Harley escrita por Nando


Capítulo 10
Alice


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta! Com mais um cap para vos deixar já loucos! A tensão começa a aumentar. David e Alice chegam até Domunculous, mas a "Dr" não se vai ficar por aí! O perigo aproxima-se!



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As minhas pernas doíam a cada passo. Tínhamos andado durante três dias, parando apenas para comer ou dormir. E por falar em comida, estava-se a gastar rapidamente. Dei um suspiro. Olhei para David que seguia um bocado mais á frente. Onde ele tiraria toda aquela energia? Dei mais um passo e as forças foram-se todas. Estendi-me ao comprido no chão. Estava estafada. David parou e virou-se para mim. Ao ver-me naquele estado, deu um sorriso e disse:
–Já estás cansada? Capel está ali mesmo á frente!
Levantei-me num salto e cheguei-me ao pé dele. Era verdade! Capel já se avistava. Finalmente! David mandou-me outro sorriso:
–Vai uma corrida até lá?
Nem tive tempo de responder, agarrou-me pela mão e desatou a correr, levando-me arrastada pelo caminho. A corrida até á entrada de Capel foi mais rápida do que pensei e parámos mesmo na entrada. Abri a boca. Sempre me tinham dito que era uma cidade religiosa, mas não pensava que seria assim! Havia várias igrejas por ali, e tudo era relacionado á religião! E como estávamos no continente do raio era dedicada aos Deuses, e que cada Deus tinha um propósito diferente. Era a religião mais provada cientificamente, mas havia 3 grandes religiões em Harley, e as guerras entre elas eram perigosas, e tiveram que ser paradas. Eram: a religião dos Deuses, do Criador e a Cientifica, onde tudo tinha sido criado sem intervenção divina. Desde pequena se tinha habituado a ir á igreja nas manhãs de domingo, devotada aos Deuses claro!
Estava com estes pensamentos, quando David me levou para um beco e disse para estar calada. Obedeci e tentei ver o porquê daquela reação. Mas era melhor nem ter descoberto. Dois homens encapuçados passaram usando mantos da “DR”, como eles sabiam que se tinham dirigido ali?
David olhou para umas caixas que se encontravam e de lá tirou algumas roupas. Atirou-me algumas e escolheu outras para ele.
–Para que é isto? – Perguntei.
–Temos que andar disfarçados, por isso veste isso.
–Está bem, mas vira-te!
Ele assentiu mais ainda assim fui olhando para ele para o caso dele fazer alguma coisa. Não moveu nem se quer o olhar. Vesti aquela roupa, e só depois reparei o que era.
Tinha vestido um vestido cor-de-rosa, que acabava a meio caminho da cintura ao joelho. Era ousado demais para uma rapariga como eu. Se a minha mãe me visse teria um ataque de coração.
Olhei para David. Utilizava uma roupa bem medieval verde e castanha, aquele baú devia ser de atores. David virou-se para mim. Corei, pensando que fosse dizer algo sobre o vestido, mas não. Limitou-se a colocar um chapéu também verde e chamou-me para sairmos dali.
Na minha opinião agora ainda nos notariam mais. Mas pelo menos estávamos irreconhecíveis! Olhei-me ao espelho e só tive a certeza que era eu por causa dos olhos Termos passado pelas florestas deixou-nos de rastos, e com aquela roupa ninguém saberiam quem eles eram! Olhei á volta havia pessoas a olhar, e provavelmente a perguntar o porquê daquela roupa, tínhamos de disfarçar ainda mais. Olhei para David e sussurrei-lhe ao ouvido:
–Temos de fingir ser namorados, para desviar as atenções!
David ficou atrapalhado, mas acabou por ceder. Encostei a cabeça ao ombro dele e demos as mãos. Ao perceberem que eramos namorados as pessoas olhavam com sorrisos grandes a dizer “Que par tão lindo!” e acabavam por desviar o olhar. Suspirei de alívio e olhei para David. Tremia da cabeça aos pés, provavelmente nunca tinha estado tão próximo de uma rapariga. Mas eu tinha que admitir, sabia bem, estar assim!
Graças a isto acabamos por parar em frente na pequena igreja de Domunculous! Era para onde Dina nos tinha mandado. Troquei um olhar com David e ele assentiu. Batemos á porta, que foi aberta por uma simpática senhora:
–Que desejam?
–Precisamos falar com o senhor Domunculous, é importante! – Respondi eu.
A senhora acenou afirmativamente e conduziu-nos até ele. O interior da igreja era tão lindo. Tinha várias esculturas e pinturas dedicadas aos deuses. Foi então que percebi que aquilo não era uma simples igreja e sim um mosteiro usado como local para os monges. Vi vários sentados com perna cruzada e de olhos fechados, provavelmente a concentrarem a sua energia.
Passamos por um jardim e fiquei pasmada! A beleza do jardim era espantosa. A relva dançava ao sabor do vento, e as flores eram tão magníficas que nem sabia qual preferia. Foi então que o meu olhar se focou numa rapariga, um pouco mais nova do que eu, sentada de joelhos na relva. Ao reparar em mim, levantou-se e desatou a correr. Virei-me para a simpática senhora:
–Quem era?
A senhora suspirou com ar triste:
–Era Lydia, uma rapariga de 14 anos, neta de Domunculous. Ela era tão alegra e comunicativa! Mas ficou assim depois do incidente…
Nem eu nem David ousamos perguntar qual era o acidente e prosseguimos até Domunculous, que se encontrava sozinho, numa pequena sala. Era baixo e os cabelos brancos mostravam a longa idade que tinha. Olhou-nos de alto a baixo e perguntou:
–Quem sois?
–Fomos enviados aqui pela senhora Dina! – Respondi prontamente.
–A sério? Ela disse-me que enviaria um rapaz e uma rapariga… Podeis provar quem sois?
Fiquei embasbacada sem saber o que fazer. David foi mais rápido, chegando-se ao pé dele e mostrando-lhe a luva. Domunculous olhou espantado para ela e de seguida mostrei o meu colar. Ele acenou afirmativamente:
–De facto sois quem dizeis! Se fosseis da “DR” não teríeis convosco duas das partes da armadura! Muito bem, eu sei que vocês têm muitas perguntas para fazer. Mas a noite vai se aproximando. Vou pedir para vos darem comida e bebida e depois é melhor descansareis. Eu vos contarei tudo depois!
Assentimos e fomos guiados até á porta que se fechou atrás de nós, mas eu ainda consegui ouvir Domunculous:“Ah Edward…”
Estanquei e tudo começou a se mexer na minha cabeça: Edward, incidente… Bastou-me alguns segundos para descobrir a verdade: Domunculous era pai de Edward!
Aquilo era fascinante demais, agora tudo fazia sentido. E a Lydia era filha de Edward!
Estava tão absorta nestes pensamentos, que nem vi Irene nos observar do alto de uma casa com um sorriso de orelha a orelha!


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Se sim não esqueçam de compartilhar a história e de comentar! Isso dá muito apoio! O próximo será no papel de Lydia! Até lá!



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