Harley escrita por Nando


Capítulo 3
David


Notas iniciais do capítulo

Ora viva! Voltei, mais cedo do que esperava! Acabei tendo tempo e consegui acabar hoje o cap! Uma nova personagem aparece: David! Ele vai encontrar-se com Alice. O que acontecerá? Vejam e descubram!!!!!



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O javali veio em minha direção a toda a velocidade, desviei-me para o lado, e observei-o a passar pertinho de mim, a sua cor vermelha brilhava á luz do sol o que me deixava mais empolgado. Tentou-me atacar com um dos seus enormes dentes, mas consegui ser mais rápido e parei-o com o punhal. Acertei-lhe com um pontapé, atirando-o para longe. Este voltou a levantar-se e atacou-me várias vezes, desviei-me de todas elas. Os meus cabelos castanho-escuros brilhavam tal a excitação. Fitei o javali com os meus olhos verdes, e no momento que este se preparava para atacar eu enfiei o punhal em cheio na garganta deste. O javali deu um último grunhido, acabando por cair no chão, imóvel.
Retirei o punhal, limpei o sangue que estava na lâmina e guardei-o.
De seguida agarrei no javali e meti-o num saco, apertei-o e coloquei-o às costas, seguindo em direção á casa de uma família que tinha aceitado ficar comigo após a minha mãe ter morrido e o meu pai ter-se ido embora, para algum lugar.
Tentei afastar essas memórias da cabeça, pensar na minha mãe era doloroso. Tinha visto o seu fim á minha frente. O dela e de toda a minha aldeia, só tinha sobrevivido eu e o meu pai, que como já disse, fugiu para algum lugar.
Nunca vou esquecer o nome da organização que destruiu toda a aldeia: “Dark Rises”, apenas pronunciar o nome me dava vontade de os matar um por um.
Outra coisa que não me conseguia esquecer era o último desejo da minha mãe. No momento que eles vieram ela agarrou em mim e deu-me uma coisa que me deixou sem palavras, nada mais, nada menos, do que as luvas de Light. Sim o grande herói de Harley! Depois, mandou-me para casa de uns amigos dela e é onde eu estou até hoje, desde há 2 anos. Tenho agora os meus 17 anos.
Estava eu a pensar nisto quando ouvi um berro, estremeci dos pés á cabeça. Era um berro de uma rapariga. Corri em direção ao som, e mal a minha surpresa quando vi uma rapariga de cabelos castanhos e olhos azuis, a ser perseguida por uma aranha gigante (das mais fracas), era óbvio que a rapariga tinha estado nos túneis. Não hesitei e espetei o punhal na aranha, esta tentou ripostar, mas não lhe dei chance. Ataquei várias vezes, a aranha ficou imóvel. Virei para ir ter com a rapariga, mas a aranha deu um último golpe, explodiu. Atirando líquidos peganhentos para todos os lugares, incluindo eu. Nunca na vida me senti tão sujo e mal cheiroso. Olhei para a rapariga, tinha os olhos vermelhos de tanto chorar, não por causa da aranha, mas por outro motivo. Ela estava fraca, a cabeça dela começou a andar á roda e estatelou-se no chão. Tirei a camisola peganhenta, e guardei-a na bolsa. Agarrei a rapariga ao colo e corri em direção a casa.
Cheguei rapidamente a casa, a senhora Dina abriu a porta e ao ver o estado da rapariga, tirou-ma das mãos correu ao meu quarto e meteu-a na minha cama. Usou a sua magia de cura na rapariga. Esperei pacientemente e quando acabou virou-se para mim e perguntou:
–O que aconteceu?
Expliquei tudo direitinho, e quando acabei ela ficou pensativa, mas logo se virou para mim, com o nariz torcido:
–Vai tomar um banho que cheiras pior que um ogre no meio da lama!
Obedeci rapidamente, corri até a banheira, que já estava com água, e entrei sem hesitar. Estava um pouco quente, gostava dela fria. Levantei a mão, estalei os dedos da mão direita e a água tornou-se fria. Não sei quanto tempo estive, mas quando estava pronto voltei ao meu quarto e a rapariga já tinha acordado e o senhor Pedro tinha chegado. A senhora Dina chamou-me e eu aproximei-me.
–David, esta é Alice. Alice, este é o David.
Sorri e ela retribui-me o sorriso.
–Obrigada, por me salvares. – A minha cara ficou toda corada.
–Não foi nada, só estava na hora certa, no momento certo…
A senhora Dina tomou a palavra:
– Ela é filha de um amigo nosso. Alice pode-nos explicar o que aconteceu?
A rapariga tomou coragem e contou tudo o que aconteceu. Fiquei pasmado, não podia acreditar em tudo aquilo, aquela rapariga passou aquilo tudo. Parecia-se com ele. Quando chegou a parte da organização, eu dei um salto e a raiva tomou conta de mim:
–Eu vou atrás deles e matá-los um a um! – Virei-me mas senti o toque de uma mão suave, virei-me e vi Alice, á beira das lágrimas.
–Não vás, eles são muito fortes! Nem o mago mais forte os venceu!
Parei e voltei-me a sentar sem dizer uma palavra. Ela continuou e por fim deu um suspiro anunciando o fim.
O Sr. Pedro olhou para mim:
–Parece que tens uma alma gémea!
Dina sorriu e eu também, a rapariga ficou confusa, e eu decidi contar-lhe, mostrando-lhe a luva:
–Eu também tenho uma das partes da armadura da Luz!
Ela ficou pasmada e foi a minha vez de contar-lhe o que se passou comigo, a destruição da minha aldeia, as últimas palavras da minha mãe… Ela ouviu tudo calada, sem dizer uma palavra. Quando acabei ela veio na minha direção e deu-me um forte abraço. Fiquei sem saber o que fazer e acabei retribuindo o abraço. Pedro decidiu quebrar o momento:
–E que tal jantarmos? O javali está pronto!
Acenamos que sim e fomos diretos á mesa. Comemos, rimos… Em pouco tempo o sorriso voltou a Alice, e isso deixou-me feliz também, por algum motivo…
Foi uma noite fantástica, e quando já a noite ia longa, decidimos dormir. Alice dormiu no meu quarto e eu acabei por dormir no sofá. Dormimos no mesmo momento que nos deitámos, com um sorriso nos lábios. Mal sabíamos que aquela felicidade ia durar pouco!


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Se sim comentem,... Ainda não se vou sempre conseguir postar diariamente, por isso vão ao meu twitter que eu direi quando saíra o próximo! Até á próxima!