Aos 16 escrita por RKéthully


Capítulo 34
Capítulo XXXIII - Um domingo em família


Notas iniciais do capítulo

Oie...
Sei que fiquei devendo capítulos, mas esses dias eu tive uma dor de cabeça horrível, prometo recompensar...

OBG a todas que comentaram e a Horshlock e Limãozinho que favoritaram a história... Vcs são demais!!!

Boa leitura!!!



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Acordei no domingo com a surpresa de que iríamos ao shopping comprar um celular novo para mim. Minha mãe estava muito preocupada comigo, o estado deplorável que cheguei na noite anterior só a fez ficar angustiada e eu estava me odiando nesse momento. Minha mãe tinha os problemas dela para se preocupar, não precisava dos meus em seus ombros, mas fiquei grata pela atitude dela me animar, mesmo ela dizendo que eu não merecia e que mesmo assim não era seguro eu ficar sem celular para se comunicar caso ocorresse algo.

Meu pai não concordou, achava que pelo menos devêssemos esperar mais uma semana, que era quando meu castigo acabava, mas por fim, ele cedeu aos pedidos da minha mãe.

Olhei para o casal a minha frente de mãos dadas, podia se ver o amor refletido neles dois e todo carinho e companheirismo que os anos moldaram, fazendo com que as preocupações e tristezas se tornassem meros espectadores dessa singela felicidade. Sorri da alegria da minha mãe, desde a morte da minha avó, ela ainda não havia se recuperado, mas aos poucos estava voltando para nos, para a sua família. 

Heloisa me puxou em direção a loja de games.

— Ei mocinha, o que está fazendo? – parei no caminho.

Ela me olhou com aquele olhar pidão, e eu acabei cedendo.

— Por favor Lise.

— Tá bom, mas primeiro vamos pedir ao papai.

Depois de convencer meus pais a nos deixar na loja de games e irem curti um pouco o shopping sozinhos, eu e Helô fomos jogar “JUST DANCE” e eu estava perdendo drasticamente. Sou péssima nesse jogo.

— Eu estou ganhando, estou ganhando.

Helô pulava de alegria, enquanto não se descuidava nem um pouco dos passos. Até que o jogo apitou e uma voz falou: GAME OVER.

— Ganhei. – Helô comemorou se jogando em mim. Fiz uma careta.

— Sou péssima. – resmunguei para ninguém em especial.

— Realmente você é péssima.

Aquela voz fez meu coração dá um salto, fazia dias que ele não falava comigo e eu senti saudade de ouvi-lo. Me virei e encarei o garoto que estava com um sorriso matreiro.

— Helô, porque você não vai jogar qualquer outro jogo daqui. – pedi a afastando.

— Mas eu não quero. – disse olhando para Nate curiosa. – Vou ficar aqui. – cruzou os braços.

Olhei para ela e levantei uma sobrancelha em aviso.

— Tá bom, mas você vai ficar me devendo essa. – saiu resmungando. Revirei os olhos.

— Gostei dela. – disse sorrindo.

— Posso saber o porque de está falando comigo? Pelo que me lembro você me ignorou essa semana.

— E pelo que me lembro você que tem me ignorado todos esses dias.

Verdade, eu o ignorei, mas o que ele queria? Não vou ser mais uma de suas conquistas, por isso o melhor é ficar o mais longe possível dele.

— O que você quer Nate? – cruzei os braços.

— É sério o que aconteceu ontem? Você realmente está namorando o Ian ou é só um jogo? – ele espremeu os olhos para ver minha reação, não esbocei nenhuma, sustentei seu olhar como se não fosse nada, já estava preparada para aquela pergunta. – Sei que cometi um erro e que você esta com raiva de mim, mas siga um conselho de amigo. Não vale apena se arriscar Lise. Ian não é confiável.

— Assim como você, que foi para cama com uma garota de quatorze anos? - certo, eu estava parecendo uma namorada ciumenta jogando isso na cara dele, mas se isso não tivesse acontecido, talvez os nossos destinos tivessem tomados rumos diferentes.

Ele suspirou.

— Eu só queria... – cortei sua fala.

— Você não quer nada Nate. Eu estou apaixonada pelo Ian, aceite isso e me deixe em paz. – sai irritada de perto dele e fui procurar Heloisa.

Nate em poucos minutos conseguira estragar o meu dia, não vou negar que no começo começara a sentir algo por ele, ele me parecia alguém confiável e me tratava como uma verdadeira dama, ao contrario de Ian que sempre foi grosso comigo. Me senti mal por ter dito aquelas palavras tão rudemente, ele não merecia, quando ele ficou com Yasmim, nós não estávamos juntos, na verdade, nunca ficamos juntos. Suspirei irritada e me virei para me desculpar, mas ele já havia ido embora. Eu não queria magoa-lo, mas eu já estava envolvida nessa merda até a cabeça, e o que eu posso fazer agora é me jogar de vez, e ver o quando eu consigo me enterrar com ela.

***

A segunda feira havia amanhecido nublada, igual ao meu humor, infelizmente havia chegado a hora e mesmo assim eu não sabia o que dizer, nunca precisei pedir aos meus pais para irem no colégio por mim e em duas semanas no Santa Mônica eu já tinha arrumado muita confusão. Só quero ver como será o resto do ano.

— Bom dia! – disse assim que entrei na sala de estar, dei um beijo em meu pai, em seguida na minha mãe e afaguei os cabelos de Heloisa.

Sentei a mesa com a minha família, tudo parecia normal, peguei um pão e comecei a amassá-lo nervosa. Meu pai percebeu minha inquietação.

— Aconteceu alguma coisa filha?

É agora ou nunca.

— Sim. – disse nervosa. – Preciso que o senhor ou a mamãe vá ao colégio falar com a diretora hoje.

Minha mãe me olhou estupefata.

— O que aconteceu Annelise? – uh, eu estava ferrada, para ela me chamar pelo nome completo, eu estava muito ferrada.

— Eu briguei com uma menina, no baile. – eles me olharam sem entender, mas as revelações não tinham acabado. – E eu estou namorando.


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Notas finais do capítulo

Ui.. tenso...
Bjos!!!



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