– Então a minha mãe era uma feiticeira? Um monstro?

– Até onde eu sei sim, a não ser que ela seja mais alguma coisa, isso vai ter que perguntar para ela

– Então, eu também sou um monstro? Sou uma espécie de Harry Potter?- assim que falei me arrependi, pois minha tia estava fazendo uma cara de zangado

– Meu amor, eu te amo muito, você é meu filho mesmo eu não tendo te dado a luz, mas para o seu bem, NUNCA mais, compare eu e a sua mãe a uma mera bruxa, ok?- eu não sei se era impressão, mas o cabelo dela parecia estar brilhando

– Claro, eu nunca mais faço isso- depois de eu fala isso, ela respirou fundo e voltou a ter o sorriso característico dela

– Como eu dizia, sua MÃE é uma feiticeira, você, não

– Espera, se minha mãe é uma feiticeira, um monstro, eu não deveria pelo menos ser metade feiticeiro?

– Acontece querido, que não existem Feiticeiros, os homens com mana a energia mágica astral, são chamados de magos

– Oh, então eu sou um ma-

– Não também

– Puxa, então oque raios eu sou?

– Humano, um puro e simples humano

– Como assim, como posso ser humano se minha mãe é uma feiticeira e meu pai humano, eu deveria ser pelo menos metade

– Bem, com a maioria das raças é assim, porém, algumas raças como as feiticeiras e magos, ou você com mana ou não, sem meio termo

– Então, se eu sou um completo e inútil humano, por que eu vim parar aqui?

– Oh meu amor você não é inútil, você é bom em por exemplo- ela falava enquanto pegava minha fixa com histórico escolar

– Nossa, você é um inútil

– Obrigado pelo estímulo, me sinto muito melhor para viver em um mundo aqui agora

– Desculpe querido, mas é que você não é bom em quase nada, suas notas são horríveis em todas as matérias em que se precisa escrever.

– É, as aulas são muito chatas para mim

– Entendo- falou ela como se soubesse como é

– OK, se sou um humano completo, e um inútil, por que eu vim pra cá?

– Por causa disso aqui- falou ela apontando para meu colar, olhei para ela confuso.

– Acha mesmo, que sua mãe iria te deixar indefeso? Essa pedra é uma Oblitina é uma pedra muito difícil de conseguir, ainda mais uma com esse tamanho, ela serve para fazer armas e itens mágicos, pois não se destrói quando entra em conta com magia, mesmo sedo uma quantidade colossal, e a marca é armazenar

– Então, ela é como uma bolsa mágica, e carrega algum feitiço dentro

– Você entende as coisas rápido, oque está ai dentro é um Djin artificial

– Um Djin?

– Os originais são criatura mágicas de temperamento difícil, que incorporam os elementos da natureza, mas esse foi criado pela sua mãe, ela sempre foi talentosa com feitiçaria, ela ligou o Djin a você, assim quando você está em perigo ele aprece para lhe proteger, em troca você o mantem aqui, por isso te cansa tanto

– Então, toda vez que eu entrar em perigo ele vai aparecer? Tipo como um poder?

– Não é assim querido, como falei, ele não é um Djin original, não é tão poderoso, apesar de ser muito forte, mas também, tem um limite de vezes que pode usar ele, pela que eu vi, você pode invocá-lo, mais duas vezes, ai então, seu colar vai ficar vazio, então, não se meta em brigas desnecessárias, agora, vá almoçar eu tenho que trabalhar

– Espera, quando você vai me mandar para o mundo humano?

– Não vou mandá-lo- falou ela olhando os papéis na mesa

– Mas, eu não sou um monstro, não posso ficar aqui, os alunos, não devem ter muita afeição por alguém como eu, sem falar que já fiz alguns inimigos

– Primeiro, te encontrei depois de tanto tempo, quero ficar perto que você agora meu querido, não vou te mandar de volta para o seu pai te transformar em alguém igual a ele e por fim, é só se meter em poucas brigas que vai conseguir se passar por um mago, caso a magia do colar acabe eu posso refazê-la, agora vá

Minha tia estava maluca, se bem que ela sempre foi meio doida, mas eu um humano fraco e indefeso ficar aqui, nessa escola de monstros, isso era insanidade, e se eu me mete-se em uma briga e a magia Djin acabace bem no meio da briga, eu estaria morto, fui tirado dos meu pensamento após esbarrar em alguém.

– Caramba, eu tenho que parar de esbarrar nas pessoas!

– Talvez se você prestar atenção no caminho isso ajude- falou uma voz feminina

– Olá Sarah, me desculpe

– Tudo bem, eu estava lendo e caminhando, a culpa é minha também

– Você lê muito

– É oque dizem

– Bem, até mais tarde

– Até- ela sorriu e piscou para mim

Em um dia normal, uma escola normal, e um mundo normal, eu teria levado isso como uma cantada ou sinal verde para paquerá-la, mas eu não estava nas mínimas condições de pensar nisso, até porque, eu não sei oque ela é.

Após caminhar alguns bons minutos perdido nos corredores eu encontrei um rosto família, ou quase isso.

– Jéssie- chamei ela, que se virou para mim.

– Olá Jonathan

– Oi, como eu posso chegar ao refeitório?

– É mais fácil mostrar que falar, esse lugar é um labirinto, venha, eu mostro onde é, não estou fazendo nada mesmo

Caminhamos alguns segundo em silêncio, então eu pude reparar algumas coisas nela, como, ela estar usando tênis e ser mais alta que eu, pouco, mas era mais alta.

– Então, você veio cursar oque?

– Ah... eu vim, cursar história

– Sério?

– É, eu quero saber sobre tudo dos dois mundos

– Hum, que visão ambiciosa, pena que você terá de cursar sozinho

– Como assim?

– Bem, ninguém vai as aulas de história

– Por que?

– O professor, ele é um pouco, amedrontador, e trata mal todos os alunos, por isso ninguém cursa história

– Ah mesmo, acho que, minha fome por conhecimento vai superar esse medo- eu estava suando frio, que tipo de monstro seria esse professor

– Bem, é aqui o refeitório, até mais

– Até- eu falei e a beijei no rosto, eu não sei por que eu fiz isso, foi um impulso, um reflexo, fiquei esperando um tapa, mas ele não veio, quando olhei, ela estava vermelha, ela devolvei o beijo e saiu sem falar nada.