A Senhora das Trevas escrita por Lara Oakenshield


Capítulo 13
O Conselho


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoal! Espero que curtam mais um novo capítulo! Curtam e comentem, e não esqueçam de acompanhá -la ♥ Até o próximo capítulo. ♥ beijos........ Lara



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– Venha Greentch!! Estamos chegando - dizia Penator sussurrando para o servo.

Eles estavam no alto de uma colina, abaixo podia -se notar as luzes da cidade, conseguiram chegar finalmente a Lothoríen. Desceram por entre as folhagens, que naquela noite, reluzia em tons pratas e dourados, estava chegando o Solstício de Inverno, com a escolha dos novos magos, aqueles quais seriam os detentores de grandes poderes misticos,e que cuidariam e preservariam a Terra - Média. Greentch se metamorfoseou em um animal de grande porte, levando nas costas, o mestre. Penator olhava maravilhado a beleza do Reino, a delicadeza em cada minimo detalhe, cada folha, cada arvore, cada ser, com uma luz própria.

– Alto! Quem vem lá? - questionou um guarda do alto dos muros. Penator fora surpreendido pelos soldados, que miravam -lhe flechas. - Diga para seu servo voltar a sua forma de origem, sabemos que ele não é quem aparenta ser! - disse o mesmo guarda.

Penator acenou para que Greentch voltasse a sua forma de duende, retirou do bolso, uma carta, e entregou -a nas mãos do oficial. O elfo o encarou por mais alguns instantes, antes de ordenar que os portôes fossem abertos para o jovem mago. Ele passou pelo arco de pedra que havia no centro da clareira, indicando o caminho até o Conselho, avistava ao longe, diversos senhores, meninos jovens, altos, baixos, todos com uma características que os diferenciavam, características que os fariam ser escolhidos. A chuva caia fina e leve sobre a túnica de Penator, que sacudia o barro para melhor se apresentar. Ao longe descendo pelas escadas centrais, estavam os três grandes elfos, portadores da sabedoria Valar, e descendentes diretos dos deuses. Havia Elrond de Valfenda, o 3° e grande Rei élfico a ser escolhido como porta voz, ele devia ter seus pouco mais de dois mil anos, uma idade nova para um elfo. Oropher o Rei da casa Teleri, estava ao seu lado, seu poder e referência eram tão grandes quanto sua sabedoria, e Galadriel, Rainha de Lothorien, a mais bela das elfas Sindar, a mais pura jóia lapidada pelo tempo, descia de braços dados com o marido.


Em frente a escadaria, havia uma trilha que ligava o palácio ao salão do Conselho, onde eram debatidos problemas e conflitos , e novas decisões. Ali seria a sede dos futuros magos, o seu primeiro lar. Galadriel iniciou o cortejo, sendo seguida pelos diversos magos que vieram para a seleção. Deu -se início a um ritual de preces e encantamentos, os galhos das árvores se movimentavam ao comando das palavras ditas em élfico antigo, os animais punham -se a adormecer ao poucos, e a luz da lua, eminava clara no alto do céu. Era a cena mais linda, que Penator havira visto.


Sentaram -se todos em roda, sendo servidos de aperitivos e vinho. Os mais velhos, começavam a se sentar da direita para esquerda, em ordem decrescente. Penator era um dos últimos na sequência, estava ao lado de um jovem de apenas quatorze anos, que vinha representando os magos ocultos. Oropher se levantou, iniciando o debate, seria preciso que cada mago subisse no pedestal, e dissesse em voz alta uma qualidade e um defeito, ambas deveriam ser de extrema sinceridade, para que a escolha fosse justa. Começaram pelos mais velhos e, favoritos aos cargos. De um em um, cada qual revelava uma de suas qualidades e pautava sobre seus defeitos. Elrond anunciava os próximos magos, quando um jovem, com mais de vinte anos levantou.


– Chamo Saruman, aprendiz e mago Istari.- disse Elrond.

O jovem andou em direção ao pedestal, a túnica branca arrastava no chão, fazendo o tropeçar de vez em quando. Respirou fundo e pôs -se a subir os poucos degraus, olhou de cima os vários olhos que o ameaçavam. Saruman, segurava na túnica, para não demonstrar o nervosismo, e olhou firmemente para seus oponentes.

– Me chamo Saruman, da linhagem dos Istari. - começou, impondo poder em sua voz. - Minha qualidade, posso dizer, que sou muito atento. - disse ele, virando -se para Elrond, que o analisava pacientemente. - Já meu defeito, creio que possam ver dai de baixo, que eu sou sagaz, para mim, e para meus anceios, o céu não é o limite. - terminou ele, virando as costas, e descendo lentamente as escadas, encarando o olhar frio e pesado de Elrond, em seu encalço.

Ele se levantou, segurando o pergaminho que já chegava ao fim, anunciava de vez em vez, mais nomes, que subiam no pedestal, e pareciam ficar lá. Um dos ultimos a ser chamado, em nome da divisão Istari, fora Radagast, um mago simplório e pouco conhecido. Ele trajava vestimentas parecidas com troncos de árvores, causando riso nos outros companheiros de Conselho. Ele subiu sem medo as escadas, prostou -se de frente aos magos que indagando piadas, faziam -o agora, perder a concentração. Iniciou -se um coral de piadas, vindo até mesmo dos mais novos, Galadriel levantou, e como um estrondo, fez que todos se calassem, uma luz cinza surgiu em volta dela, transtornando os magos, que perplexos, ficavam de cabeça baixa. Ela olhou carinhosamente para Radagast, indicando com a mão, para que prosseguisse, Radagast, agradeceu com um sinal, e continuou a subir, ao fim do pedestal, olhou para baixo, vendo as cabeças erguidas em sua direção.

– Eu sou Radagast, da linhagem Istari. - disse ele, controlando a inquietação. - Minha qualidade é ser bom, mas meu defeito, é ser bom demais. - disse ele, olhando com sarcasmo para os magos, que não mais riam da situação, permaneciam em respeito.

Ao passar da noite, centenas de magos, subiram e desceram do pedestal, familias, e divisões, competiam entre si, para serem um dos cinco escolhidos pelos deuses. Levantou -se então, um rapaz, alto, de cerca de vinte anos, ele passou sem ser percebido pelos outros, subiu os degraus, sem olhar para os lados, segurava na barra da túnica para que não atropessasse como outros magos. Seu nome até fora anunciado, mas pelo cansaço em ouvir,e se embebedar, muitos nem mais ouviam oque Elrond dizia. O rapaz, olhou para o ultimo degrau, antes de erguer a cabeça, em seu pescoço escorriam gotas de suor, sua mão apertava firmemente a túnica, e de olhos fechados, colocou -se de frente para os olhos que admiravam o mistério em sua alma.


– Meu nome é Gandalf, e eu sou um acolhido Istari . - disse ele, segurando para não se importar, com os olhares furiosos e indignados que eram lhe lançados. - Minha qualidade, receio que seja ser bom, não tenho muito para contar sobre mim. - disse ele, segurando a túnica como sua última esperança de controlar o incômodo. - Acredito que meu defeito, seja o medo, medo de me corromper, e não cumprir minha missão. - completou ele, virando -se e descendo as escadas, passando em frente aos Reis Élficos. Ele sentiu o olhar de Galadriel sobre ele, e um sorriso de canto sugir, uma voz passou a sussurrar em sua mente, ' meus parabéns Mithrandir". Ele seguiu caminho, passando por entre os magos, que rogavam -lhe pragas e xingamentos, revirou os olhos ao ouvir uma piada sem graça de um deles, e voltou -se a se sentar.


Elrond, levantou de seu assento, e com o pergaminho em mãos, chamava os quatro últimos magos. Oropher olhava fixamente para o rapaz que subia as escadarias, usava uma espécie de manto todo azul cor do oceano. Sua voz parecia uma infinita melodia, ganhando -o pouco a pouco com seu discurso.


– Me chamo Mewlor, e sou um escolhido Istari. - disse ele, sem se surpreender com a demanda de desaprovação que vinha para cima dele. - Minha qualidade caro senhores, é ser caridoso, não meço esforços para ajudar os outros, porém meu defeito me contrapõe, sou ganancioso, quando se trata em ganhar mérito, parece irônico, mas não é. Tomei uma poção para ser sincero antes de subir até aqui. - finalizou ele, causando alguns risos por parte dos presentes, até mesmo dos Reis Élficos.


Veio então a vez de Penator, ele caminhou rapidamente até o pedestal, sem deixar que o tempo fosse -lhe curto. Subiu as escadas, e em segundos estava em posto no alto do pedestal. Os membros o olhavam de baixo, afugentando para longe os pensamentos de um suposto, e mais um, escolhido Istari. Ele controlou a respiração, imaginando as coisas que havia feito para estar até ali, não desistiria tão facilmente agora.


– Meu nome é Penator. - disse ele, acenando como um 'Olá' para os presentes. - Minha qualidade é minha benevolência, posso estar passando por algum perigo, mas ainda sim ajudaria alguém. - respondeu ele, a dúvida que surgiu a cabeça dos demais. - E meu defeito, seria que por vezes sou intransigente, não consigo controlar minha paciência por muito tempo. - completou ele, terminando a fala, virando -se de costas e voltando para seu lugar, deixando os magos sem reação, afinal, ele nao, havia dado nem ao menos tempo para argumentos contraditórios.
Deu -se o fim do Conselho, os membros aguardariam a resposta dos deuses dentro do salão de banquete, enquanto Galadriel, Elrond e Oropher, desciam as escadas ate o poço da visão. A noite já estava inquieta desde o início do banquete, ninguem falava uma palavra sequer, a não ser Saruman e seus companheiros. O estrondo de taças se quebrando e risadas sarcásticas, incomodava os outros magos.

– Senhor! - disse Gandalf, virando a cabeça de seu assento, para Saruman, que o olhou intrigado. - Pode por favor, ficar quieto, não há momento para bebedeiras. - finalizou ele, voltando -se para a taça vazia que havia na mesa.

Saruman, riu com desdém e continuou a pertubar os magos. A noite já havia atingido seu ápice, a luz estava centralizada em cima do poço, e Galadriel, pronta para ouvir. Eles caminharam durante poucos minutos até o local, haviam guardas de prontidão, para caso algum mago esperto tentar escutar o resultado antes da hora. Elrond ajudava a senhora a descer por entre as escadas curvas, e manter firme em sua mão o jarro prateado.

Ela olhou para o poço, respirando fundo, tirou a capa que cobria -lhe os olhos, e pegou a jarra da mão de Elrond. Mergulhou -a dentro da água, e a derramou novamente no poço. Aos poucos, a luz da lua refletia na água iluminando o rosto de Galadriel, ela sentiu a brisa percorrer sua espinha, no momento em que a visão veio em sua cabeça.

" Cinco senhores ei de escolher, antes da lua no céu descer. Escolha aquele que mostra ambição, e aquele cujo coração responde a paixão. Olhe para o mais novo no canto do salão, e que seja por último o escolhido então, por fim pego o mais temido e o junto com aquele mais despercebido."

Galadriel jogou -se contra Elrond, abrindo os olhos aos poucos. Colocou -se de pé, com a cabeça ainda repetindo a profecia, olhou para os dois Reis, segurando em suas mãos, e subindo de volta para o salão. Ela sentia o peso por dar a resposta, pois era a única que manteria o segredo, a única que saberia a verdade. Ao longe, podia escutar o barulho vindo do banquete, e agora a lua quase se indo, apressou o passo, chegando no salão, antes de Oropher e Elrond. Sua chegada inesperada, deixou os magos estáticos, Saruman envergonhou -se pela conduta, indo sentar -se junto aos outros.

– Bem senhores! - disse Galadriel, na porta do salão. - Estamos prontos. - disse ela, virando as costas, indicando o caminho até o Conselho.

Todos os magos se apressaram em acompanhar o novo cortejo, murmúrios começaram a surgir, com os possíveis escolhidos, começara um pequeno furdunço no cortejo, que só teve fim no topo do vale. Elrond olhou friamente para os presentes, no ral do Conselho, começaram aos poucos se acomodarem em seus lugares, como assim, havia sido feito. Galadriel já estava no topo do pedestal, com cinco cetros em mãos. A tensão surgiu no local, todos os olhos estavam virados para ela, que lá do alto, sentia seu coração em suas mãos.

– A ordem senhores, é a mais pura e dedicada das normas na terra -média, é algo que prevalece, e prevalecerá até o fim dos tempos. - começou ela, olhando para baixo. - Os escolhidos, são os quais demonstram desde o primórdio de suas vidas, que estão prontos para esta tarefa. - completou ela, indo em direção aos cetros. - Peço - lhe para que cumpram -a e não se deixem ser levados pelas más seduções. - finalizou ela.

Galadriel pegou o primeiro cetro, ele era branco, um pouco menor que os outros, e em seu topo, haviam galhos de árvores . - Convoco o primeiro escolhido, que seja como a voz a emitiu, que o mais ambicioso suba aqui então. - começou ela, causando nervosismo e inquietação nos magos. - Mewlor! - disse ela, olhando para a casa de espanto do escolhido, que rapidamente se pôs a subir as escadas. - Escute Mewlor, você é um escolhido Istari, e é vontade dos deuses, que tenha um nome Maiar, será ele Alatar, meus parabés. - disse ela, entregando - lhe o cetro.

Mewlor segurou firmemente o cetro, que começou a reluzir em tons claros, aos poucos suas roupas foram sendo substituídas por mantos azuis royais. Em seguida, colocou -se de frente para os magos, que o olhavam invejados,por seu poder. Galadriel, pegou mais um cetro, este era cor de madeira, com uma pequena pedra branca em seu topo.

– Chamo aqui, o mais puro de coração, cujo qual, só se vê paixão. - disse ela, fitando o novo escolhido. - Gandalf! - disse ela, vendo -o pasmo, assim como o primeiro, subir as escadas. - Caro Gandalf, seu coração o fez estar aqui, e espero que ele o guie sempre, parabéns Milthrandir! - completou ela, entregando o cetro.

Assim como Mewlor, Gandalf, sentiu o poder correr em suas veias, as roupas antes farrapadas, se transformarem em mantos cinzentos. Um chapéu surgiu em sua cabeça, da mesma cor de suas vestes, eis ai sua posição em relação aos cinco, seria um dos mais influente no Conselho. Em sequência, Galadriel, segurou o terceiro cetro, que era negro como a noite, prendendo em seu topo, uma pequena pedra circular, de cor azul cor do oceano.

Ela fitou o jovem que estava no fundo do salão, o mais novo dentre os magos escolhidos, que curioso fitava seu olhar. - Chamo aquele qual, será irmão de um dos escolhidos, poder que deve ser mantido. - disse ela, mirando em seus olhos. - Penator! - disse ela, em voz alta. Penator levantou -se majestosamente, caminhando em direção ao pedestal, fuzilou com o olhar os magos que não mais riam do último escolhido Valar. Ele segurou no cetro, sendo consumido pelo poder que manava de seu cajado, suas roupas, agora adquiriam tonalidades de azul claro, com uma capa prendida nas costas. - Escute Penator, assim como seu irmão, seu nome mudará então, que seja conhecido como Pallando, um dos irmãos Azuis. - finalizou ela, indo em direção ao proximo cetro.

Ele caminhou em direção aos três escolhidos, reverenciou com a cabeça os novos magos, batendo com o cetro no chão, frente ao irmão, Alatar. Olharam todos para o mais novo escolhido, ele devorava as escadas, segurando firmemente o cetro negro. Havia uma pedra branca presa em seu topo, e suas vestes adquiriam tonalidades claras, seus olhos combinavam com o poder que minava de sua posição, seria ele, o mago dos magos.

Saruman virou -se de costas indo em direção aos escolhidos, pôs -se no meio dos três, sendo analisado por cada um deles, e também por Elrond.

– Chamo por último, Radagast! – disse Galadriel, indo em direção ao novo e último escolhido. – Parabéns, espero que assim como sua integridade, você possa sempre se manter em sua missão. – disse ela, entregando o cetro em suas mãos.

Radagast, elevou o cetro para o alto, sendo tomado por uma onda de pó marrom que magicamente mudou suas roupas. Elas transformaram –se em túnicas marrons, que combinavam com o cajado, muito semelhante a um galho grosso de árvore, com uma pedra preta presa em seu miolo.

– Estes são os escolhidos Valar, estes são os Magos. – disse Oropher levantando de seu assento. – Rogo para que suas missões sejam a única preocupação que aparecerá em seus caminhos senhores. – finalizou ele, indo cumprimentar os novos magos.

°°°

A celebração passou rapidamente, muitos magos ficariam em Lothórien até o dia seguinte, dentre eles, todos se deram bem um com o outro, menos Penator. Ele vagou durante a noite, pelos vales escondidos e inóspitos de Lothórien, seus pensamentos iam e viam pelas lembranças que surgiam em sua mente.

– Mestre. – disse Greentch se aproximando. O servo trajava vestimentas verdes escuras, que se confundiam com a pele verde rubi. Os olhos amarelos refletiam o mestre que estava de costas para ele.

– Sim Greentch! – disse Penator, segurando o cetro em mãos.

– A missão falhou, o outro andará junto com o mestre. – disse Greentch, se esquivando da túnica que quase lhe acertou. Ele se encolheu perto do mestre, segurando na barra de sua vestimenta.

– Não Greentch. A missão irá funcionar, a garota irá nascer. – disse Penator, olhando ironicamente para o servo. – Para que pressa, caro Greentch? – Perguntou-lhe Penator.

Ele caminhou ate o primeiro degrau da escada, virando- se para o servo, que ainda o olhava confuso. – Ainda estamos na Terceira Era do Sol. – disse ele, sorrindo friamente para Greentch.


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