Pretending escrita por Aline Song


Capítulo 14
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Então, é isso. Finalmente postei o epílogo. Peço desculpas por ter demorado tanto e por ter acontecido logo na reta final da fic. Apesar da demora, quero dizer que foi uma experiência incrível escrever essa história e compartilhar com vocês. Muito obrigada a todo mundo que leu, marcou como acompanhamento, favoritou e, principalmente, a todo mundo que comentou. Muito obrigada mesmo por terem me deixado saber o que vocês estavam achando da história. Espero ter mais ideias para escrever e poder compartilhar com vocês também.
Bom capítulo a todos.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/633227/chapter/14

Epílogo

Duas semanas e meia depois...

POV Tracey

— Expliquem de novo. – peço do banco do carona do carro de Luke – qual é a dessa festa da meia-noite?

— É o seguinte: - Mason se ajeita no banco de trás e começa a explicação. Nós cinco estamos indo para a tal festa da meia-noite na casa de Rachel, uma das líderes de torcida, juntos. Porque agora que as aulas terminaram e a formatura já passou, estamos tentando fazer o máximo de coisas possíveis juntos antes de nos mudarmos. – hoje é oficialmente o último dia letivo. Quando der meia-noite os calouros passam a ser veteranos e nós, os formandos...

— Tecnicamente, deixamos de existir. – Vicky completa a fala do namorado.

— Que horror. Vão deletar a gente? – protesto e olho para Luke que está rindo enquanto dirige.

— Nunca vão poder deletar a gente. – ele diz. – fomos a melhor turma desse colégio.

— Acho que é uma maneira legal de dizer adeus. – Mollie finalmente se manifesta. Ela tem estado um tanto quanto nostálgica nos últimos dias.

Quando chegamos à casa de Rachel, a festa já está rolando. Tem um DJ responsável pela seleção das músicas e praticamente todos estão bebendo. A festa acontece dentro e fora da casa, e todo mundo do ensino médio está aqui. É uma sensação estranha saber que essa é a última festa em que todos estaremos juntos, que é a nossa última festa da escola. Mais uma vez tenho de agradecer a Luke, se não fosse por ele, eu mal saberia o que é isso.

— Cara, vamos procurar o pessoal do time? Não podemos deixar de nos despedir deles. – Mason diz a Luke assim que chegamos, mas antes de ir ele se vira para mim, como se estivesse perguntando se está tudo bem.

— Tudo bem, aproveite essa última noite com todos os seus amigos. Nós vamos ter muito tempo juntos.

— Obrigado por isso. – ele me dá um beijo rápido e sai com Mason, me deixando só com Vicky e Mollie. Sei que Vicky também quer procurar suas amigas da torcida, portanto, é hora de fazermos nossas despedidas também.

— Ok, sei o que estão pensando. – Vicky se antecipa. – mas não vamos fazer isso porque eu não quero chorar, estou muito bem assim.

— Vou sentir sua falta. – digo e a abraço, puxando Mollie para mais perto de nós.

— Eu também, mesmo que seja só durante o verão.

Vicky foi aceita na Universidade de Columbia, e Mollie, graças a todos os anos que passou no clube de teatro, conseguiu uma bolsa em uma ótima universidade de artes em New York, o que significa que as duas não ficarão tão longe assim uma da outra.

— Não vamos nos afastar de você, Tracey, eu prometo. – Vicky diz tentando segurar o choro. – E Luke vai cuidar bem de você em Princeton. Agora, vou procurar as meninas da torcida. Obrigada por tudo meninas.

Vicky vai embora, e restamos apenas eu e Mollie.

— Então, acho que somos apenas eu você, como sempre foi desde o início. – diz Mollie.

— Nós conseguimos, não é? Depois de tanta confusão, tantos problemas, chegamos até aqui, terminamos o ensino médio, vamos para a faculdade. Nós conseguimos. – quando termino de falar e olho para Mollie, ela parece pensativa, mas sorri.

— Você é a melhor amiga que existe. Eu amo você, Tracey Morgan.

— Eu também te amo.

POV Luke

— Você acredita em milagres, Mason? – pergunto a Mason depois que nos encontramos com os caras do time e ele me encara como se eu fosse maluco. – Porque não faz sentido dois malandros como nós vencermos o campeonato estadual e ainda irmos para a universidade.

— Princeton e Universidade de New Jersey? É não faz sentido mesmo. – Mason conseguiu uma bolsa na Universidade de New Jersey, o que significa que não ficaremos muito distantes.

— Sabe que agora seremos adversários em campo não é? – pergunto a ele que estreita os olhos para mim.

— Acho que isso significa o fim de uma amizade.

— É, acho que sim. – segundos depois nós estamos rindo porque sabemos que nenhum jogo, nenhuma distância e nada parecido podem acabar com nossa amizade. – Sentirei falta de te ver todos os dias.

— Eu também, cara. Mas nada vai mudar.

— Sei disso. Obrigado por tudo, Mason.

POV Tracey

Depois de todas as despedidas e de encontrarmos com todos que foram de alguma forma importantes para nós durante o ensino médio, nós cinco nos reunimos novamente. Agora, estamos cercados pela maior parte dos alunos e quase ex-alunos do colégio que esperam pelo momento da contagem regressiva. Já está quase na hora.

— Então, é quase meia-noite. – diz Luke. – É isso, o fim de uma era.

Os minutos que se seguem são silenciosos para nós, e embora estejamos todos fingindo que está tudo bem, sabemos o quanto este momento é importante, é o começo de uma nova vida. Sei que vou sentir falta da vida que construí aqui, sentirei saudades de Mollie todos os dias, mas estou feliz em poder compartilhar essa nova vida com Luke. O último minuto desse dia acaba, e depois da contagem regressiva, os calouros comemoram por finalmente serem veteranos. Fico pensando no dia em que isso aconteceu comigo. Quando me tornei veterana, mal sabia da existência dessa festa, e também não imaginava que iria me apaixonar por Luke Crawford. Repasso em minha mente cada momento do último ano, em especial, cada momento compartilhado com Luke, e percebo que mesmo com todos os desencontros, não mudaria nada, porque foram esses momentos que me fizeram estar aqui agora.

— Argh, garotos do ensino médio... tão infantis. – Mollie resmunga ao meu lado, e todos nós rimos. – Vamos dar o fora daqui.

E assim, nós terminamos oficialmente o ensino médio. A maioria dos ex-alunos está indo embora também. Quando passamos uns pelos outros, é possível identificar os mesmos sentimentos em cada um. Nostalgia e saudade antecipadas. É o sinal de que tudo valeu a pena.

Deixamos Vicky e Mason em casa primeiro, porque ela vai dormir na casa dele hoje, e depois passamos para deixar Mollie. Não é um adeus definitivo, porém, como vamos passar o verão viajando e depois estaremos ocupados com a mudança para a universidade, fazemos questão de nos despedir. Nos despedimos com a promessa de que nada vai mudar, de que continuaremos sempre amigos, e de que daqui a quatro anos, estaremos bem aqui novamente, não importa o que aconteça.

— Obrigado por me dar esse tempo para me despedir de meus amigos. – Luke me diz quando ficamos finalmente sozinhos.

— Teremos muito tempo daqui pra frente.

— Espero que você não se canse de mim.

— Impossível.

— O que vamos fazer agora? – Luke pergunta, deixando claro que ainda não quer ir pra casa.

— Que tal você compensar essas horas que me deixou sozinha e me beijar até de manhã?

— Gosto dessa ideia.

Luke, então, volta a dirigir e toma um caminho já conhecido. Vamos novamente até a praia, mas dessa vez ele faz um desvio na estrada e nós subimos até um terreno bem alto, de onde é possível ver as luzes que iluminam nossa cidade lá embaixo.

Ficamos em silêncio dentro do carro, apenas nos beijando por algum tempo, dessa vez não é preciso dizer nada. Dessa vez nós sabemos exatamente o que sentimos um pelo o outro, e podemos simplesmente aproveitar o fato de estarmos juntos, sem nos preocuparmos com mais nada.

— E então, Princeton hein? – Luke diz entre um beijo e outro. – Você conseguiu, vai para uma universidade da Ivy League.

— Nós vamos.

— Sim, e graças a você. – franzo as sobrancelhas e Luke entende meu questionamento – nunca teriam mandado um olheiro com as minhas notas antigas.

— Isso é verdade, suas notas eram um desastre. – Luke dá uma gargalhada. – O que foi?

— Nada. É só que, acho que já ouvi esse comentário antes. – me lembro de nosso primeiro dia na biblioteca e rio junto com ele. – Você acredita em destino, Tracey? Quer dizer, acha tudo que aconteceu entre nós, desde que nossas mães nos obrigavam a brincar juntos – ele faz uma pausa e ri de novo se lembrando da situação – era pra que estivéssemos juntos aqui hoje?

Penso na pergunta de Luke e em todas as coisas que vivemos, penso também em todas as escolhas erradas que fiz e que quase me afastaram dele para sempre, e por fim, penso em todas as decisões que me trouxeram até aqui, e percebo que isso não tem importância, só o que importa, é que isso tudo é real.

— Eu não sei, Luke, mas, acho que isso não importa. Não faz diferença se for destino ou não. Sabe por quê? – ele levanta as sobrancelhas esperando que eu responda – Porque vou te amar pra sempre, Luke Crawford.

— Também vou te amar pra sempre, Tracey Morgan.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Xx.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Pretending" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.