A escola invisível escrita por Fox


Capítulo 8
Atiradora de facas


Notas iniciais do capítulo

E então, desculpem pela demorar, porém agora eu estou muito ocupado então, os capítulos sairão todas as segundas, até o próximo, espero deixá-los curiosos com este capítulo.



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A faca passou raspando por mim, toquei no lado do meu rosto, estava húmido, olhei para os meu dedo e a ponta estava vermelha, não era muita coisa, mas não era bom de qualquer forma, então olhei para a figura que tinha lançado a faca, era uma mulher de mais ou menos um metro e setenta, tinha cabelos negros cortados na altura dos ombros e olhos negros como a noite, pele bronzeada e vestia um uniforme francês de empregada.

– Só pode ser piada- falei olhando para a figura em pé na minha frente

– Oque você faz aqui, não é permitido que ninguém sem autorização entre nessa casa, saia agora ou a próxima faca irá no meio da sua testa- ela tinha uma voz sedutora e profunda

– Ok, espere, eu não estou invadindo

– Você tem cinco segundos para se explicar

– Não, espere, eu sou o sobrinho da Morgana, ela me deu a chave

– Ela nunca comentou sobre um sobrinho vir para esta casa, portanto você é um intruso, mentiroso que será eliminado- dito isso ela começou a correr e lanças facas em uma velocidade surpreendente, eu teria sido acertado por todas, porém o Djin no meu colar envolveu meu corpo em uma cápsula de fogo

– É um bom truque, porém eu já ví um destes, e eles dependem dos sentidos do usuário para defendê-los- então ela jogou uma faca que bateu com o cabo em um interruptor e as luzes apagaram.

O casulo se dissipou e o salão estava completamente escuro, então eu ouvi um barulho nojento de ossos de deslocando e roupas rasgando, e então um rosnado, levei um golpe que me fez voar direto na parede, então uma mão não humana segurou meu pescoço, as garras cavaram no meu pescoço, eu podia sentir o hálito quente da criatura no meu rosto, eu estava ficando sem ar, e a dor das garras no meu pescoço não ajudava em nada

– Mas oque é isso!- ouvi uma voz feminina, então a mão no meu pescoço afrouxou e me soltou, e ouvi um barulho de patas batendo no assoalho, alguns segundo depois as luzes acenderam

– Eu capturei um intruso madame- a empregada apontava para mim

– Ele não é um intruso, é meu sobrinho! Ah está sagrando, Samanta vá pegar o kit de primeiro socorros- a empregada saiu e um segundo depois voltou com uma maleta branca.

Minha tia me colocou no sofá da sala de visitas e começou a enfaixar meu pescoço, e colocou um curativo na minha bochecha, as feridas não eram profundas, mas doíam muito, provavelmente por causa da pomada que usara para cicatrizar.

– Que coisa é essa que usou no meu machucado, dói muito- falei para a empregada.

– É uma pomada especial, dói, porém amanhã estará novo em folha, deixe de ser chorão, já é um homem, se ficar choramingando nenhuma mulher de verdade se interessará por você- falou ela enquanto arrumava as coisas na maleta

– Eu não presaria choramingar se você não tivesse tentado me matar

– Eu fui encarregada por essa casa pela Madame Morgana, você era um intruso, não me arrependo do que fiz, estava cumprindo meu dever- ela se levantou e olhou nos meus olhos- Porém também sou educada o suficiente em admitir que errei ao ataca-lo, desculpe-me- ela falou curvando-se de leve

– A culpa foi minha por não ter avisado Samanta, hoje foi um dia caótico, bem com esse assunto resolvido, vamos comer?

Tia Morgan saiu da sala e me mostrou onde era meu quarto, para que eu pudesse me limpar e me trocar- então Samanta me mostrou onde ficava a sala de jantar, no caminho aproveitei para conhece-la melhor.

– Eh...então você faz tudo na casa?

– Eu, limpo, arrumo, organizo, e também protejo a casa, a cozinha fica com Betrun, e a limpeza das roupas e o jardim com a Ingriti

– Ingridi?

– Não não, é Ingri-ti, com t querido- falou uma voz vindo de lugar nenhum.

Ao me virar vi uma mulher linda, com cabelos longos e brancos que iam até a cintura, e um belo corpo, sua pele era pálida como cera, e seus olhos bancos também, usava um vestido todo branco com renda e flutuava no ar.

– Você é um fantasma?- ela deu uma risada

– Não querido, sou apenas uma Elemental

– Ah entendo- minha vida ficava cada vez mais cheia de monstros

– Não vai me dizer seu nome?- ela falou se aproximando de mim

– Desculpe, é Jonathan- falei e estendi a mão para cumprimentá-la

– Muito prazer Jonathan, não deixe a mal humorado de assurtar, ela é um doce por dentro- ela apertava minha mão enquanto falava

– Vamos garoto você tem que jantar

O salão de jantar era retangular, com colunar de madeira polida com papel de parede bege com gravuras de folhas de várias formas, a mesa era de carvalho escuro tão polido que brilhava, as cadeiras eram estofadas com a mesma cor da parede, a mesa estava posta apenas para dois na ponta, me sentei e jantamos em silêncio, apesar de eu adorar minha tia, e ela ter se tornado uma figura materna, fazia muito tempo que eu não há via.

– Posso fazer uma pergunta?

– Se for sobre a sua mãe, eu não sei onde ela está, me desculpe querido.

– Não, não é isso, bem, porque você me abandonou?- minha tia largou o garfo e olhou para mim

– Eu...bem, não podia mais ficar com você meu querido, eu ia para ver se você se tornaria um ser mágico, quando constatei que não desenvolveria mana, eu não- me levantei da cadeira.

– Você parou de ir me ver só porque não me tornei um mostro?!- o olhar de surpresa de Samanta me dava uma ideia de como eu estava ao saber sobre esse meu lado da família

– Você é humano? Então como está vivo? Aquele soco mataria qualquer humano comum

– Espere, foi você que me acer-

– Querido, eu não fui velo porque não tinha permissão

– Como assim?

– Eu sou um ser mágico querido, eu não posso ficar no mundo humano livremente, é proibido

– Como assim, quem proibia você de ir me ver?

– Bem, são pessoas muito importantes que tem o papel de manter o mundo humano separado do nosso mundo- elas falou e deu um sorriso nervoso- E já era algo difícil eu ver você antes de saber se você era um ser mágico depois de confirmarmos que você não é como sua mãe, seu pai dificultou as coisas para mim

– Oque meu pai tem haver com essas pessoas?

– Bem, estou cansada meu querido, conversamos sobre isso outro dia, você tem que descansar, amanhã começaremos a deixar você em forma

– Em forma, por que?

– Por que, você é tão fraco que dói bater em você, isso só é poderoso, quando quem o “empunha” pode e sabe usá-lo corretamente- falou Samanta apontando para meu colar

Subi para meu novo quarto, reparei melhor e ele parecia muito com o meu quarto na nova mansão do meu pai, vermelho, com uma grande cama em uma das paredes, um computador, escrivaninha, um banheiro, me preparei para dormir e deitei na cama, era muito confortável, apesar disso, aquela conversa havia tirado meu sono, e tinha a sensação que eu não dormiria tão cedo.

( ao mesmo tempo, no escritório na casa de Morgana, ela conversava com a uma silhueta projetada na tela do computador )

– Tem certeza que não posso falar pra ele agora? Ele está cheio de dúvidas

– Vai ser melhor mate-lo assim, ele pode acabar atraindo ainda mais atenção, se descobrirem que é meu filho, irão mata-lo na hora, ou pior.

– Tudo bem, você manda, vou mantê-lo no escuro mais um tempo, mas ele puxou muito de você, vai descobrir uma hora ou outra.


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Notas finais do capítulo

Estão gostando? De quem era a silhueta?
Se estão gostando comentem, se não, comentem também, me ajudem a melhorar. Bjs do FOX



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