha no chão, e agora o grande problema:
–Alice, sabes fazer fogo?
Ela sorriu para mim, ajoelhou-se, disse algumas palavras que eu não percebi patavina, e vi fogo sair das mãos delas em direção á lenha. Dei um salto para trás, embora fosse mais fraco, fazia lembrar o seu pai.
–Tu és elementor fogo?
–Não nada disso! Sou uma enchant e apenas consigo fazer um fogo fraco!
Acenei com a cabeça e decidimos comer a comida que se encontrava nos sacos. Tiramos uma merendeira e vi agora como ela tinha guardado tanta coisa. Era uma merendeira que conseguia guardar toneladas de comida. Meti a mão dentro e tirei uma merendeira mais pequena do que aquela, que tinha lá javali. Comemos animadamente, e no fim tomamos uma garrafa de água cada um, para saciar a sede. Parecia que não comia há séculos!
Ajeitámo-nos á volta da fogueira e Alice puxou a conversa:
–Já reparaste no que nos envolvemos? Parece que o destino nos fez arriscar as nossas vidas sem nada termos feito!
–Bom eu já estava á espera disto. Desde o momento que a minha aldeia foi destruída eu só tive uma ideia na cabeça. Destruir a “DR”!
Alice olhou para mim, os seus olhos azuis, estavam á beira das lágrimas:
– “DR”, como há pessoas que possam ser tão más a ponto de matar tanta gente, apenas para atingir os seus objetivos.
–Por isso mesmo, eles têm de ser parados. E parece que alguém quis que fomos nós, por isso vamos ter de lutar. – Olhei para a minha luva. – Afinal nós estamos um passo á frente!
–Como assim?
–Bom eles só têm uma parte da armadura de Light, nós temos duas!
–Sim, mas aquele que nós atacou, Tego, tinha uma luva parecida com a tua, só que preta em vez de branca!
–Pois, também reparei. Pelo que ouvi foi Adrian que criou, mas tenho minhas dúvidas. Tem o mesmo poder que a de Light…
Alice abaixou a cabeça, era muita coisa para digerir. Tudo tinha acontecido tão rápido! Levantou a cabeça e disse:
–Bom, pelo menos um já não temos de nos preocupar, tu derrotaste-o!
Olhei interrogativamente para ela:
–Eu não o matei. Aquela queda era fraca de mais para ele!
Alice voltou com o seu olhar horrorizado.
–Achas que vamos ficar bem?
Levantei-me, cheguei-me ao pé dela e dei-lhe um abraço:
– Vai ficar tudo bem, não deixarei que te façam mal!
Foi então que Alice chorou. Apertou-se ainda mais contra mim. As lágrimas escorriam da face dela. Fiz-lhe festas suavemente na cabeça. Deixamo-nos estar assim por algum tempo. Não sei quanto, já que nada á nossa volta importava. Ela cessou a choro, mas estivemos abraçados por mais um bocado. Era tão bom! Foi então que percebemos o que estávamos a fazer. Quem nos visse diria que éramos dois namorados, que tinham ido acampar. Afastamo-nos um do outro corados até á raiz do cabelo, e para quebrar aquela tensão decidimos ir dormir.
Ela desembrulhou o saco-cama e pôs-se dentro dele. Subi até á árvore que eu achava mais confortável. Sentei-me num ramo, e encostei-me. Demorei para adormecer, olhei para Alice, já dormia. O meu coração começou a bater rapidamente, o que era aquilo? Seria isso que as pessoas chamariam de amor? Não podia ser! Tinham-se conhecido há pouco tempo!
Respirei fundo e olhei para a Lua, tinha que admitir. Estando ou não apaixonado. Era uma sensação maravilhosa!


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Notas finais do capítulo

E então gostaram? Não esqueçam de comentar e favoritar! Agora vou começar a fazer de dois em dois dias! O próximo vai ser o Herman! Até lá!