A Princesa de Metal escrita por João Pedro


Capítulo 17
Assassina


Notas iniciais do capítulo

Capítulo curto, mas eu não queria dizer tudo de uma vez, a demora se deve à seleção de fatos, me desculpe kk. Ah, não me matem tá? Porque se não, não haverá respostas (risada maligna). Vejo vocês nos reviews.



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Vitória mandou Victor sair da sala quando o guarda bateu na porta. Depois de Victor espancar o velho, Vitória ficou furiosa. Além daquilo tudo ser contra a lei, se o velho morresse ele poderia pegar pena de morte. Porém, o dinheiro que Vitória usou para suborná-lo deve ter funcionado, já que nenhum policial batera na porta de seu quarto aquele dia.
– Majestade! - Disse o guarda aflito, chamando a atenção da rainha.
Vitória parou na frente do guarda ofegante.
– O que foi Owen? É sobre Isabel?
Owen estava pálido como um boneco de cera.
– Sim... Ela...
– Acharam os brincos?
– Sim, devolvemo-os a senhorita Anne Key.
– Mal posso acreditar que ela me roubou. Onde está? Preciso falar com ela.
O guarda engoliu em seco.
– A Srtª Isabel se enforcou na sala de armas com um chicote.
Vitória cobriu a boca com a mão enluvada.
– Ah meu deus! Como isso... - Lágrimas quentes até demais escorreram dos olhos de Vitória. Só veio um nome à sua mente: Jessebele.
Ela não podia ser a assassina, não é? Embora ela soubesse matar melhor do que qualquer um naquele palácio, ela sugeriu que Vitória a demitisse antes do ataque. Ela sabia que aquilo viria acontecer?
Isabel podia estar morta desde o enterro, além disso, ela poderia ter feito isso apenas para esconder sua própria culpa...
– Chame Dr. Stalin e mande-o me esperar na sala de armas.
Sem esperar resposta, Vitória saiu da sala.
Jessie estava sentada na cama da princesa, conversando sobre coisas que acontecera em sua vida anterior... Antes de ela conhecer Victor.
Vitória abriu a porta. Ostentava um sorriso estanho no rosto.
– Como estão minhas princesinhas?
Maria Alice fechou o semblante.
– Desde quando a chama assim?
Jessie sorriu.
– Tenho certeza que vossa majestade é mais importante do que eu.
Vitória sentou se na cama entre as duas e cruzou as pernas.
– De fato, afinal você é minha filhinha.
Maria Alice olhou para Jessie.
– Você está estranha hoje, mamãe.
– No bom ou no mal sentido?
– Apenas estranha.
Vitória ficou séria.
– É porque tive que demitir uma amiga querida hoje. Ela estava me roubando, então não sei como devo me sentir.
Jessie abaixou a cabeça. Se sentia culpada, já que não sabia que afetaria Vitória desse modo.
– Sinto muito. Não sabia que ela era assim tão importante.
Vitória sorriu.
– Bem... Você fez a coisa certa afinal. Obrigada. - Vitória fez um aceno com a cabeça e logo após isso abaixou a voz, como se compartilhasse um segredo. - Vocês duas poderiam me ajudar em algo?
– Qualquer coisa, Milady. - Jessie e Maria disseram ao mesmo tempo.
– Nesse quarto não, as paredes são muito finas. Vamos para um lugar mais seguro.
A rainha se levantou e segurou a mão de ambas.
Vitória saberia naquele dia se a garota tinha ou não a ver com aquilo.
Jessie se perguntou o que ela realmente queria com as garotas. Era algo de extrema importância? A garota não sabia se já atingira aquele nível de confiança.
Chegaram na porta da sala de armas.
– Essa sala é assim tão segura? - perguntou Maria Alice.
Vitória assentiu.
– Não da para ouvir nada, nem se gritassem de pavor daí de dentro.
Vitória lançou um olhar de relance para Jessie. A garota não demonstrava surpresa.
– Como Isabel pode ter invadido então? - perguntou Jessie.
Vitória sorriu daquele jeito estranho de novo. Jessie estava ficando com medo.
– Duvido que ela tenha invadido.
Vitória colocou as mãos nas maçanetas e abriu um pouco, mas rapidamente a tornou a fechá-la.
Ela olhou para as meninas. Nenhum grito, nenhuma tentativa de fingir surpresa. Elas apenas se entreolharam confusas.
Vitória suspirou. Jessie não era a assassina, mas ela tinha que ter certeza. Sem hesitar, rainha abriu a porta.
– AH, MEU DEUS! - exclamou Jessie, cobrindo a boca para evitar uma onda de Náusea. Lágrimas rolavam pelo rosto de Jessie.
– Porque ela está amarrada no teto? - perguntou Maria Alice olhando para o chicote amarrado no ventilador.
Vitória não havia visto o corpo antes, aquilo não tinha nada a ver com suicídio.
Isabel estava com os olhos furados e sangue saia dos buracos vazios, pintando a pele azulada pela falta de ar de um vermelho escarlate.
A cena digna de um começo dramático de penny dreadfuls era exatamente assim: doutor Salvatore Stalin estava olhando para o corpo em cima de uma poça de sangue, enquanto enquanto a seus pés havia um fino cano de ferro quente, levando vapor à uma câmera fotográfica de madeira, que exalava vapor sempre que tirava uma foto. Guardas guardavam a porta com armas em punho.
– Parece que vamos ter muitos funerais esse ano. - Sorriu Stalin.
– Infelizmente ela não terá um enterro digno. - disse Vitória.- O povo entraria em pânico se pensasse que não sou capaz de controlar minha própria cidade, imagina o país.
– Não seria nada bom. - comentou Stalin. - E não vai ser bom se essa garota vomitar na cena do crime.
Jessie estava praticamente verde.
– Vou tirá-la daqui. - Não deixe ninguém mais saber, pode fazer isso?
Stalin deu de ombros.
– Posso tentar.
– Vai ter q servir - Vitória pediu para um guarda carregá-la e deixou a sala.
Maria Alice pode sentir faíscas saindo se suas engrenagens naquele momento. Não para descobrir quem a matou, porque era óbvio. Queria saber os motivos para isso.
A princesa se moveu com calma e sem pressa aos aposentos da rainha. A dama estava lá dentro.
– Senhorita, posso ajudá-la? - disse Anne.
Maria Alice fechou a porta.
– Pode sim. Comece me dizendo porque fez aquilo com Isabel.
Anne sorriu.


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