Férias Inesquecíveis. escrita por Júnionline


Capítulo 8
Agir sem pensar.




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— Não - OJ disse vermelho - M-Meu Deus, não vai ter só ela na cama.

— As outras podem muito bem ficar lá no bar por algum motivo qualquer. - Bia pegou seu telefone e fingiu escrever uma mensagem.

— M-Mas vai ter várias pessoas pelo quarto - OJ ficava cada vez mais nervoso.

— Estarão todos bêbados, ninguém vai ouvir você...

— E outra: Ela pode não gostar - OJ interrompeu ela, antes que terminasse aquela frase.

— Assim como ela também pode gostar - Bia já estava se cansando.

— Além do mais, temos outras coisas pra resolver no momento: Marybelle, Gerson, A casa. - Essa foi a última desculpa que OJ ainda tinha guardado na manga.

— Você tá mais uma vez arranjando desculpas, é sempre assim - Bia se virou de costas pra ele - Você sempre pensa muito, bola planos, arma ideias, projeta cada passo que você precise fazer, mas nunca faz!

— Ah, então você realmente quer que eu faça algo?! - OJ se levantou da cama, pegou seu casaco e foi em direção a porta.

— Aonde você vai? - Bia olhou para ele temendo o pior.

— Eu vou fazer alguma coisa - OJ saiu batendo a porta com força.

— Só não morra - Bia sussurrou apenas para ela, enquanto abraçava suas próprias pernas - Por favor.

Enquanto isso, no bar da pousada, todos ja estavam quase bêbados. Linnah tentava a todo custo manter os outros acordados, assim não precisaria levar ninguém para seu quarto. Foi nesse momento que ela avistou alguém sentado perto deles no balcão e quase teve um "treco".

— Aquele... - Linnah esfregou seus próprios olhos para ter certeza de que não era alucinação - Aquele é o Júnior Lima??

— QUEM?! - Mandinha largou o copo sem entender quem era.

— Júnior Lima - Todos olharam para Linnah confusos - Júnior, de Sandy e Júnior - Algumas memórias foram na cabeças deles, mas ainda se esforçavam para se lembrar - "Vamos pular"

— AAAAAAH..- Todos disseram ao se lembrarem quem é. - Esse Júnior.

— Deixa eu ver se é ele mesmo - Cris se levantou e foi até ele, sem largar o copo de vodka - Tu é o Júnior Lima?! - Cris perguntou com seu rosto perto do rosto de Júnior e com seu braço envolta de seu ombro.

— É... - Júnior estava incomodado com o bafo de álcool - Sou!?

— Okay - Cris voltou pra sua mesa - É, é ele.

Todos rapidamente se levantaram e foram para perto de Júnior, deixando Cris vir atrás, tentando ainda se lembrar quem ser "Júnior Lima". Eles cercaram Júnior semelhante as crianças cercando a Xuxa. Semelhante aos usuários de monange cercando a Xuxa. Semelhante aos satanistas cercando a Xuxa. Talvez Xuxa seja a mulher mais famosa do mundo, não que isso seja importante para essa história, mas é interessante saberem quem ta tentando dominar o mundo.

Júnior foi bem gentil com eles, teve bastante intimidade com todos, trocando inclusive de número com Linnah. Parecia uma pessoa normal, como se já fosse amigo deles a séculos.

Na rua, OJ caminhava entre a escuridão da madrugada, sobre o chão que cobria os cadáveres e respirando o ar que estava com o cheiro das trevas ( Estranhamente, OJ acharia o ar agradável). Ele ia sozinho, acompanhado das sombras, de volta para casa do fundador. Dessa vez ele não iria encontrado dificuldade para entrar no aposento, muito menos medo. Ele apenas seguiria em frente. Então às exatas 01:37, ele estava lá, parado no meio da sala de estar do Fundador. Olhou tudo a sua volta, respirou fundo e colocou seu pé no 1° degrau da escadaria.

No bar da pousada, todos se divertiam. O astro havia pedido mais 3 doses pra cada, dessa vez, por sua conta. Ele parecia surpreso por ter encontrado pessoas que conheciam seu trabalho, no meio dessa cidadezinha desconhecida:

— Eu não fazia a menor ideia de que eu tinha fãs em Santo Peter.

— Eu não sei quem é você - Cris disse - Mas você é bonitinho pra um total desconhecido.

— Na verdade - Linnah tapou a boca do Cris - Nós não somos daqui, estamos apenas passeando.

— E escolheram justo Santo Peter para passear ?! - Júnior caiu na risada - Vocês não tem muito bom senso, pelo o que eu to vendo.

— É um lugar lindo, hospitaleiro, organizado - Paula disse - A gente queria que essas fossem as férias inesquecíveis.

— O governo desse lugar tem que manter o local limpo, organizado e bem hospitaleiro - Júnior virou o copo inteiro de uma só vez, antes de completar aquela frase - Para poderem compensar a maldição.

— O que tu acabou de dizer?! - Gabriel rapidamente ficou sóbrio.

— Se sentem aí, pois lá vem história. - Júnior se levantou olhando todos seriamente - E não é uma das mais felizes.


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