A escola invisível escrita por Fox


Capítulo 11
A verdadeira história


Notas iniciais do capítulo

Olá a todos, com minha empolgação a níveis estelares, escrevi logo e próximo capítulo, e agradeço a minha querida editora por revisá-lo mesmo sendo tão tarde da noite. Aproveitem, e espero que esteja a altura que você merecem.



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Terminei de almoçar, peguei minha mochila e me preparei para meu primeiro dia de faculdade. Enquanto eu caminhava em direção a escola, percebi que aquele local possuía uma beleza única, as árvores pareciam estar em um outono eterno, suas folhar de cor laranja e amarelo caíam e seguiam com o vento.

– Que tipo de pessoa Kaisar deve ser? - Pensei em voz alta.

Pensei em vários tipos de pessoas, incluindo um velho corcunda com cabelos grisalhos e dedos tortos que cuspia enquanto falava. Fui arrancado dos meus pensamentos com o som do sinal da escola, eu me atrasaria para o meu primeiro dia, ótima primeira impressão.

Já fazia cinco minutos que o sinal havia tocado, graças a uma ronda na escola no dia anterior consegui evitar um atraso ainda maior, cheguei à sala 12-B, que era usada para as aulas de história, ou pelo menos era isso que dizia no papel que Tia Morgana havia que entregue na noite anterior, respirei fundo e bati na porta.

– Pode entrar. - Era uma voz grossa e surpreendentemente mais jovem do que eu esperava.

– Desculpe o atraso, eu tive uma manhã cheia... - Falei abrindo a porta e dando de cara com o temido professor Kaisar. Ele devia ter um metro e oitenta, cabelos negros cortados curtos, um porte médio, olhos cor de mel, barba muito bem aparada, e usava um terno preto, com sapatos pretos simples, um resumo, um cara que se descreve como, muito boa pinta, ou como as mulheres diriam “aaah, que gatão”.

– Como é o seu primeiro dia, eu deixarei passar, porém, da próxima, farei você correr dez quilômetros enquanto decora todos os horários de todas as aulas desta instituição. - Agora eu sabia o porquê as pessoas não gostavam dele.

– Sim senhor! - Escolhi a carteira mais do meio na primeira fileira, estaria próximo ao professor, em sinal de respeito, mas também, igualmente próximo à saída.

– Muito bem, vamos começar. - Ele se virou e começou a escrever no quadro. – O assunto de hoje será a primeira cruzada, que é também nomeada pelos caçadores como primeira guerra de purificação. - Levantei minha mão interrompendo o professor.

– Sim, Jhonatam?

– O que são os caçadores?

– Você não sabe quem são os caçadores? Em que mundo viveu até hoje?

– Bem, digamos que eu morei um pouco afastado deste mundo, por causa do meu pai.

– Muito bem, os caçadores são uma organização criada pelos humanos para fiscalizar a interação entre humanos e monstros, inclusive investigar assassinatos cometidos e sofridos por ambos os lados, porém, em algum momento da história, eles param de patrulhar, e começaram a tentar nos extinguir, e essa guerra foi início disso.

– Então, a primeira cruzada foi uma guerra entre monstros e humanos? Mas eles não contam isso nas histórias.

– Claro que não, apenas aquele que servem a ordem dos caçadores sabe a verdadeira história do mundo, agora, continuando... - Ele se virou para o quadro e continuou escrevendo e falando. – A primeira cruzada foi um marco para ambos os lados, para nós os monstros, foi a primeira vez que nos unimos para derrotar um inimigo maior, para os caçadores foi a liderança de uma mulher, a primeira Paladina, ela matou mais monstros sozinha, que um batalhão inteiro de caçadores, e é considera a Paladina mais poderosa que já viveu. - Levantei a mão

– Professor.

– Sim?

– O que é uma Paladina?

– Paladinos são pessoas que atingiram a patente mais alta entre os caçadores, geralmente eles possuem de três a quatro paladinos, que formam o grande conselho.

– Hum... Eles são tão poderosos quando ela?

– Eu não sei, nunca encontrei com um, mas dizem que ela nunca poderá ser comparada, pois ela possuía uma espada especial, chamada Volka. - Ele caminhou até um armário e pegou um pedaço de pano com algo dentro, ao desembrulhar o pano revelou uma espada de fio duplo, guarda simples e punho de couro negro, não havia adorno nenhum na arma.

– O que é isso?

– Uma espada, nunca viu falar disso também?

– Claro que já, mas quis dizer, qual a importância dela no momento.

– Esta é Volka. - Meu queixo caiu ao chão. - Pelo menos, a réplica mais fiel dela. - Olhei para Kaisar e ele riu baixo.

– Achou mesmo que a verdadeira Volka estaria aqui, dando bandeja? Obvio que não, ela foi forjada pela própria dona, sua liga metálica é única e nunca conseguiu fazer outra que se igualasse a ela, diz à lenda que não exista nada que ela não possa cortar.

– E onde está a verdadeira?

– Boa pergunta, se um dia você descobrir, me conte! - Ele sorriu e me deu dois tapinhas no ombro. - Agora, poderíamos continuar a aula?

– Claro. - A aula foi muito mais interessante e menos amedrontadora que eu esperava, quando o sinal tocou quase me senti triste pelo final da aula, até que olhei para Kaisar que me encarava com um fogo nos olhos que gelava minha alma.

Eu perambulava pelos corredores, não teria aula no próximo período, na verdade, eu teria poucas aulas durante todo meu curso, lado bom de ser sobrinho da manda chuva, eu faria apenas o mais obrigatório. Resolvi ir ao pátio, havia passado por ele ontem e visto um lago cheio de carpas, e como não havia nada pra fazer, iria alimentá-las.

Passei no refeitório e pedi a cozinha um pouco de pão velho, e segui para o lago, me sentei à beira para jogar pedaços. Elas se amontoaram na beira para pegá-los.

– Olá, você está com tempo livre?

– Ah, Jessie! Sim, estou, tenho todo esse período livre. - Meu coração batia forte, o que eu tinha?! Ela apenas havia dito oi.

– Pode me ajudar então? Tenho que arrumar alguns arquivos para a diretora, e isso é muito chato de se fazer sozinho... - Ela sorriu e meu coração seu um soco no meu peito.

– Claro, porque não? - Respondi já me levantando.

– Ótimo, vai ser muito bom ter sua companhia.

– Ai ai ai, ele mal chegou e já está arrumando um problema desses. - Kaisa observava o aluno da sala dos professores.

– É de família. - Comentou Morgana enquanto tomava uma xícara de café e lia um carta que havia acabado de chegar.


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Notas finais do capítulo

E ai, oque acharam? Me digam suas opiniões, quero saber se estou conseguindo causar curiosidade, raiva ou angústia. Oque acharam do Kaisar, ele é como imaginaram? Me respondam e serão respondidos :p. Obrigado por ler, Bjs do FOX.



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